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12. Desesperos e Alegrias


No dia seguinte, eu e outras servas estávamos na área de lavagens de roupas, sim roupas, lençóis e tapetes nunca faltavam para serem lavadas. Sempre ouvíamos fofocas, histórias de vida de cada uma, mas sem querer acabei prestando atenção a uma história pouco agradável. Uma mulher estava se gabando dos seu dom de fofoca e justamente sobre a família real.

— Um dos janízaros me contou, que a sultana está com raiva do príncipe Mustafá.

— Hum, sabemos que ela nunca gostou da mãe dele, e muito menos do príncipe Mustafá justamente por ser o primogênito.

— Dizem que ele conspira contra o sultão.

— Mustafá? — Uma disse interrompendo. — Eu limpava a bunda daquele menino, nunca fez mal a uma mosca. Sempre foi muito doce desde jovem, acredito que ele não almeja tal ganancia.

— Não é o que dizem os criados. — Ela começou a cochichar, baixou se aproximando das que estavam ao redor. — Ouvi dizer que, que o sultão planeja mata-lo por traição.

Meus ouvidos permaneceram atentos as suas palavras, mas meu coração se encheu de tristeza, um tipo de choque silencioso, pois não podia esboçar nenhuma expressão mais forte. Mantive minha atenção em lavar as roupas, mas minha cabeça não parava de pensar em como Mustafá morreria. Se o que aquela mulher disser é verdade, será igual como nos livros, as poucas histórias que li sobre o reinado de Suleiman, seriam dias de ódio, tristeza, morte. Então Devrim está certo pelo que estar por vir...

Terminando o meu trabalho, eu tirei um tempo rapidamente para visitar o senhor Devrim, meus passos eram rápidos, largos, e quando chegava cada vez mais perto, mais curiosa e aflita eu estava para saber a verdade. Bati na porta, três vezes, quando escutei sua voz rouca: "entre".

Eu entrei, e ele estava lendo um livro. Mas de todo modo, pretendia continuar interrompendo.

— Senhorita Nadira. Está se sentindo bem? Acredito que sua mão esteja melhor... ou está machucada?

— Senhor Devrim, eu preciso falar com o senhor. É uma grande dúvida. Lembro uma vez que o senhor disse que tempos difíceis viriam, pelo pouco que lembro haverá guerra entre os príncipes.

Ele ficou calado, me observando e pensativo,

— Sim. Então está sabendo dos rumores? — Ele deixou o livro na mesa e se levantou devagar.

— O senhor ouviu também?

— Os rumores no palácio sobre isso rondam faz tempo. E é verdade.

— Então... o sultão matará seu filho?

Ele não quis responder...mas seu silêncio se confirma. Eu senti um mal estar, e pus minha mão no peito. Senti um suor frio.

— A senhorita está bem? — Ele veio até mim, e segurou meu braço, me apoiando e me sentando em uma cadeira.

— As histórias diziam que Mustafá deveria ser um sultão. O senhor o conhece, sabe da índole dele.

— Pelo pouco que sei, sim. Mas não podemos fazer nada.

— Senhor Devrim, é uma sensação estranha sabe, como é mais fácil nos livros e documentários científicos, os estudos são mais críticos. Mas agora, uma grande emoção cheia de angústia me toma nesse momento.

— A senhorita apenas, está passando por um processo de adaptação, acredito que psicológico, e isso mexe com o seu emocional. Em tempos como esse não precisa ser do passado ou futuro para poder sentir que a ruína desse lugar está chegando.

— O que acontecerá com todos?

— Como à senhorita sabe, sendo historiadora isso tudo se acabará aos poucos. Mas não haja, não faça nada para impedir. A história segue seu curso.

— Sim. A história segue o seu curso. Assim como as nossas. — Eu olhei para ele, com os olhos cheios de lágrimas.

— Bom, eu irei sair agora Senhor Devrim. Eu voltarei ao meu trabalho, darão por minha falta. — Ele assentiu e deu um sorriso.

Fui andando pelos corredores, onde ficava um pátio arborizado, com árvores diferentes, flores das mais lindas, eu decidi contemplar um pouco do jardim enquanto não tinha ninguém por perto. Era bom sentir um vento no rosto, a calmaria da natureza, no confinamento. Eu olhava de perto cada flor, não sou boa em botânica, mas eu não me importava em não saber o nome delas. Eu passava meus dedos em cada uma das pétalas delas, cada flor era muito bem cuidada, tudo aqui era muito preservado. Eu estava muito distraída, mas vi minha vista escurecer, e senti dedos em meus olhos. Alguém estava querendo me fazer alguma surpresa, posicionei minhas mãos juntas com as mãos que estavam em meu rosto, e me virei.

— Ah, é você vossa alteza. — Ahmed sorria como um menino, tinha muito brilho nos seus olhos, e uma energia contagiante.

— Fiquei surpreso em te ver aqui, mas lembrei que agora você está na residência dos príncipes.

— Eu estava apenas andando pelo jardim.

— Eu estava indo ver o meu irmão, Mustafá. Estou preocupado.

— Porquê? — Ele suspirou mas não evitou em falar.

— A influência dele como príncipe herdeiro cada dia aumenta. Ele irá para Manisa, onde ele governa. Mas no palácio, o que se fala é que ele chega cada vez mais perto de ser um sultão.

— Bom, alteza, se ele realmente é bem visto, por que a preocupação? — Eu tinha curiosidade do que o Ahmed pensava sobre o irmão.

— Eu amo muito meu irmão, somos filhos da mesma mãe. Mas não somos bem vistos pela sultana.

— Ele ainda está no palácio?

— Sim, partirá hoje.

Eu voltei meus pensamentos sobre os próximos acontecimentos que virão. O príncipe morrerá, e uma guerra de sucessão iniciará. Eu observava o jovem Ahmed, tão bonito e um garoto cheio de sonhos, o que será dele?

— Eu quero que venha comigo, me acompanhar.

— Pra onde alteza?

— Quero que venha comigo ver o meu irmão.

— Não, alteza. Tenho coisas para fazer. — Vai negar um pedido do seu príncipe?

Eu fiquei reparando na sua postura, e ele estava sendo esperto.

— Bom, depende, se é um pedido ou uma ordem. Se for uma ordem, irei com vossa alteza até os aposentos do príncipe Mustafá, mas se for apenas um pedido, tenho que dizer que lamento.

Logo Ahmed desviou seu olhar para o outro lado, e ficou com os lábios entre abertos, depois, sorriu satisfatoriamente.

— Não precisarei pedir ou dar ordens agora. — Eu ouvi uns passos no gramado, alguém vinha chegando. Então me virei. Era o príncipe Mustafá, e junto com ele Murad e os janízaros, e Iskender, do qual eu o podia ver muito bem entre eles.

— Altezas. — Me curvei em reverencia. Eu pressentia olhares dos homens, pareciam reparar muito, me senti constrangida por um breve momento. Ahmed tomou a frente. Mustafá era realmente o que eu escutava dizer: postura era de um sultão, tinha uma barba bem feita, usava vestes de um azul claro, um simples turbante de cor azul marinho. E era educado, gentil, era isso que o mundo precisava ver.

— Ah, irmão, esta é a Nadira, da qual te falei. — Ele colocou suas mãos em minhas costas, me direcionando para frente.

— Sim, você me falou. E realmente, é muito bonita, como havia me dito. Se eu pudesse, faria dela minha concubina.

Eu fiquei um pouco tímida e surpresa, mas tentei não expressar isso. Murad tomou a frente, e disse delicadamente.

— A serva é muito bonita, mas deixe-a, você já tem mulheres demais. É melhor regressar para Manisa.

— Sim, eu irei. Vim apenas ver o meu irmão, que sempre anda atrás de uma serva, sempre falava de você mocinha. — O príncipe herdeiro deu uma risada.

— Ora, não fale assim irmão. Debochas de mim?

— Não, claro que não. É um jovem, mas está amadurecendo, e logo terá suas próprias mulheres. Mas eu devo ir agora, até mais. — Me curvei assim que saíram. Murad olhou rapidamente para mim, e deu um sorriso de lado, discretamente. Depois vi o Iskender, ele tinha sua postura de um soldado, sua mão na espada e um olhar sério me encaravam rapidamente e depois seguiu seu curso.

— Bom, meu irmão vai embora. Eu deveria ir com ele mas pedi ao meu pai que eu ficasse aqui.

— Hum, por minha causa?

— Sim. Ah...é um motivo bom. Já que o palácio é um lugar monótono.

Eu ficava cada vez mais encantada com o príncipe Ahmed, suas bochechas rosadas e um sorriso inocente o tomava conta. Eu não nutria nenhum sentimento além de vê-lo como irmão.

— Vossa Alteza, me fale mais sobre o seu irmão Mustafá. Muitos falam bem dele, mas não o conheço tanto quanto você.

— Mustafá é a joia dessa dinastia, mas muitos o querem ver cair. Os janízaros o apoiam com todas as forças, pois creem que Mustafá trará a ordem para o império. Não sou como ele, e longe eu serei, mas eu o amo, nunca me maltratou e sempre me ensinou.

Ahmed falava de uma maneira tão amável, tão pura do irmão, que é difícil de imaginar que uma desgraça acontecerá. No momento, eu decidi que permaneceria com o Ahmed, fazendo companhia até a chegada da notícia. Não tenho ideia de quando vai ser, mas creio que será logo. Eu só espero que Murad não esteja envolvido.

Passei, mais ou menos um mês, acompanhando o príncipe Ahmed quando eu tinha tempo, ele me levava para uma sala antiga onde tinha livros, ele me mostrava sobre Romeu e Julieta, sua obra favorita. Ele apreciava os clássicos como ninguém, e se satisfazia em dizer como o autor queria relatar cada palavra sobre a descrição narrativa. Me senti muito bem nesses dias, Dilara não se atreveu a me interromper, ela pensava que o príncipe queria me fazer de sua concubina mas eu estava apenas fazendo companhia. Não imaginei que fazer parte de sua companhia o deixaria tão alegre, tão espirituoso e cheio de energia sobre tudo.

Caminhamos pelo jardim durante uma hora, todos os dias. Ele mesmo me contava histórias sobre o seu avô e seu pai, e como era a sua infância, solitária, mas espelhada no irmão mais velho. Ahmed me contou que sabia que nunca iria ser como Mustafá, mas ficava feliz por servi-lo como futuro sultão. Isso mostrava que de certa forma, os belos sonhos eram distantes da vontade de poder desse rapaz, e isso era o que ele tinha de mais valioso, sonhos de um jovem que guardava no seu coração a mais bela ternura de sua irmandade. 

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