33 [Tensão]
Boa leitura, borboletas. ❤️🦋
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BEATRICE
(♥)
- Você tá linda, gostosa. - Camila dizia, enquanto me olhava com um sorriso de admiração nos lábios, consigo sentir a sinceridade através de suas palavras.
Nossa amizade sempre foi uma amizade sincera, cheia de carinho, admiração e companheirismo. Sempre fomos tão unidas ao ponto de nos considerarmos irmãs, nossa conexão e o amor que sentimos uma pela outra, era difícil de se expressar com qualquer palavra existente no dicionário, e talvez não fosse necessário palavras para deixar claro o que nossos sorrisos diziam.
- Vai lá e acaba com aquela vaca. - Continuou a dizer, agora fazia uma cara de nojo, qual eu já estava tão acostumada a ver, já que não era difícil Camila não gostar de alguém, era sempre crítica e debochada, o que me faz rir.
Ao ver meu reflexo no espelho, me sinto feliz ao ver meu reflexo através dele. Vestia um vestido longo e de tecido leve, a cor era a minha favorita, lilás. Meus cachos escuros estavam presos em um penteado e a maquiagem era leve, nada que chamasse muita atenção, já que a cadeira de rodas já fazia esse trabalho.
- Tá parecendo uma princesa. - Agora foi a vez da Ana dizer, seus olhos brilhavam tanto. - Realmente, Bea. Roxo te valoriza muito, você vai arrasar. - Se aproxima de mim e sorri,
De forma alguma eu queria ser vista e chamar atenção nessa noite. Sinto como se eu devesse ser invisível e evitar até me mover, é como se qualquer mínimo movimento a granada fosse explodir bem ali, na minha frente. Minha vida era uma eterna granada, se eu puder, de fato, evitar que essa exploda e queime as pessoas ao meu redor, eu farei.
- Não se esqueça... - Ana volta a dizer para mim, parecia algo sério por sua expressão. - Você não precisa derrubar ninguém. Se ela fizer algo, ignore. Fruta podre cai sozinha. Vai lá e seja você, independente do que pensam. - Suas mãos estavam segurando as minhas e Camila movia sua cabeça para cima e para baixo, concordando, mesmo que por dentro, tenho certeza que ela queria dizer o oposto.
- Espero que eu saia de lá viva. - Minhas mãos estavam sobre meu peito, enquanto eu dramatizava e as meninas reviravam os olhos de forma exagerada.
- Beatrice, me poupe. - Ana cerrou o punho como se fosse me bater, mas sorria. - Você sobreviveu a um acidente de carro, isso aí é fichinha. - Disse, como se aquilo pudesse me tranquilizar, mas não o fez.
As meninas me dão um abraço acolhedor e tentam me acalmar, mas nem dois litros de chá de camomila tiraria todo o medo e nervosismo que me rodeava naquele momento. Nos despedimos, e me despeço também de minha mãe, que optou por ficar em casa, mesmo tendo sido uma das primeiras convidadas.
- Lembre-se, Beatrice...
Suas mãos tocam levemente o meu rosto, de forma gentil e atenciosa, me sentia tão amada e acolhida todas as vezes que minha mãe me tocava daquela forma, desde pequena, quando lia histórias e me colocava para dormir, não antes sem esse mesmo toque.
- Não deixe que nada apague seu brilho. Sua luz a incomoda, você não fez nada de errado em se envolver com Henrique e se apegar a pequenina, então apenas levante a cabeça e continue a fazer o que te faz bem e amá-los, assim como você os ama. - Diz, me olhando nos olhos. - O amor incomoda aqueles que nunca foram amados... Então apenas continue com esse sentimento puro. - Termina com um sorriso leve, tocando seus lábios em minha testa de forma leve.
Suas palavras eram lindas e verdadeiras. Quem nunca foram amados, nunca entenderão o real sentido do amor verdadeiro, mesmo que ela não goste de mim, talvez pudesse ficar feliz que a melhor amiga - colorida, devo deixar isso claro - de seu pai, amasse sua filha. Talvez não soubesse o que era o amor e o que ele poderia fazer, espero que ela descubra, nunca é tarde.
(♥)
- Fica calma, Toquinho. - Henrique me lança um olhar rápido enquanto tinha suas mãos nos volantes, segurando-o de forma firme. Pelo jeito eu não era a única pessoa tensa ali.
- Parece que estou indo de encontro com um leão que não foi alimentado por dias. - Digo, mexendo em minhas unhas, tentando não demonstrar mais nervoso do que já estava aparente em minhas atitudes.
- É quase isso... - Henrique diz, sério, mas logo abre um sorriso de criança que havia acabado de aprontar pela casa e estava arrependido.
- Henrique, não é hora de brincadeira. - Reviro os olhos para ele, que continua com seu lindo sorriso nos lábios. Não podia deixar de notar o quão lindo e sexy ele estava.
- Calma aí, limãozinho... - Ele levanta uma de suas mãos de forma de rendição, o que me faz balançar a cabeça negativamente, mas sorrir. Era impossível ficar brava com aquele homem.
Desde que Henrique descobriu o quão brava e mal humorada eu podia ser às vezes, limãozinho e Toquinho se tornaram seus apelidos favoritos para se dirigir a mim, e bem, eu gostava daquilo. Gostava de tudo que vinha de Henrique.
- Não é um bicho de sete cabeças... Tenho certeza que ela não faria nada no aniversário da própria filha. - Sua voz rouca estava suave, mas posso ver que não havia nada de "suave" para ele. - Vou estar lá para você, não se preocupe, querida. - Gostava também quando me chamava daquela forma.
Meu peito subia e descia com rapidez e conseguia sentir a tensão me corroendo, conforme íamos nos aproximando do salão de festas. Pode parecer drama, mas minha vida estava tão boa e eu estava tão feliz, que eu tinha medo de perder tudo que eu havia conquistado e, consequentemente, a pessoa que me ajudou a conquistar tudo aquilo também, e sinto como se algo estivesse prestes a acontecer.
Não sei se é apenas a minha ansiedade criando vida e se comunicando comigo para me enlouquecer mais do que eu já estava, ou se era a minha intuição. Não sei distinguir a voz da loucura ou os avisos internos, o que me resta é ir de encontro com o que me esperava, fosse bom ou ruim.
[•]
oi bebês, como estão? desculpe a demora, ando muito desanimada, mas voltei.
o que acharam do capítulo???
(se inscrevam no meu canal no YouTube @cadeiradababi insta e yt, sou bem blogueirinha KKKK)
amo mt vcs 💜
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