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16. Um novo lar

   

         Depois que acordei, vi todo mundo pegar suas barracas e montá-las. Tomei café com as outras mulheres, rimos um pouco e avistava Iskender de vez em quando me olhando. Parecia um pouco apreensivo, com certeza queria se desculpar. Caminhando para a minha carruagem, Murad veio até mim antes de subir.

— Quer ajuda senhorita?

— Bom dia alteza, sim. — Ele pegou minha mão e me ajudou a subir o degrau da carruagem.

— O senhor estava dormindo ontem? Não o vi de noite.

— Estava na minha tenda. Como tem passado a noite.

— Muito bem, digo, ótimo, foi... Ótimo! — Queria parar de pensar no beijo de Iskender ontem, mas não tinha nada a ver contar a ele sobre o que aconteceu.

— Que bom, chegaremos amanhã, a estrada ainda é longa. Tenho certeza que irá gostar de lá.

— Com certeza. — Falei encerrando o assunto, mas eu gostaria de saber mais sobre ela, através dele. Com aquele sorriso muito lindo, sobrancelhas baixas e olhos azuis, que combinavam muito com toda a sutileza do seu rosto, e claro toda a sua bondade uma esposa jamais seria má ou mesquinha com ele. Ele fechou a porta e saiu. Ele me dava animação por dentro, não sei como dizer. Mas fui deixando o sorriso de lado, pois eu não poderia me dar ao luxo de ter alguém nesse momento, apesar das gentilezas nesse momento ainda quero voltar para casa. Depois, pretendo convencer o príncipe a voltar para Istambul e tentar encontrar a passagem do tempo.

Quando chegou a noite, eu e as outras servas terminamos de comer. Elas pareciam mais cansadas do que ontem, quando eu acabei de comer decidi ir a minha tenda mais cedo para conseguir descansar. Amanhã chegaríamos ao nosso destino. Avistei Iskender perto da minha tenda, bem quieto sem ser avistado pelos outros, apenas por mim.

— Olha, alguém resolveu aparecer de maneira educada invés de puxar o meu braço.

— Quero pedir desculpas. — Ele parecia tão mansinho.

— Eu desculpo você. Mas porque fez aquilo?

— Eu fiquei com vontade, quer dizer... sim, eu fiquei com muita vontade de te beijar.

— Iskender você tem a Ayla. Ela gosta de você.

Ele torceu a cara, e veio em minha direção.

— Eu não gosto da Ayla. Ela é apenas como uma irmãzinha.

— Mas ela não pensa assim. Ela é louca por você. — Falei em um tom debochado.

— Eu a considero como minha irmã. Fomos criados na mesma província, mas ela tem esperanças que um dia possamos viver juntos. Mas eu sou janízaro.

— Sim, e está preocupado com isso, por você ser janízaros e não poder tê-la?

Ele estendeu seus olhos para mim, abriu a boca como se fosse tomar alguma decisão em falar, eu esperei mas fomos interrompidos pelo príncipe.

— Ainda acordados?

— Vossa alteza. — Eu e Iskender nos curvamos diante de Murad. Eu ficava sempre feliz ao vê-lo.

— Eu andei pelo acampamento, para averiguar se todos estavam bem.

— Vossa alteza, deveria ter me chamado para te acompanhar.

— Não precisa Iskender. Apenas uma caminhada noturna me faz bem. Mas eu irei descansar, amanhã chegaremos a Alânya. Se Alá assim permitir. Tenham uma boa noite.

Murad foi se distanciando, Iskender acabou me interrompendo da minha concentração de visão no príncipe.

— Hum. — Pigarreou. — Eu já vou moça.

— Ótimo. Tenha uma boa noite soldado. — Eu me dirigi para tenda, fiquei com medo de ele me agarrar ali. Apesar de ter achado muito bom o beijo, eu pretendi parar de pensar naquilo. Fechei meus olhos e neguei toda aquela cena. Mecobri com a única capa que eu tinha, e fui dormir.

Era quase meio dia eu acho, mas sei que desde que amanheceu estamos andando muito. Até que avistei uma cidade costeira ao longe, em frente ao mar. Há uma fortificação com muros que cobriam aquela colina. Alânya deveria ser ali. Parecia mais um castelo medieval, muito diferente de Topkapi, pelo menos por fora. As brechinhas me impediam de ver tudo, mas onde estávamos era muito diferente. Depois que caminhamos em colina, chegamos a entrada do castelo, eu não pude descer porque ninguém desceu ainda, até onde pude notar. A carruagem andou mais um pouco, e eu estava com as costas duras, doendo por conta da viagem longa. Já estávamos dentro do castelo, havia um pátio construído com tijolos, um muro alto, não era tão bonito quanto o palácio do sultão, mas eu mesma nunca tinha visto de perto e nunca tinha pesquisado sobre Alânya. A porta da carruagem abriu, Murad ergueu sua mão para me ajudar a descer o degrau da carruagem. Havia um portão que dava entrada para o interior do castelo, aqui no pátio o sol que iluminava era fraco, mas dava para sentir a o vento e o cheiro do mar. Estamos em uma praia, já que o cheiro era tão próximo.

— Venha senhorita. Vou te levar até lá em cima. — Murad ofereceu seu braço para que eu me apoiasse nele. Eu coloquei minha mão entre seu antebraço para que pudéssemos andar. Iskender nos olhava sério, meio estranho, mas não liguei.

— O senhor sempre tão gentil. — Ele soltou um sorriso e me olhou, admirado.

— Acredito que gentileza pode trazer toda a graça em todos os momentos. Não apenas por ser boas maneiras, mas por trazer satisfação e alegria ao espírito.

— Sim, o senhor fala com sabedoria. Muitos dos nobres do mundo não aprendem sobre gentileza. Principalmente os mais necessitados que são desprezados não recebem gentileza.

— Aqui em Alânya ajudamos os necessitamos sempre que pudemos. O nosso povo é muito hostil, de maneira enraizada mesmo, mas trabalhamos isso com todos. E os resultados são satisfatórios.

Sorri feliz em saber que Murad consegue ver além desses muros, olhar o seu povo com mais empatia. Andamos mais um pouco, e ele soltou meu braço.

— Vou te apresentar a minha esposa. — Nessa hora eu fiquei nervosa, respirei fundo. Eu estava meia com trapos, não na minha melhor versão e com cara de cansaço. Mas quanto mais rápido isso, melhor. Os eunucos abriram a porta, ele entrou primeiro e depois eu esperei na entrada, esperando ele acionar minha entrada. Fui adiante e com postura decidida, já que aqui seria meu novo lar então preciso mostrar que estou disposta.

— Vaisa. Aqui está à serva que eu te falei. — Ele apontou para mim, e vi diante de mim uma mulher de meia idade, de aparência conservada, suas rugas mal apareciam, seus cabelos negros presos a broches com pedras com tons rosados. Estavam servindo chá para ela.

— Bom dia alteza. — Eu a reverenciei. Ela se levantou delicadamente, e veio com passos lentos do qual nem mesmo eu ouvia.

— Murad, você tinha razão ela é linda! — Ela tocou nos meus cabelos que ainda estavam emaranhados. Corei um pouco, sem graça, mas agradeci.

— Seja muito bem vinda. — Ela sorria com um brilho nos olhos igual a Murad. E tinha uma leveza muito grande, uma sensação de paz... era isso que ela me trazia. Já comei a gostar.

— Você será levada para o seu quarto, e será alimentada e vestida. Essa roupa do palácio pode jogar fora, pois você é muito linda e não combina com esses trapos. — Ela me direcionou a uma das servas, que me ajudou a trocar de roupa, a me banhar e meus afazeres. Como eu já sabia do que fazer, o que me interessava mais era saber sobre aquela construção e tudo o que envolvia a ela.

Eu dormi por algumas horas, havia comido antes de descansar. O quarto que eu estava não era igual aos quartos de Topkapi, tinha um ar otomano: tapetes, cortinas longas, jarros e caixas com pedrarias. Eu viveria melhor aqui do que em qualquer lugar no império. Um vestido caftan, de cor verde muito lindo, com bordados de flores, algumas pérolas e pedrinhas coloridas davam um contorno e charme à peça, que estava em cima de um divã, sapatos de cor bege e um véu que as damas das sultanas usam. E ao lado, uma caixa de madeira com várias joias, broches, colares e brincos. Sinceramente, aquilo não me importava. Era tudo muito lindo. Comecei a me vestir, e percebi que havia um espelho, um pouco manchado, mas ainda conseguia me ver muito bem. O espelho limpo só começou a ser fabricado no século XVII, por venezianos, então na época em que eu estou, não tinha como esperar. Tinha um tipo de calça turca volumosa, a mesma que os janízaros usavam, mas essa era branca e com tecido mais delicado. Por cima coloquei uma saia branca, e um espartilho de cor bege, que graças a Deus não era nas costas, eu podia amarrar pela frente. Depois coloquei uma blusa branca com mangas curtas, e por fim, o lindo caftan verde que me caiu muito bem. Agora eu tinha que dar um jeito nesse cabelo que estava emaranhado. Como meu cabelo era ondulado, ele ficava armado e eu geralmente fazia trança, mas agora estava com vontade de inovar.

Não tinha creme de pentear, então peguei água, que estava em um jarro de porcelana, passei um pouco no cabelo, penteei com um tipo de pente garfo, com cerdas largas, desembaracei tudo, havia uns nós, com ele molhado dava certo alinhar, coloquei um tipo de perfume, não sei qual, mas ficou cheiroso, apliquei em cada mecha, alinhando os fios. Consegui deixar meu cabelo apresentável, parti de lado, e estava bonita. Depois prendi duas mechas na frente colocando-as atrás da cabeça, peguei uma presilha, com pérolas e prendi. Havia um véu, de cor verde musgo, bem clarinho. Prendi junto com a presilha. Depois eu peguei tipo um chapeuzinho redondo, como um cone sem ponta, igual ao que as servas usavam, que colocavam no topo da cabeça. O meu era marrom com alguns enfeites, tipo bijuteria. Prendi com alguns broches na lateral, entre esse chapeuzinho e o véu. Agora eu parecia sim uma turca otomana. Eu dei um sorriso, me admirando. Calcei umas sandálias, com bicos pontudos. Eram lindos, novos e eu me sentia confortável. Nem quando eu fui dama de companhia da princesa Mihrima eu me sentia bonita.

Nunca fui de usar joias também, mas eu estava me sentindo tão bem e inspirada, que me arrumar um pouco não me faria mal. Peguei um par de brincos, com pedras simples, de cor branca. Elas eram compridas, mas não chamativos. O colar eu peguei um com pérolas e no meio uma pedra maior, que acentuava meu colo. Sim, eu estava me sentindo a mais linda das mulheres.

Fui até a residência da senhora Vaisa, junto com eunucos. Quando entrei eu vi ela e Murad, muito alegres e conversando. Estavam comendo uvas. Os dois levaram sua atenção para mim assim que entrei, e ficaram meio que parados no ar, me olharam de cima abaixo.

— Nossa. — Disse Vaisa, se levantando e vindo em minha direção, toda hipnotizada. — Você esta linda. — Ela pegou na minha mão, me conferiu de cima abaixo.

— Essas joias caíram bem em você.

— Muito obrigada senhora. — Observei o príncipe Murad, ele estava boquiaberto e seus olhos fixados em mim.

— Sim, está deslumbrante. Muito linda. — Ele pôs uma uva na boca e baixou o olhar, depois erguei novamente. A senhora Vaisa estava muito sorridente admirada comigo.

— Vamos conhecer o castelo daqui a pouco. Por que não come comigo?

— Ah, é que... mas eu posso?

— Claro que pode. Você passará os próximos dias comigo e não quero que morra de fome. Venha cá. — Ela tomou minha mão, e me mostrou um acento ao lado dela. De fato, ela é generosa e muito boa. Estou impressionada, com toda a bondade dessa mulher.

Finalmente eu comecei a me sentir mais alegre, poucas vezes eu tive isso desde que cheguei. Eu espiava de vez em quando, e percebia Murad me olhar, quase em prestar atenção no que sua esposa diz. As palavras dela passavam muda em minha mente, igual à dele, porque dá para perceber. Eu começo a me preocupar se essa vinda à província iria afetar a nossa relação de serva e príncipe.

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