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A grande conquista de Fler


Rodório, residência de Mu e Luna, quarto de Mu...

Mu

Fiquei ali por alguns minutos, só de olho no traidor do Abel que estava beijando a Saori. A raiva me corroia tanto que a minha vontade era de ir até a casa da Saori, só para poder quebrar a cara daquele traidor cafajeste. Porém, eu tive de me conter para não ir fazê-lo.

Então permaneci os olhando até ver o pai dela aparecer no portão e chamá-la para entrar. Eu achei pouco e bom para o verme do Abel, pois pelo fato do pai dela sair de cara feia no portão era notório que ele também estava os vigiando. Quando eu a namorava, o senhor Tatsumi sempre ficava de olho em nós dois também.

E, pela cara do cafajeste traidor, o mesmo parecia ter ficado irritado e chateado pelo fato do pai da Saori praticamente obrigá-la a entrar em casa.

Depois de eu ver que o desgraçado havia ido embora, fechei minha janela e puxei as cortinas. Em seguida, apaguei a luz e me deitei na minha cama na tentativa de dormir.

Enquanto isso, na casa de Saori...

Saori

Após meu pai praticamente me obrigar a entrar em casa, eu segui até o meu quarto para tirar minhas roupas e vestir a minha camisola. Enquanto me trocava, me remeti ao passado, me lembrando do Mu. De fato, eu o amava e ainda o amo. Porém, meu pai sempre foi contra o nosso relacionamento. Ele sempre menosprezou o Mu e o seu trabalho, pois acha que a profissão de ferreiro nunca foi digna, e que o Mu jamais poderia me dar uma vida confortável e digna da forma que ele acha que Abel possa me dar.

Meu pai, de fato só visa bens materiais e vê em Abel uma oportunidade perfeita para assim fazer muito mais valia o seu trabalho de comerciante.

Eu não amo o Abel, como eu continuo amando o Mu. Porém, ele me trata bem, e o mesmo não cansa de dizer e demonstrar o quanto me ama. E por esse fato, eu aprendi a gostar dele e ter carinho.

— Desde que o Mu e eu fomos obrigados a nos separar, eu quase não ando o vendo. E, provavelmente, ele já até me esqueceu. — pensei me sentindo extremamente triste. — Saori, chega de relembrar do passado, pois a história que você viveu com o Mu, de fato é passado. E o seu presente e futuro é o Abel que tanto te ama. — eu dizia a mim mesma em pensamentos, enquanto tentava dormir.

Enquanto  isso, no castelo do rei Milo Seferis...

Rei Milo

Após um delicioso banquete, oferecido por mim e minha esposa, a alguns monarcas da Grécia, eu resolvi ir até o meu quarto que divido com a minha esposa, pois não estava me sentindo muito bem. Resolvi ir me deitar mais cedo. Porém, ao chegar ao quarto, o mesmo parecia que havia tido alguém ali antes, mas de fato por eu estar me sentindo um pouco indisposto e estar cansado, eu sequer me importei com isso.

Então, retirei as incomodas roupas de gala e me deitei na imensa cama de casal, estando nu mesmo. Após alguns minutos, eu peguei no sono.

Duque Kanon

Eu e meu irmão Saga fomos convidados para o banquete real, do arrogante e prepotente rei Milo Seferis. Meu irmão e ele são amigos desde a adolescência, porém eu nunca gostei do Milo, pelo fato dele ser um tanto arrogante e se achar o melhor dentre os monarcas da Grécia. Eu o acho um exibido, nariz empinado. E hoje eu só vim até esse jantar, com uma fixa ideia de matar esse maldito hipócrita. E o próprio paspalho me deu a oportunidade de ouro, ao propor um brinde comigo, pois eu batizei a sua bebida, e logo o mesmo já dava os indícios de estar se sentindo mal, pois ele com certeza foi até seu quarto para dormir. Agora, com os guardas todos fazendo a segurança do castelo do verme, será fácil eu entrar no quarto dele para matá-lo, enquanto dorme.

Eu ainda forjarei que foi ele mesmo que tirou a própria vida, pois eu irei matá-lo com sua própria adaga, sem deixar minhas impressões digitais na mesma, colocando assim a arma na sua mão, deixando notório a todos que foi ele mesmo que tirou a própria vida.

Eu ia feliz da vida enquanto seguia a caminho do quarto do maldito. E pelo fato dos guardas estarem fazendo a segurança tanto dos nobres, quanto do castelo do maldito verme, consegui entrar facilmente no quarto do desgraçado que dormia profundamente, totalmente indefeso. E já estando com a arma em punho, eu me preparava para matá-lo, porém fui surpreendido por uma bela e bem trajada moça de longos e ondulados cabelos dourados como o sol.

— Solte imediatamente esse punhal, duque Kanon. — soltou com imponência.

— Eu não soltarei nada, mulher. O que é?! Você está tentando poupar a vida desse seu amante miserável, sua meretriz? — indaguei a encarando.

— Não ouse tentar matar o rei, seu maldito. Ou você provará a minha ira. — falou num tom ríspido entre os dentes.

— E o que uma bonequinha linda e gostosa poderá fazer comigo? — perguntei malicioso, próximo a ela, enquanto passava a ponta da minha língua na sua delicada orelha.

— Você quer ver mesmo o que eu farei, seu maldito repugnante? — soltou diretamente, enquanto segurava a minha mão direita com força, na tentativa de me desarmar.

E ela conseguiu me desarmar, mesmo eu tentando me defender — ela nem parecia uma delicada mulher, pois além de me desarmar, me deu uma baita surra, e em seguida chamou alguns guardas para me prender na masmorra do castelo.

Algumas horas depois, no aposento real...

Milo

Acordei um pouco zonzo e confuso ao me deparar com minha esposa, meu tio, Degel, Fler e outros monarcas ali presentes em meu quarto — fato que eu não estava entendendo nada até Degel e minha esposa começarem a contar assim o grande feito e coragem de Fler. Naquela mesma noite, diante de todos ali presentes, eu reconheci seu ato heroico. E mesmo sem as formalidades, a nomeei a nova chefe da guarda real.

No dia seguinte, eu faria o reconhecimento da mesma diante de toda corte, o reino e os guardas.

Dia seguinte, 8:00 da manhã, no imenso pátio do castelo do rei Milo Seferis...

Rei Milo

Com toda a guarda, súditos e a corte presentes, dei o início a solenidade de nomeação da senhorita Fler Albuquerque, como a nova chefe da guarda real.

— Senhorita, Fler Albuquerque. Diante dos súditos, da corte e dos guardas, eu a nomeio com muita satisfação como a nova chefe da guarda real de meu reino. — eu dizia com extrema satisfação diante de todos.

— Muito obrigado, majestade. Me sinto honrada em assumir o posto de chefe da guarda de vosso reino. Lhe prometo que o senhor jamais irá se arrepender por ter me dado vosso voto de confiança. — ela agradecia feliz, e seus olhos verdes-água brilhavam demonstrando sua imensa alegria e satisfação.

Enquanto  isso, no quarto de Kardia...

Geist

Adentrei o quarto de Kardia, após ele mesmo autorizar a minha entrada, porém ao entrar no mesmo me deparei com o ele solvendo uma dose de uísque enquanto olhava aborrecido pela janela de seu quarto.

— Por que você não foi assistir a solenidade da nova chefe da guarda? — indaguei como quem não quer nada.

— Você acha mesmo que eu perderia meu precioso tempo assistindo uma palhaçada dessas, Geist? — soltou ríspido após arremessar o copo através da janela

— Isso te aborrece, não é mesmo, querido? — comentei estando próxima dele.

— Claro que isso me aborrece, minha morena. — disse se virando de frente para mim.

— Amor, não fique assim, pois com certeza ela fará um bom trabalho a frente da guarda real. — falei inocentemente.

— Deixe de ser burra! Desde quando uma mulher tem prestigio para liderar um cargo elevado desses? Mulher só serve para satisfazer os homens e fazer serviços domésticos. — soltou irritado, fato que me deixou irritada e indignada. Em seguida, dei as costas a ele, fazendo menção de sair do seu quarto, porém o mesmo segurou meu braço. — Aonde você vai, minha gostosa? — indagou como se não houvesse acabado de dizer tantas besteiras, com seu machismo de sempre.

— Eu vou voltar para os meus afazeres, aonde me cabe, Kardia. — avisei raivosa.

— Amor, você não está brava com o que eu disse não, não é? — perguntou com sua cara de safado de sempre.

— O que você acha? — indaguei de cara fechada.

— Desculpe, morena. Eu não tive a intenção, meu amor. — comentou sorridente.

— Não quero saber! Me solte, por favor! Eu vou trabalhar agora. — contei brava.

— Não faz assim não, minha gostosa. Eu já te pedi desculpas! Vem cá e me faça companhia. — pediu malicioso. 

— Sinto muito, querido. Porém, no momento, eu não quero e não estou com tempo disponível para você. E, por favor, solte meu braço.

— Está bem! Pode ir então. Depois não venha atrás de mim, quando sentir falta de meus beijos e querer fazer bem gostoso, pois eu me negarei em te dar prazer. — soltou irritado.

— Não se preocupe, Kardia. Se eu quiser, arranjo outro ou outros para me satisfazer. — avisei nervosa.

— Não brinque comigo não, Geist! Você não sabe do que eu sou capaz! — disse com raiva, enquanto segurava os meus pulsos com força.

— Me solta! — mandei com os olhos arregalados, pois temia ele fazer o pior comigo. — Você está me machucando.

— Vai! Saia já daqui. E se eu sequer desconfiar que você está se deitando com outro, eu não responderei por mim. — em seguida, o mesmo me soltou, e eu saí de seu quarto às pressas e morrendo de medo...

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