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Capítulo um

Yasmin narrando

20 de janeiro de 2017

    Você  já se sentiu como um  peso para sua família? Já sentiu que sua mãe não te ama e nem se importa com você?Me sinto assim todos os dias, mas se você não sabe como é isso então não vai me entender.

    Para minha mãe sou uma filha dramática e problemática, mas ela não me conhece de verdade. Moro com minha mãe, os meus irmãos gêmeos chamados Albert e Alex e com David.

    O que falar dos meus "queridos" irmãos gêmeos? O Albert e o Alex tem 18 anos e por serem mais velhos sempre quiseram mandar em mim ou tentavam me excluir de tudo. David, meu irmão cúmplice, tem 17 anos e eu sou a caçula de 16 anos.

    Nós crescemos juntos e sempre fomos muito unidos, porque a gente gostava de brincar e vivíamos aprontando. O David se tornou o meu porto seguro, contávamos tudo um para o outro e as vezes ele ainda me dava alguns puxões de orelha.

    Na nossa família nunca ouve muita união, pois o Albert e o Alex eram os filhos mais preferidos da minha mãe e ainda queriam mandar em mim. Eu acredito nisso que os pais sempre tem preferência e escolhem um filho para gostar, mimar ou até se importar e os gêmeos eram os melhores.

    Eles foram os primeiros a terem permissão de dormir na casa de algum amigo e começaram a ir para escola sozinhos aos 10 anos. Os dois são muito estudiosos e terminaram os seus estudos no ano passado.Sempre quiseram mostrar estarem certos na maioria das vezes.

     Alex gosta de esportes, é calmo, consegue ser o centro da atenção aonde chega e toca bateria. Albert é mais agitado, gosta de surfar, quer ser independente, sempre gostou de biologia e da área da saúde. São diferentes, mas os dois tem o jeito de convencido.

    Fizeram a prova do Enem,porém somente o Alex passou em psicologia e vai fazer faculdade. As aulas irão começar em fevereiro.Albert pretende fazer de novo a prova para passar em biomedicina. Ficar parado em casa nunca foi bom para ele e por isso precisa correr atrás de trabalho.

     Os gêmeos merecem elogios,mas David e eu merecemos o que? De acordo com a Marlene, minha mãe, nós não merecemos nada. Eu sei que isso é meio pesado, mas sempre foi essa a verdade.

     Eu e ele gostamos de aprontar e a  desobediência vem de nós dois. Éramos apenas bebês de 1 e 2 anos quando nós começamos a dar dor de cabeça para ela e depois desse tempo fomos só piorando.

   Ela gosta de respeito e eu nunca me a chamei pelo nome. Desrespeitar os mais velhos não é o certo e a gente aprendeu isso desde cedo.

    Por ser mais velho David aprendeu as coisas um pouco mais rápido que eu. Ele me influenciou a fazer coisas erradas, mas a maioria era um pouco normal para nossas idades. A minha mãe costumava dizer que eu era uma pestinha quando criança e o chamava de desobediente.

    Ela disse que éramos assim e nos dias de hoje não havíamos mudado muito. Acho que um dos seus sonhos é de que um dia a gente coloque juízo na cabeça. Presenciar os dois filhos mudando de comportamento e enfim aprendendo com seus erros deve ser o que ela mais quer.

     Algumas raras vezes eu e minha mãe conversavamos sem brigas. Eu lembro bem que ela me contou uma história de quando eu tinha apenas 3 anos e nunca mais pude esquecer disso. A história foi de um dia que era aniversário da filha de uma amiga dela e a amiga havia a convidado para ir a festa que foi na sua casa.

    A filha dela era pequena. O fato foi que minha mãe precisou levar os quatro filhos para o aniversário por não ter com quem nos deixar. Isso foi em 2003.Estávamos grandinhos. Ela me contou que David e eu éramos impossíveis.

    Na festa tinha muita gente e Albert saiu correndo com Alex para irem se enturmar. Porém, David queria comer os docinhos e me chamou para ir com ele. Nós pegamos na mão um do outro e saímos andando pelo que ela me contou.

   Algum tempo depois as crianças começaram a aparecer chorando e ainda contando para os pais que o braço doía, a perna ou que haviam puxado seu cabelo. Os pais ficaram preocupados ao saberem e então foram atrás de saber o que de fato havia acontecido.

    Minha mãe sentiu nossa falta e saiu a nossa procura, mas só nos achou do lado de fora da casa e não estávamos brincando coisa nenhuma. Ela chegou no momento que eu estava mordendo o braço de uma menina pequena, pois queria pegar apenas o docinho que estava nas suas mãos.

    A criança chorava sem saber se defender e o meu querido irmão estava pulando no pula-pula. Minha mãe logo brigou comigo sem chamar a atenção de outros pais e me disse que eu não podia morder nenhum coleguinha.

    Eu era anti social naquele tempo e acabei mudando aos poucos.Tenho meus amigos e posso considerar amizades de verdade apenas alguns deles. Posso ser uma rebelde ou garota problema, mas eu tenho meus motivos para ser assim. 

   Acreditem em mim quando digo que não é drama e que na maioria das vezes sinto que ninguém pode me entender mesmo. Vocês devem estar se perguntando sobre o meu pai e preciso explicar essa parte da minha história.

    Meus pais se separaram quatro meses depois que eu nasci. Queria não me sentir culpada pela separação deles,mas é claro que me sinto.Meu pai nos abandonou e eu não posso mentir dizendo que não sinto falta dele as vezes. Como ele tem uma vida ocupada então mal vem nos visitar.

    Eu era uma bebê quando meu pai se separou dela.Minha mãe me contou o que aconteceu para eles se separarem, mas mesmo assim me sinto culpada ainda. Antes de eu nascer era apenas os meus pais, os gêmeos e David.

    Não sei como era a relação deles como uma família e sempre fico me imaginando sendo a primeira filha ou a segunda, porque talvez eu poderia ser amada ou compreendida.

    Porém, eu fui a última a nascer e com uns meses depois chegou a bendita separação. Minha mãe contou que depois do meu nascimento o meu pai passou a custar para chegar em casa.

   Depois dos seu trabalho ficava em um bar bebendo com os amigos. Acabou deixando a própria família de lado para beber e saber disso me faz ter um pouco de raiva dele.

     Não sei se ele havia se cansado dessa vida familiar ou se teve outro motivo para fazê-lo perder tempo no bar. Podia muito bem ter pensado antes e voltado para casa, pois assim teria nos dado a devida atenção.

     Nos dias de hoje meu pai mora com sua nova família e parece os amar muito.O fato é que o problema entre a gente é simples. Apenas a distância mesmo. Atualmente mora na cidade de Chicago- Illinois,EUA.

  Meu pai se mudou para os Estados Unidos para morar definitivamente em 2010 e ele conheceu sua mulher que é americana em 2012.

   Uma viagem e um novo amor. É lindo para alguns ou até mesmo um sonho de conhecer o amor da sua vida que mora em outro país, sua alma gêmea e alguém para te completar.

    Agora vocês conhecem um pouco mais sobre minha família e minha vida.Eu não tenho nada legal e muito menos extraordinário para contar. Me sinto meio deslocada em casa, pois as vezes parece que não pertenço a essa família.

  A única pessoa com quem eu posso contar  e desabafar sobre os meus problemas é o David. Ele também não me entende direito e ainda tenta me ajudar. Não sei bem o que seria de mim sem ele e eu queria poder ter mais amor ou compreensão de dona Marlene.

    Não sou nenhuma filha ingrata. Sei bem o esforço dela para cuidar de mim e dos meus irmãos. Ela teve que se virar como pôde cuidando de quatro crianças,trabalhando e ainda com a casa para cuidar. Ela é uma veterinária que ama seu trabalho.

   Eu sou a filha rebelde e que sempre desobedeci, não gosto nenhum pouco de regras, apronto as vezes, não sou muito estudiosa. Os motivos para ela não gostar da própria filha? Pela minha rebeldia com certeza, porém eu ajudo em casa as vezes.

  Por mais que eu ajude com ainda não vêem meu esforço, minha mãe parece não perceber quando faço porque quero fazer e eu estou começando a não querer mais ajudar em nada. Nunca escutei um obrigada ou um elogio dela por fazer a minha parte isso me magoa. É como se nada que eu fizesse importasse.

    O mês de janeiro não está sendo muito legal e saber que em breve as aulas vão começar de novo me dá um desânimo. Eu vou estudar em um internato pela primeira vez. É isso aí mesmo.

   A minha mãe, Marlene, estudou em um colégio interno uma vez e disse que viveu muitas coisas boas nesse lugar. Por isso ela quer muito que eu também estude em um internato e que eu tenha uma ótima educação.

— O que é ter liberdade para você? —eu li em voz alta o que acabei de escrever no meu diário.Continuei escrevendo.—Correr? Cantar? Se exercitar? Viajar? Nadar? Fugir? O que é essa ter liberdade para você?Fugir é o melhor caminho? É um ato de covardia? Me diga o que é essa tal de liberdade. Me conte como é ser livre. Eu preciso saber a sensação e...

   Parei de escrever por não saber mais como colocar no papel o que eu estava sentindo. Essa é minha forma de desabafar.Um diário não é patético para mim. Assim não tem nenhum julgamento ou risada e eu posso ser eu mesma com meus pensamentos.

    Nunca me senti livre de verdade e na maioria das vezes eu tenho que sair, estar com os meus amigos ou correr para sentir nem que seja um pouco de liberdade.Eu sempre faço caminhada no final da tarde e adoro correr ao ar livre.

   Respirei fundo e então decidi continuar colocando em palavras tudo o que eu precisava.

— Só quero saber como é para ter uma noção — continuo lendo em voz alta e a caneta parece ter viva própria a partir do momento que preciso explicar os meus pensamentos — Quando desconhecemos algo não sabemos como ele é de verdade, não é mesmo? Desconheço essa palavra. Poucos devem conhecê-la não é? Me diga que não é só eu. Não gosto de estar sozinha nessa,pois isso é muito tedioso, chato, monótono e estanho. A vida é estranha. " Corra sem olhar para trás" eles dizem. Corra e corra até cansar. Assalto? Não, não é assalto. Para que correr? É um jogo? "Por acaso sua vida é um jogo?" eles perguntam. E você sem saber para onde ir dispara rápido somente cansando e cansando...

    Termino de ler e suspiro. Somente eu consigo entender o que acabei de escrever e isso me assusta pelo fato de que esse meu jeito de pensar pode ser difícil de ser compreendido.

    As vezes acho que as palavras não ditas podem acabar me sufocando, ficarem entaladas em minha garganta e isso pode ir me matando aos poucos. Falo de matar no sentido de que posso acabar guardando tanto as coisas para mim que isso me faz mal.

    Quem diz para correr sem olhar para trás são as pessoas. Elas não dizem isso para mim, mas eu sei que muitos dizem para que jamais, nunca mesmo desistamos de viver.

   No meu caso o que escrevi foi sobre a liberdade, é como se eu corresse até me cansar obedecendo as pessoas a minha volta e indo a procura da minha sonhada liberdade, mas quem me garante que eu vou encontrá-la um dia?

   Quem me encoraja a correr começa a rir de mim por ver que os obedeci e eles saem a procura de suas casas.Eles sempre tem para onde ir e eu tenho?

  Os mesmos que me encorajaram para ir atrás dessa liberdade podem torcer para ver a minha derrota no final, torcem para me ver lá no fundo do poço e nunca de fato eu conseguir encontrar nada. Liberdade que só existe nos meus sonhos. Eu preciso imaginar como é a sensação antes que as trevas venham e me dominem. Enfim me dominem por completo.

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