Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 11 - Zander

Os dias passam rápidos entre meus encontros com Barbara e os turnos no café. Nunca pensei que fosse admitir, mas o plano de Hilary está funcionando. Meus pais não reclamaram em momento nenhum durante a semana, mesmo quando eu cheguei em casa no meio da madrugada e encontrei minha mãe em seu escritório. Ela não fez mais do que sorrir e voltou ao trabalho. Durante esse tempo eu tive a chance de conhecer Barbara melhor, e a cada nova descoberta eu me surpreendi ainda mais com ela.

Apesar de tudo, sinto que ainda há uma barreira entre nós dois, e eu sou o único culpado por isso. Eu queria poder contar para ela sobre o plano, sobre minha família e sobre várias outras coisas que nunca tive vontade de compartilhar com ninguém. Mas não posso. Isso — o que quer que esteja acontecendo entre nós — ainda é muito novo. E eu não posso exigir que ela confie completamente em mim se eu não sou capaz de fazer o mesmo, porém sinto que ela tem tentado. Depois que conversamos na segunda feira não houveram mais momentos estranhos entre nós. Cada encontro foi melhor que o anterior, e cada vez que eu a vejo eu me sinto mais e mais atraído por ela.

Estou tão acostumado a me encontrar com Barbara depois do trabalho, por mais que venhamos fazendo isso apenas por quatro dias, que sinto sua falta enquanto dirijo de volta para minha casa. Ela telefonou mais cedo avisando que não poderia me encontrar hoje, exatamente no momento em que eu estava prestes a lhe dar a mesma notícia. Nós dois rimos ao perceber que tínhamos o mesmo motivo para não nos vermos. Valentin e Valentina estão voltando para passar as próximas três semanas aqui; antes de começarem suas aulas na faculdade. Sei que essa perspectiva incomoda Barbara porque ela estava planejando começar seus estudos também, mas não vou mentir e dizer que isso não me deixa feliz. Terei ela por mais tempo, ao menos alguns meses, antes que ela tente ingressar mais uma vez na faculdade.

Meus pensamentos sobre Barbara desaparecem quando estaciono no caminho para a garagem de minha casa e vejo Valentin sentado nos degraus da escada da frente. Ele ergue a cabeça e, ao reconhecer o carro, acena.

— Zander?! — Ele se levanta e vem em minha direção. — Você mudou sem os olhos de gato.

— E para seu azar, você continua igual. — Tento manter o sorriso afastado, mas é praticamente impossível quando Valentin me puxa para um abraço e em seguida bate em minhas costas.

— Eu mudei o boné, serve? — Ele aponta para o boné dos Florida Gators, arrancando uma risada de mim.

Antes que eu possa responder a porta da frente da casa abre e minha irmã nos encara por trás de seus óculos escuros. Vejo ela levantar uma única sobrancelha e segurar um sorriso.

— Zander, acabei de falar com a Hilary e ela me contou que estava com você... — Jacqueline eleva a voz, claramente entretida. Se fosse qualquer outra pessoa estaria irritada, mas o fato de ser minha irmã é o bastante para que eu não estranhe a reação. Ela sempre acha graça nas situações. — Não sabia que ela tinha feito uma cirurgia plástica.

Seus olhos se apertam na direção de Valentin, que nos encara como se fôssemos loucos. Claro que ele não entende uma só palavra dessa conversa.

— Eu acabei de deixar ela. Quando foi que vocês se falaram? Já deve ter algum tempo... — Minto.

— Sim. Deve ser isso. — Jackie tira os óculos e cruza os braços. — Imagino que vocês dois não iam inventar nada disso... Afinal, não tem motivo para vocês mentirem, não?

— Claro que não.

— Que bom, — minha irmã se aproxima, ainda rindo, e aperta minha bochecha. — Eu odiaria descobrir que vocês dois estão mentindo. Sei que a Hilary não é tão boba quanto a mamãe pensa, mas não quero que ela te leve a fazer alguma coisa que você normalmente não faria.

Com isso, minha irmã nos dá as costas e marcha em direção ao seu mini cooper estacionado na frente da casa. Eu me repreendo por não ter visto o carro antes, eu teria arrastado Valentin comigo para dentro e teria evitado essa situação. O recado de minha irmã paira no ar mesmo depois que ela parte e eu não consigo deixar de pensar no que ela deixou de falar. Ela conhece Hilary melhor do que ninguém nessa casa, o que explicaria o fato de ela não ter aceitado muito bem a notícia de nosso namoro. Jacqueline não contou para ninguém porque não estava feliz, nem mesmo para nossa mãe. E depois de ouvir que Hilary não é tão ingênua quanto se faz parecer eu sinto que estou me afundando na minha própria armadilha.

— O que foi isso? — Valentin pergunta depois de alguns minutos.

Penso em mentir, porém algo me diz que ele é capaz de me ajudar. Por mais que não faça muito sentido para ele, ao menos sei que Valentin vai tentar encontrar uma solução sem me julgar. Eu o levo para meu quarto, me certificando que não tem mais ninguém em casa, e conto toda a história de como Hilary me fez aceitar seu plano louco, mas deixo Barbara de fora. Saber que ela já teve interesse em Valentin é o bastante para me irritar, por mais irracional que seja. Quando termino meu relato Valentin está encostado em minha janela, claramente confuso.

— Você aceitou fingir ser o namorado de uma garota só para seus pais não tentarem te mandar para a faculdade nesse período? — Ele balança a cabeça e ri. — Cara, você é mais problemático do que eu pensava. Qual é o problema em ir para a faculdade?

— Você não entende. — Dou de ombros, arrependido por ter pensado que ele seria capaz de me ajudar, e me sento na escrivaninha.

— Não entendo mesmo. — Valentin continua parado, balançando a cabeça, e eu o ignoro enquanto procuro pelo desenho que venho trabalhando nas últimas semanas. Terminei aquele que ele me ajudou a começar, e depois decidi criar uma sequência com um dos super-heróis e novos vilões. — Sabe, não é tão ruim quanto você imagina.

— Como você pode saber? Suas aulas ainda não começaram.

— Você também não tem como saber. Eu passei as últimas semanas no campus. Sinto que vou gostar. O lugar é muito bom, e os professores são os melhores. Acho que quando a gente gosta de onde está as coisas fazem mais sentido.

— É diferente para você. — Insisto. Não quero pensar sobre o que Valentin está dizendo. Às vezes eu me pergunto como deve ser estar na faculdade, morando sozinho e tendo minha independência. Não deve ser muito ruim, afinal eu venho desejando isso há anos. — Você tem sua namorada para te fazer companhia. E você vai aonde ela vai, então o lugar podia ser uma porcaria você ia continuar dizendo que é incrível.

— É verdade, — ele nem tenta esconder o sorriso ao me ouvir falar sobre Valentina. — Qualquer lugar fica melhor com ela por perto.

— E onde ela está agora?

— Com as amigas da escola. — Valentin tira o desenho de minhas mãos para analisar. Tento permanecer imóvel, mas sinto meu peito vibrar por saber que Barbara é uma das amigas que Valentin está se referindo.

— E você não está com ela? Imagino o que foi que ela precisou fazer para se livrar de você por algumas horas.

— Horas não, minutos. Quarenta minutos.

Ele olha o relógio de seu celular e respira fundo. Vê-lo miserável por estar longe da namorada é a coisa mais engraçada que aconteceu. Lembro como se fosse ontem de Valentin negando que gostava da Val, mas eu sempre soube que ele falava aquilo da boca para fora. Quando ele ergue a cabeça e me encontra rindo seus olhos se apertam e ele me devolve o desenho.

— Isso vai acontecer com você também.

— Acho difícil... — Ainda rindo, volto a me concentrar no desenho.

Valentin se joga na cama e o único som que escuto é dos alertas de mensagens vindos de seu celular. Não sei quanto tempo se passa enquanto ficamos assim. Tento ignorar sua última fala, mas o som fica se repetindo em minha cabeça, quase como se ele tivesse me amaldiçoado. Vai acontecer comigo também. O problema é que eu desconfio que já tenha acontecido e eu não quero admitir.

— Então... — Limpo minha garganta, tomando coragem para continuar com a pergunta. — Por acaso a Barbara é uma das amigas que estão com a Valentina?

— Barbara Brown? De onde você conhece ela?

— Ela vai ao café às vezes. Além do mais, eu lembro dela na escola... Ou você esqueceu que fui eu quem te desafiou a jogar o feijão no cabelo dela? — Minha voz sai fraca e eu torço para que ele não note. Desde o dia em que descobri que Barbara era a garota do cabelo verde não consigo deixar de me sentir culpado por aquele incidente.

— Espera aí, — Valentin se levanta em um pulo. — Isso não tem nada a ver com a época da escola. Você nem sabia o nome dela naquela época... E a Barbara não é cliente do Java J.

— Como você pode saber? — Eu o encaro, o que é uma péssima ideia porque o sorriso que surge no rosto de Valentin é do tipo que indica que ele entendeu o que está acontecendo.

— Eu sei algumas coisas sobre a Barbara.

— Por que você e ela tiveram um lance? — Meus pulsos se apertam e preciso respirar fundo para não atacar meu amigo. Inveja transborda de meu sangue e eu nem consigo entender o motivo.

— Não! — Seu rosto perde a cor e eu estaria rindo se não estivesse com tanta raiva dele. — Eu nunca fiquei com a Barbara.

— Por que ela não era boa o bastante para você?

— Não. De onde está vindo isso, cara? — Valentin tira o boné e passa uma mão pelo cabelo, sinal de que está desconfortável. — Eu nunca fiquei com ela por causa da Val. Nós fizemos um pacto antes de ir para o colegial; nada de ficar com amigos uns dos outros.

— Mas você teria ficado com ela se não fosse por isso?

Só em imaginar que Valentin poderia ter tocado em Barbara e beijado ela do mesmo jeito que eu, me deixa completamente irritado. Antes que eu perceba estou do outro lado do quarto, perto o bastante de Valentin para que ele levante as mãos em frente ao rosto para se proteger. Noto minhas mãos enroladas na parte da frente de sua camisa, e para minha surpresa, estou praticamente empurrando-o contra a parede. Eu o solto e me distancio, mas não peço desculpas.

— O que aconteceu com você? Parece até que a Barbara é propriedade sua... De qualquer jeito, a resposta é não. Eu nunca teria ficado com a Barbara porque ela não me interessa assim. Ela era uma garota legal, mas não fazia meu gosto.

— Ela éminha. As coisas são complicadas entre nós, mas não diminui o que eu sinto por ela.

As sobrancelhas de Valentin se juntam ao me ouvir.

— E o que você sente exatamente?

— Como se eu fosse contar para você...

— Tudo bem. Não me conta, — ele joga as mãos para o alto, se rendendo. — Mas você me ajudou uma vez e eu te devo uma... Não sei o que você quis dizer com complicado, mas entre o que você contou sobre o plano idiota de não ir para a faculdade, essa tal Hilary e o aviso da sua irmã, sei que a sua relação com a Barbara é a única coisa que vai ser afetada. Você não precisa me falar, mas tem que falar para ela. — Balanço a cabeça, avaliando o que ele acabou de dizer, porém Valentin ergue a mão e continua: — E não estou me referindo apenas ao que você sente por ela. Estou falando sobre o resto.

— Que resto? — Confuso, tento entender o que Valentin está tentando me dizer. Eu não lhe contei nada sobre Barbara, nem sobre o que eu deixeide revelar para ela.

— É óbvio que se você está fingindo que está namorando essa Hilary a Barbara não sabe algumas coisas sobre você... A sua família, por exemplo. O que não me surpreende, porque é a única explicação para ela estar com você.

— O que você está querendo dizer? Que eu não sou bom o bastante para ela?

— Não. Eu acho que vocês dois são tão parecidos que não sei como nunca pensei nisso antes. Estou falando que a Barbara já sofreu muito na escola por causa de garotos que vieram do mesmo lugar que você. Todos eles mentiram e a enganaram para conseguir alguma coisa. E você está fazendo o mesmo. — Valentin eleva a voz. Pela primeira vez vejo meu amigo realmente irritado. — E eu acho bom você não estragar tudo, porque se você fizer isso e a Val descobrir, você vai me ferrar junto. Você magoa a Barbara e a Valentina vai ficar triste. Eu não quero ter que brigar com meu melhor amigo por causa disso, entendeu? Mas se eu tiver que escolher entre vocês, eu vou ficar com a Val e a Barbara.

— Eu entendo.

— Então faz a coisa certa de uma vez. — Valentin me lança um olhar ameaçador e deixa o quarto. Olho para o relógio em minha cabeceira e vejo que se passaram quarenta minutos desde que ele chegou. O tempo que ele precisava esperar para voltar para Val.

Eu sinto uma pontada de inveja por ele ter alguém para quem voltar e não ter medo de admitir o quanto depende dela. As coisas entre mim e Barbara não são assim, e eu não tenho certeza se algum dia serão. Ela é tão forte e decidida que me faz duvidar se ainda vou ter algum espaço em sua vida no futuro. Ela não parece ser o tipo de garota que se entrega às emoções facilmente. Mas o que quer que aconteça, Valentin está certo, eu preciso contar a verdade antes que seja tarde demais.



Copyright © 2015 N N AMAND

Todos os direitos reservados incluindo o direito de reprodução total ou parcial.

Diga não ao plágio. Denuncie.

| Instagram | 

@nnamand

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro