CAPÍTULO 37
Noiteeeeeee...
Olha eu aqui... vim trazer um presentinho para duas lindezas que tenho no meu grupo do watts e para vcs tbm é claro, ontem foi aniversário da Chelly e hoje da moreninha de sotaque arrastado Eri. Me avisaram em cima da hora, mas deu tudo certo. Parabéns Eri e Chelly... que Deus abençoe grandemente a vida das duas, com muitas alegrias, beijos suas lindas...
Preparem os corações, porque capítulo onde tem Jamal, Izabel e Mustafá, sai faisca até sem querer kkkkkkkkkk
Boa leitura...
Olhando para alsyd Almir e Zayed que esperam por mais informações, tento acalmar Izabel e entender o que de fato está acontecendo.
— Você acredita em mim? — a descrença de Izabel em que eu possa realmente estar acreditando nela, me faz rir internamente, apesar do momento não ser para isso. Saber que o Vasco, chegou até ela, me preocupa. Por outro lado sua ingenuidade, em certos momentos me faz rir.
— Sim. — afirmo. — O que ele quer?
— Ele mostrou um vídeo para Mustafá, onde minha irmã estava amarrada e machucada. — sua voz fica tremula em embargada. — Eu não consegui ver, só ouvi seu choro e desespero pedindo ajuda. Eu preciso ajudar Jamal. De algum jeito, eu preciso, fale para Almir me fazer um empréstimo, por favor.
— Izabel me escute. — ela chora. Tenho tantas outras perguntas, mas se ela não se acalmar será quase que impossível descobrir algo, de onde estou. — Me conte como tudo aconteceu.
Então ela relata que chegou, e ele já estava escondido dentro do quarto aguardando por ela, contou que discutiram, e que logo depois Mustafá chegou.
— O que Mustafá queria com você? — ela não responde de imediato.
— Pedir desculpas, foi o que ele disse. — lembro do sermão da senhora Ayla para com ele antes de embarcarmos.
— Acredito que seja isso mesmo. E porque ele está dizendo que estão tentando arrancar dinheiro dele?
— Porque parece que pensam que... — sinto sua hesitação ao concluir a frase. — Pensam que eu e ele estamos juntos, parece que foi isso.
— E como o Vasco poderia saber disso?
— Por causa das fotos que saíram...
— Não Izabel, como ele poderia saber que esse é o argumento dos seqüestradores. — esfrego o rosto achando tudo muito estranho. Em momento algum achei que ficaria feliz por Izabel estar com Mustafá. — Você não viu o vídeo?
— Não. Não consegui.
— Tudo bem, eu preciso que você passe o telefone para o Mustafá já que ele viu o vídeo. — a porta da cabine é aberta e senhora Ayla aparece na ante-sala.
— Está tudo bem? — pergunta olhando para nós três.
— Sim. Só um probleminha em um dos hotéis. — senhor Almir responde indo em direção a esposa.
— Algo sério?
— Nada que você deva se preocupar. Já estão resolvendo. — ela então sorri para nós e entra novamente na cabine acompanhada do marido.
— Oi tigrão. — fecho os olhos ao ouvir a voz do Mustafá zombando. — Eu juro que eu tento não fazer piada, mas é impossível. — idiota. Coloco o celular na mesinha de apoio e ativo novamente o viva voz quando a porta é fechada. Pego uma copia do plano de vôo que estamos efetuando.
— Onde ele está? — pergunto querendo saber do Vasco.
— No hotel.
— O vídeo é verdadeiro? — questiono.
— Agora te dou a mesma resposta que recebi dele quando fiz essa pergunta. Não posso afirmar nada, mas ao que tudo indica, sim. E o melhor é que deram dois dias para fazer o pagamento, contando que um o cara já gastou vindo até aqui. — olho para Zayed que mexe no celular. — Eu disse para avisar a mãe dela, que estamos indo para Espanha, caso eles entrem em contado, porque eu quero uma prova de vida da garota, porque nada garante que ela não esteja morta.
— Até chegarmos á Turquia, os tramites legais e tudo que se precisa para colocar o avião novamente no ar, será mais do que o tempo dado por eles. — Zayed comenta ao olhar os papéis.
— Vocês irão na frente então, ganhando tempo, eu não tenho como fazer nada de longe, e se existe a possibilidade de realmente ser o que parece não vou colocar a vida da irmã de Izabel em risco.
— Foi nisso que pensei. — se eu tivesse qualquer outra possibilidade de resolver isso sem que precisasse colocar Izabel e ele em um mesmo avião, eu o faria, mas não tenho no momento. Eu disse que confiava nela, será uma boa oportunidade de demonstrar isso. Mesmo que minhas desconfianças sejam sobre ele.
— Ela está perto de você?
— Se estar com a orelha colada ao telefone que eu estou usando é estar perto, creio que a resposta seja sim. — ouço Izabel xingando por ter falado que ela estava perto. — Pronto já estou a uma distância considerável.
— Quero que esteja ciente de duas coisas. A primeira é que se você se aproveitar da vulnerabilidade dela nesse momento eu mato você. — o alerto sem deixar dúvidas de que estou falando sério. Há um silencio até que ouço sua risada.
— É pra ficar com medo? — ele xinga algo. — Relaxa... As mulheres que passaram por minha cama até hoje, foram por livre e espontânea vontade de ambas as partes. Agora se você tem alguma dúvida sobre isso, talvez esse recado deva ser para ela, não para mim.
— Eu não tenho dúvidas sobre isso, e sei que estou falando com a pessoa certa. — e realmente não tenho dúvidas do que Izabel sente por mim, minha única preocupação é o fato dela se tornar manipulável em situações como essa.
— E a segunda qual é? — ele pergunta quase sem paciência, provavelmente não gostou do que falei. Olho para Zayed que ri ao ouvir a conversa, e talvez por imaginar o que se passa em minha mente.
— A segunda é bem mais interessante.
[***]
— Você deveria ter matado ele quando teve chance. — Zayed comenta, mais uma vez deixando a raiva transparecer em suas palavras. — Homem que bate em mulher pra mim só tem um caminho e um destino que no fim se unem em único propósito. — ele levanta-se olhando sério para mim. — O caminho da cova.
— Segui ordens naquela época. — comento olhando no computador os dados que busquei no registro do hotel.
— Não existe muita diferença entre regras e ordens para mim. E todas elas foram feitas para serem quebradas. — ele brinca com um cubo sobre a mesa, o que tira minha atenção. — Eu estava olhando dias atrás a situação do Bruno no Brasil. — olho para ele com curiosidade por estar tocando nesse assunto agora. Mas não há muito o que se fazer onde estamos, e conversar é até bom para passar o tempo. — Almir foi muito complacente com ele, coisa que eu não seria, o teria matado.
— Eu duvido muito que alsyd tenha sido complacente com ele, você não entendeu o jogo. As vezes as pessoas merecem mais do que a morte, merecem sofrer pelo que fizeram, a morte pode ser uma sentença misericordiosa, os livrando das dores e humilhações. — ele revira os olhos. — Você precisa aprender a ter paciência. Ela é uma virtude.
— Nunca fui virtuoso, não irei começar agora.
— Deixa sua revolta do passado para outro dia, vamos nos ater os presentes fatos. — viro o notebook para que ele veja o que descobri. — Ele usou documentos falsos, e se hospedou. Claro que assim não levantaria suspeitas. — ele olha tudo.
— Isso mostra que ele não é burro.
— Não ele não é burro, e muito menos caridoso ao ponto de se arriscar dessa maneira por se preocupar com alguém. Tem alguma coisa por trás disso, eu sinto, só preciso de mais tempo para descobrir.
— Você sabe que em casos assim de sequestro, as chances de realmente tudo dar certo e vítima sair ilesa, são mínimas? — seu comentário é um tanto doloroso, mas realista. — Lembre do que quase aconteceu a Ayla, se tivessem agido dentro das leis, ela hoje não estaria aqui.
Imagens de como Izabel reagiu ao falar da irmã em nossa curta viagem, a forma como ela sorria ao lembrar da pequena, e tudo que suportou pela irmã, mostra o quanto ela a ama. Apesar da forma que vem se mostrando a nossa relação, admitir isso ela nunca admitiu, porém eu também não.
— Eu preciso de tempo. — falo ao pegar novamente o notebook pensando em algo. — Ligue para Mustafá novamente. — ele faz o que pedi.
— Ainda não acredito que ele me convenceu a viajar com você. — falo olhando para Mustafá que mexe no celular alheio que está sendo alvo da minha atenção.
Sentado de maneira relaxada em uma poltrona em seu avião particular me pergunto se até nisso ele compete com Almir. Desde que entrei nesse avião, não pude deixar de notar como a riqueza o cerca também, mesmo ele não demonstrando isso. Estou inquieta desde que tigrão me pediu para que fosse para a Espanha, com Mustafá e comprasse a história do Vasco. Não entendi o que ele quis dizer com comprar, mas pelo que parece Mustafá entendeu. A conversa deles não deve ter sido muito boa, pois desde então Mustafá está distante. O que me deixa mais nervosa do que já estou, porque ele não me contou nada.
Depois daquele momento em que paramos na rua, fomos até sua casa, onde não demorou muito, estivemos em meu quarto de hotel onde não existia nem a sombra da presença do Vasco. Peguei tudo o que precisaria para poder sair do país além de algumas roupas.
— Onde está o Vasco? — a forma como ele tira os olhos do aparelho e me encara fazem com que um calafrio percorra minha espinha. Engulo em seco sem saber ao certo porque.
— Você está preocupada com ele Izabel? — penso em responder dizendo que não, que seria curiosidade. Mas ele continua. — O pior foi me comparar a ele.
Diz deixando evidente que não gostou do que falei. Ou quase falei, afinal não conclui a frase. Por fim ele balança a cabeça em negativa e volta sua atenção ao aparelho. Impaciente com a demora na decolagem, levanto e começo a andar na cabine de um lado para o outro.
— Preocupada eu estou, mas não com ele. — falo esfregando mas mãos uma na outra.
— Não será nenhum resquício de sentimento que está te fazendo pensar nele? — seu sorriso sínico me enjoa.
— O mesmo sentimento que tenho por ele tenho por você, repulsa e desprezo. — ele me encara de forma dura. — Continuo não vendo diferença entre você e...
De maneira rápida e brusca sou imprensada na porta da cabine por Mustafá me impedindo de terminar mais uma vez a frase, onde eu o comparo com Vasco. Ele está tão próximo a mim, que consigo sentir a fragrância suave de sua colônia. Coloco minhas mãos em seu peito por puro instinto, e sinto como seu coração bate forte. Minha garganta fica seca, e a respiração se torna difícil.
— Porque está fazendo isso? — pergunto. — Você deveria me odiar depois do que fiz a você, a humilhação. — ele não desvia seus olhos dos meus.
— Eu deveria. — reponde com a voz baixa.
— Mas não odeia. — falo e ele nega.
— Não eu não odeio. — diz por fim, abaixando a cabeça e fechando os olhos.
— Então porque está me ajudando? — perguntei.
Quando ele voltou a me olhar seus olhos refletiam um brilho diferente, algo que nunca havia visto. Foi tudo muito rápido. Sua mão segurou meu queixo e seus lábios envolviam os meus. Ele estava me beijando? Atordoada com o que estava acontecendo eu o empurrei com força, e no mesmo instante em que eu fazia isso, um barulho foi ouvido atrás de nós.
— Senhor eles chegaram. — vi uma mulher nos encarando, me senti constrangida pela forma com que ela me encarava. Estava com raiva?
Mustafá deu um passo para trás ainda me encarando como se não soubesse ao certo o que fazer, ou o que estava fazendo. Ou essas dúvidas eram somente minhas? Mas quando o olhei novamente não existia mais aquele brilho em seus olhos, eles eram somente duas esferas negras.
— Nadia me traga um pêssego, depois faça companhia para a senhorita Martinez na minha cabine. — ele falou limpando o canto da boca.
— Eu não quero ir para a cabine. — falei indo me sentar onde eu estava, mas ele segurou meu braço me impedindo de passar.
— Não foi um pedido Izabel. — falou de forma dura. Então soltou meu braço e voltou a sentar onde estava.
Me, sentindo estranha de todas as formas possíveis pelo que aconteceu, eu fui sozinha para a cabine, sem esperar a tal Nadia, e ao entrar me sentei em um canto e não consegui evitar que as lágrimas viessem. Tudo o que eu queria era que Jamal estivesse aqui.
Tudo o que eu estava sentindo nos últimos tempos era essa merda de frustração. Que merda que eu acabei de fazer? Bato minha mão tentando descontar a raiva que estou sentindo no momento.
Abul entra no jato acompanhado do tal Vasco. Observo como ele se sente a vontade, arisco, mas a vontade. Se não fosse o pedido do Jamal eu o matava agora mesmo. Quem sabe assim essa sensação ruim que martela dentro de mim, depois do beijo impensado que dei em Izabel, não diminuiria.
— Já falou com sua tia? — pergunto quando Nadia me entrega a fruta que pedi, e indo fazer companhia a Izabel como ordenei. Ele senta-se na poltrona a minha frente.
— Sim. Qualquer contato deles, ela me ligará avisando. — concordo pegando meu punhal e cortando um pedaço da fruta que está suculenta.
As instruções de vôo são passadas a cada um, e alguns minutos depois estamos voando em direção a Espanha. Solto o cinto de segurança, ficando mais confortável.
— Você já ouviu falar de mim? — pergunto a ele.
— Não. — responde rápido. Sorrio.
— Que estranho, porque eu já ouvi falar de você. — ele fica extremamente ansioso. Olha para os lados, esperando algo de meus homens, mas ninguém faz nada. — Nós somos muito, família. Não medimos esforços para com aqueles que fazem parte da nossa casa. — falo enquanto pego um lenço e limpo a lâmina.
— Isso eu sei, é da cultura de vocês. — ele não demonstra medo em sua voz.
— Sim é da nossa cultura. — sorrio. — E que bom que agora somos primos, não é? — percebo que tem dificuldade para engolir. — Poderemos nos ajudar sempre. — por fim ele sorri.
— Claro, eu farei o que precisar para ajudar.
— Que bom. — falo ao me levantar e fincando o punhal em sua mão direita que estava sobre o apoio da poltrona.
— Ah... — ele grita se retorcendo de dor e olhando para a mão presa com o punhal.
— Comece mantendo suas mãos longe dela. — antes de puxar o punhal dou uma torcida, arrancando mais gritos dele, que agora implora para que eu pare. Então puxo, voltando a limpar lâmina suja de sangue com o lenço. — Não gosto de falar duas vezes, espero que tenha entendido, primo. — sorrio para ele que segura a mão ensanguentada. Olho para Abul e faço sinal para que cuide dele.
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