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Capítulo três

Yasmin narrando

No mesmo dia as 09:00 horas

    Quais os motivos para você gostar do dia de sábado? Para mim esse dia significa um descanso apenas quando estou estudando. Estar de férias é outra história, pois posso acordar a hora que eu quiser nos finais de semana e tenho tempo de sobra para me divertir.

    Hoje é sábado e eu deveria estar mais animada para sair, fazer uma caminhada ou estar na casa de alguma amiga.Eu poderia ter dormido na casa da Jade como era nos velhos tempos. A questão é que isso ficou no passado.

    Minha melhor amiga,Jade,tem 17 anos e como posso descrevê-la? Ela é conselheira as vezes, tímida somente com as pessoas que não conhece,mas quando faz amizade perde a timidez. É delicada e feminina.

     Jade não se parece mesmo comigo e isso não impediu que fôssemos amigas. Ela é meio patricinha, mas eu nunca a descreveria como uma. Minha amiga gosta de usar tiaras no cabelo, nunca sai de casa sem brincos e muito menos sem as suas pulseiras.

     Eu não ligo muito para essas coisas de me arrumar sempre e não sou vaidosa.Nós realmente somos bem diferentes uma da outra. Ela consegue me fazer sorrir mesmo quando estou com vontade de chorar, sua animação faz outras pessoas se animarem.

    Cresci ao lado de três garotos e por esse motivo eu não tenho muitas frescuras que algumas garotas costumam ter. Por eu ser muito apegada ao David estou acostumada com o jeito dele de ser, com a sua bagunça e aos seus planos que quase sempre não funcionam.

     Minha relação com os gêmeos é distante e acho que não posso contar com eles para nada. Pelo menos não estou sozinha nessa. Tenho o David comigo sempre e eu espero muito que isso nunca mude. Perto dele eu me sinto melhor e posso ser eu mesma.

     As vezes eu penso como que as coisas seriam se eu tivesse uma irmã ou se fosse filha única. Penso ainda mais se eu vivesse com outra família. Escolheria ter amor da minha mãe,do meu pai, ser feliz de verdade e poder não ser tão problemática. Eu acho que seria bom poder escolher essas coisas.

    Pensar na minha realidade me faz ficar triste, mas eu não quero me sentir assim. Eu preciso me animar de algum jeito. Sou Yasmin Carvalho, a rebelde, a desobediente, a que sempre diz que regras foram feitas para serem quebradas e a garota que age por impulso as vezes.

    Desde o dia que eu soube da mudança de escola que estou triste, pensativa, com um pouco de medo e ando mau humorada por precisar me distanciar de meus amigos. Tudo poderia continuar como está e eu não precisaria ir para um internato.

    Eu sinto que a minha mãe está feliz pela sua decisão. Ela parece querer me ver bem longe ou se livrar de mim. Consigo sentir isso e tenho certeza de que essa história de ela querer que eu estude em um internato para ter uma boa educação é só uma boa mentira.

     A tristeza pareceu tomar conta de mim pelo motivo de que em breve vou para um internato e precisarei morar no colégio.Eu vou me sentir presa nesse lugar. A semana inteira estudando,aulas de educação física onde os alunos precisam participar sempre ou aquelas pessoas ricas desfilando pelos corredores com cabeças levantadas.

    Eu preciso me preparar bem antes de ir para esse colégio interno. Como não sou estudiosa vou sentir algumas dificuldades. Esse internato não é para mim e se minha mãe pensa que eu vou aceitar ficar presa nesse lugar ela está bem errada. Pretendo fazer alguma coisa para ser expulsa e logo vou poder me ver livre de novo.

     Por incrível que pareça acordo cedo e com uma vontade de fazer alguma coisa.Eu preciso voltar a ser a Yasmin de antes, pois não aguento mais ficar em casa sendo uma pessoa obediente.Quero sentir vontade de sair novamente e poder estar com os meus melhores amigos.

     Eu sou uma pessoa complicada e nisso a minha mãe tem razão. Ninguém consegue me entender de verdade. No final do ano passado eu me afastei de alguns amigos e principalmente da Jade. Por quais motivos? Pela minha tristeza e mau humor diário. Eu me revoltei por saber que iria estudar em um colégio longe.

     Sempre que eu resolvia sair com eles era somente para espairecer, mas era questão de tempo para mim começar a reclamar da vida. Só sabia falar sobre meus problemas e com isso me tornei uma companhia nada agradável. Me afastei dos meus melhores amigos e a única pessoa que ficou ao meu lado foi a Jade.

     Jade não se afastou, tentou me ajudar e dava broncas em mim para parar de agir assim. Ela foi quem me aguentou quando eu estava muito chata. As vezes costumo afastar as pessoas de mim pelo meu jeito de ser. Quem quer ser amigo de alguém assim? Eu só sei reclamar, desabafar sobre meus problemas, dizer mil e uma vezes que ninguém me entende.

    Por isso escrevo tudo que sinto em um diário. Escrever me acalma e se isso me faz bem eu vou continuar. Assim não preciso me tornar aquela pessoa chata novamente.  Só quero me sentir um pouco mais normal de novo. Não tem nada de errado nisso. Eu quero e vou mudar esse meu jeito estranho de agir ultimamente.

     Hoje quero tentar me sentir um pouco melhor e por isso faço mentalmente uma lista de coisas que podem me animar. Uma delas é fazer uma caminhada pela manhã. Porém,não me sinto muito disposta para correr agora. Outra opção é arrumar toda a casa e assim criar mais coragem.

— Eu não gosto de arrumação, mas posso tentar me distrair com isso — digo ainda deitada olhando para o teto.

    Me levanto, visto um short rasgado, uma blusa azul e antes de abrir a porta acabo me lembrando do baile de máscaras que fui convidada. Meu amigo, Diego, alugou um salão de festas para fazer um baile. A Jade e eu combinamos de irmos juntas.Agora sinto que isso pode ser um bom começo para eu voltar a me animar.

    Diego tem um meio irmão que eu nunca conheci. Ele me disse que esse seu meio irmão se chama Augusto. Pelo que sei ele vai estar no baile de máscaras e finalmente vou conhecer esse garoto. A relação deles não é das melhores e os dois se implicam as vezes. Eu só sei disso porque Diego me conta sobre seu meio irmão.

    De repente tenho dúvida se comprei a minha roupa para ir ao baile. Abro o meu guarda roupa e a primeira coisa que vejo é meu vestido e minha máscara. Eu respiro aliviada por isso e saio do quarto correndo. Quando chego na sala encontro tudo muito silencioso. São 9:30 da manhã e ninguém mais acordou nessa casa?

    Olho ao redor me deparando com umas meias sujas no chão, algumas cascas de banana perto do sofá e copos em cima da mesinha. Os puffs vermelhos não estão mais na sala. Assim eu acabo lembrando da noite passada. Albert e Alex.

    Meus queridos irmãos decidiram fazer uma "festinha". Eles convidaram alguns amigos para jogar videogame como quase sempre são acostumados a fazer.Pelo que sei ficaram até tarde jogando e eu fiquei trancada no meu quarto.

    Albert e Alex são sociáveis, são o centro da atenção, são bonitos e ainda eram reis da escola onde estudavam. Como eu posso dizer? Eles são os melhores sempre. Minha mãe não se incomoda deles fazerem essas "festinhas" e desde começo dos jogos aqui em casa nunca teve proibição.

     Os gêmeos podem convidar os amigos que quiserem, jogarem bem a vontade,comerem pipoca ou qualquer outra coisa sem problemas e ficar até tarde conversando enquanto só jogam. Isso somente aos finais de semana. Minha mãe adora eles e faz tudo o que está ao seu alcance para ver seus filhos felizes.Único problema é que essa preocupação é somente com os gêmeos.

    Reviro os olhos e então eu decido não arrumar mais nada. Se minha querida mãe quer ver a casa limpa é melhor chamar os gêmeos para limparem. Não só a sala, mas a casa toda. Eles não arrumam nem a cama  depois que se levantam. Podem ser bons em algumas coisas e são ruins em outras. Ninguém é perfeito.

    Respiro fundo com raiva e conto de um até dez antes de ir até a cozinha. Para me acalmar um pouco decido fazer o café e quando estou abrindo o armário escuto passos descendo as escadas. Olho e vejo David cantando.

— Agora está tão longe ver a linha do horizonte me distrai — ele canta essa parte sorrindo e continua —Dos nossos planos é que tenho mais saudade.

    Nesse momento ele para de cantar e fica pensativo. Eu sorrio tendo a ideia de ajudar na próxima parte.

— Quando olhávamos juntos na mesma direção.Aonde está você agora além de aqui dentro de mim? — eu canto com os olhos fechados e quando os abro vejo meu irmão sorrindo para mim.

    David gosta de músicas antigas e diz que escutar esse tipo de música o acalma. Ele ainda está sorrindo, mas seu olhar parece triste. Sei porque ele está assim.

    A música Vento no Litoral de Legião Urbana marcou a vida do David.Ele amava escutar essa música junto com a sua ex namorada e os dois viviam escutando essas bandas meio antigas. Eu os apoiava muito e eles eram felizes juntos, mas infelizmente a vida da ex dele foi interrompida.

    A ex namorada do meu irmão faleceu a uns anos atrás. Ela foi atropelada quando andava de bicicleta e acabou falecendo. David nunca a esqueceu e sofre muito até hoje com essa perda. Quando o vejo assim eu tento fazer ele se distrair. Sinto muita falta da ex dele,pois éramos próximas.

— Sua voz não é bonita, mas vamos fingir que você é uma super cantora — ele diz parado no último degrau da escada.

— Prefiro te ajudar do que ter voz bonita. Isso eu dispenso — digo sorrindo e vejo um sorriso fraco se formar em seus lábios.

— Eu não quero falar sobre ela — ele diz se referindo a sua ex namorada.

— Não quero te ver triste, David. A gente ficar pensando nela só vai nos fazer mal. Não vale a pena — balanço a cabeça para confirmar o que acabo de dizer.

— Você tem razão maninha. O que está fazendo a essa hora? — ele se aproxima de mim parecendo curioso — Vai cozinhar?

— Odeio cozinhar — resmungo — Eu vou fazer o café. Quer me ajudar e ir comprar o pão?

David me olha arqueando uma sobrancelha. Acho que isso o deixou surpreso de alguma forma.

— O que aconteceu para você querer fazer o café? — ele coloca a mão na minha testa — Por acaso está doente, Yasmim? Quer ir ao médico? Acho que você está com febre.

— Deixa de besteira — afasto sua mão e suspiro — Eu quero fazer o café. Agora é crime?

— Faz como você quiser — ele sorri me olhando, senta na cadeira e me observa.

— Aproveita e vai comprar o pão, seu folgado — jogo o pano de prato nele e começo a fazer o café — Por que a casa está silenciosa desse jeito?

— Parece que a mãe foi fazer compras e eu não vi os queridinhos hoje — ele responde revirando os olhos.

— Devem estar dormindo com o cansaço daquela festinha de ontem —coloco as mãos na cintura —Não sei como nossa mãe deixa eles fazerem isso, porque se fosse eu ou você que quisesse ela nunca iria aceitar.

— Ela deixa por eles serem os queridinhos filhinhos de mamãe — ele diz com uma voz engraçada e de repente sorrio me sentindo feliz de verdade.

— Só você mesmo para me animar —solto um beijo no ar para ele e nesse momento a porta da sala se abre.

   Minha mãe entra segurando várias sacolas com coisas que pareciam ser uns alimentos. Ela coloca as sacolas na mesa e nem olha para nós.

— Bom dia para senhora também — David é o primeiro a falar com ironia na voz.

— Estava cansada que acabei nem vendo vocês — ela diz seca, fica nos olhando por um tempo e me surpreendi ao percebê-la abraçar ao meu irmão e a mim.

— Como esses abraços me fazem falta — eu sussurro, mas percebo que eles dois escutaram.

— O que vocês estavam fazendo antes de eu chegar? — vejo ela mostrar interesse pela primeira vez naquele dia.

— Estou fazendo o café — respondo com um pouco de felicidade. Quero ajudar ela ou pelo menos tentar.

— Eu só espero que esse café fique bom — aponta o dedo para mim e sorri — Pois não quero passar vergonha na minha própria casa.

— Do que está falando mãe? — David logo pergunta mostrando estar com um pouco de raiva, mas ele tenta disfarçar. Tarde demais irmão. Eu te conheço o suficiente.

— Daqui a pouco vai chegar aqui algumas colegas minhas — ela explica — Elas são do meu trabalho na clínica e nós vamos ficar conversando um pouco aqui na cozinha. Eu iria preparar a merenda, mas já que você começou então termine.

— E só agora a gente vem saber dessas suas visitas — balanço a cabeça.

— Arrume tudo aqui direito e faça um bom café para que minhas colegas não tenham do que reclamar. Faça isso filha — dá uns tapinhas no meu ombro e sai andando.

    Ainda estou tentando processar isso. Ela acabou de dizer para mim caprichar nesse café só para não fazê-la passar vergonha na frente dessas colegas? Me sinto agora como se eu fosse uma pessoa que não sei fazer nada além de aprontar.

    David dar de ombros me olhando com o olhar triste e eu desligo o fogo, pois a água está fervendo. Eu preciso muito me distrair e sei como conseguir isso. Jade é a única pessoa que pode me ajudar com isso.Hoje vai ser um longo dia.

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