Boa leitura, borboletas. ❤️🦋

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HENRIQUE

(♥)

Meu peito doía de uma tal maneira que eu não conseguia expressar com palavras. Sentia meu rosto queimar, sendo consumido pela raiva ao ver Beatrice, minha melhor amiga beijando outro garoto.

Não sei porque me sinto assim, só estava preocupado com Beatrice e nada demais. Nossa última conversa não fez sentido, a nossa amizade terminou por algum motivo que eu não sei qual, eu tinha ido até sua casa para tentarmos conversar e esclarecer as coisas.

Queria que tudo voltasse a ser como antes. A Beatrice iluminava a minha vida e ela não fazia ideia do poder que ela tinha sobre mim. Nossa conexão era tão intensa que meu coração batia forte ao vê-la. Seu sorriso recarregava minhas energias quando eu mais precisava.

A tristeza estava me corroendo a cada dia sem Beatrice. Não, eu não estou apaixonado. Só sinto que eu devo protegê-la e cuidar com carinho. Bea é divertida e tem um senso de humor fora do comum, me fazendo rir feito uma criança boba.

Ela também gosta da Luna, que é a minha vida. As duas se deram tão bem que Luna ainda pergunta "cadê a tia Bea que parece uma princesa" e sempre me sinto vazio e sem explicação para dar a ela.

Aperto o volante com força, sentindo minha mão doer e os nós dos dedos ficarem esbranquiçados. Abaixo a cabeça e a encosto no volante, sentindo meus olhos arderem, eu estava tão puto que sentia vontade de chorar, algo que raramente acontecia em minha vida.

Deixo as lágrimas rolarem, e eu não sei porque estava sentindo tanto ódio. Eu devia estar feliz por Beatrice estar seguindo a vida, mesmo sem a minha presença. Mas era o contrário.

Quando vi seus lábios tocarem aos do loiro sem graça, tive vontade de dar um murro naquele rosto branquinho e padrão. Não sei como Beatrice pode beijar um garoto tão sem sal.

Meu estômago dói, como se eu tivesse levado um soco ali.

— Porra. — Grito, dando um soco no volante, sentindo instantaneamente a minha mão latejar. Queria que essa porra de soco fosse nele.

Beatrice parecia ter gostado, pois sorria feito uma criancinha após ganhar um beijinho do primeiro namorado. Aquele sorriso que eu tanto era apaixonado, agora era de outro.

Talvez eu gostasse de Beatrice. Merda, talvez esteja na hora de admitir que eu estou apaixonado. Não posso me apaixonar pela minha melhor amiga, que definitivamente não sentia nada por mim.

Sou um homem apaixonado por alguém que não sente mais o mesmo que eu e não me quer mais na vida dela. Queria muito que Beatrice fosse mais do que a porra da minha melhor amiga.

Desde quando éramos crianças sinto uma atração por ela. Beatrice era a criança mais linda da escola. Eu queria tanto poder segurar suas pequenas mãos e dizer para minha mãe que ela era a minha namoradinha, mas infelizmente o destino nos separou.

O destino a trouxe de volta para mim quando vi a notícia de seu acidente no noticiário. Mandar mensagem para sua irmã e quando reencontrei Beatrice foi como se toda aquela paixão de criança voltasse a tona, mas de forma mais intensa e incontrolável.

Toda vez que eu a via era como se eu fosse beijá-la a qualquer momento. Tentava esconder o que eu sentia por ela, não podia e não posso me dar o luxo de me apaixonar agora, mas talvez tenha acontecido um deslize.

Talvez eu tenha deslizado e caído direto na armadilha que o amor armou para mim. Tento de todas as formas sair, mas não consigo. Quanto mais tento esquecê-la, mais me lembro de seu rosto delicado e seus olhos claros olhando para mim.

Beatrice era a perdição, e eu estava perdido. Ela era mistério e eu gostava de desvendar mistério.

Pego o telefone jogado no banco do passageiro e vou até seu contato, respiro fundo e deixo meu orgulho e ciúme de lado. Queria escutar sua voz, sua doce voz que trazia paz para o caos que eu era.

Um toque, dois toques... seis toques e posso ouvir sua respiração pesada do outro lado do telefone, fazendo uma tensão se instalar em meu corpo. Fecho os olhos com força por uma fração de segundos.

— Você tá bem? — Pergunto. Merda, havia ligado mas não sabia o que dizer.

— Uhum, precisa de alguma coisa? — A voz de Beatrice não estava doce, e sim rude.

— Podemos conversar? To sentindo sua falta... — Crio coragem e digo, sentindo o suor escorrer pelo meu corpo.

— Não acho que seja o momento, Henrique.... — Ela diz, sua voz agora tinha um tom de choro.

— Tudo bem, Toquinho. Fica bem. — Sussurro. — Estarei te esperando quando estiver pronta. — Desligo a ligação.

Beatrice parecia dura, estava definitivamente magoada comigo, não sei o que aconteceu e o que eu fiz. Porra tudo tava indo tão bem entre nós, mesmo que só amizade.

Preciso tê-la de volta para mim.

[•]

o que vcs acharam desse capítulo
eu definitivamente odiei, parece q a história tá uma merda, desculpem por isso )):

mas tenho uma boa notícia, logo Henrique e Beatrice vão se resolver...  a história já tá indo para o final :(( mas enfim

MOMENTO PIADOCAS.

Rodo é cego

mas antigamente

(rodovia 🤡)

foi isso, q merda KKKKK

AMO MT VCS MINHAS VIDAS 💜🦋