CAPÍTULO 44
Olá, tudo bem com vocês?
Eu espero que sim.
Sei que tem muitas pessoas preocupadas com meu sumiço, mas eu avisei que estava passando por um momento delicado, e que minha família está precisando de minha total atenção nesse momento, deixei aviso no meu perfil aqui no wattpad, por isso seria muito interessante me seguir, assim você recebe as notificações e não me chamaria de irresponsável ou que faltei com respeito com vcs leitores.
Todos nós passamos por momentos difíceis na vida, e o luto é uma delas, agradeço muito as orações e mensagens que recebi nesses dias, muito obrigada, o carinho de vocês me ajudou a cuidar dos meus aqui, por isso eu continuo acreditando que amor gera amor...
MUITO OBRIGADA!!
Assim que estávamos terminando de tomar café da manhã, Gutierrez chegou com minha mãe e meu irmão. Melissa ainda estava sentada na sacada e não percebeu a chegada deles, o que foi bom porque ambos chegaram algemados, e só tiveram suas algemas retiradas, depois da porta fechada.
Jamal conduziu tudo com James e Amara, eu preferi não intervir já que era para Melissa pensar que seria uma viagem, com certeza eu iria perder a cabeça ao olhar ou escutar qualquer coisa que aquela mulher falasse. Então permaneci onde estava, tinha visão de tudo que acontecia na sala ao lado. Vi como minha irmã ficou feliz em ver nossa mãe, ela chorou ao abraçá-la, e contar o que aconteceu. Esse com certeza seria um dos momentos em que eu surtaria, com o cinismo que ela escutava minha irmã relatar tudo, tudo o que ela planejou. Desviei meus olhos da cena patética para não correr o risco de surtar de onde eu estava, e me deparei com o olhar atento de Mustafá sobre mim, quando o encarei sentado a minha frente, era como se ele estivesse me estudando nos mínimos detalhes. Talvez uma forma lenta e dolorosa de como me matar.
Desde que o conheci, nunca tive medo dele, mas nesse momento senti um frio estranho na barriga. Seu olhar era intenso e perturbador. Ficamos nos encarando por alguns segundos, até que interrompi o contato pegando um pedaço de bolo, querendo somente me livrar dessa sensação ruim que se espalhava pelo meu corpo. Enquanto comia o bolo percebi que o que estava me incomodando não é a presença dele, ou a forma como me encarava, e sim o fato de eu ter o acusado ontem no momento da raiva. Em pensar que ele estava fazendo algo em forma de vingança, e ele só estava fazendo o que Jamal havia pedido.
— Queria te pedir desculpas. — falei voltando a encará-lo, e pelo seu semblante Mustafá ficou surpreso com o que escutou. Até eu estou surpresa, tenho que confessar, mas sinto que devo fazer isso. Reconhecer quando erramos deve ser algo bom, não? Por mais que seja estranho. — Pelo que te falei ontem, sei que errei em te acusar sem saber direito, mas isso é culpa sua, eu tenho um pé atrás quando se trata de você. Então naquele momento eu só pensei que você só queria me atingir de alguma forma.
Ele não querer fazer o depósito era para mim uma forma de me atingir, por não corresponder ao beijo. Mustafá se recosta na cadeira, e sem deixar de me observar um só segundo. O seu silêncio é perturbador.
— Então desculpas. — ele continua me encarando. — Você não vai falar nada? — ele dá de ombros.
— Tem um provérbio árabe que diz que palavras são de pratas Izabel, mas a sabedoria do silêncio é ouro. — ele joga o guardanapo em cima da mesa se levantando.
Fico observando ele se afastar e se aproximando de onde todos estão conversando, mas ele vai até meu irmão que está afastado olhando tudo de um canto. Mustafá segura seu pulso olhando algo que está ali, e logo em seguida meu irmão se retorce provavelmente de dor por estar tendo seu braço virado pra trás, ninguém está se dando conta do que está acontecendo naquele canto, e eu também não me preocupo.
— Foi muito nobre da sua parte, reconhecer seu erro, Izabel. — olho para o lado vendo Jamal me observando. — Só acho que para ele não faça muita diferença.
— Aí é problema dele. — falo me levantando e indo até onde ele está e o abraço, sentindo o perfume dele que tanto gosto. — Eu só quero que tudo isso acabe e possamos ir embora. — ele retribui o abraço e o que sinto é o calor que nos envolve, sempre que penso nele, fazendo com que o frio que senti momentos atrás, desapareça por completo.
Já se passaram dois dias desde que fiz aquele monte de exames, e não sei se é o nervosismo por ter estado em um hospital que por sinal é um lugar que odeio, ou o fato da ansiedade que passei até saber que estava tudo bem com Izabel e sua irmã, mas o fato era que eu não estava bem. Não mesmo.
— Tenho uma reunião hoje, e talvez eu não chegue para o jantar. — Ibrahim entra no closet onde estou procurando algo para vestir. — Sem James e Almir, fica tudo nas minhas costas. — ele vai até o espelho arrumar a gravata, e eu só fico o olhando, sem nada dizer. — Zara? — ele me olha através do reflexo do espelho, e nesse momento sinto como se minhas forças estivessem sendo dragadas para algum lugar que não era em mim.
— Eu... — engulo em seco ao sentir algo estranho acontecendo, procuro respirar fundo em busca de ar. — Eu... Não sei... — sinto minhas pernas fraquejarem. A última coisa que vejo antes de ser envolvida pela escuridão é a imagem de Ibrahim vindo em minha direção com o semblante assustado.
Sinto o cheiro de algo azedo, algo como vinagre.
— Ela está acordando. — escuto a voz de minha sogra meio longe. — Traga um copo de água. — sinto minhas pálpebras pesadas, mas mesmo assim me obrigo a abrir. Minha vista está turva. O que aconteceu?
— Zara. — Ibrahim me chama e sinto o toque em meu rosto.
— O que aconteceu? — pergunto recobrando a consciência do momento em que estava no closet procurando uma roupa. — Minha cabeça dói. — levo as mãos até o local onde sinto uma dor intensa.
— Você bateu com a cabeça quando caiu. Tentei chegar até você, mas não deu tempo. — olho para os lados vendo minha sogra e uma das moças que trabalham aqui. — Vamos até o médico.
— Não! — respondo rápido. — Eu estou assim me sentindo estranha desde que fui fazer aqueles exames, não gosto de hospital.
— Porque não me disse antes que estava se sentindo mal? Eu teria ido com você. — ele segura minhas mãos.
— Não achei que fosse ficar assim. — dou de ombros. Minha sogra entrega um copo com água que bebo com facilidade, pois sinto minha garganta seca. — Já estou melhor. — ele nega com a cabeça.
— Se você não quer ir, eu ligo e ela vem. — ele pega o celular.
— Há quanto tempo você está se sentindo mal? — minha sogra pergunta quando Ibrahim se afasta ligando para a médica.
— Não sei ao certo, uns quatro dias eu acho. — ela estreita o olhar e sorri pensativa.
— Vou pedir para trazerem alguma coisa para que você possa comer minha flor. — ele arruma meu cabelo e vira conversando com a empregada. Respiro fundo me acomodando melhor no travesseiro, pensando na possibilidade de... Será que estou grávida?
Desligo o telefone após conversar com Zayn e explicar que não poderei aparecer nas primeiras horas e já que Almir não está, nem James ele que cuide de tudo o que puder, e o que não puder minha secretária que remarque. Olho para a médica que conversa com Zara.
— Bom pelo que parece temos alguém com hipoglicemia. — ela coloca de lado o aparelho que usou uma amostra de sangue de Zara, após furar seu dedo. — Você disse que comeu não tem 30 minutos, certo?
— Sim. Comi duas fatias de pão, e tomei uma vitamina.
— Mesmo assim sua glicemia está baixa, está como se você não tivesse comido nada, como em um jejum de 12 horas.
— E isso quer dizer o que? — pergunto ao me aproximar.
— De primeiro que sua esposa tem que se alimentar com mais frequencia, e quando começar a sentir esses maus estares se possível comer algo de preferência doce. — olho para Zara que revira os olhos. — De restante está tudo certo. Vamos acompanhando. Como está a cabeça?
— Dói onde bati, mas nada, além disso. — a medica volta a examinar seus olhos com uma luz.
— Não está sentindo tontura, ou algo estranho? — ela nega. — Certo, eu recomendaria uma tomografia caso você estivesse sentindo, tontura, dor intensa, ou vomito após a queda. Mas a tontura foi antes, agora é continuar observando e qualquer alteração é só me ligar, mas no momento descanso e compressa com gelo no local é o mais recomendado, além de se alimentar, é claro. — a médica começa aguardar suas coisas e se despede saindo do quarto e minha mãe a acompanha, com certeza já fazendo mil perguntas. Respiro fundo começando a soltar o nó da gravata que parece me sufocar.
— Agora sua mãe tem argumentos suficientes para me, engordar. — rimos. — Porque está tirando a roupa, e sua reunião? — começo a tirar a camisa e vou em direção ao closet.
— Liguei para Zayn, não vou hoje.
— Não precisa ficar por minha causa, sabe disso não é? — ela grita do quarto. Coloco uma calça fina e volto para quarto.
— Sei, mas vou ficar. Minha mãe não iria deixar mesmo. — e como se estivesse escutando a conversa minha mãe entra no quarto nesse exato momento.
— Como você está minha flor? — ela vai até Zara e olha sua cabeça. — Eu iria dizer para que você não fosse trabalhar hoje. — pelas costas da minha mãe faço com as mãos para Zara de como: Eu não disse?
— Ele tem uma reunião importante hoje, e eu já estou melhor. — Zara sorri para minha mãe, e eu acabo rindo.
— Nada é mais importante que você. — minha mãe segura em sua mão. — Vou preparar algo para você comer, nada de fazer esforço mocinha. — minha mãe levanta-se vindo em minha direção. — Cuide bem dela até eu voltar. — aperta minha bochecha.
— Sim senhora. — ela sai e eu vou para a cama deitando. — Ouviu minha mãe, nada de esforço.
Depois de minha sogra se certificar que eu realmente comi mais algumas coisas e tomei outra vitamina, ela saiu do quarto nos deixando sozinhos. Ibrahim que estava ao meu lado agora está sentado na mesa, conversando com alguém ao telefone enquanto analisa alguma coisa em seu computador.
Eu não deveria estar pensando em como ele está gostoso, somente de calça de seda, descalço, cabelos despenteados e com seu tórax totalmente livre de qualquer peça de roupa que me impediria de enxergar os seus músculos. Só pode ser a pancada na cabeça que me deixou assim... Assim... Tão... Tão... Safada?
Eu estava tentando achar uma palavra que serviria para me definir nesse momento, mas o simples fato de Ibrahim ter colocado seus óculos fez com que eu começasse a sentir uma vibração no meu ventre, os bicos dos meus seios ficam doloridos e minha respiração parece estar presa. Eu não acredito que estou com vontade de fazer amor somente por estar vendo ele desta forma. Quando me tornei tão safada assim?
Me, remexo no lugar tentando aliviar todas as sensações que estou sentindo, fecho os olhos por dois segundos tentando me livrar das imagens que surgem na mente. Mas quando abro vejo que ele me encara.
Ibrahim está me olhando sobre a tela de seu computador, e como se fosse pega no flagra por estar pensando bobagens, sinto minhas bochechas pegarem fogo de vergonha.
— Você está bem? — ele pergunta deixando o celular na mesa enquanto se levanta e vem em minha direção.
— Sim. Porque não estaria? — tento soar o mais normal possível.
— Você está estranha e... Vermelha. — ele comenta sorrindo, eu olho para seu corpo e aquele formigamento que senti no meio das minhas pernas piora. — Você sabe que qualquer coisa tem que falar não é? — concordo com a cabeça sem condições de falar qualquer coisa.
— Estou sentindo umas coisas... — falo engolindo em seco quando ele senta-se ao meu lado.
— Que coisas? Quer que eu chame a médica? — seguro seu braço, negando com a cabeça e mordo meu lábio para não abrir minha boca e falar bobagem.
— Zara. — Ibrahim fala meu nome de forma lenta quando percebe que minha mão sobe por seu braço acariciando e apertando para sentir seus músculos. Ele acompanha o trajeto que minha mão faz, então seguro sua nuca. Nos, encaramos. — Você está com tesão.
Não sei dizer se foi uma pergunta, mas creio que foi uma afirmação, mas eu somente concordo.
— Não pense que sou uma safada, mas desde que vi você ali desse jeito eu estou formigando por dentro. — ele sorri e puxa minha mão beijando de leve.
— Que você seja uma safada comigo é tudo que mais quero. — ele diz e sua mão vai até os óculos para tirá-los.
— Não tira. — falo com a voz baixa.
Sem falar mais nada Ibrahim me beija. Nossas línguas se misturam e o que eu estava sentindo parece ganhar mais força com nosso contato, sinto que posso explodir a qualquer momento. Ele puxa os lençóis que me cobrem, e se encaixa entre minhas pernas. Sem deixar o contato com meus lábios, Ibrahim segura minhas pernas e me puxa um pouco mais para baixo, deixando nosso encaixe perfeito.
Quando ele se esfrega em meu corpo posso sentir como sua ereção está evidente, seu movimento de vai e vem, faz com que ela esfregue justamente em minha parte intima. Ofego em sua boca, gemendo. Uma de suas mãos desliza a alça de minha camisola, deixando meu seio livre. O telefone dele toca.
— Seu telefone. — falo entre nosso beijo.
O máximo que Ibrahim faz é se afastar o suficiente para pegar o controle da TV que está no travesseiro ao lado e aumentar o volume da TV.
— Resolvido. — diz com um sorrisinho. — Então você tem tesão pelo meu lado nerd? — sua pergunta me faz rir. — E pelos meus cálculos você já deve estar bem molhadinha aqui. — desce sua mão até o meio de minhas pernas, e colocando minha calcinha de lado ele constata que estava certo. Fecho os olhos quando ele brinca com os dedos em meu clitóris.
— Nunca senti isso antes.
— Vou usar mais óculos perto de você. — rimos os dois, então seu olhar mudou ao olhar para o que estava fazendo com os dedos.
Eu me tornei uma massa de gemidos sôfregos, que eram abafados pelos sons que viam da TV. Quando Ibrahim lambeu e mordeu minha intimidade mesmo ainda estando vestida com a pequena calcinha, um tremor percorreu meu corpo me deixando ansiosa. Ele chupava o tecido junto com os pedaços de pele, isso era algo tão intenso que por um minuto eu segurei seus cabelos e o encarei.
Enquanto nos olhávamos ele desceu a tira de tecido por minhas pernas, me deixando totalmente livre, e abriu mais minhas pernas. Quando desceu sua boca novamente, me sugando sem nada para atrapalhar eu logo comecei a sentir os primeiros sinais do orgasmo se aproximando. Como era gostoso o que ele estava fazendo.
Ri no momento em que ele reclamou tirando os óculos porque estavam embaçando, mas logo voltei a gemer e me deliciar com os movimentos feitos por sua língua. Meu corpo convulsionou quando fui atingida pelo orgasmo, era como se meu corpo tivesse sido liberado de toda aquela tensão que estava guardada.
Ele voltou beijando minha barriga, meus seios, e por ultimo minha boca, enquanto era penetrada por ele. Nada se comprava a ter ele por completo dentro de mim. Eu gemia, o beijava, segurava seus braços procurando apoio, mesmo estando deitada, a sensação que tinha era que eu poderia cair a qualquer momento.
— O que estou fazendo Zara? — abri meus olhos sem entender o que ele falava. — Fala pra mim, o que eu estou fazendo com você agora. — ele mordeu meu queixo enquanto fazia um movimento circular com o quadril que nossa.
— Ah! — gemi sentindo a ondulação causada por ele.
— Fala pra mim. — mordeu perto da minha orelha. — Fala no meu ouvido que eu estou fodendo você. — sua língua não parava de circular minha orelha. — Fala o quanto você gosta disso.
— Muito. — a palavra saiu sem que eu me desse, conta. Ele parou de me beijar e me olhou, enquanto fazia movimentos leves com o quadril. — Gosto muito quando... Quando você me fode. — ele para e me olha. Não acredito que falei isso.
Tenho vontade de fechar meus olhos quando ele volta a se mover, me fazendo sentir um prazer indescritível, mas não fecho. Ficamos nos olhando. Vejo cada mudança em que suas feições se transformam. A forma como morde os lábios, momentos antes de me fazer novamente me perder nas sensações do orgasmo.
Passo minhas mãos em suas costas e desço até sua bunda, e sinto quando seus músculos se retesam, então sua pele fica arrepiada e um gemido rouco sai de sua garganta, no momento em que goza.
Ficamos abraçados, seu corpo sobre o meu. Enfio meus dedos em seus cabelos, sentindo como estão suados. Nossas respirações começam a voltar ao normal, e ele sai de dentro de mim, deitando ao meu lado.
— Como você está? — pergunta acariciando meu braço.
— Bem. Muito Bem. — olho para o lado o encarando, lembrando das palavras que falei. — Mas prefiro pensar que fizemos amor, não que você me fodeu. — ele ri.
— Você nunca ouviu dizer que o amor fode com as pessoas? — olho para ele incrédula. Vejo que, me, encara rindo. — Então da na mesma.
— Como você consegue estragar um momento desses. — soco seu peito.
— Independente do que eu fale, Zara. — ele segura meu pulso. — Isso não muda o que eu sinto. — e pousa minha mão sobre seu coração.
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