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O poder de sedução


Torre Oráculo 20:30, quarto da princesa...

Catarina

Passei praticamente à tarde no meu quarto, que era impecável e luxuoso. Por sorte, esse quarto ao qual eu estou hospedada, me dá uma vista previligiada do jardim central. E por esse fato, eu pude contemplar a bela visão de Camus cuidando do jardim. Ele cuidava das rosas e das demais plantas. A visão daquele belo homem sem camisa aguçava ainda mais meu desejo por ele — eu sentia a extrema necessidade de provar daquele belo homem, que só pelo fato de eu vê-lo sem camiseta já sentia um calor imenso incendiar meu corpo e molhar minha calcinha. De fato, eu não iria me sossegar enquanto eu não conseguir me deitar com ele.

De repente, venho sair de meus devaneios ao ouvir alguém batendo à porta de meu quarto. E, ao eu abrir a porta para ver de quem se tratava, dei de cara justo com a songa monga da Monalisa.

— Vossa alteza, o jantar logo será servido. A senhorita deseja que lhe sirva em vosso quarto, ou prefere que lhe sirva na sala de jantar?! — a babaca perguntava sorrindo.

— Pode deixar, Monalisa. Eu prefiro jantar na sala de jantar. — falei esboçando um sorriso falso.

— Como a vossa alteza, quiser. — soltou de forma educada.

— Eu gostaria que você e o Camus me fizessem companhia. — pedi educadamente.

— Mas, vossa alteza, somos meros serviçais. — afirmou com modéstia.

— Não diga isso, Monalisa. Vocês são pessoas muito importantes e especiais. Eu irei amar ter a companhia de vocês dois junto a mim. — comentei sorridente.

— Como quiser, vossa alteza. — disse convicta. Logo em seguida, a sonsa me deu as costas, retornando aos seus afazeres. E eu novamente adentrei ao meu quarto, para assim escolher um vestido perfeito para a ocasião. Me troquei, me arrumei e me perfumei, e após estar devidamente pronta, fiquei me admirando na frente do espelho, vendo assim a minha bela imagem e o quão sexy eu estava. — É hoje que eu fisgo o belo, Camus. Porém, terei que tirar a imbecil da Monalisa do caminho. — eu dizia a mim mesma em pensamentos. Depois, me afastei do espelho e segui rumo à imensa, iluminada e bem decorada sala de jantar. — De fato, o rei Milo e a rainha Yula possuem muito bom gosto. — pensei comigo mesma, me sentando numa das cadeiras enquanto admirava a cada detalhe do belíssimo ambiente, ficando a espera do belo homem pelo qual nutro um imenso desejo, e da songa monga da Monalisa. Minha espera não demorou sequer cinco minutos, pois logo os dois vieram adentrando a sala de jantar juntos. A idiota estava trajando um delicado vestido branco, com pequenas flores desenhadas. Já ele, trajava uma roupa sem muito luxo, mais que continuava a valorizar sua beleza natural e peculiar.

— Boa noite, vossa alteza. — a idiota cumprimentava sorrindo.

— Boa noite, Monalisa. — respondi ao seu cumprimento de forma educada.

— Boa noite, vossa alteza. — o belo Camus soltava com sua voz grave e máscula.

— Boa noite, Camus. — soltei quase me derretendo.

— Por favor, sente-se. — mandei sorrindo. Em seguida, os dois se sentaram nos seus devidos lugares; Monalisa se sentou ao meu lado e Camus se sentou de frente para mim. Logo depois, as serviçais adentraram a sala de jantar para nos servir.

O jantar realmente estava digno de reis e rainhas, regado a um bom vinho de uma longa safra. E eu tinha um plano fixo em minha mente, na questão de tirar a sonsa do meu caminho, para assim eu poder desfrutar daquela noite com o Camus, aquela bela tentação de olhos azuis.

Numa breve distração da idiota, eu batizei sua taça de vinho, com uma generosa quantidade de sonífero, ao qual não demorou a fazer efeito já que a idiota era fraca para beber, e que por sorte minha ela mesma acusou seu mal-estar e sua súbita sonolência nas duas ou três taças de vinho que havia bebido.

Ao vê-la passando mal, Camus desejava levá-la para o seu quarto, mas eu pedi para um guarda o fazê-lo para que assim eu pudesse ficar a sós com aquela belíssima tentação masculina.

E eu consegui obter êxito no meu plano, pois após várias taças de vinho, eu finalmente consegui seduzir por completo, e nós seguimos para o meu quarto para nos amar de uma forma mútua e cheia de desejo e volúpia.

Enquanto isso, em Rodório, residência de Mu e Luna...

Mu

Após mais um exaustivo dia de trabalho, logo depois do jantar, segui para o meu quarto para ler e relaxar um pouco. Na verdade, eu me sentia triste, pois hoje eu vi a minha amada Saori junto de Abel, seu namorado, que é chefe da guarda do rei Shion — ele não passa de um cara arrogante, vaidoso, presunçoso e estranho.

Ele me odeia e me enxerga como uma ameaça. E eu não entendo o porquê dele me ver assim dessa forma, pois o pai da Saori o escolheu para ela. Ele possui um posto elevado no reino do rei Shion, enquanto eu só sou um mero e simples artesão. Ou seja, jamais conseguirei reaver o amor de minha amada novamente, eu já me dei por vencido.

O pai dela nunca gostou de mim, muito menos de minha humilde e simples profissão. Mesmo a amando, eu terei que esquecê-la. Afinal, é com o Abel que ela está agora e me parece que de fato ela está feliz com ele. Eu sou obrigado a assumir que ele tem condições de oferecer uma vida melhor a ela, muito melhor do que eu poderia oferecer.

De repente, saí de meus tristes devaneios, pois meu celular começou a tocar, e ao eu atender, do outro lado da linha era meu amigo Shaka.

— Boa noite, Mu. — ele dizia calmamente.

— Boa noite, Shaka. — respondi num tom calmo, mas sem entusiasmo.

— Mumu, o que há com você? Me parece triste... Já sei! O motivo é a Saori, né? Você não consegue esquecê-la, não é? — uma lista de indagações saía de sua boca.

— Nossa... Está tão notório assim, minha dor de cotovelo, em ver a Saori com aquele arrogante do Abel? — perguntei sério.

— Mumu, depois da dona Luna e da Sasa, eu acho que sou a pessoa que mais te conhece. — soltou convicto.

— Por favor, vamos mudar de assunto, pois não desejo falar da minha ex, e você sabe muito bem os meus motivos. — mandei triste.

— Eu sei... Mas eu preciso lhe dizer sobre algo que eu acabei de ver. — o loiro soltava num tom que me deixava curioso. 

— O quê? Se for para me contar de suas putarias, por favor, me poupe dos detalhes sórdidos. — eu disse diretamente.

— Não é sobre mim, muito menos sobre a minha vida sexual, Mumu. Embora você ame saber sobre isso. — relatou descaradamente.

— Para, seu presunçoso. Assim, eu vou desligar o telefone, seu metido se achão. — comentei sério, mas no fundo sentia vontade de rir.

— É sobre o namoradinho da sua ex, o perfeito Abel, que de perfeito não tem nada. — mandava sério.

— Lá veem você, Shaka. Eu já lhe falei que não desejo colocar o assunto Saori e Abel em pauta. — falei num tom seco e irritado, antes de desligar o telefone. Em seguida, coloquei o aparelho sobre o criado-mudo, e depois me ajeitei na minha cama, na tentativa de dormir, porém demorei muito a fazê-lo, pois por algum tempo corroia em minha mente, o que Shaka havia dito antes de eu desligar o telefone na sua cara...

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