BÔNUS
Oiê... Tudo bem?
Então esse bônus tem um motivo, bati 2k de seguidores aqui no Wattpad... 🎉🎉🤭
E prometi para as meninas do grupo no watts. Então aqui está.
Mas os dias de postagens serão, segundas e quintas. Ok?
Dois dias na semana...
Sempre pode acontecer algum imprevisto, mas estarei avisando.
Bom vamos lá...
Boa leitura
Olho mais uma vez para a mensagem de Mustafá. Cretino, falou que iria ligar, mas só me mandou uma mensagem no final da tarde dizendo que seria hoje o tal jantar, não poderia ter me falado isso ontem?
Ele pensa que sou besta?
Vai cair do cavalo, ou do camelo já que aqui é mais comum.
Também temos mulas das mais empacadas. Falando em mulas lembro de mais uma vez ligar para Jamal. Toca até cair na caixa postal.
- Criança!?... tem como você atender esse telefone? E não fica chateado por te chamar de criança que já usei coisas piores, e com essa sua atitude de não falar comigo, só mostra o quão imaturo você está sendo. Isso é criancice. Quero falar com você. Por favor tigrão. Estou com saudades.
Deixo o telefone na cama e vou em direção ao banheiro.
[***]
Dou mais uma olhada no espelho e vejo como essa roupa ficou. Não acredito que estou usando uma roupa dessas. Já usei algo parecido quando invadi o quarto do tigrão, mas eram dias diferentes, intenções diferentes. E se o espertinho do traste do Mustafá está achando que vou usar uma de minhas roupas, se lascou. Com esse vestido o máximo que ele vai ver, é meu dedão do pé.
Meu celular vibra com uma mensagem, imaginando ser ele eu pego minha bolsa e vou em direção ao elevador. Mas quando estou descendo confiro a mensagem e não é do traste, é do Jamal.
"Amanhã estarei de volta, então conversamos"
Ele me respondeu!?
Não acredito.
Começo a pular dentro do elevador, nem lembro que estou puta com ele pela maneira que ele falou comigo no dia. Quando as portas se abrem eu paro de pular, arrumo meu cabelo e saio tendo a certeza que nem mesmo a companhia do traste do meio irmão cretino da Ayla irá estragar minha noite.
Vejo ele parado mais a frente no celular, conversando com alguém. Vou em sua direção e não consigo evitar de sorrir quando penso na mensagem que recebi. Ele desliga assim que me vê.
- Eu não imaginei que você fosse conseguir ficar ainda mais linda – ele segura minha mão e beija – Mas vejo que eu me engano as vezes.
- Você hoje não vai estragar minha noite – falo puxando a mão – Então economiza nos galanteios.
- Estragar sua noite? – me pergunta com um sorrisinho no rosto – Não é bem sua noite que quero estragar, e não hoje... – ele me mostra seu braço para que eu o acompanhe – Hoje a noite é minha... minha cara!
- Que seja! – começamos a ir em direção a limusine que está parada a frente do hotel – Não tinha algo mais discreto? – pergunto assim que o motorista abre a porta para que eu entre.
- Discrição não é uma de minhas virtudes – ele responde assim que entra. Sento bem na outra ponta colocando uma boa distância entre nós, o que só o faz rir quando percebe.
– Se é que você tem alguma virtude – comento olhando para fora quando o carro começa a passar pelas ruas.
Ele não fala nada, quando olho para ele vejo como me encara de uma maneira intensa. Volto a olhar para a rua me esquecendo dele, voltando a pensar em Jamal. Será que já posso chamar ele de tigrão de novo?
[***]
Dou mais uma olhada em tudo e não vejo nada de estranho no restaurante.
- O que você tanto procura? – Mustafá me olha curioso.
- Não sei, não confio em você – falo e isso o faz rir.
- E não deveria mesmo, mas será somente um jantar e nada mais!
Quando entramos no restaurante e o garçom nos indica a mesa reservada reparo que é para duas pessoas. Sento e me arrumo.
- Não seria um jantar de negócios? - ele senta-se a minha frente e pede algum vinho caro pelo que consigo perceber na cara do garçom.
- E será – o garçom sai – Não consigo imaginar, um negócio mais interessante do que passar as próximas horas na sua companhia – fico observando sua postura – Coloque em palavras tudo isso que está passando pela sua cabeça, assim eu talvez consiga desvendar o mistério que é você.
- Estou pensando, que você não é o tipo de pessoa que faz algo que não tenha um objetivo, você mesmo disse isso – ele concorda – Então porque tudo isso?
- Não me julgue por querer passar um tempo com você, e usar de todos os meus artifícios para conseguir isso – o garçom chega com o vinho – Não se subestime minha cara, você vale cada um deles – reviro meus olhos – E não estou fazendo nada demais, estamos em um lugar público com uma mesa entre nós – acabo rindo – E o máximo que pode acontecer é você ter que aturar alguns elogios.
- Você não vale nada! – tomo um pouco do vinho.
- Não mesmo, mas o carneiro daqui vale cada dirham que irei pagar, então... vamos aproveitar – ele levanta a taça em um brinde no ar.
Eu não brindo com ele, apesar de estar aqui, meu motivo é somente um, quero informações da minha puritana. Mustafá é uma pessoa perigosa, eu sei, mas a mim ele não coloca medo. Se ele soubesse de onde venho, ele sim sairia rapidinho daqui.
Algumas coisas deixam marcas invisíveis em nós que não são todos que conseguem, enxergar. Mas elas estão ali, nos lembrando de onde viemos e o que realmente somos.
- Não pense tanto nele – saio dos meus pensamentos ao ouvir sua voz que está longe de me causar os mesmos efeitos que a do meu tigrão – Se ele te merecesse você não estaria aqui, comigo.
- Você é um cara esperto, então sabe que não irei conversar com você sobre ele, não é?
- Hoje pelo menos sei que não – ele segura minha mão sobre a mesa e começa a fazer um leve carinho – Mas saiba que estarei a disposição quando precisar desabafar – puxo minha mão e começo a rir.
- Pare com isso, você não me engana – ele da de ombros.
- Que bom, nem eu me suporto nesse papel – é inevitável meu sorriso. Apesar de tudo ele está sendo simpático.
O restante do jantar foi tranquilo. O que me assustou, eu sempre estava esperando uma patifaria dele, mas não teve. Conversamos sobre os possíveis destinos de Jasmin. Ele acredita que ela não foi para tão longe, mas não faz ideia de onde ela possa estar.
- O que você vai querer de sobremesa? – ele me pergunta.
- Eu gostaria de um banana split mas creio que aqui não tem – olho o cardápio de doces.
- Podemos ir para uma sorveteria, se preferir – ele sugere como quem não quer nada.
- Não, muito obrigada – ele faz uma carinha de cachorro sem dono que quase me comove – Eu peço no hotel.
- Bom eu tentei, falei que tentaria – ele é sincero em tudo – Eu sugiro Baklawa.
- Pode ser esse – fecho o cardápio cansada, querendo ir embora logo.
Enquanto esperamos o doce ele levanta ficando ao meu lado e me servindo mais vinho.
- Não adianta tentar me embebedar, sou dura na queda.
Ele me encara de uma forma sem que eu consiga definir sua intenção. O garçom chega e nos serve. Ele volta a sentar-se e fica calado.
– Você disse que não era romântico, mas esse jantar derrubou toda sua encenação durona que fez no escritório.
Mordo o doce e escorre um pouco de mel pelo canto da minha boca. Sem falar nada ele pega o guardanapo se debruçando sobre a mesa e limpando o canto de minha boca.
- E não sou Izabel – olho em seus olhos negros que no momento estão tão frios como pedra – Não se iluda com que seus olhos possam ver!
Terminamos o jantar numa boa e pelo visto o cavalheirismo dele também. Pois assim que saí do carro em frente ao hotel, percebi que esqueci minha bolsa dentro da limusine.
Fiquei olhando para ela no banco ao lado dele e ele também, esperei que ele me entregasse mas ele desviou o olhar. Sem muita paciência pra esperar eu voltei e peguei. Também sai sem dar boa noite. Cretino.
Bom apesar de tudo minha noite foi boa, realmente ele não estragou.
Que coisa não?
Alguém aqui acredita em papai noel?
Nem eu.
Agora sim, até segunda...
Bjs
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