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Capítulo quinze

Gente, os olhos da Yasmin são avelã. A cor de olho avelã é uma das cores de olhos mais raras que existem. Podem ser confundidos com castanho e verde.

E segunda coisa: tem uma parte no Livro que falo sobre fobia. Invento até um nome de uma fobia (porém, tenho quase certeza que essa fobia não existe) mas se existir então podem me avisar nos comentários, por favor.Me avisem que aí eu tiro esse nome e ajeito tudo. Obrigada


Então partiu leituraaa

Jeferson narrando

   Eu nunca tinha visto uma pessoa tão desesperada assim.

   Nunca tinha visto alguém desse jeito desesperado tentando a todo custo acabar com a coceira em seu corpo.

  É até engraçado de se ver. Sorrio com a cena.

   Eu ainda estou ansioso com esse jantar, mas agora consigo relaxar um pouco ao ver esse momento.
O irmão da minha antiga amiga de infância, a tal da Yasmin que deve estar em algum lugar da sala, está todo se coçando. Não sei o porquê.

— ISSO TA COÇANDO MUITO. CARAMBA — o tal irmão gêmeo grita para Deus e o mundo ouvir e continua desesperado.

  A tal mãe dos gêmeos pergunta o que ele tem e fica sem saber o que fazer. O garoto alto continua coçando seu corpo sem parar. Ele parece estar sem saída.

   Coloco a mão na boca para abafar uma risada e eu continuo descendo os últimos degraus da escada. Finalmente vou poder ver quem é a Yasmin.

   Ainda acho que desvendei todo o mistério. Depois da conversa com minha mãe pensei que sabia quem era a menina. Agora eu vou ter a confirmação.

   Os sonhos com a menina bem misteriosa, eu conheci Yasmin logo depois dos sonhos, o toque na mão dela no baile, a sensação de que a conhecia. Tudo tem explicação.

— Mãe... eu não sei... tá coçando muito... — a voz do garoto chama a minha atenção e o olho vendo que desci as escadas.

— Parece até que tem um monte de abelha me picando — ele diz e o vejo arregalar os olhos —  AI MEU DEUS. EU TENHO ALERGIA. AI... AI MEU DEUS. ESTOU COM ABELHAS NO CORPO. TIREM ESSE BICHO DE MIM. ELAS TÃO ME PICANDO.

   Eu me surpreendo com o que ele diz e sei que aqui não tem abelhas. Então começo a rir sem conseguir abafar a risada. Minha mãe bate no meu braço e me olha com olhar reprovador. Eu estou rindo do visitante. Não posso. Eu prometi para ela que ia os tratar bem. Rapidamente paro de rir.

    Meus pais procuram respostas enquanto se entreolham, um outro irmão da Yasmin coloca a mão na boca também para abafar a risada. E nossa... ela tem muitos irmãos. E são todos meninos. Não lembro de nenhum deles.

    O outro gêmeo está surpreso com o ataque de cócegas, mas ele não consegue segurar a risada por muito tempo e solta gargalhadas ao ver o irmão desesperado.

   Eu enfim olho para o lado direto esperando ver o rosto da menina. Ela também me olha na hora. Aí eu enfim vejo de quem se trata. Logo ela? É a garota do baile. Eu não fico muito surpreso, porque esperava que fosse ela.Desvendei o mistério todo.

Sinto um Déjà Vu doido ao olhar para ela e tenho certeza que já vivi muitos momentos assim. Sinto que estamos em um lugar bonito.

   Em minha mente me vejo de terno, me surpreendo por estar assim, eu não sou mais o mesmo jovem. Sou eu criança de terno e gravata.

Escuto palmas ao redor, me viro e me deparo com várias crianças batendo palmas para nós. Digo nós porque eu e uma menina estamos juntos. Finalmente a olho. Vejo uma menina pequena vindo rápido em minha direção.

   Eu vi seu rosto. Eu FINALMENTE vi seu rosto e não estou sonhando. Eu vi seu rosto. Abro a boca em um misto de surpresa e admiração.

    A menina está com um vestidinho velho e branco, usa um véu em sua cabeça, um véu improvisado, pois o "véu" é um pano fino. Seus olhos verdes me encaram.

   Eu, criança, sempre fico confuso com esses olhos. Não sei identificar a cor deles. Uma hora castanhos, outra hora esverdeados.

   A cor dos olhos dessa menina é uma das coisas mais lindas que eu já vi.

   A menina está com sapatinhos brancos. Ela é linda. Segurava umas flores e sorria. Eu podia ficar horas ali vendo ela sorrir. O seu sorriso era capaz de espantar toda tristeza. Ela é linda e seu semblante está mais vivo. Como se ela tivesse brilhando ali.

  A menina se aproxima de mim rindo. Ah, que sorriso gostoso. Um sorriso doce de criança. O sorriso dela me fez sorrir também. Ela ali pega em minha mão. Seu toque... ah, seu toque. Não sei descrever o que senti.

O toque dela me faz ter certeza que estou protegido, me faz querer agarrá-la e não soltá-la mais, me faz querer beijá-la... ah, beijar essa menina.

Eu, criança, me surpreendo com meus pensamentos sobre beijo e me concentro naquele momento. Afinal agora sei que tenho só 5 aninhos. Mas sei o que é um beijo.

As vezes vejo meus pais sozinhos e os deixo em paz, porque mamãe me pede para ir brincar. Em algumas vezes sem querer eu vi meus pais se beijando.

   Eu agora consigo ver o menino que está dizendo umas palavras bonitas. Ele é o "padre" e faz ali o nosso casamento de mentira. Que para nós era o suficiente. Como se fosse na igreja.

    O menino que faz o padre. Oh meu Deus. Eu sei quem é. O rosto dele é conhecido. É o irmão dela. O David, irmão da Yasmin. Eu sei. Ele termina de dizer as palavras e pede para nos beijarmos.

—Pode se besar — David diz sorrindo sapeca — Vamo. Sou o padi e mando em voxês.

   Sei que Yasmin tem 4 aninhos. Eu e David temos 5 e falamos errado as vezes. Chega o final da cerimônia. Me aproximo dela meio nervoso.

Sou uma criança e sei que não posso beijar ainda. Só quando crescer. Como diz mamãe.

Nos aproximamos aos poucos e demos um selinho rápido. Ela se afasta de mim envergonhada. Nós não soltamos a mão um do outro para nada. Sinto que minha mão está suando um pouco. Nem me importo.

  Sabe quando o mundo parece parar e só existe aquele momento? Eu me sinto assim com Yasmin. É tudo intenso, mágico, eterno.Quero crescer ao lado dela, quero um dia pedir a sua mãe para poder namorar com ela, nunca quero me afastar.Sou criança e sei que tenho muito tempo ainda.

   Meus pensamentos de 5 anos se misturam com os de 7 anos. Por eu pensar em um dia pedir sua mãe para namorar sua filha.

   Posso eternizar esse momento.

   Posso eternizar minha infância.

   Nunca vou crescer.

   Eu volto para realidade e fico surpreso por estar olhando sem parar para a garota. O que foi isso dessa vez? De novo tive um pensamento... pensamento não. Lembranças.

   O sonho que tive antes de ir para o baile na tarde de sábado. O sonho era com a menina que eu nunca via o rosto. Foi estranho ver seu rosto pela primeira vez. Ainda mais estranho foi ter certeza que era ela. A menina dos meus sonhos existe.

  Agora lembro do meu pensamento que tive depois do casamento. Quis eternizar aquele momento, quis parar o tempo.

   Queria crescer ao lado daquela menina, queria namorar com ela no futuro, nunca me afastar. Como a vida é irônica e injusta.Tinha pensamentos de criança e estava muito errado. Claro que um dia eu ia crescer e o que mais? Ainda me afastei da menina.

   Eu não. Ela se afastou de mim.

    Ela me trocou por outros amigos.

    Fiquei sozinho.

    Por que será que isso importa tanto agora? Isso já passou a tanto tempo, mas agora que entendo as coisas eu não consigo esquecer e deixar para lá. Afinal eu vivi tudo aquilo. Fez parte do meu passado.Não tem como deixar para lá.

   Queria voltar a ser criança.

— Você? — pergunto e deixo as palavras saírem sem conseguir ficar calado. Ela não está feliz em me ver.

— Você de novo — ela diz sem humor e não sorri — O garotinho das fotos é o convencido do baile. Que azar.

Albert continua se coçando sem parar.

— ALGUÉM AQUI PODE TIRAR ESSE BICHO DE CIMA DE MIM? — ele grita me fazendo o olhar e tento ao máximo parar de pensar nesse pensamento que tive daquele tal casamento de mentira.

— SOU ALÉRGICO A BICHOS. SOU ALÉRGICO A INSETOS, GENTE. EU VOU MORRER E VOCÊS VÃO PARA SEMPRE SE CULPAR POR TEREM PARTICIPADO DISSO E POR NÃO TEREM ME AJUDADO — continua e a mãe dele, uma mulher baixa e um pouco gordinha, se aproxima dele preocupada e tenta ajudar.

— Filho, tira a roupa — ela fala e puxa sua jaqueta vermelha, mas ele a impede.

— Mãe, como vou tirar a roupa aqui na frente de todo mundo? — fala entredente a olhando e vejo que está envergonhado. Ele tenta ao máximo não coçar suas costas, mas não consegue. Coloca as suas mãos para trás até alcançar suas costas e acaba se desequilibrando. Se desequilibra, vai para trás e acaba caindo com tudo no chão.

    O vejo cair no chão de um jeito engraçado e atrapalhado. Nossa... acho que essa cena nunca vai sair da minha cabeça. Eu começo a rir de novo observando tudo e não faço nada. Eu não consigo evitar as minhas risadas.

— Jeferson, para com isso. Eles são visitas. Não ri não — minha mãe me repreende novamente e tento parar de rir, mas sem sucesso.

— Acho que devemos ajudar o garoto — meu pai fala e vejo que ele está impaciente. Deve querer jantar logo, se despedir das visitas e finalmente poder se deitar para dormir. Ele deve está com sono.

— Vem, cara, levanta. Eu vou te ajudar — digo rindo e ergo o meu braço para o ajudar.

— Obrigado - ele diz agradecido e me olha — O que tá acontecendo comigo? Tá coçando muito.

— Relaxa. Não tem abelhas aqui. Nenhuma abelha te picou — eu o tranquilizo sorrindo.

— Ai amiga. Desculpa — a mãe deles fala envergonhada e encara meus pais — Não era para isso ter acontecido.

— Não precisa se desculpar, amiga, e agora seu filho precisa de ajuda — minha mãe abraça a mulher — Seu filho precisa ir para casa.

— Vai ver... — escuto a voz dela de novo e Yasmin continua — Vai ver a roupa dele tá pinicando. Não sei. Me desculpem por todo transtorno que meu irmão causou. Não vai se repetir — se desculpa e vejo que tenta esconder risadas. Ela está querendo rir.

— É. Nosso irmão tem essas coisas.
Tipo uma fobia que ele tem... assim o nome... é... coconofobia — David se intromete na conversa e o olho. Eu começo a rir de novo ao ouvir o nome da tal fobia e sei que isso nem existe.

   David e Yasmin estão suspeitos. Eles devem ter aprontado com o irmão. Meus pais se entreolham confusos. Sério que eles acreditam nisso? Meus pais são espertos. E devem saber que isso é somente armação.

— Yasmin, David - a mulher diz irritada e os encara — Vocês não seriam capazes de...

—  Desculpa aí, dona Verônica, e seu Luciano — Yasmin interrompe a mulher — Mas vamos deixar o jantar para outro dia. Foi bom ver vocês. Tchau —  acena se afastando de nós, está quase abrindo a porta e sua mãe pega em seu braço sem a deixar sair da minha casa.

— Espera, espera. Nós não vamos agora. Vou até o banheiro com o Albert — a mulher a encara irritada e puxa Albert para o banheiro.

— Bom... gente — a minha mãe começa e vejo que está triste por ter acontecido isso — Queria tanto ver vocês — aponta para eles — Não era para ter sido assim...

— Meu amor, relaxa — meu pai se aproxima dela e a abraça —Vão surgir outras oportunidades.

— E todo o jantar que fiz? Vai se perder tudo. Foi tanta comida — ela fala abraçada com meu pai.

   É, minha mãe acreditou nesse negócio de coconofobia. Pensei que eles fossem mais espertos. Acho que Yas e nem David estão querendo que o jantar aconteça.

  Sinto alguém puxar meu braço e me sinto ser levado para um canto da sala. Olho para a pessoa e me surpreendo ao ver Yasmin. Ela solta meu braço.

— Eu esperava nunca mais te ver. Que azar — ela balança a cabeça — Como fui gostar de um garoto como você? Convencido.

— Gostar? Eu ouvi gostar? — logo a pergunto sorrindo —  Claro, né? Eu sou bonito, sou um cara legal, era uma criança do bem. Não tem como não gostar de mim.

— É exibido, convencido, se acha o gostosão. Quer que eu continue? — pergunta e muda o peso do seu corpo para o pé direito.

— Começamos com o pé esquerdo no baile de máscaras — eu rio e lembro da brincadeira besta que fez ela ter raiva de mim — Fiz uma simples brincadeira e você ficou soltando fogo pelas ventas.

— Hahaha como você é, né? Tão engraçadinho — suspira e fecha os olhos — Por que tinha que ser ele Universo? — pergunta baixinho e volta a abrir os olhos.

— Porque eu aqui, Jeferson, um dia conheci uma garotinha doida — digo para ela — A garotinha se importou comigo e quis me ajudar. Ela me fez companhia. Foi meu brilho no meio da escuridão. A garotinha foi a minha salvação.

— A garotinha viveu coisas bonitas com esse garotinho antissocial —  Yasmin continua a história e isso me surpreende — Não lembro de muitas coisas, mas a amizade que formamos foi linda.

— E os olhos da garotinha eram lindos. Eram não. Ainda são — eu sussurro sem querer. Droga por que estou sussurrando?

— Meus olhos são um mistério, cara. Ninguém os entende — sorri e vejo que ela está se soltando e consigo manter a conversa.

— Seus olhos agora brilham. Parecem vagalumes — eu a encaro sério — É como eu disse. Você foi meu brilho no meio da escuridão. É injusto a gente ter esquecido isso.

— Não lembro — fala com tom sério —  Mas meu irmão, David, se lembra. Ele me contou que fui eu que me afastei de você. E nossos pais devem estar viajando achando que vamos nos unir com o jantar. Tipo, claro que não. Infância é passado e no presente nossa amizade nem existe mais.

   Percebo que não é fácil manter uma conversa com essa garota. Ela ainda tem raiva de mim por causa do baile de máscaras. Acho que eu estava errado. É como ela disse.

  Infância é passado e no presente a amizade não existe mais. Fim.

Eu fico calado depois disso e não ouso mais falar nada. Escuto umas vozes, vejo Marlene vim com o gêmeo, meus pais vão para perto deles.Me viro para garota de novo e encontro solidão.

   Me deixa sozinho ali e percebo que está perto de David. Eles são bem unidos. Suspiro cansado por ter tido uma conversa diferente e não ter saído como eu gostaria. Pelo menos fui sincero.

— Vamos conversar quando chegarmos em casa — escuto a mulher falar para a filha e fico na minha ao me aproximar deles.

   Meus pais se despedem da mãe deles, dos filhos e da filha mais nova. Eu os observo. Yasmin olha para trás quando está perto de abrir a porta.

   Seus olhos, como vagalumes no meio da noite, encontram os meus e a conexão que sinto é de outro mundo.

O primeiro olhar, o primeiro contato, a primeira brincadeira.

   Nós não imaginávamos o quanto tudo isso faria diferença.

   Somos como sol e lua.

   Separados por muito tempo.

   Mas acho que temos um laço que nos une.

   Não importa o tempo que nós estamos separados, não importa se brigamos, se nos estranhamos, se estamos distantes. Se nem nos conhecemos.

   Sabe aquela história do fio vermelho do amor?

  Acho que esse fio nos une. Como diz na internet:

  "O destino conecta as pessoas com um fio vermelho no dedo mindinho e independente do tempo ou distância, essas pessoas irão se encontrar e realizarão uma história, seja ela de amor ou ódio."

  Agora me pergunto: Será que os opostos podem mesmo se atrair?
Ou isso pode gerar somente confusão?

   Existem muitos amores e um deles é um Amor Quase Impossível. Como o nosso.

   Eu disse quase...

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