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Um amor além das palavras

Esse é um fanfic alternativo, baseado no episódio nº 61 de Sakura Card Captors "Um presente para as cartas". A autora não pretende ferir os direitos autorais do episódio no qual se baseou.

Sua trilha sonora é a música "More than words", da Banda Westlife.

https://youtu.be/EB0sgY-5bfo

"Vão afastando, pessoal! O quarto carro chegou!"

"Droga, é o Brian!"

Um cobertor quente e fofo, dois braços extremamente amorosos e um calor escaldante a atordoá-la. Carta Espelho sentia-se a mais feliz das mulheres. Passou a noite mais linda do mundo nos braços de Touya sendo beijada, curtindo alguns filmes (nota da autora: Ta, falando sério, "A múmia" e "mais velozes, mais furiosos" não é melhor pedida para uma noite de romance...), e sentindo as mãos ardentes do rapaz, que agora repousavam em seu ventre delicado, mais do que mil palavras demonstravam o quanto ela era amada.

Não havia como expressar a Touya o quanto estava apaixonada e, percebendo isso, ele dera-lhe o mais belo de seus sorrisos, dizendo:

- Também te amo, querida.

Aquecida e acariciada por aquelas palavras, a tímida carta fechou os olhos, agora embalada pelas doces lembranças de um lindo beijo que ganhara há poucos dias, mas, que, como um precioso segredo, parecia ter sido há um século...

********

Após ter sido deixada sozinha por Sakura e Shaoran, a Carta Espelho esperou por algumas horas, até que Touya apareceu, ansioso por ir comprar o presente do pai.

A menina deu o melhor dos seus sorrisos ao vê-lo frear a bicicleta diante dela.

- Desculpe a demora. – o rapaz falou, observando a irmã por um breve segundo.

A menina novamente sorriu e olhou o jovem nos olhos, sacudindo a cabeça de leve.

- Vamos. – tornou, simples.

Vendo que aquela garotinha tímida portava de forma obediente e gentil, o oposto de sua irmã, Touya apenas perguntou;

- A Sakura teve outra emergência, não foi?

- Bom, é que... é que... – a menina hesitou, atordoada. Ao mesmo tempo em que se sentia vulnerável com a rápida descoberta, um grande alivio crescia em seu peito por não precisar mentir para ele. Mas, de certa forma, ambas as sensações a assustavam.

Touya fez menção de querer manobrar a bicicleta para ira atrás de Sakura, porém, refletindo por uns instantes, disse:

- Se eu for lá, ela vai ter ainda mais problemas. – antes de calar-se, o rapaz fez um convite – Escuta, não quer ir fazer compras comigo?

Um brilho de felicidade surgiu em seus olhos.

- Claro. - A menina não cabia em si de felicidade ao montar na garupa da bicicleta de Touya.

Aquela foi a tarde mais feliz do mundo para ela. Passearam juntos pelo centro comercial de Tomoeda, compraram os presentes que queriam e deram uma volta num parque movimentado da cidade, que ia, com o avançar do crepúsculo, ganhando as luzes típicas da época natalina. Quando passava um pouco da hora do jantar, os dois entraram em um café bem movimentado para se aquecer e escolheram uma mesa para eles, quando Touya voltou-se para a garota e perguntou:

- Gostou do passeio?

- Eu gostei, sim. – a menina sorriu, os olhos brilhando de emoção.

Mas, à medida que os goles de café e a intimidade entre ambos crescia, crescia também o medo de que sua dona descobrisse que se descuidara e deixou que o irmão dela descobrisse sua verdadeira identidade. Um assomo de medo se avolumava em seu íntimo, fazendo-a assumir uma postura tensa e rígida, que não passou despercebida a Touya. Vendo a menina praticamente torturar-se por dentro, o rapaz pousou a xícara de café que sorvia, olhando-a, condoído.

- Ei, não precisa ficar tão nervosa, eu não vou contar nada pra Sakura. – ele sorriu encorajando a garota a relaxar – eu tenho uma coisa pra você. – Touya pôs um pequenino embrulho diante da carta, que hesitou um pouco diante do pacotinho.

- Quando eu comprei a carteira pro meu pai, eu comprei isso pra você. – ele manteve o olhar impassível, mas torcendo para que ela gostasse. – Eu sei que é um pouco cedo, enfim...

- Isso é pra mim? – a menina olhou o embrulhinho, confusa.

Espelho pegou lentamente o pacotinho, ainda hesitando. Ao abrí-lo, viu algo parecido com dois botões de rosa, mas verdes. Ainda confusa com a gentileza, a menina ergueu olhos quando ele disse – Na verdade, você tem o cabelo comprido, não é?

A garota vibrou, muito feliz. Sem se conter, ela deixou escapar um gritinho suave de alegria.

- eu queria agradecer por terem cuidado da minha irmã esse tempo todo... muito obrigado a você, principalmente.

A garota sorriu, curvando-se muito feliz.

- Muito obrigada. – tornou a carta mágica, o carinho transbordando em sua voz. Não entendia porque, mas, um doce rubor subiu-lhe às faces.

Ouvindo som de música por perto, Touya estendeu a mão para Espelho e, olhando pela janela do café, fez menção de levar a garota para fora.

- Quer dançar, é... um... pouco? – convidou, muito corado.

Ao ver muitas pessoas se reunindo na praça, a menina baixou os olhos, tímida e falou:

- Quero.

Os olhinhos dela brilhavam quando, no meio de muitas pessoas dançando, o rapaz tomou a mão da carta e começou a dançar com ela muito alegremente. Depois de um tempo, todos se reuniram em volta de um palco improvisado para ouvir um garoto de pouco mais de quatorze anos falar:

- Bem, pessoal, só queria dizer que... esse é o melhor natal da minha vida! – um coro de sonoras gargalhadas se fez ouvir – E, só pra provar o que eu disse... amor, eu vou cantar pra você. – uma garota de cabelos ruivos fechou a cara quando ele disse isso.

Muito gaiato, o garoto começou a cantar uma canção muito conhecida do público em volta do palco.

- Vai lá, Tai. – um outro garoto gritou em meio aos colegas. "Idiota", eles sussurraram entre si.

Meio enrubescido, o garoto fez menção de descer do palco, porém, ao ver o olhar esperançoso de vários presentes – inclusive a carta Espelho – ele tomou coragem e começou a cantar, um voz muito calma e segura.

Saying I love you

Is not the words I want to hear from you

Is not that I want you

Not to say, but if you only knew

How easy it would be to show me how you feel

More than words, is all you have to do, to make it real

Then you wound't have to say that you love me

Cos I'd already know...

Inebriada pela voz segura do garoto, Espelho se aninhou nos braços de Touya, deixando seus sentimentos aflorarem por uns instantes. Realmente, ela se sentia assim, seus sentimentos confusos, algo crescendo no peito, mudando o antigo carinho que tinha por Touya. Como seria fácil contar a ele o quanto gostava do rapaz.

Não entendia porque, de repente, seu coração saltava toda vez que o via, não cabia em si de contente quando Sakura pedia para substituí-la, mas, ao mesmo tempo, tinha medo de ter seus sentimentos descobertos; tudo bem, Touya era um rapaz muito gentil, carinhoso e educado, capaz de tratá-la como uma mulher, mesmo quando a viam apenas com uma mera entidade mágica.

Incrível ou não, seus sentimentos faziam-na muito feliz, tornando-a mais humana do que mágica. Só não sabia como contar a Touya, e muito menos como fazê-lo sem bater de frente com Sakura. Como ela queria ser amada por ele...

What would you do, If my heart was torn in two

More than words to show you feel,

That your love for me is real.

What would you say, if I took those words away

Then you couldn' make things new,

Just by saying I love you...

Ao contrário do que se esperava, todos bateram palmas diante da voz segura e perfeita do jovem garoto, até os amigos que caçoaram dele pareciam impressionados. Nunca tinham visto alguém tão talentoso. Muito feliz de ouvir aquela música, Espelho aplaudiu, muito animada. No mesmo instante, Touya abraçou a carta pela cintura, apoiando a cabeça em seu ombro.

- Vamos pra casa? – Convidou o rapaz, muito corado. Mesmo depois de dançar tanto, o rapaz punha as mãos nos bolsos do casaco, com muito frio.

- Tá. – assentiu ela, muito delicada.

Os dois saíram da praça de mãos dadas, mas, ainda puderam ouvir através dos aplausos dos presentes a voz do jovem agradecendo a todos.

- Parabéns, maninho! – uma garotinha gritou, deixando o irmão encabulado.

Depois de alguns minutos, sozinhos, os dois caminhavam lado a lado pelo parque, Touya empurrando lentamente a bicicleta. A lua, que no último instante resolveu aparecer, banhava em prata as copa das arvores, iluminando seus passos. Em silencio, Espelho aproveitava a beleza da noite, achando que palavras eram desnecessárias naquele momento.

Parando em frente a um banco azul, ainda em silencio, os dois se sentaram, incapazes de se olharem mais do que um segundo. Além do constrangimento de Touya, a carta mágica, de quando em quando, baixava os olhos, encabulada, como que tentando impedir que seus sentimentos mais doces sejam descobertos. O rapaz tocou em sua mão e segurou-a por um tempo e, por fim, disse:

- Estou feliz porque está comigo esta noite.

- Eu também. – a menina sentiu-se tocada por essas palavras. Corada, ela baixou os olhos.

- Que bom. – tornou o rapaz.

O rapaz pegou as fitas que ainda estavam no embrulho e aproximou as mãos dos cabelos de Espelho.

- O que vai fazer? – inquiriu a menina, tensa.

- Prender seus cabelos. Posso? - Touya ficou surpreso com a atitude dela, pois pensava ter sua confiança.

Tocando seus cabelos, que magicamente apareceram, ele habilmente trançava-os com as fitas, deixando a garota cada vez mais bonita. Vendo-se satisfeito, ele disse:

- Está linda.

Ela ficou vermelha quando o rapaz tocou em suas bochechas. Fechando os olhos, a menina saboreou o toque, em deleite. Então, quando menos esperava, ela sentiu Touya beijar delicadamente seus lábios.

O primeiro beijo de sua vida durou apenas dez minutos para o resto do mundo, mas, para ela, parecia ter durado uma eternidade. Com muita delicadeza, Touya explorou cada recanto de sua boca, antes de se afastar, ofegante, e buscar ansioso pelos olhos dela, que não parava de tremer em seus braços.

- Eu não devia ter te beijado. – Touya afastou-se da garota, sem entender a reação dela. Já entendia o fato dela não confiar nele, aliás, isso não era novidade, mas, daí temer um beijo...

Furioso com a própria atitude, o rapaz virou de costas para a carta e encostou o rosto numa arvore próxima, murmurando para si mesmo.

"Que estupidez a minha!" Touya se repreendia, "Pra quê eu fui beijá-la?!"

Ainda sem entender o que se passou, Espelho encarou o rapaz, muito corada e os lábios trêmulos. Por um instante ela foi dominada pelo choque do primeiro beijo. Então, um sentimento maravilhoso brotou em seu coração. O mais puro amor que já sentiu em toda sua vida. De repente, lágrimas começaram a deslizar em suas faces.

- Ah, não, por favor, não chore! – desesperado, o rapaz correu para abraçá-la, dividido entre o imenso carinho que agora sentia e a vontade de sair correndo dali.

Confusa, a menina permitiu-se aninhar nos braços de Touya, enquanto ele a apertava contra o peito, desejando protegê-la mais do que tudo. Isso fez Espelho provar o calor do braços do rapaz, sentindo um delicioso tremor sacudi-la. Aquilo foi suficiente para fazer a carta perder o controle e agarrar o moço com força.

- Ah, eu te amo, Touya! Te amo! – a menina exclamava, do fundo do coração.

Vendo que a situação começou a tomar um rumo perigoso, Touya soltou a garota outra vez. Os olhos dela agora brilhavam e os lábios, muito mais rosados, estavam entreabertos, entrando em contradição com o tremor que a carta sentiu em seus braços.

- Diz que ama, mas tem medo, - tornou Touya, com brandura – estranho esse seu jeito de amar.

Decidida, a garota se aproximou dele. Nunca tivera uma chance como aquela, e logo agora ela iria estragar essa oportunidade? Reunindo toda coragem que tinha, ela disse:

- Você nem imagina como eu me sinto. Todas as vezes em que substituía sua irmã, eu contemplava você, incapaz de dizer o quanto eu te amo, o quanto gosto de você... – nervosa, Espelho deu as costas para Touya. – desculpe, eu não devia ter dito isso. – tornou, assustada.

Os olhos da menina, apesar do nervosismo, estavam ainda mais brilhantes e um sorriso meigo brotou nos lábios dela.

- Mas, bom... – começou Touya, constrangido – v-você t-tremeu... como pode...

Ela deu um sorriso ainda mais doce quando ela se voltou para Touya.

- Você só amou uma vez, por isso não consegue entender o que sinto. – isso fez Touya ficar escarlate – Seu beijo me fez enxergar uma coisa que sempre me recusei a ver, não só por causa de Sakura... mas, por você, também.

- Por mim? – tornou o jovem, surpreso.

- É. Você é a pessoa mais importante do mundo pra mim, Touya. Pode não acreditar, mas, eu te amo desde a primeira vez em que nos vimos.

Sem palavras, Touya continuou a encará-la. Realmente, depois de Kaho Misuki, ele nunca mais havia partilhado seu coração com ninguém. Não que Yukito não fosse especial; ele gostava muito do rapaz, porém, à sua maneira. Não podia comparar seus sentimentos. Afinal, o primeiro amor é inesquecível, não importa se durou ou não...

Ainda paralisado pelo choque da descoberta, ele se aproximou da garota, calmamente, para não assustá-la (não queria mais ver medo em seus olhos) e, muito gentilmente, abraçou-a, deixando-a sentir o calor do seu corpo, provar a magia do amor, o carinho que transborda. Apesar de estar confuso, queria beijá-la, abraçar seu corpo delicado até a noite acabar e o dia começar a nascer. Só não sabia como.

Diante desse abraço, Espelho sorriu, muito feliz. Sentindo-se o mais abençoado dos homens, Touya apertou a garota contra o peito e, sem a menor cerimônia, beijou a boca rosada, conhecendo cada recanto dela, provando o sabor... da paixão. Esse sentimento tão raro e precioso, que move o mundo, faz a pessoas se olharem feito bobas... Esse sentimento tão doce que agora fez o jovem experimentar, não só o sabor dessa emoção tão prazerosa, como também a descoberta de algo há muito guardado e que confundiu com amizade. Agora que sabia o que sentia, não queria perder isso nunca mais.

Ofegantes, os dois se separaram depois de um longo beijo, se entreolhando, felizes.

- Eu te amo. - Espelho não viu motivo para perguntar... só queria o olhar quente de Touya, seu amor, seus beijos.

- Vamos pra casa? – convidou o rapaz. a garota sorriu. Pelo visto, aquilo se tornaria um lindo bordão...

Mesmo com uma pontinha de vontade de ficar ali para sempre, ela concordou. Quando já chegavam em casa e estavam entrando, Touya abaixou-se para ela, muito maroto e disse em seus ouvidos:

- Feliz natal, meu amor.

A cartinha não cabia em si de contente e correu escada acima, depois de abraçar o pai de Sakura. Precisava contar à querida dona quando voltasse...

********

Espelho ainda não podia acreditar. Uma linda semana havia se passado desde que Touya a beijara e não podia estar mais feliz.

Depois de muitos beijos tórridos e muito carinho, o rapaz trocou as fitas de vídeo e voltou a se sentar ao seu lado.

- Feliz?

- Muito, meu amor, muito! – exclamou a menina, feliz.

Com um sorriso caloroso e um abraço muito apertado, ele trouxe Espelho para junto de si, saboreando aquele doce momento a sós, enquanto seus corações batiam em um só ritmo. Depois de um tempo, os dois se acomodaram no sofá para assistir o filme.

- Te amo – Touya sussurrou em seus ouvidos. A menina conseguiu se controlar a tempo de poder curtir um trecho muito divertido do filme.

"OH, O'CONNELL! EI! O'CONELL!!! PARECE QUE EU FIQUEI COM TODOS OS CAVAAAAAALOS!!"

"OH, BENNYYYYYYYY, VOCÊ LEVOU OS CAVALOS PRO LADO ERRADO DO RIOOOOO!!!!!"

"OH, DROOOOOOOOGA!!!"

- Tinha que ser! – as risadas enchiam o ar...

Fim.

Notas: Então é isso, pessoal! Espero que vocês gostem. Eu estava olhando nos meus arquivos pessoais e achei essa fanfic que escrevi faz mais de 10 anos, aí bateu uma nostalgia, e decidi publicar. sei que é bem diferente do que estou publicando aqui, mas torço muito para que gostem.

Personagens principais: Touya, Carta Espelho.

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