Boa leitura, borboletas. ❤️🦋

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BEATRICE

(♥)

Minha mãe havia dado a ideia de um jantar para comemorarmos a minha evolução. Se vocês não sabem, ela gosta de comemorar qualquer pequena vitória que seja, porque diz que quanto mais comemoramos, mais coisas boas atraímos. Ela era a louca pela lei da atração.

Decidimos então fazer um jantar simples, no quintal de casa que tinha um espaço grande e confortável. Minha mãe disse para eu ligar para o Henrique e falar sobre o dia de hoje, que ele ficaria super feliz também, já que ele tem sido uma das peça chave na minha recuperação. Isso ela tinha razão.

Então após chegar em casa, me deito na cama, sentindo o cansaço me tomar por completo. A hora que eu relaxo, é a pior hora, porque as dores vem com força, preenchendo cada cantinho do meu corpo. É uma coisa que eu talvez nunca fosse me acostumar.

Pego o celular em minhas mãos e procuro o contato de Henrique, respiro fundo três vezes antes de apertar o botão de ligar. Sempre era uma tortura falar ao telefone, eu odiava isso.

Toda vez que minha mãe me pedia para ligar e pedir algo para comer, ou ligar para alguém de nossa família (que não fazia questão de saber como estávamos, devo deixar claro) era o pior momento. Ter que falar com alguém, minha mente simplesmente entrava em pane.

Não foi preciso mais de cinco toques para escutar a voz rouca e gostosa — que sempre me causava arrepios — do outro lado da linha, parece estranhar eu estar ligando, já que sempre conversávamos pelo whatsapp.

— Oi, Bea. Tá tudo bem? Você odeia falar no telefone, isso signfica que vai chover. — Ele ri, me fazendo rir. Henrique me conhece bem. — Então só pode ser uma coisa muito ruim ou muito boa.

— Bem, a segunda opção. Aliás, desculpa incomodar, deve estar ocupado. — Digo, preocupada. Sempre tenho a sensação que estou incomodando as pessoas ao meu redor.

— Voce não incomoda. Luna tá brincando de boneca. Mesmo que eu tivesse muito ocupado no trabalho ou faculdade, eu pararia tudo que estivesse fazendo pra te atender. Minha melhor amiga é prioridade. — Diz, ao fundo posso escutar a voz de Luna conversando com as bonecas.

— Obrigada, Henry. — Eu estava animada e com vergonha, mas uma vez o turbilhão de sentimentos haviam me tomado por inteira.

— Agora, me conta o que aconteceu pra madame ligar.

— Bem… — Minha voz já estava embargada pelo choro novamente. — Minha sensibilidade tá voltando, e…

— Tem noticia melhor do que essa ainda? — Henrique pergunta, um tanto emocionado que eu.

— Tem… Eu consegui ficar de pé sem o extensor, consegui dar impulso pra ficar de pé. É um pequeno passo, mas eu to tão feliz, Henry. — Em meu rosto tinha um sorriso enorme. Fazia meses que eu não sorria tanto assim.

— Porraaaaa, Beatrice! — Henrique grita do outro lado. — Isso é maravilhoso. Vem Luna, no colo do papai, vamos pular, vem. — Ele provavelmente a pega em seu colo e começa a pular, porque escuto a risada dos dois e Luna tentar pronunciar “porra” — Filha, não pode falar isso, é uma palavra feia. — Ele parecia desesperado.

— Você é feio então, papai Rick? — Agora eles riam ainda mais alto.

Isso faz meu coração disparar e uma gargalhada sair de meus lábios também.  Não imaginava que Henrique ficaria tão feliz assim por mim. Tum tum tum.

Depois conversamos sobre o jantar, e ele disse que com certeza estaria presente. O que me faz surtar por dentro. Minha mão com certeza daria a bola fora e diria algo que me deixaria morrendo de vergonha, já que faz anos que eles não se veem.

(♥)

A campainha de casa havia tocado. Eu estava na sala sentada com a minha irmã e minha mãe, estávamos assistindo um dorama, Pretendente Surpresa, se tornou o meu favorito, de muitos que já assisti. Eu era apaixonada pela cultura coreana, desde doramas até o famoso kpop, e viciei minha irmã e mãe também.

— Quem é? Voce tá esperando alguém, Nana? — Pergunto para minha irmã que nega, curiosa, ela se levanta e vai até o portão, enquanto eu e minha mãe nos entre olhamos, curiosas também.

Bruna volta para a sala com uma caixa de bombom Cacau Show em suas mãos, junto com um bilhete, seus lábios se abrem em um sorriso enorme quando lê a dedicatória, e entrega em minhas mãos, seus olhos estavam os azuis mais brilhosos.

— Pra mim? — Pergunto, confusa.

— Não, Beatrice, pro Dunha… Vai abre logo. — Diz, impaciente.

Ao abrir ler o envelope branco, pude entender. De: Henry
Para: Princesa Bea.

Tum tum tum, merda coração, se controla.

Dentro havia um desenho cheio de rabiscos e uma tentativa falha de fazer um coração. Era um desenho da Luna, que coisa fofa (desenhos desconexos de crianças me deixavam feliz), e um bilhete, agora de Henrique, que dizia:

“Apenas para você saber que estou radiante com a sua vitória, querida Bea, você merece todas elas, porque é merecedora de todas as coisas boas do mundo. Não sabe o quanto essa notícia fez o meu dia. Beijos, nos vemos amanhã :)”

Eu não conseguia parar de sorrir com aquele bilhete, Henrique tem sido inimaginável, o desenho de Luna me fez perceber que o carinho que eu estava nutrindo por ela aumentava a cada dia, mesmo sem conviver tanto com ela.

(♥)

Whatsapp ♡

Henry ;)

EU: Obrigada pelo presente, eu adorei. O desenho da Luna tá maravilhoso, de um beijo nela por mim.

Henry ;): Eu que agradeço por nunca desistir de vc. Bjo :3

[•]

oiii, voltei. o que acharam do capítulo??

estou dividindo os maiores em dois, acham melhor assim?

amo vcsss