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Terceiro Capítulo: Quando um raio cai duas vezes no mesmo lugar


No dia seguinte consegui embarcar no último trem que seguiria para Nagasaki, eu precisava sair daqui, pois tinha que encontrar o Lorenzo de qualquer jeito, mesmo depois de procura-lo por quase um dia inteiro e não encontrar nada eu ainda tinha esperanças, mesmo contra todas as possibilidades eu precisava tentar.

Passei a viagem toda, ajudando as pessoas feridas que viajavam comigo, troquei os curativos quando era absolutamente necessário, segurei a mão de outros que choravam de dor e eu não tinha um remédio comigo para aliviar seu sofrimento. As crianças choravam baixinho, algumas lágrimas de sangue consequência da exposição a bomba, a maioria delas estavam com a pele queimada e as roupas rasgadas, por isso foram distribuídos cobertores na entrada da estação. No entanto a quantidade não foi suficiente para todos e ainda tinham crianças e mulheres vestindo pequenos pedaços de pano.

Cheguei a duvidar que muitos iriam desembarcar vivos ao nosso destino, mas não hesitei nenhum segundo em tentar ajuda-los mesmo assim.

Quando eu já estava exausta chegamos a Nagasaki, a cidade apesar de ter sido bombardeada outras vezes, nada na proporção do que aconteceu em Hiroshima tinha uma melhor infraestrutura para cuidar dos feridos, as pessoas desciam chorando e eram amparadas por médicos, enfermeiros e voluntários, eram poucos pela quantidade de feridos, mas ainda sim era melhor do que permanecer em Hiroshima onde tinha pouca ou nenhuma ajuda.

Ajudei os sobreviventes mais debilitados a descer do trem e procurar ajuda nas tendas improvisadas na estação mesmo, depois de muitas horas trocando vários curativos e fazer outros tantos. Consegui descansar escorada numa coluna de concreto, bebi um pouco de água, enquanto comia uma maça que havia ganhado de uma senhora assim que desembarquei.

Apesar dos gemidos e choros dos doentes, eu consegui voltar no tempo e lembrar com carinho no dia que me despedi do Lorenzo no campo de batalha e segui para Hiroshima, era uma manhã fria e apesar de ainda estar nos seus braços eu sabia que aquela sensação de segurança que sempre estava comigo depois que eu o conheci iria desaparecer a partir de hoje, cada um iria seguir rumos diferentes, o Lorenzo iria voltar para o seu país para se recuperar do seu ferimento de guerra e talvez não retornasse nunca mais, enquanto eu estava voltando para trabalhar num hospital em Hiroshima.

— Eu prometo ir te visitar em Hiroshima assim que puder, meu amor. — O Lorenzo diz com as mãos no meu rosto, enquanto me dava outro caloroso beijo na boca.

— Você tem certeza que nunca vai se esquecer de mim. — Eu suplico agarrada na sua cintura.

— Pode contar com isso, nós vamos nos encontrar novamente, você pode apostar minha vida nisso. — Essas foram as palavras que me fizeram seguir adiante quando eu pensei em desistir.

Na manhã seguinte acordei na cama improvisada, ainda na estação que desembarquei na tarde de ontem. Estava frio e meus dedos doíam muito. Deitei nesse colchonete já de madrugada e consegui fechar meus olhos pouquíssimas vezes. Dormi com os braços em volta do meu corpo como um cobertor. Porém isso não foi suficiente, os gemidos, choros e sussurros das pessoas sofrendo naquele lugar, não me deixaram pegar no sono. Caminhei devagar até a cozinha improvisada ali mesmo, a comida era escassa, mas consegui um pedaço de pão e uma xícara de chá quente, isso devia segurar minha fome pelas próximas horas. Então bebi o mais rápido que consegui e depois fui ajudar os pacientes que pareciam aumentar de um dia para o outro, até que exatamente às 9: 00 horas da manhã tocou um alarme de aviso para um ataque aéreo.

Eu gelei e paralisei no lugar de medo, pois não sabia o que fazer, as pessoas me olhavam apreensivas.

— Corra e se protejam antes que seja tarde demais. — Alguém gritou atrás de mim.

As pessoas começaram a correr sem direção em pânico, porém os que não podiam andar ficaram deitados nas macas horrorizados, com um semblante de medo.

Eu não corri, nem tentei me esconder, sentei ao lado de uma criança que estava com mais da metade do corpo queimado, segurei sua mão e esperei. Esperei por exatamente duas horas e um minuto, até que senti o impacto, meus pés tremeram, as colunas se desestabilizaram, a poeira levantou e eu fechei meus olhos esperando a morte chegar. Mas ela não veio, não sei por qual razão eu permaneci viva e o lugar ainda estava intacto.

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Essa é uma parte da história da humanidade que nunca deve ser esquecida, não importa quanto tempo passe, precisamos lembrar até onde a humanidade pode chegar.

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