Capítulo XIII
hii nenéns, a sumida sempre volta!
obrigadaaaaa pelos 3k, to feliz dmsss! grata por tudinho mesmo 💜
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• VOCÊ NARRANDO •
Eu poderia estar fazendo qualquer coisa agora.
Bebendo uma cerveja com meus amigos, assistindo minha série favorita ou até mesmo sentada no sofá lendo um livre entediante. Mas cá estou eu, faxinando minha enorme casa. Ótimo dia.
Não sou nem um pouco fã de passar horas limpando e varrendo um chão, por mais que seja extremamente prazeroso ver o lugar que você chama de lar limpinho. Eu reclamaria menos se minha mãe tivesse ficado aqui para me ajudar, porém esse não foi o caso.
Passo o esfregão por todo o piso da sala de estar, logo sentindo o cheiro forte de desinfetante adentrar minhas narinas. Suspiro aliviada ao ver que estava quase tudo limpo. Passo o dorso da mão pela minha testa, que estava úmida. Outer Banks era um lugar muito quente, e eu estava quase derretendo por conta disso. Mesmo meu cabelo estando preso em coque, ainda sentia uma gota de suor escorrendo pela minha nuca.
Ainda muito cansada, termino de limpar o chão e guardo todos os produtos de limpeza na lavanderia, assim como vassoura, rodo, e entre outros. Bato minhas mãos umas nas outras, as colocando logo depois em minha cintura e passo meu olhar pela a casa. Tudo brilhando.
Sorrio satisfeita e desamarro meu cabelo, que até então permanecia preso no topo de minha cabeça.
Meu corpo cai no sofá e não demora muito para meus músculos relaxarem. Fechos meus olhos por um período breve. Porém, nesses curtos segundos, flashbacks da noite em que JJ esteve aqui passam pela minha cabeça. Dou uma risada fraca ao lembrar de sua expressão assustada quando meus pais chegaram.
Após aquele dia, continuei saindo com os pogues normalmente. Minha relação com o garoto estava um tanto quanto "estável". Nos tratávamos como amigos, até porque, somos apenas isso. Certo? Eu penso que sim.
Fingi diversas vezes não perceber seu olhar queimando sobre meu corpo quando ficava só de biquíni e ao máximo ignorar suas cantadas fajutas ao decorrer do dia. Sinceramente, eu ainda sentia as borboletas em meu estômago toda vez que algo assim acontecia, mas prometi a mim mesma que teria que controlá-las. Malditas borboletas.
Fico alguns minutos descansando no sofá até que decido tomar um banho, estava podre!
Subo as escadas em objetivo de ir para o meu quarto. Adentrando o cômodo, vou até meu guarda roupa e separo uma muda de roupa.
Quando entro no banheiro, deixo meus pertences em cima da pia e me despido, entrando no box e ligando o chuveiro.
Entro de cabeça em baixo da água fria e suspiro. Com o calor terrível que fazia, sentir o líquido escorrer por minhas curvas deu uma sensação de alívio e ao mesmo tempo um satisfação. Nada como um bom banho pra se refrescar.
Depois de alguns minutos, termino meu banho e seco meu corpo, vestindo uma regata preta e um shorts jeans cintura alta. Nada muito extravagante, já que eu iria ficar em casa.
Enrolo meu cabelo em uma toalha, pois havia decidido lavá-lo.
Passo desodorante, perfume e por fim uma manteiga de cacau no boca. As vezes, meus lábios ressecam, isso sempre acontece por decorrentes mudanças do clima. Ontem fez um pouco de frio na ilha, o que foi o principal motivo pra isso ter acontecido. Ao menos tirei o dia para cuidar de mim e fazer alguns biscoitos. Foi bem aconchegante.
Coloco meus chinelos e saio dali, indo até as escadas para voltar para a sala. Ao descer dois degraus, um barulho desconhecido faz meu corpo congelar no lugar. Sinto meus pelos arrepiarem ao ouvir passos, minha respiração acelera e meus dedos apertam no corrimão.
Será um assaltante? Um sequestrador? Porra, eu mal sei o que fazer!
Engulo em seco e respiro fundo. Dou passos silenciosos enquanto desço a escada. Ao chegar no andar de baixo, meus olhos rapidamente percorrem por toda o lugar.
Não há ninguém. Que merda é essa? Alguma assombração?
Vou até a cozinha, ainda receosa. Meu coração dá um pulo ao ver a porta dos fundos aberta. Finco minhas unhas nas palmas das minhas mãos e mordo meu lábio inferior. A tensão percorria por minhas veias, ao sentir alguém me observar. Um gosto amargo invade minha boca e não conseguia mexer um músculo.
Não seja frangote s/n!
Com este pensamento, viro meu rosto com calma e prendo a respiração nos meus pulmões. Quando vejo o indivíduo a quem pertencia o olhar, solto todo o ar que prendia e relaxo meus ombros.
- Porra, JJ! - Grito. - Que diabos tá fazendo aqui? C-como você entrou?
- Calma aí s/n, relaxa um pouco. - O garoto tem um sorriso sacana nos lábios, o que me deixa com mais raiva ainda.
- Que merda, você quase me matou de susto. Achei que era algum psicopata! - Me apoio na bancada da cozinha, tentando controlar minha respiração, ainda descompassada. - Como conseguiu entrar?
- A porta dos fundos estava aberta. - Ele dá de ombros. - Acho melhor começar a trancar, da próxima vez pode não ser eu...
Reviro os olhos e nego com a cabeça.
- Idiota. - Resmungo. - O que te trouxe até aqui, JJ? - Cruzo meus braços, esperando uma resposta do mesmo.
- Bom... - O garoto se aproximou de mim e se posicionou ao meu lado, ficando encostado na bancada do mesmo jeito que eu. - Não faço a mínima ideia onde estão John B e Sarah, aqueles dois vivem sumindo. - Ele faz uma careta e continua a falar, gesticulando com as mãos a todo momento. - A Kie vai trabalhar no Wreck até mais tarde e o Pope disse que precisava de um tempo pra estudar, o que é muito careta.
- Querer ser inteligente não é ser careta. - Rebato. - Você deveria seguir o caminho dele.
JJ bufa e vira seu rosto pra mim, encarando meus olhos. Tento me segurar ao máximo para não estremecer.
- A questão é que você está atoa, então pensei em sair com você. - Diz simples.
Isso seria um encontro? Céus, ele quer me levar pra algum lugar entre casal ou só é algo entre amigos?
- An... - Engulo em seco, espantando meus devaneios. - Então, eu sou sua última opção de diversão?
- Meio que sim... - Faço uma expressão como se me sentisse extremamente ofendida e dou um soco em seu ombro, o que causa o efeito de uma risada vinda do loiro. - Eu to brincando, Californiana!
- Você é um bobão! - Suspiro e saio da cozinha, subindo as escadas enquanto retirava a toalha de meu cabelo. Não demora muito para escutar JJ andando atrás de mim.
- Ah, qual é! - Resmunga. - Vamos, eu quero te mostrar um lugar.
Por mais que eu quisesse manter minha postura de bruta e não dar a mínima para essa proposta, a minha curiosidade falou bem mais alto. Isso é um grande problema na minha vida; ser curiosa demais.
Viro para encarar a imagem do loiro, notando a expetativa brilhar em seus olhos.
- Me dá só um minuto. - Um sorriso largo nasce em seu rosto, deixando seus caninos marcantes e covinhas aparentes. Dou um sorriso fraco e dou passos largos e rápidos até meu quarto.
Passo um pente pelo meu cabelo e um gloss em meus lábios. Calço um par de tênis all star preto, me olhando no espelho antes de correr para baixo novamente.
Meu coração palpitava feito um tambor sendo batucado copiosamente, não sabia o que esperar desse "passeio".
- Vamos? - Minha voz ecoa pela a sala, chamando a atenção do garoto sentado na poltrona. Ele assente com a cabeça e andamos até a porta de entrada, logo eu fecho a mesma - e a dos fundos também.
[...]
Depois de uma longa corrida, finalmente chegamos ao destino. Bom, na verdade eu quase tinha desistido de vir, pois antes de JJ me convencer à subir em sua moto, eu iniciei uma discussão com ele sobre como era perigoso andar por aí sem capacete. É lógico que ele não me deu ouvidos.
"Eu não sigo regras.", disse ele.
Soltei minhas mãos que estavam entrelaçadas ao redor de sua cintura e desci do veículo. Passei meus olhos pelo o lugar, franzindo o cenho ao notar que ele havia me trazido para um galpão meio abandonado. JJ passou por mim, indo na frente e andando até a entrada.
Cruzei meus braços e fiquei parada onde estava.
- O que é? - Ele perguntou, com a expressão confusa.
- Estou com a sensação que você me sequestrou e me trouxe aqui para cometer um assassinato contra mim. - Seus olhos se arregalaram. - Isso acontece muito, ok? Nunca assistiu Investigação Discovery?
- Você é maluca! - Ele negou com a cabeça e puxou um molho de chaves do bolso, abrindo o cadeado que deixava o portão do edifício lacrado. JJ o puxou, fazendo um pequeno estrondo e adentrando o galpão.
- Você vem? - Ele perguntou. Desviei o olhar e bufei, o seguindo.
O interior do galpão era grande, o teto só tinha alguns vidros, o que deixava o céu a mostra. Cheiro de tinta e ferrugem estava por todos os cantos, o que fez eu coçar meu nariz.
Ainda analisando tudo, reparei em uma cortina que deixava o lugar com uma pequena "divisória". Franzi o cenho e minha cabeça caiu para o lado.
- O que tem ali? - Apontei com o dedo para os tecidos coloridos.
JJ deu um sorriso de lado e entrelaçou nossas
mãos, indo em direção a cortina. Mordo meu lábio e não penso em duas vezes antes de apressar meus passos e andar junto à ele.
O garoto sobrepõe seus dedos contra os tecidos e me olha, logo os puxando e revelando algo que não esperava. Arqueio minhas sobrancelhas e minha boca se abre em um grande "O".
Pranchas de diversas formas, cores e tamanhos estavam espalhadas por ali. Havia uma grande mesa no centro e latas de tinta empilhadas no chão. Desconecto meus dedos da mão de JJ e ando por aquela pequena "fábrica".
Deslizo os dedos na superfície de uma prancha que estava sobre a mesa, dando um sorriso ao ver desenhos ainda sendo feitos nela.
- Aqui é meu esconderijo. - A voz de Maybank corta o silêncio que permanecia ali e ergo meu olhar para ele. - Eu descobri esse hobbie há uns anos atrás. Algumas foram feitas só por fazer, já outras têm significados pra mim.
- Isso é incrível, Jay! - Dou um sorriso largo, ainda impressionada. - Onde consegue os materiais necessários?
- Tenho meus contatos. - Ele pisca para mim, o que me causa um efeito de gargalhar.
Nunca imaginaria que JJ Maybank fazia pranchas em um lugar abandonado, isso é... Surpreendente.
- O pessoal deve achar isso maneiro. - Me refiro aos demais do nosso grupo. O garoto desvia o olhar para as mãos e suspira.
- Eles não sabem na verdade. - Levanto uma sobrancelha com aquilo. Não havia entendido.
- É algo só meu, saca? Nunca tive vontade para partilhar isso com alguém.
Meu corpo gelou. Por que então ele decidiu me mostrar o que fazia? Ele confiava em mim ou algo do tipo? Deixei essa pergunta de lado, achei melhor não dizer nada sobre.
- Hm... - Procuro palavras para continuar o assunto. - Você pretende vendê-las?
- Ah, não. - Ele dá de ombros e se aproxima de mim, fitando a prancha que tinha ficado entretida. - Nunca as fiz com algum intuito de ganhar dinheiro. É só um passatempo mesmo.
- É um passatempo interessante. - Sorrio e o encaro, fazendo com que ele retribuísse o sorriso. Não sei por quanto tempo ficamos nos encarando, mas pareceu uma eternidade.
Quando eu estava com JJ, não era só algo passageiro. Era algo marcante, que me causava sensações indescritíveis. Maybank não era nenhum príncipe encantado, ou o gentleman que toda garotinha da quinta série sonha em casar um dia. Era esse o principal motivo pelo o qual me interessava nele.
Sua essência era única, mesmo que fosse um pouco turbulenta. Ainda sim, esse era seu jeito, e nunca desejaria que isso mudasse.
[...]
Agora JJ me levava para a casa novamente. Os tons alaranjados já tomavam conta de todo o horizonte e isso era um sinal que tínhamos passado quase o dia inteiro dentro daquele galpão.
JJ e eu ficamos conversando assuntos diversos, ele me ensinou a como fazer uma prancha - ou ao menos tentou, já que quem manjava disso era ele, não eu.
Varias risadas e atrapalhadas foram resultados disso, e eu sinceramente havia adorado.
Quando menos percebi, a moto parou em frente minha casa. Dei um suspiro e desci da mesma, ficando ao lado do garoto, ainda montado no veículo.
- Obrigada pela a tarde, JJ. - Sorri.
- Para com isso, não precisa me agradecer. Só te livrei desse teu dia chato! - Ri com sua frase e encarei seus olhos azuis.
- Eu gostei de ter conhecido seu lado "fabricador de pranchas" - Fiz aspas com os dedos.
- Eu tenho muitos lados que você ainda não conhece, s/n. - Seu olhar agora mantinha um brilho malicioso, o que fez minhas bochechas corarem.
- Eu vou entrando, amanhã a gente se vê. - Ele assente com a cabeça e abre um sorriso sem mostrar os dentes. - Boa noite, Maybank.
- Boa noite, Californiana. - Ele pisca e acelera com a moto, saindo dali logo depois. Abraço meus cotovelos e sorrio sozinha.
Estava feliz por ter ganhado a confiança dele. Feliz por conhecer o verdadeiro JJ.
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tô soft, ninguém me toca! vocês gostaram desse momento mais "íntimo" deles? me contemmmmm
até o próximo capítulo uaarr 💜
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