CAPÍTULO VINTE QUATRO
Eitaaaaaaaaaa que já é quinta...
Tudo bem com vocês?
Saudades?
Passou rapidinho né? 😜
Eu até tentei postar antes, mas não deu.
Banner 👇 feito com muito amor e carinho pela minha amiga CassiaSilva601 música sugerida por ela também, para esse momento incerto da nossa Bel. Leiam a tradução porque é linda e a cara da personagem nesse momento.
Boa leitura!
Após deixar Izabel em seu hotel, meus planos não eram ter que retornar a casa tão já, tinha outras coisas a fazer, mas ter recebido uma ligação de Ibrahim dizendo que estaria vindo com Zara, me fez voltar.
Passo a mão nos cabelos ainda molhados do banho, e encaro meu reflexo no banheiro. Volto a pensar em Izabel. Ela não estava somente desconfortável pela nossa situação, ela estava estranha, diferente. Algo está acontecendo e eu não sei o que é. Mas o que poderia ser? Ela se esquivou de todas as vezes que tentei conversar.
Saio do banheiro indo até minha mala de roupas. Depois de vestir uma calça um pedaço de papel dobrado cai quando puxo uma camisa. Pego o papel desdobrando e começo a ler.
Sabe tigrão tenho que admitir duas coisas nessa carta, a primeira delas é que você sempre teve razão, eu ferrei com tudo, como sempre faço. Não vou pedir desculpas por ter infernizado sua vida nesse período que estive aqui, porque eu gostei de cada segundo. Seus olhares de repreensão direcionados a mim, quando fazia algo que não devia, nunca me assustaram, ou me causaram medo, pelo contrário me excitavam. Assustador está sendo esse momento, em que estou escrevendo está carta a você, aproveitei um dos momentos em que você teve que sair, caso contrário, acho que nunca teria coragem de escrevê-la. Nunca achei que sentiria tanto a falta de algo, ou alguém como já sinto a sua, e olha ainda nem fui embora. Condenei tanto sua irmã por ter ido embora e ter deixado somente uma carta, e olha eu aqui. É muita inveja mesmo (risos). A segunda coisa que tenho que admitir é que você também estava certo quando disse que não via, como isso poderia dar certo. Mesmo quando tento fazer algo certo eu estrago tudo, sei lá não sei nem o que dizer, não tenho argumentos para me defender. Enfim, eu não iria pedir desculpas a cada coisa listada aí pra cima, mas desculpa tigrão por não ter tido a coragem de lhe falar tudo isso, depois do dia que passamos. Quando começo a falar eu meio que não consigo parar, e acho que você já reparou isso. Até mesmo essa carta já era para eu ter terminado, mas, eu meio que não consigo. Talvez você esteja se perguntando sobre meus sentimentos por você, já que não falei nada até agora. Não os coloquei aqui porque nunca entraram em questão, nunca tive dúvidas. E parece que tenho o dom de destruir as coisas que amo. Já fiz muita coisa errada, mas pela primeira vez acho que estou fazendo a coisa certa. Te amo demais para continuar te machucando.
Só peço uma coisa, não me odeie por isso.
Izabel.
Que?
Ela foi embora?
Ela não fez isso. Não sem falar comigo.
Sento na poltrona sem saber ao certo o que fazer, leio mais uma vez a carta. Em outros tempos eu já teria seguido por várias linhas de raciocínio, sobre como agir, o que fazer. Mas não consigo ter reação alguma. Izabel sempre teve o dom de tirar de mim, meu próprio domínio. A sensação que tenho é de estar preso, amarrado de uma forma que chega ser sufocante. Amasso a carta entre os dedos, sentindo raiva. Levanto e ando em círculos pelo quarto.
Pego meu telefone em cima da mesa e largo novamente onde estava. Como ela teve coragem de se despedir de mim hoje sabendo que não voltaria? Soco a mesa em um ato de frustração. Sinto como se algo tivesse sido arrancado de mim, e que estivesse me causando dificuldade de respirar. Porra Izabel o que você fez?
Somente uma sensação de vazio começa a pairar sobre mim.
Ouço o barulho de carro chegando. Mesmo sabendo que Ibrahim deve ter chegado não me movo. Sento novamente na poltrona com a carta amassada em uma das mãos. Minutos depois escuto passos apressados no corredor, e a porta é aberta. Silêncio. Sinto sua presença no quarto mesmo sem mesmo ter levantado a cabeça. Estou olhando para o chão, me sinto perdido.
- Jamal. - há temor em sua voz, e isso me deixa com mais raiva.
- Esqueceu de escrever alguma coisa? - tento não soar tão ríspido, mas falho totalmente.
- Eu não queria que tivesse lido.
- Então não tivesse escrito. - falo em um tom mais baixo. Cansado. Porque é assim que me sinto, estou cansado desse jogo de gato e rato. - Mas eu não deveria me espantar, ultimamente as mulheres que importam para mim, estão saindo da minha vida assim, através de um pedaço de papel. Acho que devo começar a me acostumar. - Jogo a carta nos seus pés.
- Eu fui covarde demais em fazer isso, eu sei. Eu estava com medo do que poderia acontecer, e acabei fazendo isso sem pensar. O medo faz com que a gente faça coisas sem pensar você sabe disso. - continuo a encarando sem reação alguma. Minha respiração está tão calma que até eu estou estranhando. - Porque você não está falando nada? Você está tão calmo. - Seu ultimo comentário me faz bufar.
- Você quer que eu grite? O que você quer que eu fale?
- Você não é assim, achei que te encontraria nervoso caso tivesse lido, apesar da minha esperança era que você não tivesse lido. Você disse que não viria para cá, na parte da manhã. Porque veio? - me olha
- Você resolve ir embora, sem ao menos, me dar uma única satisfação, dos motivos que a fizeram agir assim, mesmo depois do dia que passamos ontem Izabel. E agora me aparece aqui pedindo desculpas pelo que fez, ou vai fazer porque na verdade eu ainda não sei, e me pede explicações do porque eu estou aqui? - ela morde o lábio. E se aproxima.
- Vendo por esse lado.
- Não é vendo por esse lado, Izabel. Esse é o meu lado, que você nunca se deu ao trabalho de tentar enxergar. Você me acusou de lhe tratar como uma vagabunda, sendo que você me trata assim. - ela se espanta.
- Mentira. Nunca te tratei assim. - me levanto e começo a andar pelo quarto.
- Izabel sabe o que a gente faz com uma vagabunda? A gente come e vai embora, sem se preocupar como ela estava e nem de como ela vai ficar depois. Foi o que você fez comigo.
- Não! - lágrimas escorrem por seu rosto e isso me deixa mal.
- Sim! É duro ter que ouvir isso não é mesmo? Durante esse tempo em que estamos juntos, todas ás vezes em que você me procurou eu estava lá, para o que você precisasse. Mas você nunca precisou mais do que meu corpo. Mais do que o prazer que eu pude lhe proporcionar, você nunca se preocupou com quem eu sou de verdade, com o que sinto.
- Não fala isso, isso não é verdade. - ela continua chorando. - Eu me preocupo com você sim, eu gosto de estar com você.
- Você não me conhece. Ontem você passou o dia aqui comigo, comeu o que você gosta. Eu perguntei o que você queria? - ela nega. - Mesmo assim você comeu coisas que gosta. Não era preciso perguntar, porque eu já sabia, posso não saber muitas coisas de coisas de você Izabel, mas pelo menos eu procuro conhecer você. São coisas simples que fazem a diferença.
- Eu gosto de você, eu te conheço. - consigo sentir a dor que ela está sentindo. Mas eu preciso fazer isso. Por ela. Por nós.
- Maneira estranha de mostrar isso, indo embora sem ao menos falar comigo. Você conhece meu corpo Izabel, não quem realmente, sou. - ela se aproxima de mim, mas não deixo que encoste, em mim.
- Depois da festa, eu fiquei com medo. Agi sem pensar, e eu sempre faço bobagem quando ajo assim. Não se afaste de mim, essa sua atitude me machuca. - fecho meus olhos ao ouvir seu pedido, e acabo rindo do que ela fala.
- Eu disse a você naquela noite que não te deixaria Izabel. - minhas palavras saem baixas e controladas. - Mas mesmo assim você me deixou. Você se afastou. Você também me machucou. Ou você acha que não sinto nada por você?
- Eu não sabia até quando você cumpriria o que disse. Você me machucou quando se afastou de mim depois que sua irmã sumiu. Não me deu chance de explicar, ficou um bom tempo longe.
- Eu sei, eu errei em deixar você longe. Apesar de saber que foi melhor assim, eu sei que errei, foi por isso que você se aproximou do Mustafá, caso eu não tivesse agido assim muita coisa não teria acontecido, Izabel. - ela iria falar algo, mas desistiu assim que ouviu minhas palavras. - Você não esperava que eu admitisse não é mesmo?
- Achei que me culparia.
- Eu não fico procurando motivos para te culpar de nada Izabel, você tem esse mérito sozinha. - abaixo a cabeça sentindo um cansaço descomunal sobre os ombros. - Eu estou longe de ser perfeito, mas você... - ela se aproxima e me abraça.
- Você é perfeito para mim.
- Mas eu procuro aprender com meus erros, respeitar os limites das pessoas. - tiro seus braços de mim e afasto-me, novamente. Temos que terminar essa conversa sem o mínimo de contato físico.
- Não faz isso, por favor. - ela cai de joelhos a minha frente. - Eu não tenho nada além de você. Tive uma vida de merda, nunca tive um bom motivo para tentar mudar, buscar algo melhor. - ela me olha. - Agora tenho você.
- E será que eu tenho você Izabel? - pergunto fazendo com que mais lágrimas caiam por sua face. - Porque esse sentimento de perda é mútuo. Como você acha que me senti quando li essa carta?
- Eu estou aqui agora.
- Até quando? - sento na beirada da cama. - Até a próxima situação, bater na porta? Ontem eu passei o dia querendo saber o que aconteceu porque me preocupo com você, e você fugiu da conversa o dia todo.
- Eu, estava com medo do que você iria achar de mim, do que fui capaz de fazer. Pensar em você me rejeitando doía demais. - ela me olha. - Está doendo agora com essa sua rejeição.
- Não estou te rejeitando Izabel. Estamos conversando, coisa que nunca fizemos.
- Sua atitude de se afastar, machuca.
- Se sentir abandonado também machuca. - digo olhando para ela.
- Então, você está me devolvendo o que fiz você sentir?
- Não Izabel. Estou sendo sincero com você, lhe dizendo como me senti, me sinto agora. Você tem que entender que um pedido de desculpas não resolve as coisas, ás vezes, temos que pensar antes de fazer algo. Medir as consequencias. Principalmente com relação ás palavras, depois de ditas elas não voltam mais.
- Isso também se aplica para as escritas? - acabo soltando uma risada fraca ao ouvir sua pergunta.
- Eu sei que machuquei você quando leu, porque me doeu escrever. - ela senta-se ao meu lado, e sua mão vai para minha perna. Seguro impedindo. - Porque você está fazendo isso?
- Porque você tem o costume de resolver tudo com sexo Izabel. - ela levanta nitidamente nervosa. - E não é o que estamos precisando no momento.
- Você é um cretino. - ela tapa a boca quando percebe o que falou. -Eu não faço isso.
- Ontem deveríamos ter conversado sobre o que aconteceu, mas você fugiu de todas as minhas tentativas sempre usando o sexo como válvula de escape. - me levanto. - E, eu não sou um cretino Izabel e você sabe muito bem disso.
- Verdade não é. Mas está sendo muito duro comigo, e você correspondeu as minhas investidas.
- Estou sendo como preciso ser. Correspondi porque sou homem Izabel, e também gosto de você. - esfrego meu rosto e percebo como ela me olha perdida. - Amigo não é aquele que fala o que você quer ouvir, e sim o que você precisa ouvir. - escuto barulho de carro novamente e vou até a janela e vejo ser Ibrahim. Vou até minha mala e pego uma camisa termino de me vestir.
Izabel fica parada pensativa.
- Agora você é meu amigo?
- Deveria ter sido desde o inicio, não? - pergunto passando por ela pegando celular e chaves que estão na mesa e vou em direção a porta. - Porque você voltou Izabel?
- Voltei por você.
- Voltou pelo motivo errado então. - abro a porta. - Tenho que resolver uma coisa, e já volto.
(Tigrão pegou pesado?)
Hoje levantei cedo, na verdade nem consegui dormir depois do que Ibrahim me falou sobre Hadija ontem, após Layla me ligar perguntando.
- Ok! Vamos conversar.
- O que você fez?
- Fiz o que deveria fazer. Quando me disse que tinha uma amiga sua, te tratando mal, eu fui atrás para saber o motivo. - fico de boca aberta olhando para ele. - Fecha essa boca Zara, você está me desconcentrando.
- Fala logo o que você fez. - ataco um travesseiro nele.
- Pedi para Jamal ir atrás de informações, e quando descobri que ela tinha ligação com Hassan, eu mandei colocarem ela em um lugar porque eu queria falar pessoalmente com ela.
- Você fez o que? - ele deita tranquilamente ao meu lado.
- Conversei com ela, afinal você queria que eu fizesse o que? Esperasse outra doida igual a Najla fazer alguma coisa com você?
- Não sei, mas pensou em falar comigo em algum momento? - ela me olha pensativo.
- Em algum momento sim, mas não lembro agora. - reviro os olhos. - Porra Zara acabei de gozar depois de quase um ano, não tenho muitos detalhes em minha cabeça nesse exato momento. - acabo socando o peito dele. - Para. - segura minha mão rindo.
- Onde ela está Ibrahim? - então eu lembro do homem que esteve ontem cedo aqui, e por isso sua mãe quase nos pegou no flagrante. - Então aquele homem que veio aqui ontem, o tal de Hassan que sua mãe disse estar te procurando, é o cara com quem ela tem ligação?
- Sim. O pai dela trabalha para ele também. - vejo que suas feições mudam. - Ela está sendo mantida em segurança.
- Também? O que mais tem aí que você não está me falando? E porque ela precisa de segurança?
- Ela está sendo obrigada a ter relações com ele, no caso está sendo chantageada. Segundo o que ela me disse. Mas com a vinda dele aqui, ontem assim que soube que ela não estava em casa, já confirmou boa parte da historia dela.
- Por allah! - fico horrorizada com o que escuto. - Quem é esse homem?
- Ele tem uma loja na cidade, e tem alguns outros negócios que não vem ao caso. Mas ele não é preocupação sua.
- Como não? Ele está obrigando uma moça, a se submeter sexualmente por chantagem. Ela cresceu comigo, poderia ser eu Ibrahim. - ele levanta sentando-se passando as mãos na cabeça.
- Mas não é. Ok! - ele respira fundo. - Ele não é problema nosso, ele é o cara que sabia sobre o sequestro de Ayla.
- E você não vai fazer nada?
- Não. Meu irmão vai. - ele sorri. - Não se preocupe Zara, a fama que todos temem, não é a minha. É a dele.
- Eu quero vê-la.
- Eu vou te levar lá, mas não agora, nem hoje. - ele volta a deitar. - Hoje vamos ficar aqui, quietinhos, você está de repouso e não pode sair.
- Ibrahim, eu preciso falar com ela.
- E vai, mas não hoje. Amanhã eu te levo lá.
Saio do carro com ajuda de Ibrahim.
- Não adianta me olhar assim. - ele diz ao me colocar na cadeira de rodas. Ele só aceitou me trazer se fosse assim, e depois do que ele me contou sobre Hadija eu não podia deixar de vir.
- Eu estou te olhando normal. - digo arrumando minha perna.
- Eu já te disse, você sabendo ou não eu teria feito tudo do mesmo jeito. - ele entrega minha bolsa. - Então põe um sorriso ai nesse rostinho lindo, e pare de me olhar assim.
- Assim como?
- Com esse olhar assassino. - ele pisca. Reviro meus olhos. - Pequena terrorista.
- Não quero te matar, mas você deveria ter me falado.
- Eu falei, assim que lembrei. - ele abaixa-se e fala ao meu ouvido. - E assim que você me liberou. - sinto meu rosto esquentar.
- Ibrahim, para. - ele ri e vai para trás, começando a empurrar a cadeira.
Jamal aparece na porta quando estamos entrando.
- Senhor. - ele cumprimenta Ibrahim. - Ela já está na sala. Senhora. - me cumprimenta, e eu retribuo quando passamos por ele.
Já levei tantos tapas na vida, mas nenhum deles me machucou tanto quanto essas palavras que ele acabou de proferir.
"Voltou pelo motivo errado"
Puta que pariu. Eu esperava por tantas coisas quando decidi voltar, mas não esperava por essa. Eu estou exausta de tudo isso, estou cansada.
Sento na poltrona em que ele estava sentado quando cheguei. Me doeu ver a maneira que ele estava, cabisbaixo. E o fato de não esbravejar, irado com a situação, meio que quebrou minhas pernas. Eu já tinha todo um discurso preparado.
Mas seu quase silêncio me fez esquecer de tudo.
Fico parada olhando para a parede, para a cama. Meu cérebro trabalhando no limite, para pensar no que fazer agora. Mas não chego a nenhuma conclusão. Não sei quanto tempo passou, fico perdida em pensamentos.
Eu o conheço sim, eu acho pelo menos. Penso em algo que sei dele fora da cama e não acho nada. Puta merda! É verdade eu não sei nada dele. Mas tudo aqui é muito difícil. Penso no que ele disse de resolver tudo com sexo.
Será que ele me conhece assim tão bem?
Bato minha mão na testa, até Almir me conhece. Vou até a cama pegar minha bolsa, e saio do quarto em direção a escada. Depois do que ele falou acho que não tenho muito, o que fazer aqui.
Quando estou descendo as escadas vejo Jamal ao telefone num canto. Meu peito dói de tal forma ao olhar para ele que não consigo evitar e sinto meus olhos arderem com as lágrimas. Termino de descer as escadas pensando se dou um tchau ou não.
Depois do que ele falou, acho que nem é necessário dizer mais nada. Passo direto indo em direção a porta.
- Aonde você pensa que vai? - ele me pergunta se aproximando.
- Embora. - dou de ombros.
- De novo? Nós não terminamos nossa conversa. - olho para ele.
- Você disse que voltei pelo motivo errado.
- E voltou. - ele olha para o corredor. - Você disse que teve uma vida de merda, que não tinha motivo para mudar, ou buscar algo melhor. - ele ri balançando a cabeça. - O motivo para tudo isso não deveria ser eu Izabel, e sim você. - ele enxuga uma lágrima que escorre pelo meu rosto com o polegar. - Fico lisonjeado em saber que fui seu motivo para voltar, mas a mudança tem que ser por você, não por mim.
- Então ainda estamos juntos? - ele me encara por um tempo olhando os traços do meu rosto.
- Não sei, como eu disse você não me conhece. - sinto meu coração bater sem controle dentro do meu peito. - Quer me conhecer?
- Tigrão, eu nem te contei nada do que fiz... - ele me cala com o dedo.
- Não foi essa a pergunta que eu fiz Izabel.
- Mas você tem que saber o que fiz no passado.
- O que você fez no seu passado não me preocupa Izabel. - ele olha o telefone que vibra com uma chamada. - O que me preocupa são suas atitudes futuras. - ele me encara. - Isso sim me preocupa, não vou perguntar de novo, vai querer me conhecer?
- Claro. - respondo rápido sem conseguir esconder o sorriso e minha felicidade em sua proposta.
- Viajamos em duas horas. - ele fala se afastando para atender o telefonema, fazendo sinal de silêncio.
Viajamos?
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro