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09. halloween.


O halloween era aquela época do ano em que crianças, vestidas como monstros e criaturas de contos de fadas, saíam pelas ruas em busca de doces, enquanto em algumas casas as travessuras chegavam a destruir o que encontrassem pela frente. Adolescentes se reuniam em festas, ostentando as roupas mais provocantes, e os adultos... bem, os adultos apenas sobreviviam.

Maxine sempre teve um carinho especial por essa data. Nos anos anteriores, ela e sua mãe passavam horas na cozinha, criando delícias em forma de caveiras e morcegos, que depois eram entregues a um bando de crianças alegres e risonhas do bairro. Mas, naquele ano, a tradição parecia pesar sobre seus ombros. O cheiro doce do caramelo e do chocolate derretido invadia a cozinha, enquanto ela deixava os doces esfriarem na bancada, um lembrete amargo de que seria a última vez que faria isso sozinha.

O silêncio da casa foi interrompido por um toque insistente do telefone. Maxine hesitou por um momento, respirando fundo, antes de atender.

—— Alô? —— disse ela, com a voz ligeiramente trêmula.

—— Qual o seu filme de terror favorito? —— uma voz grave soou do outro lado. Era Ethan.

—— A Bruxa de Blair, com certeza —— Max respondeu, um sorriso involuntário surgindo em seu rosto. —— E o seu?

—— Pânico —— ele respondeu, a empolgação na voz. —— Sabe como ele é?

—— Me conta.

—— Um assassino que liga para suas vítimas antes de matá-las —— Ethan explicou, o tom de voz agora mais sombrio.

Maxina franziu a testa, intrigada.

—— E por que ele liga?

—— Você sabe, pra perguntar qual o filme de terror favorito delas —— ele respondeu, e o telefone ficou em silêncio.

—— Ethan? Está aí? —— Maxine perguntou, o coração acelerando. O silêncio parecia ameaçador, como se a atmosfera estivesse prestes a se romper.

Nesse momento, ela sentiu duas mãos segurando seus ombros e um grito alto ecoou pela cozinha. Maxine fechou os olhos, um grito de medo escapando de seus lábios.

—— Você é um idiota! —— Max exclamou, observando Ethan desligar seu telefone e tentar conter o riso.

—— É Halloween, se acostuma —— ele deu de ombros, rindo. Maxine balançou a cabeça, uma expressão mista de irritação e diversão no rosto.

—— O que você veio fazer aqui? Achei que ia fazer uma viagem de uma hora de carro para ir a uma festa do outro lado da cidade —— perguntou, observando o amigo vestido de preto, com manchas de sangue falso que pareciam tão reais.

—— Eu vim pegar minha convidada —— Ethan se explicou, apontando para Violet, que acabava de entrar na cozinha, esbaforida, com uma bolsa em mãos e o celular sendo guardado apressadamente.

—— A Vivian sabe que vai sair? —— Max perguntou, um tom de preocupação na voz.

—— Avisei a ela, não se preocupe. Eu chego antes do amanhecer —— Violet respondeu, piscando para Max.

—— Confio em você, mas não confio nele —— Max apontou para Ethan, que levantou os braços em rendição.

—— Pode confiar, no volante sou consciente dos meus atos —— Ethan se defendeu, uma expressão brincalhona nos olhos.

—— Estou de olho em você... —— Max brincou, olhando seriamente para o garoto, mas o brilho em seu olhar denunciava a amizade que eles compartilhavam.

Observando Violet e Ethan saírem em direção ao carro da família, Maxine sentiu um misto de alívio e saudade. O Halloween sempre fora um momento de união, mas a solidão que a cercava agora a fazia questionar se tudo aquilo realmente valia a pena.

(...)

Enquanto isso, Ben Harmon estava à beira de um colapso. Ele estava ciente de que estava enlouquecendo, mas ainda precisava manter sua sanidade para seus pacientes — ou aqueles que um dia foram.

—— Só concordei com essa reunião porque precisamos esclarecer algumas coisas — Ben explicou, olhando firmemente para Tate. —— Primeiro, o psiquiatra que recomendei a você disse que você não foi à primeira consulta e não ligou para desmarcar. Por quê?

—— Não quero ir a nenhum outro —— Tate respondeu, a cabeça baixa, como um garoto que sabia que estava em apuros.

—— Já falamos por que isso não vai dar certo —— Ben continuou, sua voz firme. —— O que nos leva à próxima questão: Tate, o que estava fazendo aqui dentro no dia da invasão?

Tate respirou fundo, a culpa estampada em seu rosto.

—— Eu estava jogando pedrinhas na janela da Max, mas ela não ouviu... A porta estava destrancada, e então eu entrei —— ele explicou, sua voz um sussurro. —— Eu sei que é errado, eu sei...

Ben fez uma pausa, sentindo a tensão no ar.

—— Eu entendo —— ele finalmente disse. —— É por isso que não posso tratar você. Não posso tratar você dentro dessa casa.

—— Eu quero ser uma boa pessoa! E me arrepender! —— Tate implorou, os olhos cheios de lágrimas. —— Por favor, você tem que me ajudar.

Ben hesitou, seu coração pesando ao ver Tate naquele estado. Ele sabia que a mudança não poderia vir apenas da vontade de Tate, mas ele também sabia que Maxine precisava que ele se arrependesse.

—— Eu tenho um horário, podemos ir tomar um café, mas precisa me prometer... —— Ben começou.

—— Eu vou! Eu prometo! Sem esquisitices —— Tate interrompeu, o desespero em sua voz quase palpável.

(...)

Maxine sentia falta das pequenas coisas que tornavam o Halloween especial. Lembrava dos vestidos pretos e das fantasias aterrorizantes que usava. Para a noite de Halloween, ela havia escolhido um vestido preto, desejando que ficasse maravilhoso sobre ela, mesmo que isso só a levasse até o parque mais próximo, onde crianças se esbaldavam em doces.

Enquanto guardava a roupa no armário, sentiu uma presença atrás de si. Com um movimento hesitante, se virou rapidamente, e deparou-se com Adelaide, que a assustou.

—— Ade, o que está fazendo aqui? ——Max perguntou, recuperando o fôlego.

—— Eu quero ser uma garota bonita no Halloween —— Ade respondeu, seus olhos brilhando de excitação.

—— Você quer o quê? —— Maxine franziu a testa, confusa.

—— Me deixa bonita! Igual a você! —— Adelaide pulou de alegria, esperando ansiosamente pela resposta.

Normalmente, Maxine teria mandado a garota de volta para a casa, mas naquela noite, decidiu ajudar a menina. Pegou seus produtos de maquiagem, sorrindo com a sorte de ser uma desenhista — isso a tornava boa com pincéis, fossem eles de desenhar ou de maquiagem.

—— Quantos anos você tem? —— Max perguntou, notando que o batom estava um pouco forte demais para a idade de Adelaide.

—— Uma dama nunca revela sua idade —— Ade respondeu, com um ar de importância que fez Maxine rir.

Maxine apenas concordou, aplicando um pouco de pó rosa nas bochechas da garota, dando-lhes um tom mais vivo.

—— O Tate é o seu namorado? —— Adelaide perguntou, a curiosidade infantil transparecendo.

—— Você conhece ele? —— Maxine questionou, surpresa.

—— Sempre falo com ele, sempre que ele vem para as consultas —— Ade respondeu, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. —— Ele gosta de você, ele te acha muito bonita.

Maxine sentiu seu rosto esquentar com o elogio, a sensação de que Tate falava dela por aí era estranhamente reconfortante.

—— Você é virgem? —— Adelaide perguntou novamente, com a inocência de uma garotinha curiosa.

—— Não, eu já tive namorados antes —— Max respondeu, evitando entrar em muitos detalhes. —— E você?

—— Eu não —— Adelaide disse, orgulhosa como se tivesse acabado de conquistar o mundo. Maxine terminou de fazer a maquiagem e virou a cadeira em direção ao espelho, para que Adelaide pudesse se ver.

—— Eu estou bonita! —— Adelaide exclamou, sua felicidade irradiante.

—— Você está mesmo —— Maxine confirmou, um sorriso genuíno iluminando seu rosto. —— Mas, Ade, tem que parar de invadir a casa assim...

—— Mas eu gosto dela, meus amigos estão aqui! —— Adelaide respondeu, sua voz cheia de entusiasmo.

Maxine ficou em silêncio, observando a menina encantada com seu reflexo no espelho. Ela sentiu um aperto no coração, lembrando-se da própria infância, repleta de alegria e despreocupações. A felicidade genuína de Adelaide era contagiante, fazendo Max sentir falta de ser apenas uma garotinha, sem os pesares que a vida a obrigara a carregar.

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