23 [Por que você me afasta?]
Boa leitura, borboletas. ❤️🦋
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BEATRICE
(♥)
Sua voz fez meu coração doer. Foi como se todos os sentimentos estivessem ali, cara a cara comigo novamente. Me chamando pra uma luta, mas sinceramente? Eu não queria mais lutar, o cansaço era grande. Me deixo perder essa luta contra meu próprio coração.
Queria que tudo se resolvesse logo, e essa confusão passasse. Queria tanto esquecer Henrique, mas mais do que isso, eu queria que tudo se resolvesse entre nós. Mas ainda não estava preparada para uma conversa, por mais que fosse disso que eu precisasse para poder ter paz.
Não sabia como me sentir essa noite. A festa me surpreendeu de uma forma que eu realmente não havia imaginado. Por uma noite me permiti ser feliz e trazer à tona a antiga Beatrice, que era tão feliz e segura de si.
Se eu fechar os olhos ainda posso sentir os lábios de Pedro contra os meus. Seu beijo foi tão bom, meu corpo foi entregue a ele, perdi o controle e dei a ele o poder, mesmo que por poucos minutos, e ele soube como me fazer sentir viva. Senti como se eu fosse livre... seu beijo com gosto de bebida havia me trazido um pouco de vida e diversão, em meio a uma monotonia e tristeza.
Mas... tudo acabou agora. Só me restaria lembranças.
(♥)
Meus olhos queimaram, as lágrimas escorriam pelo meu rosto, quando mais uma vez eu estava aqui, deitada sobre uma cama de hospital, relembrando de tudo. A janela ao lado da cama me faz sentir como se eu estivesse presa, e eu estou. O ar gélido do lugar que eu mais odiava em minha vida tocava minha pele. As paredes cinzas traziam uma sensação pesada e triste.
Minhas veias ardiam conforme o antibiótico pingava. Minha coluna doía de uma forma inexplicável, a febre me fazia delirar e meu corpo amolecer. Já faziam três dias que estava no hospital. Infecção de urina, é muito comum entre os cadeirantes, mas pensei que eu sairia impune, me enganei.
Me sentia impotente afundada em uma cama de hospital novamente. A tristeza que já não era pequena dentro do meu peito, havia se intensificado. Minha mãe estava trabalhando, vinha dormir comigo e durante o dia eu passava dormindo, odiava estar acordada e me lembrar da solidão que eu carregava.
Não vou mentir, sentia falta da Bruna. Os meses que passei aqui, chorando e com medo, quando mais precisei ela estava comigo para me apoiar, mesmo não acreditando que fez por amor a mim, eu a amava, genuinamente, e em uma cama de hospital, me lembro de nós.
Um nós real. Onde minha própria irmã não tenta me sabotar e me diminuir, mas sim me ama de todo seu coração e me protege. Perder minha melhor amiga era doloroso, ainda mais quando ela era minha irmã. Meu peito se enche de ódio e saudade. Eu a odiava, mas também a amava tanto, que chegava a doer.
(♥)
- Borboletinha. - Cida me chama em um tom baixo, tocando meu braço de leve, me acordando. - Tem visita pra você, querida. - Um pequeno sorriso ilumina seu rosto doce. Visita? Eu não estava à espera de ninguém.
- Não to esperando ninguém, Cidinha. - Digo, vendo-a colocar mais uma medicação e instantaneamente sinto o ardor. - Ai! Não aguento mais... - resmungo.
- Agora tá um pouco melhor? - Cida pergunta, diminuindo a velocidade da medicação, assinto. - Vou pedir pra sua vista entrar, ele parece desesperado, você tem sorte por ter um namorado tão atencioso. - Ela parece estar feliz por mim.
Meu corpo enrijece. Não conseguia acreditar que Henrique estava ali. Quando ia chamar Cida para dizer pra não deixá-lo entrar, ela já havia desaparecido pelo corredor. Fecho os olhos com força praguejando baixinho.
- Merda. - Xingo. Sinto meu corpo estremecer ao ouvir seus passos pesados vindo em minha direção. Meu corpo se arrepia contra a minha vontade. Meus olhos fechados, não conseguia encontrar coragem para abrir e vê-lo ali.
Ver a pessoa que eu era apaixonada e ao mesmo tempo odiava.
- Beatrice... - Sinto seu toque em minha bochecha, fazendo queimar o local quando ele faz um leve carinho ali. - Olha para mim, por favor... - Sua voz soava baixa, perto do meu rosto, fazendo meu coração bater forte.
Um...Dois...Três. Meus olhos se abrem e vejo seu rosto próximo ao meu, não sabia como reagir, sua respiração tocava a minha pele, e seus olhos estavam fixos nos meus, como se procurassem algo que estivesse escondido.
Sim, escondo o tanto que eu te odeio e o tanto que eu quero te beijar agora.
Os segundos parecem horas, a tensão pairava no ar. Não queria que aquele momento acabasse, Henrique me tinha em suas mãos, mesmo não sabendo, ele tinha o poder de me enlouquecer.
Me lembro de tudo que aconteceu e me distancio. olhando para outra direção, ouço sua respiração agora frustrada.
- Trouxe pra você... - Henrique diz, chamando a minha atenção para sua mão que carregava um lindo buquê de girassóis. - Sua flor favorita. - Ele abre um pequeno sorriso, me fazendo derreter.
Porra, Henrique conseguia me fazer como se eu estivesse no céu apenas por olhar em seus olhos e ouvir sua voz. Mas ele também havia me colocado no inferno, onde eu estava queimando até agora.
- Não preciso que tenha dó de mim. - Não pego as flores de sua mão, apenas reviro os olhos, sentindo meus olhos queimarem.
Não conseguia acreditar que Henrique estava ali por realmente estar preocupado comigo, quando na verdade, todo esse tempo ele devia estar com a Bruna.
- Caralho, Beatrice. - Henrique xinga, me assustando, meu corpo fica tenso e minhas mãos tremem quando sinto se aproximar de mim mais uma vez. - Por que me afasta assim, quando na verdade tudo que eu mais quero é ficar perto de você? - Sua voz estava alterada e seus olhos fixos em mim. Seu rosto estava sério, não posso mentir, ele estava sexy pra um caralho.
Suas palavras me acertaram como uma flecha. Ele me queria por perto? não posso acreditar em suas palavras, mas elas tiveram um peso em mim.
- Você realmente não sabe, Henrique? - Pergunto, rindo.
- Não, Beatrice. Eu não sei. Não sabe como tem sido esses dias sem voce. - Apesar do seu tom grave, Henrique segura meu pulso, me fazendo suspirar fundo. - Gosta quando eu te toco? - Ele abre um pequeno sorriso, fazendo meu corpo amolecer. - Então me diz, porra. Porque eu não aguento mais ficar longe de você, Beatrice. Esse tempo me fez perceber o quão sua presença me faz bem, vamos acabar com isso logo, porque você sabe que se sente a mesma coisa. - Henrique solta o meu pulso, cruzando os braços e me olhando de forma intensa.
Sinto um gelo em meu estômago e minha boca secar, o ar não chegava em meus pulmões. Meu coração batia de forma rápida em meu peito com seus olhos tão escuros passeando lentamente pelo meu corpo esperando por uma resposta, eu estava queimando...
[•]
oii minhas vidas, tudo bem??? sinceramente, odiei esse capítulo 😭😭😭
talvez futuramente eu reescreva ele.
estou com bloqueio criativo aaaaa
MOMENTO PIADOCAS
sabe qual a galinha que quando caí fica louca?
R: a galinha cai e pira (caipira KKKKK)
amo vcs, até o próximo capítulo 💜
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