Boa leitura, borboletas. ❤️🦋

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BEATRICE

(♥)

Já era fim de noite, varando a madrugada. O jantar tinha sido divertido e em partes emocionante, com as declarações de minhas amigas e minha mãe e a Bruna, elas me fizeram chorar a ponto de borrar a maquiagem e ficar parecendo uma palhaça.

Agora, minhas amigas já tinham ido embora, e estávamos eu, Bruna e Henrique, minha mãe havia entrado para organizar as coisas e provavelmente acabou deitando na cama e ficando por lá mesmo.

— Vou entrar e deixar vocês conversarem um pouco, não demora pra entrar, minha bebezinha. — Bruna diz me provocando. — Henrique, cuide bem da minha irmãzinha, ou eu te mato. — Faz uma cara de brava pra ele, que ri.

— Pode deixar, prometo que não vou sequestrar ela. — Henrique diz, olhando em minha direção, com um sorriso como se quisesse que eu fosse cúmplice do que ele havia acabado de dizer.

Não posso ser cúmplice, quando o que eu mais queria era ser sequestrada por ele.

Percebo que Bruna sabe exatamente o que eu estou pensando, porque ela me olha com um sorriso enorme, me lança uma piscadinha e sai, dando pulinhos como se fosse uma criança feliz.

Bruna é 4 anos mais velha que eu, mas tem uma personalidade de criança, é totalmente extrovertida e boba alegre, enquanto eu sou o total oposto. Apenas me solto quando tenho muita intimidade, já ela é louca com qualquer pessoa que ela vê pela frente.

A noite estava fresca, assim como todas as outras. Mas eu estava vestindo um moletom, a lesão medular me deixava com muitas dores neuropática, que na minha opinião, é o pior tipo de dor, porque ela simplesmente NUNCA passa, há dias em que são suportáveis e outras que eu simplesmente não consigo viver, e se eu pegasse um pouco de friagem sequer, as dores pioravam.

— Você quer entrar? — Henrique pergunta, olhando para o céu, suas mãos estavam no bolso de sua calça jeans. Eu gostava de observá-lo quando ele estava distraído, o que raramente acontecia. Ele percebe que eu olhava em sua direção, então logo seus olhos se voltam para mim também.

Sempre que ele me olhava eu sentia como se o mundo parasse, e só existisse nós dois. Eu gostava daquela sensação, seus olhares me faziam sentir como eu nunca havia me sentido minha vida inteira.

— Hm… não, podemos ficar aqui? — Pergunto para ele, tentando fingir como se a nossa troca de olhares não tivesse mexido com a química do meu cérebro. Mas ele continua me encarando, olhando fixamente para meus lábios.

Sinto meu corpo amolecer quando vejo Henrique abaixar um pouco para ficar na minha altura e sua mão vem até meus lábios, sinto seu polegar no canto da minha boca, seu toque era suave e gentil, mas ao mesmo tempo causava choque por todo meu corpo. Ele move seu polegar lentamente, limpando o resquício de chocolate do bolo que terminamos de comer a pouco tempo  atrás.

Ele não queria me beijar, eu havia me enganado.

Eu não conseguia me mover, e eu nem estava falando sobre ser cadeirante. Meu corpo estava paralisado, sinto meu coração bater por todo canto. Henrique leva sua mão até seus próprios lábios, com seus olhos fixos no meu. Esse homem fazia meu corpo entrar em colapso.

Como se nada disso tivesse acontecido. Henry abre um sorriso de lado, e volta olhar para o céu.

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oiii, como estão? vcs se importam que eu divido os capítulos em dois?

é melhor pro engajamento no wattpad :((

soletrem aqui o nome de vcs pra ajudar a engajar 💜