(06) resolvendo problemas ; ☁️
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" 006. chapter six "
( resolvendo problemas. )
Jimin não estava bem.
Mesmo que ele continuasse sorrindo e agindo como se nada estivesse fora do comum, Jungkook conhecia Park Jimin melhor que a si mesmo.
Ele percebia as pequenas mudanças, como a hesitação antes de cada toque e o brilho distante de seu olhar quando Jimin pensava que ninguém estava olhando.
Mas Jungkook estava. Jungkook sempre estaria olhando.
O comportamento também parecia mais destinado exclusivamente a Jungkook, quase como se o ômega estivesse mantendo uma distância respeitosa entre eles. Embora Jimin não tenha dito nada que indicasse — e até agisse "normalmente" —, Jungkook sabia que era tudo por causa dele. Tudo por causa daquele dia.
Ele acreditava que tudo estaria bem quando voltasse para casa, que Jimin o perdoaria e esqueceria completamente o ocorrido. Bom, ele perdoou, mas esquecer? Isso parecia impossível. O ômega mantinha-se distante, e a barreira entre eles parecia crescer a cada dia.
Jungkook sabia que precisava resolver essa situação, mas a grande questão era: como? Ele não conseguia encontrar as palavras certas ou mesmo um gesto que pudesse consertar o que havia sido quebrado.
Soltando um longo suspiro, ele se apoiou ainda mais no batente da porta, os ombros curvados sob o peso da culpa. Seus olhos de corça estavam fixados em Jimin, que estava deitado no sofá. O ômega mal havia trocado palavras com ele durante o dia, preferindo se perder em uma maratona de filmes ruins de comédia. Parecia uma tentativa desesperada de se distrair, mas Jungkook sabia que, por dentro, Jimin ainda carregava a mágoa que ele mesmo havia causado.
A sala estava mergulhada em uma quietude incômoda, quebrada apenas pelas risadas forçadas que vinham da televisão. Jungkook queria se aproximar, queria dizer algo que mostrasse o quanto se arrependia, mas cada passo em direção ao sofá parecia um desafio impossível.
— Você só vai ficar me encarando?
A pergunta repentina fez o alfa estremecer, o coração falhando uma batida. Jungkook congelou, os olhos arregalados, sem saber como responder de imediato. Ele estava tão perdido em seus próprios pensamentos que não percebeu quando Jimin desviou o olhar da televisão para encará-lo.
— Jungkookie? — Jimin perguntou, sua voz carregada de curiosidade e uma leve preocupação.
— Hã... Hã — Jungkook limpou a garganta, sentindo-se exposto. Ele se arrastou para mais perto do sofá, os movimentos hesitantes. — Hyung, eu... eu gostaria de falar com você.
— Tudo bem, Jungkookie. — Jimin endireitou a postura, cruzando as pernas enquanto o observava com atenção. Ele ofereceu um sorriso pequeno, mas este não alcançou seus olhos. Foi um gesto automático, sem a ternura que normalmente transmitia. O estômago de Jungkook revirou ao notar isso. — Pode falar, estou ouvindo.
— H-hyung, você está bravo comigo?
A pergunta pairou no ar por um momento. Jimin arregalou os olhos, surpreso, e ergueu as mãos instintivamente, balançando-as na altura do rosto.
— Claro que não, Jungkookie! De onde você tirou isso? — O tom de voz do ômega era genuinamente confuso, mas não fez com que as dúvidas de Jungkook desaparecessem.
As memórias dos toques que faltavam, das conversas que haviam se tornado cada vez mais raras, voltaram à sua mente como uma enxurrada.
Não, aquilo não era coisa da sua cabeça. Não podia ser.
— Jimin, você pode, por favor, não mentir para mim? — A voz de Jungkook saiu mais baixa, mas carregada de frustração. Seu cheiro amargou no ar, uma mistura de tristeza e angústia que impregnou o ambiente. — V-você se afastou, hyung... Não me toca mais, mal fala comigo...
Jimin abriu a boca como se fosse dizer algo, mas logo fechou, desviando o olhar. Ele permaneceu em silêncio, o rosto indecifrável.
— O que eu fiz, hyung? Eu te chateei? — Jungkook pressionou, a voz quebrada. Ele observou Jimin puxar as pernas para cima do sofá e abraçá-las, como se buscasse algum tipo de conforto. Ainda assim, o silêncio persistiu. — É por causa daquele dia, não é? Você me odeia agora, hyung? Eu estraguei tudo de novo... Como sempre.
— Jungkookie, isso não é verdade! — Jimin interrompeu, sua voz rápida e carregada de emoção. — Nada disso é sua culpa. É culpa minha. O hyung achou que seria melhor te dar um espaço depois de tudo.
Depois daquele dia.
As palavras não foram ditas explicitamente, mas Jungkook sabia exatamente ao que Jimin se referia. A lembrança da briga horrível que tiveram era algo que ele ainda não conseguia tirar da mente.
— H-hyungie, você não pode fazer isso comigo... — Jungkook murmurou, quase suplicante. — Não sem me avisar. Não como se me odiasse profundamente. Eu não quero que você faça isso.
Sem pensar muito, Jungkook deixou-se ser puxado por uma das mãos de Jimin até o sofá. Ele se sentou ao lado do ômega, as mãos ainda entrelaçadas. Jimin começou a acariciar as costas da mão dele com o polegar, um gesto tão delicado que parecia uma desculpa silenciosa.
— Fui um idiota, Jungkookie. — A voz de Jimin saiu baixa, quase um sussurro. — Eu achei que seria melhor para você se eu me afastasse um pouco.
— Hyung, eu não quero que você se afaste! Nunca! — Jungkook respondeu rapidamente, sua voz quase desesperada. Ele apertou a mão de Jimin com mais força, como se temesse que ele pudesse desaparecer a qualquer momento.
O ômega soltou um suspiro trêmulo, os olhos marejados enquanto finalmente olhava para Jungkook com toda a honestidade que vinha segurando.
— Eu só... não sabia como consertar as coisas. Achei que te dar espaço ajudaria, mas... Me desculpe. Eu estava errado.
Jungkook balançou a cabeça, os olhos fixos nos de Jimin, transmitindo toda a determinação que sentia.
— A única coisa que eu quero, hyung, é você perto de mim. Sempre.
As palavras pairaram sobre eles, e, dessa vez, o silêncio não parece mais desconfortável.
[...]
— Então... Como vocês estão agora? — perguntou Seokjin, sua voz com o habitual tom acolhedor.
O grupo de amigos havia se reunido na casa do beta para mais uma maratona de filmes. A sala estava iluminada apenas pela luz da televisão, que exibia os créditos finais de Harry Potter e O Prisioneiro de Azkaban, criando sombras dançantes nas paredes. Almofadas e cobertores estavam espalhados por todos os cantos da sala, enquanto uma tigela de pipoca quase vazia repousava sobre a mesa de centro.
— Nós estamos bem, hyung — Jimin respondeu, aninhado confortavelmente ao lado de Jungkook, os braços envoltos no pescoço do alfa como se aquele fosse o único lugar do mundo onde ele precisava estar. Percebendo o rosto desacreditado dos amigos, ele continuou: — Jungkookie está muito bem.
Jungkook ignorou os olhares curiosos dos amigos sobre si e retribuiu o carinho, concentrando-se apenas em Jimin. Ele deslizou uma mão pelos cabelos macios do namorado, os dedos se movendo com delicadeza.
— Isso quer dizer que o alfinha superou todo o drama? — Yoongi brincou, com aquele típico tom sarcástico de sempre. Taehyung, sentado ao lado do ômega pálido, deu-lhe um leve tapinha no braço.
Jimin franziu o cenho, o rosto se contorcendo em uma careta estressada. Sem dizer uma palavra, ele apertou o abraço ao redor de Jungkook, o protegendo de qualquer sentimento ruim que a provocação pudesse causar.
Antes de conhecer os pais de Jungkook, ele não teria reagido de forma tão protetora em relação aos comentários bobos dos amigos. Mas agora, tendo conhecido aquela família que era tão cruel com o próprio filho, Jimin sabia como todas as provocações — por mais bobas que fossem — penetravam profundamente no coração do alfa.
Jungkook, por sua vez, olhou para Jimin com um pequeno sorriso tranquilizador e sussurrou baixo o suficiente para que só ele ouvisse:
— Está tudo bem, amor.
— Mesmo? — Jimin quis saber, certificando-se de que ele ficaria bem.
Jungkook assentiu.
— Bom, às vezes eu agradeço por ser apenas um beta. Ainda não consigo entender essa necessidade que vocês, alfas e ômegas, sentem em brigar o tempo inteiro. — Jin interrompeu o silêncio, balançando a cabeça com uma careta. — Deve ser coisa de lobo maluco.
— Provavelmente são os nossos instintos falando mais alto — Taehyung manteve o assunto, e ambos se esforçaram para dissipar a tensão entre eles. Apesar das constantes ressalvas de Jin, tudo correu bem.
Vendo o esforço dos amigos para evitar desavenças e o aperto constante de Jungkook em sua mão, Jimin decidiu relaxar e não agir de modo tão arisco. Disposto a evitar Yoongi pelo resto da noite. Afinal, assim como o mais novo, Jimin tinha total direito de ficar chateado com a forma idiota que o melhor amigo agia consigo.
A noite acabou se prolongando mais do que o esperado e, depois de assistirem a mais uma sequência de filmes e comerem todo o estoque de doces importados de Jimin, o casal achou que este seria o momento perfeito para contar as novidades, uma vez que o clima ruim parecia ter se dissipado entre o grupo.
— Mas nem todo mundo que tem um pai idiota em casa cresce sendo um merdinha que faz bullying!
— Só que o pai dele não era só um idiota, ele era um maluco que enfiou o Voldemort na casa com a esposa e o filho adolescente!
Jimin olhou de soslaio para o namorado, que continuava no mesmo lugar desde o começo da noite, a perna inquieta balançando em um ritmo ansioso. Ele não tinha dito nada desde que os amigos chegaram ao apartamento, o olhar fixo em algum ponto indefinido da sala enquanto permanecia alheio a conversa animada ao redor.
Do outro lado do sofá, Taehyung e Seokjin discutiam acaloradamente sobre Draco Malfoy ser ou não uma vítima dos preconceitos do pai maluco, enquanto Yoongi, afundado na poltrona com uma expressão de tédio e celular na mão, aproveitava o tempo jogando algum joguinho com uma música irritante.
Suspirando, Jimin decidiu interromper a conversa antes que os dois entrassem em comparações ainda mais dramáticas.
— Gente... — tentou, mas sua voz sumiu diante da empolgação dos amigos.
— O Draco não era super bonzinho, mas fez escolhas importantes nos momentos certos — argumentou Taehyung, apontando o dedo no ar como se aquilo encerrasse a questão.
— Então, eu e o Jungkookie-ah temos... — Jimin começou novamente, mas foi completamente ignorado, as palavras morrendo no ar enquanto o debate sangrento continuava com veracidade.
— Ah, fala sério, Taehyung! — retrucou Jin, com as sobrancelhas franzidas. — O Draco teve muitas oportunidades de ser melhor, mas preferiu perder tempo infernizando cada ser daquela escola.
Yoongi bufou baixinho, sem levantar os olhos do celular.
— Vocês sabem que eles são personagens fictícios, né? — murmurou, mas ninguém pareceu ouvir.
Jimin revirou os olhos — pela segunda vez na noite —, e desta vez, elevou seu tom de voz, impaciente:
— Gente! — soou firme e cortante, silenciando a discussão abruptamente. Taehyung o encarou, surpreso, e até Jungkook pareceu despertar de seus pensamentos, virando-se lentamente para o namorado. Yoongi, por sua vez, finalmente tirou os olhos do celular. — Nós chamamos vocês aqui porque temos algo a dizer...
Jin imediatamente desviou o olhar da discussão e mirou Jimin com suspeita, os olhos semicerrados e a expressão julgadora.
— Vocês fizeram alguma besteira?
O comentário veio acompanhado de um olhar nada discreto para a barriga de Jimin, o que fez Taehyung e Yoongi imitarem o gesto, como se só agora tivessem considerado essa possibilidade.
Jimin corou no mesmo instante, especialmente ao ouvir Jungkook engasgar ao seu lado.
— Não façam essa cara, não é nada desse nível. — empertigou-se, fingindo uma falsa seriedade, ainda que a sua voz soasse um pouco defensiva. Queria ser levado a sério, e que sua escolha fosse bem aceita pelos amigos.
O trio se entreolhou, desconfiado.
— Então, o quê? — O questionamento veio de Taehyung, que cruzou os braços, interessado.
Jimin mordeu o lábio, relutando um pouco antes de dizer:
— Jungkook decidiu que vai sair da casa dos pais. Vamos morar juntos, permanente dessa vez.
Jin foi o primeiro a reagir, um sorriso de orelha a orelha enfeitando os lábios desenhados em uma felicidade surpreendente e quase contagiante. Taehyung foi o segundo, parecendo mais aliviado do que tudo, e sendo melhor amigo de Jungkook, Jimin imaginou que ele estava mais do que radiante em ver o amigo longe do pai psicopata. Por fim, veio Yoongi, que, diferente dos outros, hesitou por um instante. Ele oscilou entre franzir o cenho e suavizar a expressão, como se não soubesse exatamente como se sentia em relação a notícia. Seu olhar pairou sobre Jungkook por um momento, a expressão contemplativa antes de finalmente relaxar e soltar um comentário provocativo que Jimin não soube identificar se era apenas uma provocação ou simplesmente uma maneira de mostrar que se importa, no jeito dele.
— Como se ele já não morasse com você a dois anos, só faltava trazer o resto das tralhas.
Jimin revirou os olhos, mas sorriu de canto. Sabia que, no fundo, essa era a forma de Yoongi dizer que aprovava a decisão.
— De qualquer forma, nós ficamos felizes que vocês estão dando esse passo — Jin comentou, sorrindo, mas logo seu tom assumiu um ar levemente provocativo. — Só espero que continuem apenas nesse passo por enquanto, sou muito novo para ser tio de um filhote.
Jimin mordeu o lábio para segurar o riso, ele até poderia argumentar que trinta anos era uma ótima idade para começar a ter sobrinhos, mas decidiu passar.Seu olhar instintivamente procurando Jungkook ao seu lado. O alfa ainda estava em silêncio, os olhos baixos e expressão distante. Se dependesse de Jungkook, não falaria nada sobre isso. Mas eles chamaram os amigos justamente porque aquilo era importante.
— Tem outra coisa... — Ele hesitou, sentindo a mão de Jungkook se fechar em um punho sobre a coxa. Por um segundo, Jimin achou que ele fosse falar.
Mas ele não falou.
Então, Jimin fez isso por ele.
— Jungkook começou a frequentar uma psicóloga.
Seokjin piscou uma vez, como se processasse a informação. Taehyung olhou para Jungkook de imediato e Yoongi apenas assentiu levemente, como se aquilo fosse algo que já esperava em algum momento.
Jimin sentiu Jungkook prender a respiração por um instante. E, mesmo sem encará-lo diretamente, percebeu quando ele soltou o ar devagar, como se estivesse esperando uma reação ruim que não veio.
— Isso é bom. — Taehyung foi o primeiro a dizer, e sua voz soou sincera.
Jin sorriu de leve.
— É um grande passo.
Yoongi não disse nada, mas seu olhar sobre Jungkook foi significativo o bastante.
Jungkook, por sua vez, apenas assentiu, um movimento breve, antes de finalmente relaxar os ombros.
Jimin entrelaçou seus dedos aos dele sob a mesa, apertando sua mão num gesto silencioso.
E, dessa vez, Jungkook apertou de volta.
•••••••••••
ESTAMOS NO PENÚLTIMO CAPÍTULO!!!!!!!!
finalmente o final de uapdm tá chegando 🎉
o que vcs acharam do jk finalmente começar a frequentar uma psicóloga? já tava mais que na hora né
preparados para o último capítulo???
POR FAVOR, não deixem de comentar no capítulo!!!! isso me ajuda muitoooo, vocês sabem 😭🙏🏻
quero agradecer a whtfckshit que foi um anjo na minha vida essa semana, se não fosse por ela me ajudando a terminar esse capítulo de madrugada, eu ainda estaria perdida exatamente no mesmo lugar 😭
esse capítulo era pra ser postado no dia 1, mas o wattpad resolveu que seria legal parar de notificar todo mundo então eu não pude postar 🕊️
eu criei uma conta no instagram para postar sobre as fanfics, me sigam por láaaaa
o username é articvminn
enfimmmm
como sempre, se vcs perceberem algum erro e afins, peço que me avisem nos comentários que vou dar uma corrigida 🙏🏻
espero que tenham gostado desse cap, tem muito sangue, suor e lágrimas nele (meu e da winnie 😭
o último capítulo tá pra sair ainda esse mês, mas talvez saia no comecinho do mês que vem 😖🙏🏻
meu foco tá em finalizar uapdm, então não se preocupem que esse ano o final vai sair de qualquer jeito 🙏🏻
não deixem de me dar biscoito lá no instagram 🙏🏻🙏🏻🙏🏻🙏🏻
obrigada por me acompanharem nessa jornada 😭🩷
amo muito vocêsss 🩷🩷🩷
até mais! 🩷
— com amor, blue
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