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Capítulo nove

Yasmin narrando

   Novo dia, final de semana, domingo. Eu pisco os olhos para me acostumar com a claridade que entra pela janela. Coloco a mão na cabeça sentindo uma dor bastante chata acima dos meus olhos. Onde estou?

    Olho para o lado e eu vejo que estou na cama da minha amiga. Parece que ela não está aqui. Acho que exagerei mesmo nas bebidas ontem e para o meu azar ainda acordo me sentindo bem mal. Nossa e faz muito tempo que não tenho ressaca. É até estranho sentir isso novamente.

    Dor de cabeça, boca seca, dor chata nos olhos e estou com um mal estar.Para piorar ainda preciso voltar para casa o mais rápido possível, porque se não minha mãe me mata. Eu só espero que ela não esteja com raiva de mim. Não fiz nada de errado e ela não precisa saber que eu bebi.

  Lembranças de ontem a noite surgem em minha mente. Eu lembro de quase tudo e não fico muito feliz quando me recordo do garoto que conheci ontem. Ele foi a pessoa que quase estragou minha felicidade, mas eu fiz de tudo para que isso não chegasse a acontecer.

   Ontem foi ontem, hoje é hoje e vamos em frente. Preciso voltar para casa, fingir que nada aconteceu e tentar ser quem eu era antes. Adeus Yasmin obediente, santinha e organizada. Eu não sei ser assim por muito tempo e ficar adiando minha mudança só vai tornar as coisas mais complicadas para mim. Preciso agir com ou sem ajuda.

   Conto de um até dez mentalmente e me levanto da cama. Não sei onde encontro forças para isso, mas tento começar a tirar meu vestido. Guardo o vestido na minha mochila e a sandália em uma sacola.Visto a mesma roupa que vesti quando vim para casa dela, pego o meu celular, coloco no bolso do short e saio do quarto. A casa está silenciosa.

    Desço as escadas e encontro os pais da Jade. Eles estão na cozinha, mas eu prefiro não me despedir deles. Meu plano é ir para casa e tentar dormir novamente. Depois eu mando mensagem para Jade explicando o motivo de eu ter saído da casa dela bem cedo. Vai ser melhor assim.

     Na calçada eu chamo um táxi e fico só esperando. Depois de pouco tempo o carro chega, entro e digo para o motorista para onde quero ir. No caminho eu quase dormi no carro e precisei lutar contra o sono que estou sentindo agora. Quando chego em casa agradeço mentalmente por isso.

    Fecho a porta da sala tentando não fazer nenhum barulho.Quando me viro tomo um susto ao perceber que minha está sentada  no sofá, de braços cruzados e não adianta mais eu ignorar ela. Minha mãe está com raiva e seu olhar mostra isso. Escutar todas as broncas agora ou correr para o quarto e adiar essa conversa?

    Eu pego na cabeça e a dor continua, mas o que me incomoda mesmo é o mau estar. Cruzo os braços olhando para ela somente para ganhar um pouco de tempo e ela é a primeira a falar.

— Você sai sem avisar para onde vai, passa  um dia fora de casa, me deixa preocupada pensando no que pode ter acontecido — ela diz sem parar de me olhar e continua — Passa uma noite fora de casa e quando chega acha que está tudo bem, tudo ótimo, tudo... de boas como vocês tem costume de dizer.

— Bom dia mamãe — digo sorrindo bem forçado. Eu disse que estava ganhando um pouco de tempo somente para tentar me explicar do jeito certo — Como a senhora está? Eu também estou bem ok? Obrigada por perguntar.

— É melhor começar a se explicar antes que eu eu perca minha paciência garota — ela diz impaciente e se levanta.

— A paciência que a senhora mesma nunca teve? — eu a desafio e tento ignorar tudo o que estou sentindo — Nem com seus filhos pequenos se esforçou para ser um pouco paciente. Quem dirá com uma filha maior, não é? Com uma jovem que cresceu sem nem saber como era se sentir amada pela sua própria mãe.

   Acho que ela percebe que eu estou meio diferente. Passei de dezembro a um pouco do mês de janeiro sendo boazinha, nunca respondia a minha mãe, tentava ajudar em casa e poucas vezes saia com a Jade. Aquela antiga pessoa morreu ontem.

— Você está querendo mudar de assunto. Pensa que eu não sou esperta? — suspira e percebo que é melhor eu não brigar e me explicar logo — Não me peça para ser uma mãe paciente porque nunca fui esse tipo de mãe. 

— Eu sei bem que tipo de mãe a senhora é — sussurro e respiro fundo — Ontem eu passei o dia na casa da Jade e a noite fui para o baile de máscaras do Diego. Lembra dele?

— Custava ligar para avisar? Eu fiquei aqui sem saber o que fazer e somente os seus irmãos me ajudaram — diz e lembro do dia que ouvi ela dizendo para uma amiga que eu sou um desgosto e a ovelha negra da família.

— Te mandei mensagem de noite — digo cansada — Não me esqueci da senhora.

— Não chegou nenhuma mensagem no meu celular — diz confusa, mas tenta não perder o foco.

— Mas eu mandei—pego o meu celular e procuro em mensagens — Achei. A última mensagem enviada foi para... Marlene da Silva?

— Quem é essa? — ela pergunta com raiva — Então você se confundiu para quem iria enviar só por causa do meu nome?

— Desculpa mãe — me sento no sofá — Eu devo ter me confundido mesmo. Mandei foi para uma amiga minha.

— Não quero saber das suas amizades — levanta a mão me fazendo parar de falar — Estou cansada,  Yasmin. Você só me traz decepção e desgosto. Nem venha dizer que estou exagerando porque você sabe bem que eu digo a verdade.

— Prometo avisar da próxima vez — quase imploro, quase junto as mãos e faço cara de tristeza. Foco Yasmin, foco agora.

— Nunca prometa o que não pode cumprir — ela me encara e vai para a cozinha. Eu a sigo, pois sei que a conversa não acabou — Não sei o que eu fiz para merecer uma filha dessas. Onde errei Senhor?

   Penso em dizer que ela errou muito em ter sido uma mãe fria,que preferiu agir com perfeição na educação dos gêmeos e esqueceu que tinha outros dois filhos. Eles também precisavam dela. Ainda precisam apesar de estarem grandes.

   Abro minha boca para dizer isso e antes que eu falasse algo escuto a voz do Albert. Não sei dizer exatamente onde ele está.

— Olha quem decidiu se juntar a família — ele diz entrando na cozinha — Novamente a Yasmin rebelde trazendo problemas para a mãe.

— Queria poder ignorar e fingir que certa pessoa não existe — reviro os meus olhos, pego a caixa de remédios e procuro um para dor de cabeça.

— As vezes eu também gostaria de fingir que certa pessoa não está aqui sabe? — ele passa a mão no queixo — Infelizmente é difícil ignorar a existência da minha irmã querida.

   Albert foi irônico. Eu sei bem disso, mas não vou dizer nada por enquanto. Tomo o remédio e bebo bastante água. Albert me observa em cada coisa que faço. Eu sinto o olhar dele sobre mim mesmo sem estar o encarando como ele está fazendo comigo.

   Meus irmãos gêmeos são idênticos. Eles são bonitos sem precisar fazer nenhum esforço para isso. Os dois tem olhos azuis, cabelo preto, são altos, corpo malhado e com algumas tatuagens.

   Alex pintou a parte de cima do cabelo de platinado, tem tatuagem no braço direito, um piercing no nariz e usa brinco. Albert tem tatuagens pelos dois braços, uma no pescoço, cabelo médio e aparece covinha na bochecha quando ele sorri. Um sinal de beleza que muitas pessoas gostam.

    Meus irmãos tem olhos azuis apenas por se parecerem com o meu pai. David puxou um pouco a minha mãe e eu sou meio sem graça. Sou simples melhor falando e ainda não tenho a beleza que eles tem. A única coisa diferente que tenho são meus olhos. Eles são cor de avelã.

     Depende muito do lugar onde eu estou, depende muito da luz desse lugar, depende muito, porque até hoje as pessoas confundem a cor dos meus olhos. Eles são castanhos as vezes, em outro lugar bom outra luz parecem ser verdes.Depende muito da luz para determinar a cor deles.

   Mas na verdade descobri que meus olhos são avelã.

   Minha mãe começa a fazer o café e eu fico calada. Albert ainda me observa e deve querer me irritar com isso. Conheço bem o jeito dele. É irritante as vezes e chega a me cansar. O sorriso não some dos lábios dele.

— Aproveitou a festinha do seu amigo? — ele pergunta com voz divertida.

— Sempre vou para me divertir — sorrio o encarando agora.

— Aproveitou tanto — diz e pisca para mim — A ponto de se divertir, dançar e ainda ficar aos beijos com o Leonardo.

    Como ele sabe que fiquei com o Léo? Eu arqueio as sobrancelhas confusa. Será que o Albert estava no baile de máscaras? Só que ele nem fala com o Diego.

— Que história é essa? — a minha mãe se intromete na conversa — Yasmin, explica isso agora.

— Que interrogatório de vocês — coloco as mãos no rosto — Não devo explicações de nada a esse idiota. Me deixa em paz.

— A ele não deve mesmo — ela segura o meu braço — Mas a mim você precisa me contar tudo. Isso que ele disse é verdade?

— E se eu tiver ficado com um garoto? — pergunto séria — Qual o problema? Já sou bem grandinha mamãe. Vai me bater de novo como fazia sempre que eu aprontava quando era criança?

— Não me provoca, sua mal criada — ela grita, me solta de repente me fazendo desequilibrar um pouco e quase cair — Eu disse para você nunca mais falar com esse moleque.

— Ele não é nenhum moleque — eu grito também e ignoro ela ter me chamado de mal criada. Minha mãe sempre diz coisas desse tipo para mim. É daquelas que fala tudo o que tiver vontade e não se importa se magoou a pessoa. Principalmente com os filhos.

— Seu irmão não mentiria— quando o olho ele está terminando de fazer o café. Ainda com o mesmo sorriso — Era para nunca mais chegar perto desse moleque e quem dirá se atrever a ficar se agarrando com ele.

— Agora não posso mais ficar com nenhum garoto — digo sem acreditar muito que é isso que ela quer.

— Demorou para perceber — anda pela a cozinha —Agora está falando minha língua. Pena que custou tanto para aprender uma coisa simples dessas.

— Se me permitem — Albert diz e levanta o dedo — Postaram fotos do baile e em uma delas aparecia vocês se beijando. Quer que eu mostre a foto mãe?

— Não precisa mostrar nada, queridinho — sorrio forçado — Você já conseguiu o que queria. Me colocar contra minha mãe.

— Se eu pudesse seria mãe somente dos seus irmãos. Voltaria anos atrás e nunca teria ficado grávida de você — ela diz com tranquilidade como se o que acabou de falar fosse algo bem normal. Sério que eu escutei isso da minha própria mãe?

— Acabou a conversa? O sermão todo? — pergunto irritada e seguro as lágrimas — Posso ir para o quarto? Obrigada.

— Do quarto para a sala, cozinha e para o banheiro — ela grita e me assusto. Estamos perto uma da outra. Não tem necessidade de gritar — Você está de castigo. Vamos ver se assim aprende que quando eu digo não é não.

— Estou de castigo porque fui ao baile de máscaras? — coloco as mãos na cintura — Que motivo especial a senhora tem?

— Não me obedeceu quando eu disse para que ficasse longe do Leonardo — responde calmamente — Vai ficar sem receber visitas daquela Jade e de quem quer que seja. E agora estamos entendidas?

— Ainda acho um castigo sem sentido — uma lágrima cai pela minha bochecha e eu enxugo rapidamente — Me proibir de falar com o meu amigo de infância. A senhora quer controlar minhas amizades. Agora eu que te pergunto...o que fiz de errado afinal para merecer isso?

— Do quarto para a cozinha, sala, banheiro e da caminhada para casa. Sai da minha frente — aponta para escada como se ela quisesse me expulsar — Antes que eu me esqueça.Hoje vamos jantar na casa de uma amiga minha e nada de me fazer passar  vergonha.

— Te provei que sei fazer um simples café — digo rapidamente — Deveria confiar um pouco mais na sua filha. Eu não sou uma inútil como a senhora pensa e várias vezes eu te provei tudo o que sei fazer. Não vou te fazer passar vergonha na frente de uma amiga sua. Satisfeito com tudo o que você causou, queridinho?

    Me refiro ao Albert e sem esperar a sua resposta subo as escadas correndo. Essa é a minha mãe. Calma só as vezes e bastante descontrolada depois. Eu reconheço que errei de não ter ligado para avisar onde eu estava. Reconheço meus erros, mas ficaria tudo bem se eu não tivesse me confundido na hora de enviar a mensagem. Agora o estrago todo já foi feito.

    Fecho a porta do quarto com força. Não quero falar com ninguém e nem ouvir a minha mãe dizer nomes feios comigo. Eu só preciso dormir para me recuperar dessa ressaca. Nada de chorar, nada de desabar em lágrimas, nada de me culpar. Tudo o que quero é dormir.

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