CAPÍTULO QUATORZE
Quero agradecer a todas as mensagens de felicitações.
🎶🎶""Aí ai ai ....
Se a gente soma o nosso destino com nossa vontade.... ai ai ai ai...
Naturalmente
A gente sente
O amor é feito tempestade, chega de repente
Naturalmente
A gente se rende
Não adianta teimar,no final o amor sempre vence.""🎶🎶
Naturalmente/Loubet
Depois de Ibrahim ter saído deixei ordens aos seguranças que ficaram e fui até a casa de minha mãe. Ela havia me ligado dias atrás, mas não pude vim ver o que era, e sei que ela não ligaria por qualquer motivo. Assim que entro em casa a vejo arrumando algumas coisas.
— Filho. — logo seu rosto é estampado por um sorriso.
— Oi mãe. — ela larga o que está fazendo e vem me abraçar.
Conversamos um pouco e ela me diz o motivo da ligação. Não seria outro a não ser meu pai. Ele tem andado muito nervoso desde o sumiço da minha irmã. E para ele a culpa de tudo sempre recai para minha mãe.
— Ele saiu cedo e ainda não voltou. — ela diz. — Bom você sabe que quando ele começa a vender suas mercadorias ele fica dias fora. — acabo sorrindo junto com ela, mas no fundo eu sinto por ela estar feliz com sua ausência.
— Mãe a senhora ainda guarda algumas daquelas roupas da Jasmin?
— Sim, seu pai queimou quase tudo mas eu consegui guardar algumas, porque?
— Preciso de algumas, somente para hoje. — não falo para que eu preciso e ela entende.
Depois de conversar mais um pouco e com algumas roupas em mãos e mais algumas outras coisas que peguei na casa grande eu volto a casa que irei passar a noite. Pelo menos parte dela já que sairei em busca de informações sobre o que Hadija disse.
Ao chegar pego a sacola com as roupas e a outra com alimentos e vou em direção ao quarto onde ela está. A casa é muito grande e bem afastada de outras residências, ela poderia passar a noite gritando que ninguém a ouviria. Abro a porta entrando e fazendo sinal para que o segurança saia.
Ela me olha receosa.
— Aqui tem roupas e aqui comida. — deixo tudo em cima da mesa.
— Sua fama não é muito boa. — ela diz chegando perto para verificar o que tem nas sacolas. Pego o celular e entrego a ela.
— Então se sinta privilegiada em não ter tratado comigo. — ela olha para o celular e para mim sem saber o que fazer. — Ligue para seu pai e arrume qualquer desculpa para justificar sua ausência. E sem gracinha — digo a ela que assenti.
Ela liga para ele e diz que vai passar a noite na casa de uma amiga, ao que pelo entendi é a mesma para justificar quando tem que sair com Hassan. Ela termina me entregando o celular, e posso ver que seus olhos ficam cheio de lágrimas.
— Fique a vontade. — começo a sair, mas uma mão segura meu braço.
— Ele vai me deixar sair daqui? — olho para onde ela está segurando e depois para seu rosto. Ela solta meu braço.
— Senhor Ibrahim não quebra a palavra dele, se ele disse que se for verdade você sai. — falo baixo encarando seus olhos que estão inchados por causa do choro. — Então você sai. — volto a me encaminhar para a porta. — Agora eu começaria a ficar preocupado se não for.
Não espero para ouvir o que ela diria. A história dela já é perturbadora por si só, mas ela tem que entender que se estiver mentindo seu destino será outro.
Deitado sozinho na cama de um dos quartos da casa, e encarando o teto que é iluminado pela luz que vem de fora, eu penso em Izabel. Não teve como não pensar nela enquanto eu ouvia o relato de Hadija sobre o que vem passando e sua revolta destinada a Zara que nada tem haver com isso. Mas de alguma maneira mesmo não sabendo e não sendo culpada foi atingida.
Há impulsividade e a agressividade, de Izabel pode ter algo com seu passado. Eu me pergunto o que levou ela a essa vida que ela tinha antes? Quando a conheci ela vivia num apartamento dividido com a senhora Ayla. Sei que fiz julgamentos sobre sua vida, mas eu não tinha me pego pensando em como e porque ela vivia daquela maneira.
Como pode alguém ser feliz vivendo daquela maneira?
Eu sinto uma mágoa em suas palavras quando ela menciona sua vida passada. Tenho que descobrir o que aconteceu. Quem sabe assim eu consiga entender melhor aquela maluca. Meu celular toca.
E como se estivesse em sintonia eu recebo uma mensagem do segurança que coloquei para seguir seus passos. Informando que ela está no hotel. Syd havia pedido que eu a mantivesse longe de Mustafá, mas se eu falasse seria capaz dela ficar próxima a ele somente por pirraça. Coloco o telefone de volta no criado mudo e procuro dormir. Amanhã meu dia será cheio.
ZARA
Não precisei abrir meus olhos para estar ciente de duas coisas. Primeira não deveria ter bebido tanto liquido ontem a noite. Minha bexiga está quase explodindo. A segunda é que minha perna está sobre outra perna e meu braço estava em seu peito.
Puta merda. De novo?
Eu queria me bater mentalmente por isso. Além de mover meus olhos ainda com as pálpebras fechadas, eu não mexi nenhum outro músculo. Simplesmente fiquei ali. Sentindo o calor que emanava do seu corpo. Eu estava deitada em seu braço, apoiada em seu peito.
O que eu faço?
Ontem ele pelo menos estava de camiseta e vestia uma calça. Mas hoje não, somente essa cueca indecente. Não é tão indecente, afinal é uma cueca boxer. Eu quis morrer quando ouvi sua voz ontem pela manhã e me dei conta de onde eu estava e que ele estava acordado. Hoje não vou fazer o mesmo.
Ao abrir meus olhos, noto que o dia já amanheceu. A claridade vinda das cortinas me permite ficar o admirando enquanto ele dorme. Tão lindo. Sinto meu coração acelerar somente com a imagem dele dormindo e lembrando, do breve beijo que recebi em seu escritório. Seus lábios eram tão macios e quentes.
Movo lentamente meu braço que está sobre ele, e sem conseguir conter a vontade eu toco suavemente seus lábios. Acariciando. Sentindo a textura macia. Ele sente algo e mexe os lábios, mas não acorda. Acabo rindo. Uma pontada na bexiga me lembra que eu não só preciso levantar. EU NECESSITO!
Quando eu penso em me mover. Sua mão segura a minha perna que está sobre a dele.
— Nem pense em se mover. — sua voz rouca e baixa faz com que eu paralise no lugar. Mas ela também tem um tom de advertência. O que me faz rir ao lembrar da manhã anterior. Sinto minha bexiga vibrar com a risada.
— Me solta Ibrahim. Eu tenho que levantar. — puxo a perna, mas ele não solta. — Você não estava dormindo? — falo segurando o riso pra não correr o risco de fazer xixi.
— Com você todo cuidado é pouco. — ele diz abrindo os olhos. — Onde pensa que vai? — seu outro braço ao qual estou deitada em cima me envolve me prendendo no lugar.
— Eu preciso ir ao banheiro. — e aquela sensação estranha que sempre sinto quando estamos em situações assim volta a vibrar em minha barriga. — Ibrahim. — fecho meus olhos ao sentir uma fisgada novamente na bexiga. — Se você não me soltar eu vou acabar fazendo xixi em você! — ele solta um ruído abafado, do fundo da garganta e me solta. Eu corro para o banheiro.
Depois de fazer minhas necessidades eu vou para frente da pia lavar minhas mãos. Ao abrir a torneira começo a pensar no que fazer ao voltar para o quarto. O fato de Ibrahim ter chegado ontem aquela hora faz com que eu lembre de algo que Layla disse. Que ele poderia ter alguém fora. O que ele estava fazendo ontem á noite? Ele não iria mentir para mim caso eu perguntasse. Mas eu vou perguntar? O que eu iria usar de justificativa?
A água para de correr em minhas mãos. Mas a torneira estava aberta. Quando olho para cima vendo meu reflexo no espelho vejo que ele está atrás de mim.
— Ah! — grito. — Que susto Ibrahim. — viro de frente para ele colocando minha mão no peito. — Mas o que você faz aqui? Eu poderia estar... — perco a linha de raciocínio quando ele apóia as mãos na pia me cercando.
— Duas coisas. — ele abaixa-se ficando na minha altura. — A primeira salvando o mundo do seu desperdício de água. — ele ri. — E a outra tentando imaginar o que poderia estar perturbando essa linda cabecinha pra chegar ao ponto de você cometer essa atrocidade ecológica. — reviro meus olhos. — O que vem tirando sua concentração Zara?
Eu já estava respirando com dificuldade por sua aproximação e o fato de Ibrahim estar somente de cueca. Droga! Não era para você olhar sua anta. Era só uma constatação dos fatos. E meu coração acelerado não ajuda a concentrar meus pensamentos.
— Zara? — olho para ele e suspiro fundo.
— Eu não sei o que fazer. — admito fechando os olhos. — Estou me sentindo uma zero a esquerda. — sinto seu dedo em meu queixo me forçando a olhar para ele.
— Vamos ser mais específicos. — ele endireita o corpo. — Do que exatamente você está falando? E você não é uma zero a esquerda. — ele cruza os braços, mas continua parado a minha frente.
— Eu... eu não sei o que eu sinto, as vezes como ontem quando você me beijou eu... — fecho meus olhos tomando coragem. — Eu gostei, mas tenho medo. Receio. Não sei ao certo o que pensar e o que fazer. — termino de falar e olho em seus olhos.
Achei que ele estaria rindo. Mas não. Seu olhar expressa carinho e ternura e algo mais intenso que não sei identificar. Ele pigarreia.
— Que bom que você gostou. — ele diz esfregando a nuca. Suas sobrancelhas se erguem ao me olhar novamente. Coloco minhas mãos no rosto. Envergonhada. — Já escovou os dentes? — faço uma careta ao olhar para ele. O que isso tem haver com o que estamos falando?
— Não. — ele estica um dos braços pegando minha escova de dente e coloca pasta. Depois me entrega, apontando com a cabeça para a pia.
Escovo meus dentes e ele faz o mesmo ao meu lado. Tento não ficar olhando para seu corpo pelo espelho. Mas noto que ele não procura desviar seu olhar de mim. Depois de terminar e guardar minha escova eu viro para ele, que também já terminou.
— E agora? — ele se aproxima me colocando sentada ao lado da pia. Isso nos deixa na mesma altura. — O que você vai fazer? — ele fica no meio das minhas pernas e eu fico apreensiva.
— Eu nada. Lembra que eu te dei minha palavra? — concordo. — Então se quiser fazer alguma coisa a iniciativa terá que ser sua. — ele fica parado me olhando. Engulo em seco. — Não tenha medo, eu não mordo. — rimos. — Pelo menos não por enquanto. — ele pisca.
— Eu... e... — começo a gaguejar. E quero morrer por isso. Ele pega uma de minhas mãos e coloca em seu peito. — O que é isso?
— Não sei quais são suas duvidas, Zara. — ele esfrega minha mão em seu tórax e começa a descer pela barriga e descendo... Eu puxo minha mão com tudo quando entendo sua intenção. Ele ri. Acerto um tapa em seu ombro.
— Vamos devagar. — digo nervosa. Ele levanta as mãos ainda rindo. Depois as coloca atrás das costas.
Coragem Zara!
Você quer? Me pergunto.
Sim. Eu quero.
Com minhas mãos trêmulas e com uma falta de ar causada pela ansiedade eu volto a fazer o que eu estava fazendo no quarto enquanto ele dormia. Toco seus lábios. Ibrahim solta um gemido baixo fechando os olhos ao sentir meu toque. Eu me sinto como se estivesse corrido uma maratona. Estou ofegante.
Aproveitando que ele está de olhos fechados eu continuo. Sinto como sua pele do pescoço é quente. Subo minhas mãos em direção a sua nuca e seguro um punhado de seus cabelos e novamente ouço gemidos escaparem de seus lábios. Tomando uma atitude que jamais pensei que teria coragem eu aproximo meu rosto do dele. Me, esfregando em sua barba, sentindo a textura áspera. Minha pele arder.
Suas mãos seguram minha cintura com força e vejo como seu tórax sobe e desce em movimentos rápidos. Passo meus lábios nos dele, gostando da maciez que sinto. Do contato. Ele continua de olhos fechados. Eu não sei o que devo fazer mais. Então dou leves, mordidas em seu, queixo. Seu corpo se cola mais ao meu. Volto a me concentrar em sua boca. E faço o que ele fez ontem. O beijo.
E foi tudo diferente nesse ângulo. Agora eu podia sentir seu corpo pressionado ao meu. O beijo era mais profundo. Mais intenso. Me deixando sem ar.
Eu já estava quase explodindo de tanto tesão, quando ela finalmente começou a me beijar. Sua tortura estava acabando comigo. Eu já estava quase jogando a tolha e voltando atrás do que havia prometido, mas graças a Allah ela me beijou. Era o que eu precisava, para poder tomar o controle. Não quero perder sua confiança.
Segurando em sua cintura, eu trago seu corpo para mais perto do meu. Colando o máximo possível nossos corpos. Sinto meu pau crescer e pressionar o móvel que ela esta sentada, chegando a doer. Ignoro essa dor e enrolo uma de minhas mãos nos seus cabelos da nuca, puxando de leve para ajustar melhor o ângulo. Então agora eu a beijo.
Zara arfa.
PUTA QUE PARIU!
ESTOU FODIDO DE TESÃO.
Ela estremece quando sente minha língua invadir sua boca. Geme segurando forte em meus braços. Abocanho seus lábios em um beijo esfomeado, mas carinhoso ao mesmo tempo. Nossas línguas se encontram e noto como ela ainda está receosa. Ignoro seu receio, e dito o ritmo. Ela me acompanha. O beijo expressa desejo. Necessidade.
Estamos os dois ofegantes, gemendo um na boca do outro. Ela se entrega a cada gesto. A cada toque. Minha pressa acabou, agora tudo é uma questão de tempo. Degusto de seus lábios, como se fosse uma das melhores coisas que já provei. Porque na verdade era. Lambendo e dando leves mordidas, sorvo seu gosto, enquanto vou diminuo o ritmo. Zara parece estar entorpecida. Está mole em meus braços.
De maneira preguiçosa, e cuidadosamente vou interrompendo o beijo. Acariciando seu rosto, vou distribuindo beijos no canto de sua boca. Até parar por completo. Tomando folego afasto-me para observá-la.
Está ofegante, com a pele do rosto toda rosada, e com os olhos arregalados. Surpresa talvez? porque eu estou. Seus lábios inchados a deixam mais sensual. Toco seu lábio delicadamente. Ela faz menção de se aproximar, mas por fim se afasta respirando fundo.
— E então? — pergunto. — Vamos para a segunda parte? — Desço minhas mãos por suas costas e quando chego em suas pernas escuto meu celular tocar.
NÃO!
Ignoro e ele para de tocar. Mas Zara segura minhas mãos. Há encaro.
— Vamos de vagar. — ela diz descendo da pia e tocando meu corpo de leve. Mas logo tira as mãos. — Eu... — batidas na porta nos interrompe. O que será agora?
— Filho não queria atrapalhar, mas tem um homem lá em baixo insistindo em falar com você. — ouço minha mãe falar.
— Há essa hora? — esfrego a cabeça mas o que eu queria era massagear meu pau, que está duro igual pedra.
— Mandei que ele voltasse depois, mas ele insiste. — olho para Zara que me olha com uma cara de sapeca e morde os lábios fazendo meu pau vibrar. Fecho meus olhos, ou é bem provável que eu acabe gozando só de ficar olhando para ela.
— Disse o nome? — pergunto tirando o foco da visão dela.
— Um tal de Hassan.
Mas já? Ele foi rápido.
Zara continua me encarando sem saber o que tudo isso implica. Respiro fundo beijo sua cabeça. Não querendo sair daqui.
— Continuamos depois. — me afasto puxando uma toalha e abrindo a porta. — Bom dia mãe. — vou até ela e beijo sua cabeça e ela retribui o carinho. — Avise que já vou. — então ela sai.
Até mais...
E sim no próximo capítulo, já teremos o tal evento...
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