09 [O jantar]
Boa leitura, borboletas. ❤️🦋
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BEATRICE
- Me acompanhem, por favor. - A recepcionista pede com atenção, nos acompanhando até a nossa mesa.
Quando Henrique me chamou para um jantar, eu não imaginava que seria em um restaurante italiano. As pessoas ali estavam vestidas a caráter, pareciam bem de vida.
Era um clima agradável, a iluminação meia luz trazia uma aura romântica para o lugar onde as paredes eram de madeira e algumas mesas ficavam ao ar livre, por sorte as nossas eram.
Onde nossas mesas estavam posicionadas haviam pisca pisca para iluminar, era um lugar, de fato, encantador.
Ao fundo estava tocando uma música tranquila e suave, nos deixando a vontade.
Henrique afasta a cadeira de madeira para que eu possa me posicionar à mesa, agradeço-o com um sorriso gentil, e ele se senta à minha frente.
- É um lugar lindo... Meu Deus, onde você conseguiu achar uma preciosidade dessa? - Pergunto e ele abre um sorriso convencido, enquanto se ajeita a mesa e pega os cardápios, me entregando um.
- Um bom mágico nunca revela seus truques, Bea. - Seus olhos estavam atentos ao cardápio em suas mãos tatuadas.
Suas tatuagens chamavam minha atenção, eram desenhos aleatórios, mas que o deixavam ainda mais sexy, minhas mãos queriam passear por elas e sentir sua pele contra a ponta de meus dedos.
Talvez meus pensamentos tenham ido além, ao voltar para a realidade, vejo os olhos escuros de Henrique em mim, e ele tinha um leve sorriso em seus lábios.
Pelo seu olhar, poderia ter certeza que ele havia lido meus pensamentos.
- São fodas, não são? - Sabia, ele me viu observando-o. Meu coração estava a ponto de explodir.
- Realmente são lindas. - Rio envergonhada.
A companhia de Henrique era uma mistura de conforto e tensão. Meu coração parecia sentir paz e também estar à beira da loucura.
(♥)
Sinto o cheiro delicioso do prato a minha frente, meus olhos saboreiam primeiro que a minha boca.- era um macarrão à bolonhesa ala italiano, a apresentação do prato era digna desse restaurante, não é atoa que o preço foi salgado.
Dou a primeira garfada no macarrão e o levo a boca, sentindo o gosto e uma sensação inebriante percorre meu corpo. Fecho os olhos para me deliciar de todas as texturas e sabores.
- Hmm, está delicioso. Nunca comi um macarrão tão saboroso assim na minha vida. - Murmuro baixinho. Não era um macarrão qualquer que poderia ser realizado em casa. Por isso aproveitaria aquele pedaço do céu em forma de comida.
- Eu sabia que você iria gostar, tenho boa memória. - Henrique inclina a cabeça levemente para o lado abre um de seus sorrisos, - convencido - como se o que ele havia acabado de dizer fosse óbvio.
O resto do jantar foi em silêncio, nem eu e nem ele conseguia parar de comer para trocar uma palavras sequer. Trocávamos alguns olhares e sorrisos, mas o único som que poderia ser ouvido eram dos talheres batendo no prato e nossos suspiros em êxtase com a comida.
- É sério que você nunca experimentou vinho? - Henrique me olhava como estivesse procurando algum sinal que eu estivesse de brincadeira, mas não, eu não estava.
Eu recém havia entrado na vida adulta, e com isso, de presente, havia ganhado um acidente de carro e uma lesão medular semanas após meu aniversário. Então não, nunca sequer tinha pensado em beber vinho.
Não até ver Henrique com uma taça na mão, me oferecendo para experimentar.
- Ainda não tive tempo de ser uma adulta de respeito, mas pra tudo há uma primeira vez. - Lanço uma leve piscada em direção de Henrique, que me entrega a taça com o líquido quase transparente.
- É vinho branco, esse é mais suave. Você vai gostar. - Ele diz, levando a taça até seus lábios e degustando da bebida, ele parece saber como fazer isso. - Só não beba muito, precisa tomar cuidado com os remédios. -Sorri, após tomar um pequeno gole do líquido.
Balanço de forma sútil a taça em minhas mãos, antes de seguir seus passos e levá-la até meus lábios. Dou um pequeno gole, assim como ele - que tem sua atenção sobre mim, observando cada movimento - sinto o doce gosto do líquido frio em minha boca, descendo pela minha garganta.
Era um gosto totalmente distinto de todos os outros que eu já senti em minha curta e monótona vida, uma sensação inebriante percorre todo meu corpo. As palavras desapareceram quando fui tentar definir o que eu estava sentindo.
- Uau. - É só o que eu consigo dizer, com uma expressão que, com certeza, definia mais do que todas as palavras existentes no dicionário.
- Essa é sua palavra favorita, não é? - Henrique pergunta, rindo á minha frente. - Posso considerar então que "agradou o paladar da princesa"*, ou talvez não? - diz, de forma divertida, me fazendo rir, e meu coração palpitar.
Definitivamente ele estava me passando segurança, à medida que eu gostava disso, eu sentia medo. Medo de me apaixonar por alguém que talvez só quisesse minha amizade.
- Sim, uau é uma palavra que define qualquer coisa. Bem, você disse que eu estava uau também. Então, aparentemente é a sua também... - O provoco. - Sim, agradou o meu paladar infantil. - Dou mais um gole, sentindo a mesma sensação de antes.
Ele me fita por alguns segundos, enquanto sobe lentamente a manga de sua camisa social preta, me causando arrepios por todo meu corpo e me fazendo queimar.
Henrique era o Céu e o Inferno. O anjo e o demônio. E esse fogo estava me consumindo a cada segundo que eu passava ao seu lado.
- Não há palavras para te descrever com essa roupa, Beatrice. "Uau" não chegou nem perto do que eu queria dizer quando coloquei meus olhos em você essa noite, pode ter certeza. - Porra.
- Você me deixa com vergonha... Não estou acostumada a receber tantos elogios em uma noite só.
- Então vou precisar te convidar pra sair mais vezes , até se acostumar com elogios e saber que merece recebê-los? - Henrique arqueia uma de suas sobrancelhas, passando sua língua pelo interior de sua bochecha e olhando em meus olhos.
Posso enxergar sua alma através de seus olhos castanhos escuros. Tum tum tum, meu coração é meu pior inimigo.
- Talvez você precise. - Digo, quase em um sussurro. Temo que ele possa saber o quanto estou na dele, se eu deixar mais alguma palavra sair de meus lábios.
- Então talvez, só talvez, te convide mais vezes, princesa. - Ele sorria de forma explícita. Isso estava indo rápido demais.
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oii meus bebês, o que acharam do cap de hoje??
amo muito vcs 💜
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