BÔNUS
Olá tudo bem com vocês?
Aqui está tudo se encaminhando, com a graça de Deus. Obrigada pelas orações pela minha Júlia, ela já está ótima.
Meus amores, eu tenho visto alguns comentários sobre a história da Jasmim, e algumas expectativas que estão sendo criadas, e digo uma coisa, procurem entender o contexto da história que vem sendo proposta. Primeiro ponto, ela é uma muçulmana que segue os costumes e as tradições de sua origem, e não porque ela é obrigada a fazer isso, e sim por aceitar. Se vocês lembrarem das vezes em que a Bel sempre a questionava sobre algo que nossa maluquinha achava um absurdo Jasmim sempre foi enfática em dizer que não gostava de ser questionada. Ela é uma muçulmana e é feliz assim, então ficaria incoerente eu pegar meus dois personagens que são arraigados nos costumes e tradições, e simplesmente colocá-los no Brasil, não acham?
Entre todos meus personagens dessas histórias Jasmim e Zayn são os mais fiéis a cultura. Ah, Lisa mas ela fez uma loucura. Sim fez, naquele momento ela agiu mais pelo coração do que pela razão e isso não a faz menos muçulmana, vai sofrer as consequências, sim. Mas como sempre digo tudo sempre tem um porque e para que. Quando comecei a escrever sobre essa cultura, eu comecei a fazer muitas pesquisas, e até mesmo conversei com alguns muçulmanos e árabes , e digo que eles falam que eu sou muito boazinha, em muitas coisas. E durante essas pesquisas eu pude conhecer a história da Faiza, através de uma medica canadense que trabalha nos médicos sem fronteiras. Faiza é uma jovem muçulmana que teve a ajuda da própria mãe para poder fugir para o Cairo, para não sofrer o que uma jovem que acabou ficando gravida sem ser casada sofreria, se ficasse. Foi diante do relato dessa jovem que eu decidi escrever a história da Jasmim, ela é baseada em fatos reais, não toda é claro ... minha florzinha terá um final feliz.
Então eu volto a dizer, não criem expectativas muito longe do que está sendo apresentado, eu falo para as meninas do meu grupo de watts que a história dela é a mais dramática dos três livros que eu havia imaginado, mas nem por isso a história dela deixará de ter seus encantos, afinal nossa florzinha merece seu conto de fadas.
Agora vem um bônus aqui de um trecho que será muito importante mais a frente...
Bjos e boa leitura...
MUSTAFÁ
Sorrio sem demonstrar a satisfação que tenho em ver como os olhares das pessoas tornam-se receosos e até mesmo aflitos, assim que percebem minha presença no ambiente. Sem olhar muito a minha volta adentro o estabelecimento que está até de certa forma movimentado. Seguindo a passos firmes e decididos, procuro um local confortável para sentar.
Sentado em um canto discreto eu assisto toda a cena patética que se desenrola mais adiante. Dois homens quase brigando pela atenção de uma mulher. Idiotas. Pego o copo que foi deixado por uma das belas mulheres que trabalham nesse... Como eu poderia chamar esse lugar?
Puteiro.
Pocilga.
Cuspo o líquido de sabor horrível, antes que o resto dele desça pela minha garganta. Faço-me a pergunta, o que estou fazendo nessa merda de lugar?
Não gosto de freqüentar esses tipos de lugares, mas homens com aos quais faço alguns negócios não freqüentam lugares melhores. Uma mulher bonita, vestindo quase nada para a minha frente, me livrando a cena que observava.
— Vai querer alguma coisa? — ela pergunta com uma voz melosa, o que me causa repulsa. — Notei que você está sozinho. — reviro meus olhos.
— Perceptiva você. — respondo colocando o copo no mesa e a encaro vendo que ela sorri. Provavelmente achando que eu a elogiei. Dou mais uma olhada de cima abaixo nela.
Eu até... Talvez... Toparia alguma coisa se ela não me olhasse como se eu fosse um filé, na frente de uma pessoa que não come á dias.
— E, então vai querer que eu faça alguma coisa? — ela pergunta sentando-se ao meu lado, e colocando sua mão em minha perna. Seguro sua mão antes que suba mais.
— Sim. — respondo tirando sua mão. — Que volte para o mesmo lugar onde você estava. — ela parece que não acredita no que eu falo. — E não ouse mais se aproximar sem permissão. — seus olhos ficam arregalados, quando ela compreende o que eu falei. — Agora saia! — ordeno.
— Pelo visto não gostou muito da minha boate? — desvio o olhar da moça assustada e olho para Hartmut que senta a minha frente sem ser convidado.
— Quando você resolver abrir uma, quem sabe. — ele ri do que eu falo e faz sinal para que a tal moça, que ainda permanecia parada sem saber o que fazer.
— E então que bons ventos o trazem aqui? — recosto-me no assento e sorrio.
— Conhecer o lugar. — respondo sem interesse observando que outra moça se aproxima sem me olhar diretamente.
Sua postura submissa pode ser sentida de longe. Ela serve a mesa, colocando novos copos de bebidas, agora também para meu inoportuno acompanhante. Antes que se afaste toco em sua mão propositalmente, ato que a faz olhar para mim assustada, mas enxergo muito mais em seus olhos do que seus gestos deixam passar. Não é só medo que vejo, mas fogo também. Com um único gesto de Hartmut ela sai.
— Você soube o que aconteceu com Hassan? — me pergunta cauteloso, enquanto observo a moça se afastar.
— E porque eu deveria saber da vida dele? — ele olha para os lados e se remexe, e noto como ele está desconfortável.
— Pelo que soube ele está sob ameaça, está sendo vigiado. — o que ele fala não é surpresa para mim, uma hora ou outra Hassan se meteria em algo assim. — Achei que soubesse já que parece ser coisa dos Al-Faruk. — ele me encara.
— E você espera que eu lhe diga algo, caso eu soubesse? — Experimento a bebida, vendo essa ser mais agradável que a primeira.
— Somos amigos, eu imaginei...
— Não somos amigos. — afirmo. — E eu não trabalho com imaginação e suposições Hartmut, e sim com fatos. — Vejo a tal moça passar perto da mesa novamente atendendo outras pessoas, mas sua maneira discreta de me observar denuncia que ela deseja o mesmo que eu. — Quem é? — pergunto apontando na direção dela. Percebo seu silêncio e imagino que foi pelo que disse. — Não leve para o lado pessoal, não somos amigos porque eu não tenho amigos, mas somos parceiros o que para mim é algo mais valioso.
— Certo. — ele olha na direção da moça. — Nádia, chegou essa semana, ainda está se ambientado com tudo.
— Você ainda compra mulheres no mercado negro? — minha pergunta um tanto patética sai de minha boca sem ao menos eu me dar conta que falei em voz alta.
— Que pergunta idiota. Claro, onde vou arrumar carne nova. — ele responde debochado, mas seu sorriso some assim que percebe que eu não estou rindo. — O que foi, ficou de coração mole depois que sua irmã quase foi vendida?
O fato de relembrar o que quase aconteceu a Ayla faz algo estranho se revirar dentro de mim. Eu nunca me importei de onde vêem as mulheres que trabalham em lugares como esse. Sempre digo que tudo tem seu preço, mas saber que Ayla poderia estar hoje passando por isso, não me agrada. Tiro os olhos da bela moça e o encaro.
— Talvez, se eu tivesse um. — tomo o restante do líquido, me levanto tirando uma nota do bolso e deixando em cima da mesa. — Quero um quarto, e a tal Nádia.
Nunca me importei como as pessoas me viam, mas não gosto da sensação que tenho quando percebo que possam numa hipótese estar com pena, ou algo parecido. Esses sentimentos são desprezíveis para mim.
Não são muitas coisas que me trazem alegria, ou um conforto assim posso dizer. Mas foder uma mulher se encaixa em um desses. Não demorou para que ela fosse levada para o quarto onde eu a esperava.
Sentado confortavelmente em uma poltrona, no canto escuro do quarto que era até ajeitado, eu pude observar quando Nadia entrou cautelosa, fechando a porta e permanecendo parada de costas.
O que será que está passando por sua cabeça?
— Quem é você? — minha pergunta faz com que eu veja uma, certa confusão em seu semblante quando ela volta-se para mim. Chega ser engraçado.
— O senhor pediu que eu viesse. — responde com a voz baixa.
— Sim, eu pedi. Mas não foi essa minha pergunta. — me levanto indo em sua direção. Ela baixa a cabeça com minha aproximação. — Perguntei quem é você?
Noto como sua respiração está acelerada.
— Você não parecia com tanto medo lá em baixo enquanto me encarava discretamente. — pego uma mecha de seu cabelo e cheiro sentindo a leve fragrância doce de algum perfume barato. — Eu pude ver como me desejava. Ou eu me enganei?
— Não... Não senhor. — gagueja ao responder, mas no final ela firma a voz. — Eu sou Nadia, venho de Omã. E estou aqui para satisfazer o senhor no que quiser. — quando ela levanta a cabeça e me encara assim tão de perto noto a cor de seus olhos.
Eeeeee... Merda, e lá vem aquela sensação de estar encarando a infeliz da Izabel. O fato dela ter a mesma cor dos olhos daquela diaba dos infernos, quase me faz desistir. Mas á quanto tempo não fico com uma mulher?
Desisto da ideia de ir embora, afinal é só olhar para ela e ver que não tem nada de semelhante entre elas, além da cor dos olhos. Chega ser cômico ao imaginar Izabel submissa. Paro de imaginar qualquer coisa relacionada a ela, pois já sinto aquela latejante sensação do meu pau ficando duro.
Volto a focar em Nadia.
— Você disse isso porque quer me satisfazer, ou porque foi induzida a falar isso para me agradar? — a maneira como ela lambe os lábios já tenho minha resposta.
— Porque eu quero meu senhor. — ela perde um pouco da vergonha e espalma suas mãos em meu peito sentindo meu corpo.
— Então eu acho que vamos nos dar muito bem. — o que eu falo a faz avançar em mim, tentando me beijar. — O que pensa que está fazendo? — pergunto a afastando.
— Pensei que queria ser beijado. — responde de cabeça baixa.
— Eu pareço o tipo de homem que chupa pau de macho por tabela? — vou em direção a poltrona e sento-me novamente. Observo sua postura. Parece ressentida com minha rejeição, mas eu não beijo ninguém. — Mostre-me o que sabe fazer com sua boca. — abro as pernas e faço sinal com o dedo para que ela se aproxime. — Acha que pode fazer isso?
— Sim senhor. — responde se ajoelhando entre minhas pernas.
— Ótimo, depois eu te mostro o que posso fazer com ele dentro de você. — fecho os olhos quando seus lábios tocam meu pau.
[***]
Quatro horas depois entro em casa me sentindo bem mais relaxado. Vou até o meu escritório, ainda com as imagens dela bem fresca na mente, tenho a sensação de ainda estar prensando seu corpo contra a parede, e a safada gemendo me pedindo por mais.
Tivemos uma boa interação,
Tiro meu celular do bolso e conecto no computador descarregando as fotos que fiz dela em vários momentos. Esse é um dos meus gostos peculiares, gosto de ficar admirando o que fiz. Cada imagem me lembra das emoções e sensações vividas.
Enquanto as imagens são descarregadas eu olho a pasta com o arquivo dela. Cometo o erro de abrir. Vejo nossas fotos que saíram nos jornais e algumas outras que não foram usadas. Como essa que e amplio.
Izabel estava em um dos poucos momentos em que conseguiu relaxar ao meu lado. Seu sorriso é tentadoramente sedutor, sem forçar. Alguém bate a porta.
— Entre. — ordeno.
— Senhor. — Abul entra. — Desculpe a hora, mas eu sei que o senhor estava ansioso por essas imagens. — ele me entrega um pen drive.
— As imagens do hotel de Milão? — pergunto já desconectando o celular e fechando as pastas das fotos.
— Sim senhor, chegou mais cedo, mas não quis lhe incomodar ligando, por isso esperei o senhor chegar.
Conecto o pequeno objeto ao notebook e abro o aplicativo de vídeo. E, logo as imagens começam a rodar. A gravação indica horas, mas logo algo me faz sorrir quando uma moça envolta em um véu roxo conversa com o segurança que está parado a porta. Ela esta de costas e não consigo identificar. Eles conversam por pouco tempo e então ela entra.
Adianto a gravação para que o momento em que ela sai do quarto e, bingo.
Ela agora não está com o véu, deixando seu rosto totalmente a mostra e com aas sandálias nas mãos. Jasmim.
— É florzinha, agora você não vai conseguir se esconder.
O que acontece a seguir é de minha total surpresa. Ela conversa com um dos seguranças pessoais de Almir.
— Qual é o nome dele? — minha pergunta faz com que Abul se aproxime olhando a tela.
— Zayed, senhor.
— Ora, ora, ora, vejam só como são as coisas pela forma como conversam parece serem íntimos. — então a gravação acaba quando eles entram no elevador.
— Vai entregar a gravação a eles?
— Não. — tiro o pen drive guardando na gaveta. — Quero que fique de olho nele, de um jeito de grampear o celular, algo me diz que ele sabe de mais coisas que parece.
— Sim senhor. — faço sinal para que ele saia. Volto a abrir a foto de Izabel. Lembro que dei minha palavra a ela de continuar procurando a amiga. Se, tem algo que não deixo cair no chão é minha palavra.
— É minha querida, acho que logo teremos um assunto a tratar.
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