Chapter Fourteen - 1950s
— Sam! — chamo por ele.
Me viro para olhar melhor para o homem, e este não estava diferente de mim, completamente nú.
Ai que droga! Droga! Droga!
Levanto, pego o lençol do chão e passo por meu corpo de qualquer jeito, paro um pouco para observar o local. Não faço ideia onde estamos, mas não é em 2010.
Volto para a cama, fico ao lado dele e dou tapinhas em seu rosto.
— Sam, acorda! — peço a ele — Anda, Sammy!
Seus olhos abrem um pouco, e como se acordasse de um coma, ele desperta rapidamente.
— Amorzinho? Já acordou? — pergunta com uma voz de sono.
— O quê? Que papo é esse de "amorzinho", Sam? — ele franze a testa e se encosta na cabeceira da cama de madeira.
— Alice, quem é Sam?
O quê? Isso não pode tá acontecendo... Ele não é o Sam e eu não sou a Lucy?
— Ai, Sam! Para de brincar! — o homem continua a olhar para mim seriamente — Você não tá brincando, não é?
Nega com a cabeça. Quando vou me levantar, ele segura minha cintura e me põe em cima do seu quadril.
Fico imóvel, sem conseguir me mover. Observo seu peitoral, que além de definido ostentava belos chupões e arranhões por toda extração.
— Deve está confusa porque bebeu muito whisky ontem a noite. — sussurra no meu ouvido e deixa um beijo no meu queixo — Não se preocupe, posso lembrar a você o que fizemos ontem..
Sem conseguir digerir suas palavras direito, Sam — ou seja lá quem — nos vira e se fica em cima de mim! Mal pude conter o gemido quando sua saliva gélida entrou em contato com o meu pescoço, através da sua boca, e desceu delicadamente para meus seios onde ele segurou um dos e o pôs entre os dentes.
— Ah, querida.. — suspirou — você é meu inferno particular!
Seja lá quem ele for, não era o Sam, logo não era certo continuar com aquilo.
— Espera! — separo seu peitoral do meu peito — Eu... Não posso fazer isso com você!
Consigo sair do seus braços, me ponho de pé e pego uma camisa, supostamente dele, do chão a vestindo em sequência.
— Ok.. — levanto e vem até mim — Eu sei que tenho sido um pouco insaciável...
Me faço de coitada mesmo não fazendo ideia do que ele está falando.
— É.. muito insaciável! — concordo com seu comentário e ele me olha compreensivo — Então é melhor eu tomar um.. banho!
Seja lá o que for isso eu tô muito encrencada!
O "Sam" veste uma roupa leve, causa um par de botinas e abre a porta depois de informar que vai a um outro quarto já que eu parecia está em crise e merecia espaço.
O que será que ele quer dizer com "crise"? .
Observo o local a procura de algo que me diga onde estou, encostei sobre uma delicada penteadeira um pequeno calendário que tinha como ano 1950!
— Segunda metade do século vinte! — ponho a mão na testa em sinal de desespero — Que merda!
A última coisa que lembro é de estarmos na biblioteca, eu li um papel e acordei aqui!
Tanto não entrar em pânico e me tranco dentro do banheiro.
Uma hora depois tomei coragem de sair do quarto. Tentei achar qualquer coisa para me protege mas só encontrei um punhal de correspondência.
Andei pelos corredores da bela e luxuosa casa, tinha várias portas e uma escada enorme a qual desci. Continuei caminhado pela sala até machucar o pé. Olhei para baixo e vi uma boneca, abaixei e peguei o brinquedo.
Ok, tem criança aqui..
E sem terminar meu raciocínio, uma menina pulou em cima de mim e apertou minha cintura forte.
— Mamãe! Mamãe! — ela grita — A senhora está melhor?
Mamãe? Como assim?
— O quê? — pergunto sem entender nada — Eu sou sua mãe?
A pequena garotinha de cabelos ondulados e olhos verdes, se entristece e abaixa a cabeça.
— Não lembra de mim? — questiona triste — Então não está melhor.
Me sinto na obrigação de consolar ela. Agacho a sua altura, seguro seu queixo com o dedo indicador e ela me olha. No canto do seu olho direito havia uma lágrima se formando e prestes a cair.
— É lógico que lembro de você.. — menti — Só estava vendo se a mocinha lembrava de mim.
Ela abre um belo sorriso de alguns dentes faltando e me abraça.
— Vovó! — ela grita se desvencilhando de mim.
Olho para trás e quase caiu ao ver a mulher parada perto da cristaleira. Era minha mãe, viva, em carde e ossos!
Mal podia acreditar, e sem conseguir ao menos mover um músculo cair desmaiada.
...
— Acorda, meu amor! — ouço a voz, que conhecia muito bem, me chamar.
Abro os olhos, com um pouco de medo, e olho os redor. Ela ainda estava lá, linda como sempre exibindo seu belo sorriso.
— Mamãe? — pergunto — Por favor me diz que é você!
Levanta e senta a beira da minha cama. Pega um pano e põe na minha testa que doía um pouco.
— Quem mais seria, meu anjo? — deixa um beijo na minha testa — Mais não é você..
Minha mãe, levanta e vai até a penteadeira. Abre uma das gavetas e pega algo de dentro.
— Percebi no momento em que me olhou daquele jeito!
— Do que tá falando? — interrogo ela — Como não sou eu?
— De que ano você veio?
Certo, tem alguma coisa muito estranha aqui e agora tenho certeza que não é um Djinni que está fazendo isso.
— Dois mil e dez.. — sua expressão é indecifrável.
Ela abre a boca mais antes que fale alguma coisa, batem na porta.
— Deve ser o Vincent.. — volta a por um pano na minha cabeça.
— Vincent?
— Você só precisa saber que ele quer muito um bebê e vai perguntar se foi por isso que desmaiou.
Após dizer isto, ela abre a porta e Sam entra. Fala sério que o nome dele é Vincent!
— Oi, querida. — ele vem até mim e põe a mão na minha cintura — Você está bem? O que aconteceu?
Fico sem saber o que dizer, digamos que a imagem dele nú na minha frente me deixa intimidada.
— Eu só fiquei tonta e cair.. — respondo.
— Será que conseguimos? — do que ele tá falando — Vamos ter outro bebê?
Um bebê? Deus me livre! Me arrepio só de pensar.
— Acho que não..
— Vincent, vamos deixar ela sozinha na certa deve outra crise.. — mamãe intervém.
Relutante o homem sai do quarto nos deixado sozinhas.
— O que foi isso? — pergunto assustada — Que papo é esse de bebê e crise?
A morena senta na cadeira perto de mim e me entrega uma chave.
— Quer mesmo saber da sua triste vida em mil novecentos e cinquenta?
Continua...
Espero que esteja gostando..
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