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CAPÍTULO TRÊS

Olá, já é quase segunda né? 

Boa leitura...

IBRAHIM

Fazendo um balanço do meu dia, posso dizer que ele foi um tanto estranho. Meu celular vibra com uma mensagem e quando leio vejo que é de Zara, avisando que vai jantar com os pais. Bom isso não é estranho, desde nosso casamento ela janta com eles em algum dia da semana. E isso nunca me incomodou. Pelo menos não até agora.

Mas será que hoje não tem nada haver com o que aconteceu de manhã?

A imagem dela vestida com aquela camisola não me chamou tanta a atenção quanto ao fato dela ter ficado com vergonha. Ela estava linda, de uma maneira que eu não tinha visto. Mas o vermelho que coloria sua pele mexeu comigo de uma forma, diferente.

Algo desconhecido.

Sorrio ao lembrar sua maneira de revira os olhos quando a chamo de terrorista.

Seu sorriso fácil, e aqueles olhos tão expressivos que não é necessário uma única palavra para se comunicar, eles falam por si só. Confesso que estive imerso em meu mundo paralelo durante esse tempo, mas eu teria notado se ela tivesse expressado algum interesse por mim.

Certeza Ibrahim!?

Isso é a voz da minha consciência gritando comigo. Esfrego meu rosto apoiando meus braços no volante, cansado. Dia foi cheio, e realmente estranho, até Izabel sai para jantar com Mustafá. 

Entre tudo lembro que fiquei de conversar com minha mãe. Saio do carro e vejo que Efraim me olha de maneira estranha, também. Com certeza estranhando o fato de eu ter ficado quase uma hora dentro do carro, após chegar em casa.

- Minha mãe? – pergunto.

- No jardim – ele aponta para os fundos da casa.

Agradeço e me encaminho para o jardim que minha mãe mantém nos fundos de casa. Uma área coberta e refrigerada na temperatura que suas plantas necessitam. Apesar de termos o mar perto estamos no deserto e, por causa do calor escaldante do dia, e o frio da noite que muitas vezes chega a zero grau, é necessário uma estrutura especial para que as plantas suportem essa variação climática.

Quando entro vejo que ela está sentada em um sofá com três vasos de flores na mesa a sua frente. Ela passa horas aqui, foi algo que minha mãe sempre gostou de fazer. O sorriso que surge em seu rosto quando ela percebe minha presença, é de quebrar minhas pernas. As primeiras palavras que vem a minha mente são as de Zara.

"ela é um amor, e espera um neto de um casamento que é uma farsa"

Pela primeira vez sinto o peso de tudo que eu fiz caindo em mim como uma avalanche.

"ela é sua mãe, te ama da forma mais sublime Ibrahim, você deveria pensar em conversar com ela"

Parado olhando para minha mãe, chego a conclusão que eu sempre pensei muito, e pouco fiz. E o pouco que fiz ainda foi me afastar e enganar quem mais me ama, de verdade.

- Chegou cedo meu filho – ela corta algumas folhas secas de uma das plantas – Cadê Zara?

- Foi jantar com os pais – ela sorri concordando como se só lembrasse agora – É melhor assim poderemos conversar – concluo.

Ela coloca de lado a tesoura que estava usando e tira as luvas batendo no sofá ao seu lado para que eu sente. É o que eu faço. Ficamos em silêncio por um tempo, creio que ela está esperando eu começar. E deveria, já que tudo foi ideia minha. Mas como admitir para ela que me educou a nunca fazer isso, que não somente menti, mas que criei um plano de vingança envolvendo uma pessoa inocente?

- Nem sei por onde começar – confesso soltando o ar pesadamente.

- Seria muito bom começar pelo começo, mas acho que já passamos dessa parte faz tempo não é mesmo? – me sentindo envergonhado concordo, mas ela tem que escutar de mim.

- Se essa conversa fosse ontem eu teria algumas coisas diferentes para te falar mãe, mas hoje eu já não sei, estou confuso – ela se afasta e me puxa para deitar em seu colo. Fecho meus olhos quando sinto seus carinhos em meus cabelos.

- Meu menino – escuto sua risada fraca – Você ficou perdido quando seu pai morreu, eu lembro como se fosse hoje. Sofreu. Demorou a aceitar, nunca mais foi o mesmo – não gosto de lembrar disso. Deito de barriga para cima para poder olhar para ela – Depois disso buscou preencher o vazio com a presença do seu irmão. Mas ele era um jovem que também estava sofrendo e com uma carga de responsabilidade nas costas, por isso nunca o julguei por ter se afastado.

Almir quase não parava mais aqui. Sempre viajando e resolvendo coisas fora.

- Talvez tenha sido a maneira que ele encontrou para lidar com a dor da perda, afinal tudo aqui lembrava o pai de vocês, e ele sempre foi mais fechado – ela sorri, de certo com alguma lembrança – Mesmo com seu pai ainda vivo, ele sempre foi reservado, quem não o conhecia achava que ele estava sempre emburrado – agora seu sorriso some – E você tentando buscar alguma conexão com ele se aproximou dela.

- Mãe – sei que Najla é a raiz da nossa conversa mas creio que certas coisa não precisam ser lembradas. Mas ela me cala com sua mão.

- Você demorou tempo demais para vir conversar comigo, agora escute – ela me olha com carinho – Eu sempre soube que você sentia algo por ela filho, mas não admito que você me diga que era amor, você é novo e não deve nem saber no que consiste de fato esse sentimento, afinal sua primeira atitude foi querer machucá-la quando tudo aconteceu – tento levantar mas ela me impede – Mandei ficar aí!

Sinto algo estranho dentro de mim, uma pressão que quer me fazer sair daqui e encerrar essa conversa.

- Meu filho quando amamos alguém não queremos ferir, machucar, ou querer que aquela pessoa sinta a mesma dor que você está sentindo – ela me olha com os olhos marejados – Queremos é proteger essa pessoa de tudo isso, não queremos que ela sofra, ou passe por situações como bater a unha, porque você sabe que aquilo dói e você sofre em ver que ela sofre e não pode fazer nada para mudar... isso é amor meu filho.

- Eu... – sinto meus olhos arderem, quando escuto isso. Não consigo respirar.

- Eu não sei o que era que você sentia por ela, meu filho, poderia ser uma paixão ou qualquer outra coisa, mas definitivamente amor não era. Amor é um sentimento puro e libertador não te amarra a sentimentos ruins.

Me, sentindo sufocado eu sento mesmo com seus protestos. Najla não era uma forma de me aproxima do meu irmão, ou era? Mas eu gostava de estar com ela, isso não pode ter sido uma ilusão.

- Nunca imaginei que tudo fosse chegar aonde chegou, ver você sofrendo por ela me doía de um jeito que eu não tive paz um só dia. A única coisa que eu queria era que você acordasse e visse onde estava se metendo – apoio os cotovelos nas pernas e segurando minha cabeça entre as mãos.

- A senhora nunca me falou nada – a maneira como ela mexe em meus cabelos bagunçando me faz lembrar de Zara.

É incrível o prazer que ela tem em despentear meus cabelos, sempre que estou de saída. Sorrio sem acreditar em mim mesmo, em plena conversa com minha mãe sobre Najla, uma conversa que venho adiando há quase um ano, me pego pensando na pequena terrorista.

- Tem momentos que é melhor nos calarmos, meu filho. Você estava revoltado e achando que todos estavam contra você, mas aquele sentimento não era seu, era o que ela sentia, e se refletia em você – começo a olhar tudo em volta em busca de algo que não sei ao certo.

- Já estavam todos tentando abrir seus olhos, eu preferi ficar aqui quietinha esperando para te dar colo, esquentar seu leite e fazer uns cafunés ser sua amiga como sempre fui... – ela tira a mão do meu cabelo - Mas você não veio. – vejo como as lágrimas caem de seus olhos.

- Me desculpa! – somente agora vejo como há fiz sofre, sem ao menos me dar conta, e isso acaba comigo.

Um nó se forma em minha garganta. Ela vira o rosto pegando um lenço que estava a na mesa. E eu todo esse tempo preocupado comigo, no que sentia, e não fui capaz de ver o que estava fazendo a aqueles que amo. E ainda menti para ela por todo esse tempo.

- Eu achei que havia te perdido, você não conversava mais comigo, se fechou – ela volta a segurar minha mão – Mas então, você tinha a Zara – seu sorriso vem junto com um aperto em minha mão.

- Mas as coisas não são bem como parecem – admitir para minha mãe que o meu casamento é de mentira, está sendo como se um fardo fosse tirado das minhas costas.

- Você acha que realmente conseguiu me enganar? – ela balança a cabeça em negativa rindo – De início eu até acreditei realmente, mas com o passar do tempo eu vi a convivência de vocês, parecendo dois irmãos de picuinha pra cima e pra baixo, chegava ser engraçado – acabo rindo, mas meu sorriso some e o peso de tudo vem.

- Me perdoa por ter feito isso com a senhora.

- Não tenho que te perdoar meu filho, e sim te agradecer.

- Mas eu menti e lhe enganei durante esse tempo.

- Eu sei. – ela aperta minha bochecha como fazia quando eu era criança e tinha que chamar minha atenção – E isso é feio, muito feio, mas diante da loucura que você estava vivendo, você encontrou essa garota e seja lá quais foram seus motivos, você tomou a decisão mais acertada da sua vida, se casou com ela.

- Mas o casamento é de mentira – abaixo minha cabeça – Não temos nada um com o outro e esse foi um dos motivos que a levou a aceitar minha proposta, dei minha palavra além de ter um contrato assinado. – não estou olhando para ela, mas sinto seu olhar sobre mim. Escuto sua respiração calma.

- Meu filho, não existe nada que você tenha assinado ou dito que vença o que temos aqui – olho para ver o que ela mostra. Sua mão está sobre o coração. – Se você reparar a maneira como ela cuida de você, meu coração chega acelerar quando vejo o cuidado dela com você. – as suas palavras que ela acabou de dizer, de quem ama cuida, me vem a mente.

- A senhora acha que ela me ama? – minha convivência com a Zara envolve muitas coisas, como amizade, cumplicidade. Mas amor?

- Não, ainda não... Mulheres nascem com instinto protetor, há uma necessidade de querer cuidar, isso é natural da mulher e nem sempre está relacionado ao amor carnal, meu filho – por um momento fico confuso com o que ela fala.

- Ela me vê como filho? – agora dou risada. Ela bate em minha perna.

- Não como filho, mas de alguém que estava precisando de atenção, carinho de ser protegido de algo que estava fazendo mal, e foi o que ela fez durante esse tempo. Cuidou de você – bom nisso concordamos.

Lembro de ter chegado a essa conclusão ontem quando ela estava chateada com a tal Hadija. Me, senti na obrigação de retribuir, de cuidar dela.

- Ela conhece isso desde que nasceu, cresceu vendo a mãe trabalhar e cuidar da família então esse lado de cuidar ela já conhece e muito bem, até cuida de quem nem conhece. Agora você tem que mostrar a ela o outro lado. O do desejo entre um homem e uma mulher.

- Eu não sei, ela durante esse tempo todo nunca demonstrou querer algo a mais, não quero forçar nada – ela me abraça e beija minha cabeça.

- Você não sabe o orgulho que me dá ouvir isso, você respeitar o espaço dela. Isso é muito importante em um casamento – ficamos olhando  em direção a algumas plantas  – E admiro ela por também respeitar seu espaço, mas eu compreendo ela meu amor.

A maneira como ela olha para longe e respira fundo, mostra que está perdida em lembranças.

- Como você se sentiria, se estivesse no lugar dela? Sabendo que ela não tem interesse algum em você, que tudo o que você estava fazendo era por amor, segundo você – ela ri – Que tudo era por uma outra pessoa. Você seria somente uma peça importante. Como você se sentiria? - parece que levei um soco em meu estomago.

- Eu nunca a destratei ou fiz algo para que ela se sentisse assim, sempre fui muito sincero com ela.

- Eu sei disso meu filho, mas você fez sim no momento em que lhe propôs tudo isso. Ali você disse a ela qual seria o seu lugar em sua vida, então não espere nada dela.

Ficamos em silêncio.

- Eu entendo a Zara, sempre soube que seu pai não me amava como amava Mirit e ainda tinha Kalina – então minha mãe sabe sobre tudo isso. Ela nunca comentou nada ou deixou transparecer algo – Mas eu ele me deu algo muito maior que o amor dele – as lágrimas estão de volta em seus olhos – Ele me deu você. Meu tesouro.

É minha vês de abraçá-la.

- Eu sinto muito por isso, mãe.

- Não sinta meu amor, sempre fui muito feliz com o que tenho e sou grata a tudo – ela se afasta para limpar o rosto.

- Eu achei que você e Kalina nunca se dessem bem – ela ri agora.

- E nunca nos demos, mas te garanto que não foi por minha culpa – acabo concordando. – As pessoas são muito parecidas com as plantas meu filho. Venha aqui quero te mostrar uma coisa.

Vamos até uma bancada no meio da estufa.

- Aqui temos três vasos, e você consegue ver a diferença entre essas três plantas?

O primeiro tem um caule seco sem folhas e sem flor. No segundo um caule com algumas poucas folhas e um botão de uma flor, mas que ainda está fechado. E o terceiro uma planta normal, com folhagens verdes e uma linda flor.

- Sim – respondo.

- Qual desses vasos você escolheria? – fico parado olhando para minha mãe que faz um sinal para que eu escolha. Penso. Pego o vaso que está florido – Porque você escolheu esse?

- Mãe... – ela volta me olhar feio. Respiro fundo procurando pensar onde tudo isso vai dar – Porque é o mais bonito. – dou de ombros.

- Exatamente, é o mais bonito – ela tira o vaso de minha mão me entregando o primeiro que está com o caule seco, sem nada – Se eu te der esse você saberia o que fazer para que ele chegasse a ficar como aquele?

- Acho que não – confesso.

- Esse vasinho é sua esposa quando nasceu – ela pega alguns produtos e finge colocar no vaso e mexe – Aí veio a mãe dela e cuidou durante um grande tempo para que chegasse aqui, tirando as ervas daninhas para que ela pudesse se desenvolver da melhor maneira possível, as ervas daninhas são pessoas que aparecem em nossa vida para nos destruir, tirar aquilo que nos dá força - ela mostra o segundo onde o vaso onde tem um botão fechado. – Você sabe o significado do nome dela?

- Flor que cresce? – lembro de ser algo assim.

- Zara, quer dizer a flor que floresce – ela me pega o terceiro vaso que eu havia escolhido. – Pra você ter ela assim, bonita, viçosa e perfumando sua vida, você tem que cuidar diariamente, e é um trabalho árduo meu amor – ela me entrega o vaso – Mas veja como vale a pena.

Fico admirando a bela flor.

- Sua esposa ainda é um botãozinho fechado meu filho, não conhece nada da vida, não deve ter vivido nenhuma experiência, e esse é o lado que você tem que mostrar a ela, porque agora o vaso está em suas mãos. Você tirou essa responsabilidade da mãe dela – é inevitável meu sorriso. – Você só tem que preparar a terra com tudo que é necessário para que ela tenha como florescer.

Lembranças de seu sorriso inundam minha mente, as caretas que ela faz, quando está estudando e fica mastigando a caneta. Fico surpreso em ter percebido tudo isso, e não ter me dado conta. Ela pega um saco de adubo e água.

- Isso é o que eu uso para algumas plantas, porque até as plantas são diferentes requerem coisas diferentes, assim são as pessoas meu filho, e pra você saber o que usar e como usar na dosagem certa você tem que conhecer, observar diariamente, tem que estar perto.

Sinto que estou chorando mas não quero admitir, então somente deixo que as lagrimas caiam. Mas diferente de todas as outras vezes que isso aconteceu, dessa vez não me causa dor. Ela me abraça.

- Cultive o coração dessa garota meu filho, e você vai ver a bela mulher que ela vai se tornar.

- A senhora gostou dela não é mesmo? – ela limpa meu rosto sorrindo.

- E quem não gosta? ela é uma pessoa linda por dentro e por fora igual a você. E eu gosto do que te faz bem, meu filho!

- Obrigada, por ser a pessoa que é – beijo sua cabeça – Sempre tão amorosa.

- Estarei sempre aqui – ela se afasta – Agora vai buscar sua esposa e cultivar sua plantinha. – dou risada do modo com o que ela fala da minha atual situação. - E não pense que quando ela florescer estarei satisfeita não. Eu quero novas mudinhas.

- A senhora não conhece ela, mãe – começamos a andar abraçados em direção a porta – Ela é dura na queda, não será algo tão fácil não é a toa que a chamo de pequena terrorista. – rimos.

- Nunca disse que seria, geralmente as melhores coisas nunca são fáceis de conquistar, mas eu vou te ajudar – paro no lugar lembrando o que ela fez de manhã.

- Mãe... Olha o que você vai fazer.

- Não se preocupe, ela nem irá notar. 

Eu já não tenho tanta certeza disso.

Só deixando claro que ainda estamos na mesma noite em que aconteceu o jantar entre Bel e Mustafá. só que vendo os acontecimentos pela visão do Ibrahim. 

Confesso que a mãe dele é meu sonho de sogra... hahahahah 

Até quinta...

Bjs.

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