Querido Taehyung

Sim, os dias tem se passado tão rapidamente que quase não os percebo. Anseio cada vez mais por está perto de ti.
Sobre seu amigo soldado, acredito que ele apenas tenha que relaxar com sua família e um ótimo chá, acredito que isso socessegue os nervos de qualquer um.
Querido, estava passeando pelas ruas até que encontrei uma ótima confeitaria, onde tem os melhores scones¹ que já comi em toda minha vida, prometo comprar vários para você

(P.S: Evie agradece imensamente pelo livro, ela ficou emocionada)

Passaram-se dias, semanas, mas nada surgia. Evie já havia "batido" nas casas de diversas pessoas, das mais nobres as mais humildes, todavia sempre a mesma desculpa

" Não precisamos de novos empregados"

" você é até bonita, mas não"

" Precisamos de homens, não mulheres"

A garota já estava ao o limite de sua animação, mas suas moedas já estava no fim, precisava urgentemente de um emprego! Após passar pelos correio e pegar mais uma carta para si, Evie caminhava lentamente pelas ruas mal iluminadas de Londres com um pacote debaixo do braço e um mínimo sorriso no rosto.

Até que sua atenção foi roubada por um aroma adocicado que a fez virar o rosto e se deparar com uma pequena loja cor de rosa bem iluminada, com detalhes em dourado e uma placa em tom negro escrito em branco " Magic Shop".

Os pés de Evie se moveram sem seu comando até quando só acordou após o sino da porta soar e ela já havia entrado.

— Ah olá! Boa noite, estamos quase fechando, mas a sempre tempo pra alguém tão bonita- dizia alegremente o jovem de pele alva, cabelos alorados e lábios fartos que vestia-se de uma forma bem diferente do resto dos rapazes que Evie havia visto. Mas a fala do jovem foi cortada ao a garota cair em choro solusante.

— Por Deus! O que está havendo meu anjo? Por que choras?- indagou o menino, que a levou até uma das cadeiras para acalma-la.

— Sinto muito, senhor...Eu não queria incomoda-lo, ma-mas meu coração doi em pura frustração! Faz semanas que fui posta pra fora do meu emprego, a dias procuro algo para ser minha renda e ninguém me contrata por ser mulher, em poucas horas virei cúmplice de um acordo com uma morta, agora estou chorando para um estranho...pelos céus! O que fiz para merecer isso?!- vociferou Evie, tentando conter as lágrimas.

— Acalme-se querida. Olhe, me chamo Park Jimin. Sou dono desse estabelecimento e preciso que se acalme.- dizia docemente— Chega a ser um pecado, um rosto tão lindo desse está molhado de lágrimas tristes!

Após sorrir mínimo, o Park levantou-se e sumiu atrás do balcão, mas não demorou muito até surgir com uma pequena xicara fervorosa e um pires sob um pequeno bolo.

— Pronto. Coma, você gosta de scones¹ certo?- dizia ele enquanto empurrava o doce em direção da jovem garota que apenas assentiu e agradeceu em outra língua que fez o garoto se surpreender e indagar.

— Sabe francês?!

— Na verdade, eu nasci na França. Mas meus pais foram obrigados a vir para Londres em busca de proteção já que estavam sendo perseguidos por serem latinos, mas de nada valeu já que foram capturados e mortos por uma máfia londrina- dizia Evie após suspirar de prazer ao comer o doce, nunca comerá um Scones tão bom.

— Eu sinto muito...- falou o Park. Um tanto entristecido pela história da garota

— Evie. Me chame apenas de Evie, senhor Park.- falou a menina, que tinha  um resto do doce no canto de boca que fez o garoto começar a rir.

— Não sou nada velho, dona Evie! Na verdade sou jovem demais para ser chamado de tal modo.- disse com uma cara emburrada, mas logo voltou a sorrir de uma forma extremamente fofa que foi contagiante.

— Evie, se entendi bem, você está a procura de uma emprego?- Park lembrou -se que precisava de alguém para ajudá-lo na organização da cozinha já que sozinho, nada adiantava.

— De certo que sim.- falou suspirando

— Que tal trabalhar para mim?

(Scones¹: são pãezinhos típicos da Grã-Bretanha, geralmente feitos de farinha de trigo e/ou aveia. Usa-se o fermento em pó como agente fermentador e são assados no forno em assadeiras, geralmente sobre papel manteiga.)