LUDMILLA NARRANDO:

O jogo começa e logo o Chelsea ataca com tudo, elas tem uma boa chance de gol, mas uma jogadora acaba errando o chute.

Nós roubamos a bola e vamos com tudo contra atacar, porém não conseguimos ir muito longe.

O jogo fica assim por um tempão: eles atacam, nós defendemos. Nós contra atacamos, elas defendem.

O juiz apita. Fim do primeiro tempo.

A plateia grita, eu olha para as arquibancadas, tem pessoas chorando, pessoas vibrando...

Eu vou para o vestiário e o nosso técnico vem falar conosco.

- Vamo lá galera! Os times estão parelhos, mas acredito em vocês.

Passam- se quinze minutos e o juiz apita novamente.

O segundo tempo consegue ser pior que o primeiro. O mesmo esquema (elasatacam, nós defendemos. Nós contra atacamos...), mas pior.

Acontecem umas brigas entre umas jogadoras, outros chamam o juiz de "ladrão". Eu estou tentando me concentrar ao máximo possível.

O juiz apita e grita:
- Cinco minutos de acréscimo.

Marta rouba a bola de um adversário e ataca, eu fico perto do gol.

Ela passa a bola para mim e eu chuto em direção a goleira.

A plateia vibra. O juiz apita.

Gol do PSG! Eu marquei um gol - o gol da vitória!

O jogo segue, afinal temos ainda 2 minutos. Nada mais acontece.

Nosso time fica na defesa e o Chelsea tenta atacar novamente, infelizmente (para elas) sem sucesso.

O jogo acaba e toda a plateia grita muito. Todos os meus colegas, e adversários também me cumprimentam e parabenizam pelo gol.

Eu estou muito feliz e agradeço à todos.

Nós vamos ao vestiário e Fábio comemora e parabeniza o time.

BRUNNA NARRANDO:

O jogo acabou agora mesmo, com o PSG vencedor!

Ludmilla marcou o gol da vitória, com a ajuda de Marta.

Estou muito feliz por tudo isso!

Agora Juliana e eu estamos esperando as pessoas irem embora, pois tem muita gente.

// Quebra de tempo //

Passaram- se duas horas. Marta acabou de chegar em sua casa, nós já estávamos aqui, pois ele teria de ficar lá mais tempo para festejar um pouco a vitória.

- Parabéns! O jogo foi incrível! - eu digo o abraçando.
- É verdade, parabéns! - diz Juliana

- Obrigado meninas! Estou muito feliz.

Amanhã - Marta diz sentando ao lado de Juliana no sofá - terá uma festinha na casa de festas do clube. É em comemoração a vitória, óbvio. Eu ficaria muito feliz se vocês fossem.

Eu penso um pouquinho e decido ir, afinal por que não?

- Claro! Eu adoraria. E você, Juliana?

- Sim! Adoro festas.

- Ótimo, então vamos ir! Será as oito horas!

- Mas vai ir bastante gente, né? - pergunto.

- Sim, os meus colegas, as famílias, alguns amigos... Muita gente!

Nós agradecemos o convite, Marta vai ao seu quarto se recuperar do jogo e minha amiga e eu ligamos a televisão.

- E aí miga? Animada pra essa tal festa? - Juliana pergunta.

- Não sei, preciso me divertir, mas...

- Mas Ludmilla vai estar lá, né?

- Fala baixo! - eu falo a censurando - vai que Marta escute.

- Ela não vai ouvir. Amiga, tem certeza que você já superou a Ludmilla?

- Olha, eu detesto admitir, mas não. Não superei e isso está me matando.

- Mas para de deixar isso te matar. Vai lá e fala que gosta dela, ué!

- Não é tão simples. Ela foi uma idiota comigo e...

- Ela foi uma idiota, talvez não seja mais. As pessoas mudam.- ela me interrompe, me deixando sem palavras - Vem cá, tu sabe que eu sou estou aqui para te ajudar, né? - ela me abraça.

- Obrigada. Por tudo. Por ter vindo, por me ajudar, por ser você.

- Eu que agradeço.

LUDMILLA NARRANDO:

Acabei de chegar em casa e estou em minha banheira relaxando e pensando em como o jogo foi incrível.

Se Brunna e eu namorássemos, acho que ela ficaria orgulhosa. Eu amo ela, cada dia isso fica mais claro.

Se não a amasse, não ia pensar nela - na sua reação, no que ela faria - em todos os momentos.

Amanhã tem festa de comemoração lá na casa de festas do PSG. Estou bem animado na verdade.

Será que a Brunna vai ir? Tomara.

Escuto meu celular tocar, o toque dele é de uma música bem antiga, Let Me Love You, do Justin Bieber. Foi a Brunna que botou, ela amava essa música.

Desde que ela colocou eu nunca mais tirei, por mais que tenha trocado de celular.

Atendo o telefone. É minha mãe.

- Oi meu amor!

- Oi mãe! Viu o jogo?

- Claro! Vim te falar parabéns pelo gol! O time foi muito bem.

- Obrigado mãe! Te amo! Como tá o Davi? Estou com saudades.

Nós conversamos um pouco mais e ela desliga, pois precisa ir para a aula de ginástica.

// Quebra de tempo //

Agora falta uma hora para a festa, já estou pronto.

Estou bem bonita, na medida do possível hehe. Mas não vejo a hora de começar logo.

BRUNA NARRANDO:

Juliana e eu finalmente estamos prontas, faltando quinze minutos para começar.

Nós passamos maquiagem, arrumamos o cabelo e colocamos roupas lindas.

Minha roupa:

Juliana está maravilhosa também, com certeza uma princesa.

Assim que chegamos na sala, onde Marta está nos esperando, ela diz:

- Que lindas, meninas! Vamos indo?

Nós agradecemos e concordamos.

O local da festa é meio longe da casa de Marta, demoramos uns 20 minutos até chegar.

Assim que chegamos, eu vejo como é uma casa linda e grande.

Nós entramos e ela é muito luxuosa, está também decorada com bandeiras do time e tem muita gente já.

Nós vamos entrando e cumprimentando à todos. Eu vejo que de uma das enormes janelas, da para ver um jardim imenso, com uma piscina.

O quintal também está decorado, acho que vamos ir para lá. Que bom, adoro festas ao ar livre!

Eu vejo Ludmilla em um canto da casa e Marta e Juliana já estão indo cumprimentar o memso.

Para não ser rude, eu os acompanho.

Ludmilla fala oi para todos e eu também falo oi para ela.

Marta e Juliana se distraem com alguma coisa e Ludmilla se aproxima de mim e fala em meu ouvido:

- Você está linda. Parece uma princesa.

Eu fico sem reação, minha vontade é de beijá- la ou bater nela.

- Você tam - não, não vou falar isso - obrigada.

Eu falo isso e me retiro, escuto ela rindo baixinho, deve ter percebido alguma coisa. Que droga.

Marta e Juliana rapidamente se aproximam de mim e perguntam por que eu me afastei.

Eu falo que estou com muita sede e pego um drink da bandeja de um garçom que está próximo.

- Brunna, você não bebe! - falou Juliana me cutucando.

- Eu não bebia. As pessoas mudam.

- Sua idiota! - ela ri.

Eu viro para trás e vejo que Ludmilla está pegando uma coisa para beber também, nossos olhares de encontram e eu viro para frente novamente.

Essa festa vai ser longa.