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CAPÍTULO 43

Boa noite, desculpem a demora. 

Não ando em meus melhores dias, e nem consegui reler o capítulo, o escrevi hoje meio que voando, porque não queria postar um aviso dizendo que não teria capítulo. Então relevem os erros... 

Só venho na semana que vem agora, irei tirar uns dias para mim. Estou precisando... 

Mas logo eu volto. 

O casal ternurinha volta logo, meu foco agora é Bel e Jamal. 

Nem acreditei que meu tigrão havia me abraçado sem falar, brigar ou cobrar alguma explicação do que havia acontecido e sobre o que ouviu no corredor aquele momento. Ele somente me abraçou, deixando que eu chorasse extravasando toda aquela angustia que senti desde o momento em que me vi diante do Vasco. Suas mãos acariciavam minhas costas, e suas palavras sussurradas em meu ouvido de que tudo ficaria bem, me trouxe um momento de paz. Mas como sempre alegria de pobre dura pouco, e vi como eu era tola, em achar que por Melissa estar a salvo aqui, tudo estava resolvido. Ledo engano.

Tudo estava somente começando. Tivemos o quarto invadido por policiais, que colhiam os depoimentos de todos, sobre o que aconteceu. Amara e James também haviam chegado e agora estavam aqui conduzindo tudo, e gostei muito em poder conversar com uma mulher.

Olhei ao redor procurando por Jamal e o encontrei conversando com James e Gutierrez em um canto afastado. Meu coração disparou quando fiquei por alguns segundos só admirando o homem que percebi amar loucamente. E como se soubesse que estava sendo observado seus olhos encontram os meus, porque eu sabia que mesmo com a curta distância entre nós, eu precisava dele, e como se pudesse ler meus pensamentos, Jamal começou a caminhar em minha direção.

Mesmo sabendo que ele vinha em meu encontro, não consegui evitar o gesto de me abraçar e procurar algo para me apoiar, eu sentia meu corpo tremer. E como nós ficamos?

— Quer um comprimido para tentar dormir? — me perguntou gentil assim que ficou a minha frente. Neguei. A última coisa que precisava agora era dormir, desde que descobrimos que Vasco havia fugido, meu desespero começou da estaca zero.

— Nem com remédio sou capaz de dormir essa noite.

Sei que ele não é muito adepto de demonstrações de afeto em público, mas eu tenho uma necessidade de estar tocando nele, que até eu tenho raiva ás vezes, então aproveitando sua proximidade e como estava com minhas mãos ocupadas, eu deitei minha cabeça em seu ombro.

— Sei que está pensando que ele fez de propósito. — ele coloca em palavras o pensamento que me corrói por dentro.

— E você não? — indago me afastando para olhar em seus olhos. — Não consigo acreditar que ele tenha escapado. — minha frustração estava em saber que o bandido do Vasco havia fugido. Jamal me abraçou, o que já me surpreendeu. — Ele deve estar com raiva do que falei.

— Bom raiva com certeza ele deve estar, foi difícil pra mim ouvir que ele lhe deu um beijo, mas foi bem pior para ele ouvir o que você falou na minha frente, mas não acredito que a fuga do Vasco tenha algo haver. Eu vi o vídeo das câmeras de segurança do hotel Izabel, ele saiu sozinho, momentos antes de você e Mustafá chegarem ao hotel, como ele poderia ter feito de propósito, e ainda por esse motivo? — dou de ombros, observando todos que circulavam dentro do quarto.

— Só queria que tudo isso acabasse.

Insisti para que Izabel tomasse um comprimido, mas não teve jeito. Sua agitação e nervosismo estavam me preocupando. Sei que ela é uma mulher forte, que já passou por muita coisa na vida, mas desde que viajamos sozinhos, eu a enxergava de uma forma diferente.

Deixei-a no canto conversando com Amara enquanto fui pedir a James para dar um fim nisso tudo. O que eles tinham que fazer agora era ir atrás do Vasco e ponto.

— Não sei se gosto do que vejo. — o outro investigador parceiro de Gutierrez o acompanhava nessa noite, disse ao olhar o que anotou em seu caderno. — Está tudo muito certinho. — ele fala desconfiado.

— Não tenho culpa se meu pessoal faz um trabalho melhor que o seu. — James o cutuca também demonstrando uma certa irritação. — Talvez se o desempenho deles fosse igual de alguns policiais eles não estariam trabalhando para quem trabalham, não acha? — o tal investigador fica vermelho de raiva ao entender a insinuação feita, e acabo rindo internamente. — Agora se puderem acabar logo com isso, meus clientes já passaram por muito hoje, e quanto ao restante dos depoimentos, você e seus homens podem fazer isso amanhã.

— Não é assim que as coisas funcionam...

— Eu sei muito bem como funciona, e é justamente por saber que digo que agora vocês irão mostrar seu melhor desempenho e ir atrás daquele vagabundo que por sinal já era procurado por vocês, ou estou enganado?

— Ligarei amanhã num bom horário para saber se podemos vir. — Gutierrez assume a conversa antes que algo de pior aconteça entre os dois. Ele puxa seu amigo para longe e seguem conversando.

— Tem certeza que tudo está do jeito que combinamos? — James pergunta afrouxando o nó da gravata.

— Absoluta. — afirmo.

— Ótimo! Não vejo á hora de tomar de um banho. — ele esfrega o rosto demonstrando cansaço, afinal já é de madrugada. James olha na direção de Izabel e volta a me encarar. — Ela sabe do rastreador? — nego, estando ciente que ainda tenho que ter essa conversa com ela. James sorri batendo no meu ombro. — Boa sorte.

Ele sai indo em direção a Amara que digita em seu notebook, já trabalhando no pedido de guarda provisória que dará entrada pela manhã. Gutierrez se aproxima de mim, entregando-me uma chave disfarçadamente, quando aperta minha mão se despedindo.

— Só não faça muito estrago. — pede. — Eu ligo amanhã.

— Obrigado! — agradeço quando ele se afasta.

Ele e os policiais saíram deixando as instruções e ficaram somente James conversando com Amara, sobre o que estão fazendo. Olho para Izabel que observa a cidade pela janela totalmente absorta em seus pensamentos. Coloco a chave no bolso, pensando sobre o que fazer, mas a decisão não será minha, sim dela.

Me, aproximei sem que ela percebesse, e rocei meu polegar em sua nuca fazendo círculos no local, o que a fez virar e me abraçar. Passei meus braços ao seu redor, gostando de quando ela procura refugio em mim, e ficamos os dois abraçados.

Izabel entrou na minha vida, como um verdadeiro furação que é, derrubando todas as barreiras, sem que ao menos tivesse me dado conta que as tinha. Me fez enxergar possibilidades onde eu não achava possível existir. Nosso envolvimento era simplesmente algo impossível para mim. Nossas diferenças são ainda grandes, mas hoje existe algo maior, um sentimento que nos uni de tal forma que não consigo explicar. Passo minhas mãos em suas costas, sentindo seu corpo quente, mas ao mesmo trêmulo.

Uma coisa era certa, eu não queria ficar mais sem ela. Queria Izabel para mim. Para ser minha sem ressalvas. Como faríamos isso iria funcionar, eu não tinha a menor ideia, mas eu iria fazer de tudo para dar certo.

— Ela dormiu, mas está agitada. — comentou, revelando que estava pensando na irmã. — É difícil para mim esquecer quando a encontrei, imagine para ela.

— Ela vai superar Izabel. Ela é como você. — ela ri sem gosto.

— Esquentada como eu?

— Eu iria dizer forte como você. — ela se afasta rindo e me olha.

— Você a conhece a algumas horas, e já sabe tudo isso? — debocha.

— Conheço você a mais tempo e vejo muita semelhança entre as duas. — acaricio seu rosto. — Até o terrível habito de arrumar apelidos. — rimos juntos.

— Ela é tão nova para já estar passando por tudo isso. — eu sentia a angustia que estava sentindo.

— Se você pudesse encontrar agora a mulher que estava com Melissa, o que você faria? — fiz a pergunta enquanto ela ainda estava entre meus braços.

— Eu iria quebrar a cara daquela vagabunda sem a menor sombra de dúvidas. — ela responde sem nem pensar um segundo sequer. — Porque está me perguntando isso? — ela se afasta me olhando arqueando uma de suas sobrancelhas, e posso ver que a ideia de ter essa chance passa por sua mente. — Você faria isso por mim? — tiro a chave do bolso e coloco em sua mão.

— Você não tem ideia do que sou capaz de fazer por você Izabel.

Eu não queria que ela saísse daqui e fosse quebrar a cara daquela mulher, se pudesse ela nem se quer a encontraria mais. Colocaria Izabel em um avião e a levaria embora, para bem longe disso tudo. Mas ela precisa amadurecer, e tomar suas próprias decisões. Uma linha fina se forma em seus lábios enquanto ela olha para a chave em suas mãos. Ela olha para a porta da suíte onde Melissa está, e me olha já com um semblante diferente entregando-me a chave.

— Vontade eu tenho de matar aquela vaca, mas se Melissa acordar e eu não estiver aqui? Não quero que ela pense que a abandonei. — ela volta a me abraçar. — Só me garanta que ela vai pagar por tudo.

— Tem certeza? — pergunto a abraçando.

— Não força tigrão, se perguntar de novo eu aceito. — dou risada. — Até parece que quer que eu vá.

— Quero que tenha certeza das decisões que está tomando. Mas se quer saber minha opinião, eu não queria que fosse. — Izabel não disse nada somente ficou me olhando.

— Como você chegou até ela afinal? Fiquei tão feliz com tudo que nem perguntei a você. — James se aproxima de onde estamos.

— Bom estamos nos retirando. Estamos no mesmo andar quartos 508 e 509 no final do corredor, qualquer coisa.

Izabel o agradece e vai em direção a Amara a abraçando e conversam mais algumas coisas. Passo a mão na nuca, esperando Izabel voltar para terminarmos nossa conversa, e eu dizer que tinha um rastreador em sua pulseira.

Eu estava tão cansada, mas tão cansada que se não fosse por Jamal estar ainda na sala me esperando eu teria e jogado em qualquer lugar para dormir. Parece que de uma hora para outra meu corpo estava cobrando pelas horas mal dormidas e a falta de alimentação, desses últimos dias.

— Eu não tenho força para mais nada. — falo me sentando no sofá, onde ele senta-se ao meu lado. — Sabe o que eu quero agora? — pergunto me esticando e deitando em seu colo. — Você.

— Eu tenho algo para te falar, e talvez você não goste de ouvir. — puta que pariu ele não esqueceu a história do beijo. E por que ele esqueceria sua besta? Respirando fundo volto a sentar e fico esperando que ele fale logo. — Lembra disso? — ele tira algo do bolso e quando coloca em minha mão vejo se tratar da pulseira. — Estava com a mulher, a tal Carmem. Ela disse a Melissa que era cara demais para ficar com uma criança, então pegou para ela. — ele não gostou de eu ter dado a Melissa, só pode.

— Eu não fiz por mal, quando ela me pediu chorando para não deixá-la sozinha porque tinha medo, eu lembrei que você disse que sempre estaria comigo enquanto eu estivesse com ela, eu só quis que ela sentisse o mesmo que senti quando me deu, segura, importante.

— Ela contém um rastreador. — ele fala e eu fico de boca aberta. — Foi através dela que encontrei sua irmã.

Eu fecho a boca, absorvendo o que acabei de ouvir. Um rastreador. Mas porque um rastreador? Ele não confia em mim. Ele não fala nada só fica me olhando.

— Você não confia em mim. — falo um pouco ressentida.

— Não foi por esse motivo, e sim depois que conversei com James sobre o que saiu no jornal sobre você e Mustafá. — ele balança a cabeça, cansado. — Nós estamos acostumados a isso Izabel, não é falta de confiança em você, e sim temendo que algo do tipo que aconteceu viesse acontecer.

Eu deveria estar um pouco chateada pelo que fez, mas não estou. Sorrio para ele sentindo uma paz dentro de mim, sem igual. Estamos bem, minha irmã está bem, e eu vou arrumar encrenca por causa de um rastreador que no final só serviu para ajudar? Eu não. A única coisa que faço é o abraçar, o abraço bem forte, ele faz o mesmo.

— Achei que fosse ficar brava. — e eu que achei que ele não iria nem querer falar comigo por causa do beijo.

— E quem disse que não estou? — me afasto fingindo estar carrancuda. — Eu achei que você ficaria puto comigo, por causa do beijo. — sem esperar que ele fizesse algo eu o abracei novamente sentindo o calor de seus braços, e seu cheiro, algo que eu amava sentir.

Ele me levou para tomar um banho, e realmente como foi bom sentir a água quente cair sobre minha pele parecia levar tudo de ruim junto pelo ralo. Sentir as mãos fortes do meu tigrão apertando a musculatura dos meus ombros, só ajudou a relaxar mais ainda.

Caramba, como as coisas haviam mudado entre nós, sem que eu percebesse. No inicio bastava olhar para ele e todo aquele seu jeito marrento, que o desejo de estar com ele ardia de tal forma que chegava doer. Eu aproveitava de qualquer migalha que ele deixava escapar, para saciar esse desejo, e a vontade de tê-lo de qualquer forma.

Achei que seria como sempre foi, algo que acabaria com o tempo, mas o tempo passou e a vontade de estar sempre com ele só aumenta, de sentir seu toque, das suas palavras, nem que seja para me dar as broncas de sempre, mas o que me importava era que no final, nós sempre acabávamos na cama, com os lençóis amarrotados e corpos suados.

Essa vontade não acabou, mas sinto outras necessidades, como hoje apesar de estar quase comendo-o com os olhos, o que mais quero é deitar em seu peito e sentir seu carinho em meus cabelos até cair no sono.

Terminamos o banho, quase sem falar nada, estou esgotada que pela primeira vez desde que o conheço se ele insinuasse algo sexual eu não toparia, jogaria a toalha branca antes mesmo de começar. Fomos para a outra suíte, ele pensando em tudo pegou um quarto onde temos duas suítes conjugadas dividindo a mesma sala. Como de costume só peguei uma de suas camisetas que tinha o costume de usar para dormir e deitei ao seu lado. Ele só colocou uma calça de pijama.

— Como desejei estar assim com você. — falo o abraçando e acariciando seu peito. Ele abre os braços e eu me aconchego mais a ele, me moldando a seu corpo.

— Sobre tudo o que aconteceu, vamos deixar uma única coisa clara. — ele fala de forma calma e devagar. — Eu não "fiquei" puto pelo beijo Izabel. — ele frisa a palavra fiquei. — Eu estou puto, mas não com você. — por um minuto eu senti meu coração parar de bater. — Mas agora esqueça isso, vamos dormir.

— Você vai esquecer por um acaso? — pergunto levantando a cabeça e o encarando.

— Não. — eu acabo rindo e volto a deitar minha cabeça em seu peito.

— Não esperava que fosse esquecer mesmo.

Mesmo com todo o cansaço em algum momento da madrugada eu senti um movimento pelo quarto o que me fez ficar em alerta. Sentia o corpo de Izabel colado ao meu, e sua respiração estava fraca e ritmada. Ela continuava a dormir.

Fiquei imóvel tentando ouvir algo, então estiquei o braço e ascendi o abajur me deparando com Melissa parada ao meu lado nos olhando.

— Não queria te assustar, mas acordei e não tinha ninguém e tive um pesadelo. — ela começou a andar de um lado para outro demonstrando estar nervosa.

— Quer comer alguma coisa? — ela nega.

O medico quando a examinou disse não ter marcas de violência física, tirando um machucado em seu joelho que segundo ela, foi quando tentou fugir e foi empurrada pela mulher e acabou caindo e se machucando. Mas ele alertou para que as marcas, não visíveis, essas eram as piores, e seria com essas marcas causadas pelo trauma que tínhamos que nos preocupar.

— Posso dormir com vocês? — sua pergunta foi tão repentina que me, pegou desprevenido. Acho que ela notou minha hesitação ao olhar a irmã dormindo ao meu lado. — Deixa pra lá, eu me viro. — segurei sua mão, impedindo de se afastar.

— Vem cá. — quando ela voltou a me olhar vi que estava chorando.

— Eu não quero atrapalhar.

Sua voz estava fina como se fosse um sacrifico manter ela baixa. Nesse momento eu vejo uma pequena Izabel, lutando com suas próprias emoções. Mas uma coisa eu sei, nada será igual para Melissa, eu não vou deixar que isso aconteça, não posso fazer nada pelo que Izabel passou na vida, mas por Melissa posso e vou fazer.

— Você não atrapalha. — me afastei um pouco para que ela pudesse deitar. — Mas já aviso que sua irmã ronca. — disse tentando mudar o clima. Pelo menos isso a fez rir, antes de deitar ao meu lado.

— Você gosta dela?

— Muito. — ela se ajeita puxando o edredom e se cobrindo quase que toda, só deixando a cabeça para fora.

— Eu não lembro muito, sabe? Mas eu sinto que gosto muito dela, sem mesmo a conhecer.

— Sua irmã quando não está sendo chata, ela até é legal. — ela gargalhou abafando o som com a coberta, o que me fez rir.

Passamos um tempo conversando sobre algumas coisas, evitei qualquer assunto que levasse a sua família, descobri que ela gosta de desenhar, mas sua mãe não deixava. Gosta de cachorro e musica, mas eles não podiam ter nenhum animal. Até parece que a mãe a privava de tudo que ela gostava, evitei falar muito sobre isso, e logo ela estava dormindo. Ainda fiquei um tempo cordado olhando para o teto do quarto, pensando em como seguir.

Ela de alguma forma estava sentindo a falta da mãe, mesmo ela sendo do jeito que era. Por isso de manhã iria pedir um favor a Gutierrez.

Acordei e logo percebi que estava sozinha na cama. Ouvia vozes na sala e isso me fez enfiar a cara no travesseiro evitando ter que levantar. Mas então lembrei, de Melissa. Olhei no relógio e vi ser 9:00 da manhã. Fui ao banheiro, fiz xixi, levei as mãos, logo em seguida o rosto e assim que me senti desperta, fui em busca de uma roupa.

Quando sai do quarto James e Amara já estavam na mesa conversando sobre algo. Dei bom dia a eles, mas eu queria saber onde estava meu tigrão e Melissa. Os encontrei na sacada, conversando. Ela tinha nas mãos um caderno de desenho e alguns lápis estavam espalhados sobre a mesinha de fora.

— Bom dia. — Jamal foi o primeiro a olhar em minha direção. — O que fazem aqui fora? — me, aproximei dele lhe dando um beijo rápido nos lábios, e fui olhar o que Melissa fazia.

— Bom dia. — ela disse sorrindo. — Olha o que Aladim me deu. — ela mostrou o caderno onde com certeza tinha algo desenhado, mas como acabei de acordar e o sol estava batendo em meu rosto, somente sorri sem realmente ver nada.

— Não é Aladim é Jamal. — ela me olhou dando de ombros.

— Gosto de chamar ele de Aladim. — eu ia retrucar, mas Jamal piscou fazendo sinal para que eu não falasse nada.

— Certo, já comeu? — Melissa negou voltando sua atenção ao caderno. — Vou preparar um prato com alguma coisa para você. — fiz sinal para que ele me acompanhasse, e assim que estávamos longe dela eu disse: — Ela não pode te chamar de Aladim. — ele ri. — É sério, esse foi o apelido que eu dei ao meu vibrador, toda vez em que ela te chamar assim eu vou lembrar dele. — ele fechou a cara o que achei engraçado.

— Você ainda usa aquela porcaria? — neguei revirando meus olhos. — Então esqueça, também não gosto, mas deixe ela se sentir a vontade. Pedi a Gutierrez que ele trouxesse a mãe de vocês aqui junto com seu irmão, assim Melissa pode se despedir de certa forma.

— Eu achando que tudo estava acabando. — segurei minha cabeça.

— Temos que pensar com cuidado em tudo que formos fazer Izabel. Mas se você não entrar com um pedido de guarda ela vai para um abrigo.

— Nem pensar, ela fica comigo. — o que falei o fez sorrir. — Tenho medo, sabe? Mas quero ela comigo. — ele me abraçou.

— Vai dar tudo certo. Eu estarei com vocês.

A conversa de James e Amara chamou minha atenção assim que nos aproximamos da mesa, onde eles tomavam café, e liam alguns papéis.

— Alguma novidade? — perguntei ao começar a fazer um pratinho com bolo e fruta para Melissa. — Já o encontraram?

— Não, mas logo irão achá-lo. Ele está sendo procurado não vai conseguir se esconder por muito tempo. — Amara disse com um sorriso muito confiante.

— Bom ele já era procurado antes, e, no entanto olha onde ele chegou. — dou de ombros comendo uma uva.

— Temos um cenário totalmente diferente agora Izabel, infelizmente agressão física não é algo que leve a policia a se esforçar, ainda mais a acusação, vindo de alguém com seu histórico. Não me entenda mal, não quero te expor ou ofender, mas essa é a realidade. — James comenta sem tirar os olhos dos papéis. — Agora por serem mais de três pessoas, envolvidas, temos formação de quadrilha, sequestro, cárcere privado, falsidade ideológica já que ele usou documentos falsos para entrar em Dubai. — ele joga as folhas na mesa sorrindo. — E também sextorsão.

— O que seria isso? — pergunto sem ter a mínima ideia do que ele esteja falando.

— Sextorsão, é o termo usado para caracterizar o crime de extorsão mediante ameaça de divulgação de fotos ou vídeos íntimos na internet. — Amara explica.

— Mas isso ele nunca fez comigo. — falo ficando surpresa com o que escuto.

— Mas era assim que ele ganhava a vida, mesmo antes de estar com você Izabel. A policia encontrou no apartamento dele muitas fotos e vídeos, emails com mensagens a outras vitimas. — James para de falar encarando Jamal. — Pelo que tudo indica, eles iriam vender sua irmã. — deixo cair a fruta que estava em minhas mãos. — Não sei até onde sua família estava envolvida nisso tudo, mas a policia vai descobrir.

— Como vocês sabem disso? — pergunto sentindo um nó se formar em minha garganta, ao olhar para Melissa desenhando na sacada, volto meus olhos para Jamal que permanece impassível como se não tivesse escutado nada, ou que isso não o abalasse.

— Pelo que foi encontrado, nos celulares deles, entre outras coisas. — começo a me sentir sufocada.

— E você ainda quer que eles venham aqui? — pergunto me levantando. — Não quero eles perto dela, Jamal. — James e Amara também se levantam ao ver meu estado.

— Tudo já está sendo difícil para ela Izabel, de a Melissa pelo menos a chance de entender que irá viajar com você, como se fosse umas férias pelo que aconteceu, na cabeça dela a família não tem nada haver com isso. — Amara intercede se colocando a minha frente. Mas meus olhos estão em Jamal.

— Ela quer ver a mãe Izabel. — ele fala calmo. — Passou a noite pedindo isso, será aqui ou na delegacia. Onde você prefere? — ele pergunta.

— Aqui. — respondo me sentindo cansada. Alguém bate na porta.

Amara se afasta. Fecho meus olhos já os sentindo arder com a vontade de chorar, mas não vou, chega de choro. Jamal me abraça forte, sussurrando em meu ouvido que está pensando no melhor para nós duas. Seguro seu rosto e o beijo, como um agradecimento por estar sempre pesando no melhor. Quando me afasto vejo que somos alvo dos olhares do Mustafá.

— Não se acanhem por minha causa. — ele fala puxando uma das cadeiras e sentando-se relaxadamente pegando uma maçã e mordendo. — Eu estava me sentindo muito só em meu quarto. — ele diz com um sorrisinho cínico.  

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