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Capítulo 06 - Barbara

Durante toda a viagem tento me manter o mais quieta possível. Não sei o que estava escrito naquela mensagem para deixar Zander alterado, mas pude ver o nome Hilary antes de ele guardar o aparelho. Eu sei que não devia ter tentado ler, ainda mais depois que Zander notou o que eu estava fazendo, porém não consegui evitar. Eu não sei absolutamente nada sobre Zander e a mensagem de texto talvez me desse alguma dica de quem ele é.

Ele diminui o volume da música perto da pequena entrada para o estacionamento de um dos restaurantes do centro. Ao reconhecer o letreiro amarelo do Constatini's solto uma risada e Zander vira para me encarar.

— Eu tive uma queda pelo filho do dono desse restaurante no primeiro ano do colegial. — Ainda rindo, reviro meus olhos e tento não lembrar do quanto eu era tola naquela época.

— O filho do dono? — Ele franze as sobrancelhas. — Você está falando do Valentin?

— Sim. Você sabe quem ele é?

Dessa vez é Zander quem ri, mas ele não parece animado. Se possível, está ainda mais irritado do que quando entrei no carro. Eu me repreendo mentalmente porque sei que isso tem a ver com o que eu acabei de contar.

— Mas eu não gosto mais dele. Na verdade, eu só fiquei interessada pelo Valentin durante uns vinte dias, até perceber o quanto ele é infantil.

— Mesmo? O que te fez perceber isso? — Ele não soa convencido, mas ao menos volta a respirar normalmente e estaciona o carro.

— Ah, ele zombou das minhas roupas e jogou feijão verde no meu cabelo. — Vejo Zander segurar uma risada. — É que na época eu me vestia de um jeito bem diferente e eu tinha umas mechas verdes no cabelo...

— E ele achou que seria engraçado combinar o cabelo verde com o feijão verde.

Faço que sim e percebo que a postura de Zander fica ainda mais incomodada. Ao invés de continuar conversando, ele dá a volta no carro e abre a minha porta antes que eu o faça, o que me surpreende. Ninguém nunca antes abriu portas para mim.

— Agora fiquei curioso... — Ele gentilmente toca na parte baixa de minhas costas, fazendo minha pele queimar no mesmo segundo. — Se seu cabelo tinha mechas verdes, ele não era laranja.

— Não. Eu ainda estava mantendo a cor natural.

— E qual seria? — Ele me segura na porta do restaurante e me encara como se a minha resposta fosse bem mais importante do que realmente é.

— Castanho claro.

— Por que você pintou? — Zander abre a porta para que eu entre, mas continuo o encarando.

— Por que isso te interessa?

— Estou tentando te conhecer melhor. — Ele dá de ombros e, vendo que não vou me mover, volta a encostar sua mão em minhas costas para me guiar.

— Por que você descoloriu seu cabelo? — Eu o pergunto com o mesmo tom de voz preocupado, mas só para o provocar.

— Eu queria mostrar para meus pais que não sou igual aos meus irmãos. — Ele não olha para mim e tenho a impressão de que o relacionamento de Zander com os pais não é algo que ele gosta de falar.

— Olha só quem resolveu aparecer!

Uma voz doce me faz desviar os olhos do rosto de Zander. Ergo a cabeça a tempo de ver uma mulher se aproximar de nós com o sorriso mais gentil que já vi.

— Esse lugar não é o mesmo sem meus dois garotos, mas fico feliz que você tenha lembrado da gente. — Ela envolve Zander em um abraço que o deixa meio sem jeito e eu acho isso totalmente adorável.

— Anne, também é bom ver você. — Ele diz quando a mulher o solta e se vira para mim. — Trouxe uma amiga hoje. Essa é a Barbara.

— Olá. — Ela também me abraça, mesmo sem me conhecer, e eu imediatamente começo a gostar dela. — Vocês dois ficam bem juntos.

Tenho certeza que meu rosto fica vermelho com o comentário, porém Anne ignora e pisca para Zander como uma mãe que sabe qual é o segredo que o filho está escondendo. Como a situação não pode ficar mais estranha, Anne continua rindo ao nos levar até uma mesa e ao passar o menu ela nos encara com fascínio.

— Anne, acho que tem mais gente esperando para sentar. — Um homem se aproxima de nós e assim que o vejo reconheço a semelhança com o filho.

— Ah, Stefano, eu só estava pondo a conversa em dia. O Zander não aparece já faz um tempo. — Ela provoca e deixa a mesa.

Ao invés de segui-la, Stefano cruza os braços em uma pose que indica que não tem nenhuma intenção de nos deixar. Ele abre um sorriso torto feito o que Valentin costumava distribuir pela escola e fico impressionada com o quanto os dois se parecem. A única diferença é que Stefano tem o cabelo liso, além de ser uns vinte anos mais velho.

— Você está sabendo que os dois estão voltando? — Ele pergunta para Zander e por mais que eu não queira, acabo prestando atenção ao que diz.

Valentin é o namorado de Valentina e não faz nem um mês que os dois deixaram a cidade e se mudaram para a Flórida, onde vão começar a faculdade no final do próximo mês. Não tenho certeza se Stefano está se referindo aos dois, mas acredito que sim.

— Já? — Zander balança a cabeça como se não estivesse surpreendido e me pergunto o quanto ele conhece Valentin. Esse não é o tipo de informação que seu pai sairia espalhando. — Os dois acabaram de sair daqui.

— Foi o que eu disse, mas você conhece a ragazza. — O homem gesticula com as mãos enquanto fala daquele jeito que todo italiano faz. — Eles vão ficar aqui até o final do verão.

— Ele não me contou isso na última vez que nos falamos.

— Meu sobrinho faria qualquer coisa pela Valentina. Ah, como é bom estar apaixonado. — Ele suspira, todo sorridente. — Vou chamar a Anne para anotar seu pedido.

Stefano me lança um último sorriso antes de afastar e só então me dou conta do que ele disse. Ele disse que o Valentin é seu sobrinho, o que é um pouco curioso. Talvez o pai do Valentin tenha um irmão que está morando aqui agora.

— Acho que você é bem mais próximo do Valentin do que me disse. — Aponto para Zander e seus lábios se curvam. Não é um sorriso, mas ao menos ele parece mais relaxado agora.

— Talvez eu tenha escondido que ele é meu melhor amigo...

— Caramba! Eu não acredito que te contei que fui apaixonada por ele. Eu juro que já passou. Além do mais, ele é namorado da Valentina agora, o que faz com que ele entre na lista do não.

— Que lista é essa? — Zander apoia os cotovelos na mesa e me encara como se estivesse diante de um gênio.

— A lista que todo garoto entra quando possui um dos requisitos que te proíbem de sair com ele.

— Entendi, — lentamente ele ergue as sobrancelhas. — Eu estou nessa lista?

Quase sem acreditar que a pergunta seja séria, faço que não e em seguida sinto minhas bochechas esquentando. Eu deveria manter um mistério ou ao menos me controlar perto do Zander. Talvez seja por isso que eu não saia tanto, acabei de descobrir que não sei ser discreta.

— Então, — Tento ignorar o calor subindo por meu rosto e rapidamente mudo de assunto antes que eu faça um papel de boba ainda maior. — Você faz mais alguma coisa além de trabalhar no Java J?

— Não. E você? — Pode ser impressão minha, mas Zander fica incomodado com a pergunta.

— Infelizmente não. Eu falei que queria entrar na faculdade, né? — Ele faz que sim. — Eu queria cursar medicina, mas meu pedido de bolsa de estudos foi negado em todas as faculdades que tentei... Na verdade, foi por esse motivo que você me encontrou chorando ontem. Eu tinha acabado de receber a última carta de recusa.

— Eu não sabia... Tenho certeza que algum dia você vai conseguir. — Na falta de palavras, Zander estica uma mão por cima da mesa e aperta a minha. Sinto seus dedos se enrolarem nos meus e por um segundo eu realmente acredito que tudo vai dar certo.

— A vida não é muito justa, ainda mais para pessoas como a gente.

— Como a gente?

— Você sabe... Quem não nasceu rico. — Dou de ombros e Zander puxa sua mão para longe com tanta vontade que escuto seus ossos estalarem.

— Eu nunca pensei em fazer faculdade. — Ele se ajeita na cadeira e faz sinal para a mulher que nos recebeu. — Meus pais queriam que eu fizesse algo relacionado ao Direito, mas isso não tem muito a ver comigo.

— E não tem nada que você queira fazer?

— Não sei. Nunca pensei sobre isso. — Para sua sorte, Anne se aproxima da mesa e nossa conversa morre.

Fazemos nossos pedidos e quando Anne retorna com a comida sinto como se tivesse sido convidada para um banquete no paraíso. O sabor é tão intenso e maravilhoso que agradeço repetidas vezes a Zander pelo convite. Mesmo achando graça do meu comportamento, ele não ri e eu me pergunto se algum dia eu poderei ver seu sorriso. Aposto que é incrível. Ele não volta a falar sobre a faculdade, mas me conta como conheceu Valentin em seu último ano na escola e como foi estranho fazer amizade com um garoto do primeiro ano. Fico extremamente surpresa ao descobrir que Valentin foi criado pelo tio e Stefano é na verdade irmão da mãe dele. Nunca imaginei que Valentin tivesse algum drama familiar, ainda mais porque ele sempre está rindo e vivendo como se a vida fosse perfeita. O que mais me choca é perceber que durante todos esses anos eu e Zander frequentamos os mesmos lugares, fomos à mesma escola, mas nunca nos esbarramos. Quando o jantar termina nós caminhamos para o estacionamento, mas felizmente Zander decide conversar ao invés de ligar o carro. Talvez isso signifique que ele também não quer que a noite termine.

— Não acredito que você estudou com o irmão da Sally Hastings. Ela foi uma lenda na escola. Aposto que o Scott também era.

— Ah, o Scott era bem diferente da irmã, mas ele também foi uma lenda. — Zander ri maliciosamente. — Sabia que ele foi suspenso três vezes em dois meses? Ele foi pego pelo diretor com a filha do cara no vestuário masculino.

Somente em pensar na cena começo a rir. Se Scott é mesmo tudo o que Zander diz, não me surpreende que Sally nunca falasse sobre ele. Ela era sempre tão simpática e perfeita que me fazia imaginar que as princesas de contos de fadas realmente existissem, e elas são como Sally.

— No que você está pensando? — Zander pergunta depois de alguns minutos em silêncio e eu percebo que ligou o carro.

— Ainda não queria que a noite terminasse. — Mesmo sabendo que não deveria ter falado isso, decido ser sincera.

— Nem eu. O que você acha de irmos até o mirante?

Entendo a pergunta que há por trás de suas palavras e sinto meu coração acelerar.

— Acho que é uma boa ideia.

Zander dirige com tanta calma até o mirante que quase grito para ele acelerar. Já faz algum tempo desde que estive no mirante com um garoto, mas sei exatamente o que acontece quando um deles nos convida parar ir até lá. Não foi assim que imaginei que minha noite com Zander terminaria, mas é uma boa mudança nos planos.

O carro para em frente ao pequeno muro, mas não me preocupo em observar as luzes distantes da cidade nem perder tempo olhando para o céu. Todas as noites venho aqui sozinha e já decorei tudo que há na paisagem.

Mal dou tempo para Zander reagir quando seguro seu rosto e o beijo. Por um segundo acho que ele não vai corresponder, mas suas mãos me puxam para seu colo e ele abre a boca para me receber. Pequenas descargas elétricas percorrem meu corpo e assim que sinto os lábios de Zander contra os meus perco o ar. Com os olhos fechados, escorrego minhas mãos por debaixo de sua camisa e me imagino traçando tatuagens imaginárias. Sua respiração acelera à medida que o beija se intensifica e quando me dou conta de que suas mãos estão escorregando por baixo do meu vestido sinto meus lábios se curvando em um sorriso.

— Barbara, — todo o meu corpo formiga apenas com o volume baixo que Zander sussurra meu nome. Do jeito que ele me chama, parece uma prece.

— Zander.

Abro meus olhos e o encontro me encarando. Pela primeira vez tenho raiva das lentes que escondem suas pupilas. Eu queria poder saber o que se passa com Zander apenas olhando em seus olhos, queria saber qual é a cor de seus olhos.

— Eu preciso te beijar de novo. — Zander inclina a cabeça em minha direção e eu esqueço qualquer problema com suas lentes.

Meu mundo gira quando nossos lábios se encontram novamente e desta vez ao sentir suas mãos em minha cintura tomo uma decisão que vai mudar tudo. Seguro a bainha de sua camisa e lentamente a tiro. Assim que vejo o emaranhado de teias que cobrem o peito de Zander meu corpo volta a tremer e eu nem tento mais disfarçar o quanto eu o quero. Solto uma risada ao ler a frase gravada sobre seu coração; use a seu próprio risco. Quando o encaro novamente percebo que ele está rindo para mim do jeito que eu queria. Duas covinhas perfeitas marcam suas bochechas e eu me controlo para não lambe-las. Pegando a dica, Zander tira meu vestido e volta a me provar que nada poderia ser melhor do que estar em seus braços.





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