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30. acerto de contas.



Seria assim por um bom tempo. Famílias chegariam, cheias de sonhos e planos, trazendo consigo a esperança de um novo começo. Mas a casa, com suas paredes impregnadas de dor e segredos sombrios, logo revelaria sua verdadeira natureza. As almas aprisionadas, repetiriam o mesmo ciclo interminável, afastando todos que ousassem se estabelecer ali.

Ben limpava a bagunça deixada pelos últimos inquilinos, uma tarefa rotineira que ele realizava com uma resignação silenciosa. O som de papéis sendo empilhados e cadeiras sendo arrastadas ecoava pela casa vazia. Cada movimento seu parecia uma tentativa de restaurar um pouco de controle sobre o caos que essa casa trazia à vida de todos que ali entravam. Ele estava concentrado, até que a presença de Tate na porta quebrou a monotonia.

—— Você tem um minuto? —— Tate perguntou, com a voz baixa e hesitante. —— Sei que sou a última pessoa que você quer ver.

Ben parou, a tensão em seus ombros era visível. Ele virou-se lentamente, seu olhar frio como gelo. —— Você não é uma pessoa —— ele respondeu, a voz cheia de desprezo. —— Você é um monstro.

Tate deu um passo à frente, tentando manter a calma. —— Sinto falta das sessões de terapia. Elas me ajudavam.

Ben riu, um som curto e amargo, sacudindo a cabeça em incredulidade. —— Que conversa fiada. Você é um psicopata! —— Ele falou com uma ferocidade que parecia ter sido reprimida por muito tempo.

Tate encarou Ben, sua expressão mais séria. —— Esse é o seu diagnóstico, que eu sou um psicopata?

Ben balançou a cabeça, sem paciência. —— E dos piores tipos. Você é carismático, um mentiroso patológico. Max caiu nisso, mas isso não vai mais acontecer.

Tate tentou se defender, sua voz baixa mas urgente. —— É por ela que eu quero mudar.

A resposta de Ben veio rápida e firme. —— Terapia não vai te mudar, Tate. Terapia não funciona. —— Ele hesitou, a amargura crescendo em suas palavras. —— E eu sou uma fraude.

Tate pareceu abalado, mas insistiu, sua voz mais suave, quase suplicante. —— Eu só queria que Max me perdoasse.

Ben cruzou os braços, olhando para Tate com uma mistura de pena e desprezo. —— Só podemos perdoar quando alguém faz algo contra nós. Aquelas pessoas que você matou... elas são as únicas que podem te perdoar, e você perdeu essa chance.

Ben parou, as mãos ainda sujas da poeira e da bagunça dos antigos inquilinos. Ele olhou para Tate, a tensão nas linhas do rosto evidente. —— Você destruiu tudo que mais importava pra mim —— ele disse, a voz baixa, mas carregada de raiva e frustração. —— O que você pode querer de mim agora?

Tate hesitou, lutando para encontrar as palavras certas, mas acabou com uma simples declaração. —— Eu sinto muito, Ben.

Ben soltou uma risada amarga, voltando sua atenção para a desordem à sua frente, como se o simples ato de limpar pudesse dar-lhe algum controle. —— Desculpas são fáceis, Tate. Mas e assumir a responsabilidade? Você nem consegue dizer em voz alta o que fez.

Ignorando Tate, ele continuou a mexer nas coisas antigas, os olhos fixos no trabalho. Tate ficou ali, parado, com o peso da culpa afundando cada vez mais.

Finalmente, Tate falou, com a voz trêmula. —— Em 1994, eu... eu ateei fogo no namorado da minha mãe... e matei 15 jovens na escola Westfield. Eu matei o casal gay que morava aqui... —— Ele fez uma pausa, a culpa evidente em cada palavra que saía. —— E matei sua filha também, Ben... eu estuprei a sua mulher.

O silêncio se tornou insuportável, e Ben fechou os olhos por um momento, contendo a dor que sentia ao ouvir tudo aquilo. Ele se virou devagar, o rosto carregado de um desprezo contido. —— Eu não sou padre, Tate. Não posso te absolver de nada disso.

Tate ficou em silêncio por um momento, derrotado. —— Eu só queria alguém pra conversar... —— ele admitiu, sua voz quebrada por uma angústia sincera.

Ben, ainda segurando uma pilha de papéis velhos, olhou para Tate.  Sem dizer mais nada, Ben voltou a sua tarefa, limpando a bagunça do passado—tanto física quanto emocional—com uma determinação silenciosa.

(...)

Maxine caminhou pela grande sala de arte, o som de seus passos ecoando pelo piso frio. Havia quadros vazios encostados contra as paredes, pincéis e tintas espalhados por todos os cantos. Ela parou no meio do cômodo e se sentou em uma cadeira no centro, observando o espaço ao seu redor. A sensação de déjà vu a atingiu — ali estavam os quadros que ela nunca havia pintado em vida, a arte inacabada de alguém que partiu cedo demais.

Enquanto mexia nos pincéis, seu olhar foi atraído pelas paredes, onde viu os desenhos de Tate, os traços familiares de seu rosto e expressões em cada pedaço de papel preso com fita. O amor dele por ela, a obsessão, tudo estava ali, imortalizado nas linhas e sombras que ela havia deixado.

Max virou-se lentamente e viu Nora Montgomery entrando na sala com seu passo leve e melancólico. Nora, com seu vestido de época e olhar sempre distante, parecia flutuar pela sala. Ela parou diante de um velho sofá de couro e sentou-se com um ar de resignação.

—— Vivian está cuidando do meu bebê para mim —— disse Nora, sua voz carregada com uma mistura de tristeza e aceitação. —— Ela é uma boa mãe... como eu deveria ter sido.

Maxine permaneceu em silêncio, segurando o pincel nas mãos, sem saber como responder àquela confissão.

Nora cruzou as pernas e olhou para Max, seus olhos um pouco mais vívidos agora. —— Eu sempre quis um quadro de família, sabe? Algo para pendurar na parede, como as famílias felizes têm. Uma recordação, uma prova de que, em algum momento, minha família era... perfeita. Talvez você pudesse pintar isso para mim.

Max levantou uma sobrancelha, surpresa com o pedido. —— Um quadro de família?

Nora assentiu, um leve sorriso surgindo em seus lábios. —— Sim. Um retrato... eu, Charles, e o nosso bebê. Não seria uma visão bonita?

Max hesitou por um momento, lembrando-se de tudo que sabia sobre Nora e a história trágica daquela casa. Mas então, olhando para a mulher que ainda parecia presa à sua própria ideia de felicidade, ela assentiu.

—— Eu posso tentar, Sra. Montgomery —— disse Max, embora soubesse que não havia como retratar aquela perfeição que Nora sonhava.

(...)

Ben, Vivian e Moira estavam reunidos na sala de estar, montando a árvore de Natal. As luzes brilhavam como pequenas estrelas, enquanto os enfeites, muitos dos quais tinham sido cuidadosamente guardados ao longo dos anos, eram pendurados com carinho.

Maxine, sentada em um canto do cômodo, estava absorta em seu trabalho. Com um lápis na mão e um olhar concentrado, ela desenhava a enorme árvore, tentando capturar a essência daquelas festividades em sua arte. Havia algo reconfortante na maneira como as luzes piscavam, refletindo-se em seu papel, enquanto ela esboçava cada detalhe com delicadeza.

Sobre o sofá, estavam espalhadas as cartas de Violet. Cada envelope, cuidadosamente aberto, revelava um pedaço da nova vida dela na Flórida. Fotos coloridas e cartões postais acompanhavam as palavras escritas à mão, contando histórias de praia, novos amigos e as pequenas alegrias que preenchiam seus dias ensolarados. Max sorriu ao ler uma linha aqui e outra ali, absorvendo a felicidade de Violet, uma lembrança de que a vida poderia seguir em frente, mesmo nas sombras.

Tate e Hayden estavam parados do lado de fora da casa, as sombras se alongando conforme a noite seguia. A luz fraca iluminava a janela suja da sala de estar, onde Ben, Vivian, Moira e Max podiam ser vistos, envolvidos na montagem da árvore de Natal. A cena era reconfortante, mas para Tate, era um lembrete daquilo que ele havia perdido.

Hayden cruzou os braços, observando a cena com um sorriso irônico nos lábios. —— Supera, Romeu. Max nunca mais vai querer você de volta.

Tate virou-se para ela, a expressão sombria. ——Não. Eu vou esperar. Para sempre, se for preciso.

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