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Capítulo 3 - O começo

( 1564 palavras)

Leitor, admito que quero me permitir florear essa história, deleitar-me nos bons momentos o máximo que posso. Então, por favor, não se sinta enganado ou ludibriado quando chegarmos aos próximos capítulos, que, a princípio, são as reais motivações de eu ter começado a contar essa história. Jamais seria essa a minha intenção lhe tomar como tonto.

Na verdade, quero que compreenda que para grandes tragédias acontecerem, gigantes alegrias teriam que as preceder. Afinal, para que haja morte, necessita haver vida. E o mesmo deve ser dito entre as relações de amor e ódio, felicidade e tristeza, céu e inferno. A oposição ao bom nos faz valorizar o que pouco temos em vida, ou é isso que eu já ouvi os outros dizerem. Infelizmente, não tive muito tempo para comprovar ou refutar tal ideia.

Mas, não vou tomar sua preciosa vista com minhas reclamações inúteis da minha brevíssima existência. Então, vamos para o que interessa. Sara e João Carlos.

Aquele ônibus foi só o ponto de partida. A jovem Sara chegou em casa tão estranhamente satisfeita que, simplesmente, não conseguiu estudar e quase foi reprovada. O rapazote achou os dois quilômetros de caminhada até pequenos frente ao insistente desejo de ver aquela garota de cabelos ébanos de novo. 

Diariamente, ele pegava um ônibus antes do que deveria para chegar cedo no estágio e conseguir dar uma passada na loja de carros. Contudo, parecia nunca avistar a garota. Seu típico pessimismo insistia em seus miolos, gritando, acima de todo o bom senso, que jamais uma mulher tão refinada iria se contentar com um pé-rapado como ele. Então, o tempo lhe gerou resignação até que um dia desistiu de se antecipar.

Um mês se passou "desd'aquele" encontro. A vida seguiu para João. Manhã, trabalhava vendendo na lojinha do bairro. Tarde, o escritório e seu tão querido estágio. Noite, faculdade. Os finais de semana eram seu tempo de libertação. Ia para o pagode com os amigos e dançava até se acabar. Todos zombavam porque o "jovem Joca" se recusava a beber com seus plenos 24 anos. O rapaz não se importava. O dinheirinho da breja estava sendo muito bem guardado. Pouquinho, mas constantemente aplicado. Ele daria para seus filhos a vida que nunca teve para si, encontraria uma esposa modelo e teria a vida que ele via através das janelas das casa que ele mesmo construiu durante a sua adolescência.

O barulho de salto tomaram o ambiente. Rita, a secretária do escritório de contabilidade. Apesar de receber um salário mínimo, ela tinha a plena convicção que era mais importante do que todos ali, como se sequer pudesse pisar o mesmo chão que eles. Porém, por algum milagre, a quarentona de dentes amarelados pelo cigarro tinha criado afeição pelo nosso protagonista.

— Joquinha, meu amor, Rubens pediu para pegar uma documentação na Divan Car's. Não consegui falar com o motoboy. Poderia ir lá? São só dois quarteirões.

— Claro, Rita. O que eu não faço por você, minha balzaquiana favorita?

Ela riu, tossindo logo em seguida. Malditos cigarros

João Carlos se apressou em ir logo. Moura até aceitava algum atraso. Mas Rubens... Era do tipo que humilhava e rebaixava qualquer estagiário, mesmo sendo quase que um recém-formado. O último antes dele na vaga de estágio pediu para sair após uma humilhação na frente de todo o escritório. João não tinha sangue de barata, então tentava evitar o máximo possível fazer algo que desagradasse o intragável sócio júnior.

Assim que chegou naquela concessionária no final da rua, sentiu sua mão suar. Sara não estaria lá e, se estivesse, iria fingir que não a conhecia. Viera apenas à trabalho. Chegou na recepção e se identificou. O rapaz espinhento que o recebeu o encaminhou a uma sala mais reservada e pediu que esperasse enquanto ia pegar as caixas que precisava. Ele pegou o jornal e começou a ler, ignorando totalmente quando abriram a porta assim que que o espinhento saiu.

— Não esperava que tivesse lhe cativado tão pouco. — Era a voz dela.

Lentamente, nosso protagonista baixou o jornal e ficou em pé, deixando-se contemplar com aquela visão do céu. Sara usava um vestido preto que lhe modelava muito bem o corpo, apesar de ser perfeitamente composto. Um daqueles que pode ir para igreja e terminar a noite em um bar e ninguém iria lhe achar destoante do meio.

— Não entendi. — Ele riu desconcertado com a beleza dela.

— Achei que me procuraria, nem que fosse para me dispensar pessoalmente. — Ela apontou sutilmente para porta. — O Hugo me contou que veio a trabalho. Devo ser uma tonta. Achei que tinha sido por mim.

A voz dela parecia se demorar nas vogais corretas para passar uma tristeza, mas ainda assim uma sedução. O seu olhar vagava entre os lábios dele e seus olhos, lembrando da sua imaginação no último mês.

— Eu vim por 15 dias, Sara.  

Ela deu um sorriso aberto, daqueles que vinham da alma. Então caminhou até o rapaz, mantendo seu olhar cativo ao dela. Sara não parecia tão tímida quando da última vez, queria conhecer o rapaz que lhe tomou tanto os pensamentos e lhe desajustou o ritmo do coração.

— Então não entrou. — Sutilmente mordeu seu lábio. — Se tivesse só perguntado por mim, iria descobrir que eu vim três vezes por semana desde aquele dia. Estava começando a achar que teria que pegar o ônibus errado.

A mão de João se estendeu para a mão da moça, mas Hugo entrou na sala bem no momento, fazendo os dois recuarem. Ambos praguejaram, xingando o espinhento de todas as formas possíveis. João especialmente, principalmente ao ver que não era uma pasta, mas cinco caixas grandes que teria que levar. Iria ser um trabalho dos infernos.

— Tem como levar? — Sara notou o vacilar dele. — Eu posso te ajudar. Meu carro está aqui na frente.

Constrangido, João aceitou. Quando viu o carro da garota, ele se sentiu acuado. Definitivamente, ela era de um nível que ele não habitava. Mas, está no inferno, abraça o capeta. Se a garota estava atrás de algo, não seria o rapaz que iria recusar. Hugo e João colocaram as coisas no Corolla. Banco de couro, ar-condicionado, vidros elétricos. Tudo muito caro, bem distante do 518 ao qual dividiram outrora. 

Ela, todavia, só reparava como ele parecia se encaixar ali. Sem perguntar, entregou-lhe a chave. O lugar dele era ao volante, ao seu lado. Os dois entraram e ela se virou para ele, destrinchando cada um dos seus traços com uma curiosidade descabida.

— Então, creio que, se você me esperou, posso lhe chamar para sair. — João não tirava a atenção do ao redor, medo de bater o que ele não tinha dinheiro para reparar.

— Isso é um convite, Joca? — Ela riu, encaixando-se melhor no banco. — Se sim, seja claro.

— Vamos para o cinema sábado? — Apesar de ser uma pergunta, seu tom de voz pareceu não a permitir negar, não que ela estivesse cogitando tal ideia.

— Vamos para o cinema sábado. — A mulher repetiu em baixo tom, sentindo-se grata por sua pele escura esconder o rubor que lhe ascendeu à face.

Em cinco minutos, o carro já estava estacionado em frente ao escritório. Sara, que não era dada a esforço físico, se viu retirando as caixas junto ao rapaz, deixando-as na recepção. 

— Sarinha! — Rubens saiu da sala, a cumprimentando animado. — O que faz aqui?

— Oi, Rubinho. — Ela parecia desconfortável. — Vim ajudar Joca.

— O estagiário? Não sabia que tinha caído tanto o nível. Fase rebelde? — A soberba escorria por suas boca como veneno. 

João só podia imaginar aquele desgraçado se engasgando com seu próprio ego. E o pior é que nem poderia responder ou sabia que perderia o emprego. Não podia se dar tal luxo.

— Há quem diga o oposto. — A garota, por detrás do sorriso, detinha uma acidez. — A vida me ensinou a preferir homens no lugar de moleques. Acho que seu irmão entende.

— Estamos todos muito entendidos. — Rubens estava desgostoso em ter que manter a formalidade. 

Sara era filha de um cliente antigo daquele escritório. Desde a época quando tudo que a família de Rubens tinha eram dois birôs e um ventilador que fazia mais barulho do que trabalhava. Teria que ficar quieto, mas sua mente repetia as mesmas palavras. Como aquela vaca ousava falar assim do seu irmão caçula? 

— Tem problema se Joca for me deixar no carro?

Rubens gesticulou com demasiada simpatia, entendendo em qual alvo deveria mirar para se vingar daquela garota mimada que dispensou seu irmãozinho. 

Os dois saíram do escritório juntos. Sara se recostou na porta do motorista, seus olhos convidando João a se aproximar dela, movimento ao qual ele não podia resistir. Todavia, envolto em um misto de receio e respeito, o homem decidiu assumir uma postura semelhante a dela, ao seu lado, e sem deixar que seus braços se encostassem. Tinha ciência que seus movimentos estavam sendo observados por Rubens e, decididamente, não daria munição ao chefe para fazer da sua vida um inferno na Terra.

— Você me busca no sábado? — Aquele sorriso tímido era... deslumbrante.

— Meu carro quebrou. — João mentiu na cara dura, tentando não se sentir tão inferior a ela. Nem que fosse por um mísero segundo. — Podemos nos encontrar lá?

— Claro! Me dá seu número. Te ligo para saber mais. Pode ser?

Animadamente, ele concordou.

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