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Capítulo 12


     Maria dormiria por doze horas. Sentia até dores pelo corpo, quando seus olhos inchados abriram e pôde ver pelas frestas da cortina que o sol castigava do lado de fora. Virou para o outro lado e o espaço ocupado pelo namorado estava vazio. Diego acordou no seu horário habitual e deixara Maria dormir.

Um suspiro foi emitido. Não gostava de despertar sozinha, sem os seus afagos. Coçou os olhos e seguiu para o banheiro. Tomou um banho rápido, apenas para tirar aquela sensação de moleza de quando se dorme em demasia. Colocou a primeira camiseta que viu — uma do Diego com algum personagem de Game of Thrones estampado — e seguiu para a cozinha.

— Preciso tomar coragem e arrumar essas caixas — fez uma careta para as caixas ainda espalhadas. Essa seria a sua missão para o final de semana.

Colocou a água na cafeteira e enquanto o café ficava pronto, cortou um pedaço de pão, passando geleia de um lado e manteiga do outro. Voltou para a sala e pegou seu notebook, levando-o para a mesa minúscula da cozinha. O café cheirava. Serviu-se de uma caneca e sentou diante do objeto. Corria seus olhos pelas notícias diárias, entre uma golada do líquido amargo e do alimento agridoce. Continuaria ali sentada até que seu celular tocou e seu editor pedia a sua presença imediata na redação do jornal.

As louças usadas para o café da manhã com cara de almoço foram depositadas dentro da pia. Mais tarde Diego trataria de lavá-las. Retornou para o quarto. Trocou de roupas. Aquelas de sempre. Uma camisa dobrada até a altura dos cotovelos e a calça jeans escura. Amarrou os cabelos. Guardou o notebook na bolsa junto com o gravador e várias fitas usadas no último encontro — na verdade o penúltimo. Maria e Silencioso tinham apenas mais uma visita para terminarem com aquela história — seguiu até o ponto de ônibus, trabalhando o seu psicológico para o que encontraria.

O editor Martinez, Pablo Martinez, já tinha passado dos cinquenta anos. Seu físico não era dos mais bem cuidados, porém não chegava a ser um homem acima do peso. Apenas aquela barriga saliente que vem com a idade. Os brancos tomavam conta de algumas áreas específicas de seu cabelo castanho escuro, concentrados próximos das orelhas. Os olhos eram fundos e também de um castanho mais escuro, não chegando a ser confundidos com pretos. As roupas que vestia viviam amassadas, por mais que a esposa se dedicasse. Era um homem desmazelado e fumante compulsivo. As pessoas sabiam que ele estava perto por conta do seu cheiro. Muitas vezes, Maria — que não era fumante — sentia-se enjoada ao seu lado.

— Esteve hoje tempo demais em companhia do Sr. Martinez?

Questionamento constante de Diego para Maria após ela ter passado apenas alguns minutos dentro da sala daquele homem. A moça torcia o nariz e cheirava as pontas de seus cabelos, e lá estava aquele cheiro de fumaça e novamente uma sensação de enjoo. Naquele dia Pablo, antes de Maria chegar até a redação, já tinha terminado com um maço novinho em folha comprado assim que deixou sua casa, após dar um beijo na esposa, e caminhava para o segundo. Até o final daquele dia, três maços seriam consumidos sem ao menos notar. A menina, assim que saiu do elevador, daria de cara com a ponta fumegante de seu cigarro.

— Me acompanhe — o homem falaria com ela com cara de poucos amigos.

Ela seguiu sem dizer uma única palavra. Passou pelos colegas que a olhavam intrigados. Avistou sua mesa, com Vincent sentado na outra ponta perto das janelas, da mesma forma que deixou dias atrás. A alça da bolsa a incomodava por conta do peso, mas não se atreveria a mudar o seu curso apenas para aliviar aquela pressão sofrida nos ombros. O homem andava com passos rápidos e tragava mais rápido ainda. As pontas das cinzas ficavam pelo chão de um piso esquisito. Em alguns lugares tinha um tom de chumbo, em outros marrom. Qual era o original? Ninguém saberia dizer.

Pablo abriu a porta de sua sala privativa. Maria entrou e enfim retirou a bolsa de seu ombro, colocando-a no chão ao lado da cadeira. Pablo fechou a porta. Tirou o maço do bolso traseiro, acendeu outro cigarro, com o isqueiro dado por um dos seus filhos no último aniversário, e encostou suas costas apoiadas no armário que servia de arquivo atrás de Maria.

— Como está sua tia? — perguntou dando junto uma longa tragada.

— Está bem melhor, mas como você sabe? — Maria o observava de soslaio.

— Esqueceu que já sou velho nessa profissão na qual você se meteu? — Maria ficou sem graça enquanto ele seguia. — Que raios foi aquilo? Para onde a mocinha foi e deixou todo mundo preocupado? — agora a voz dele vinha mais alta que o habitual.

— Está falando de...

— Do que mais? Saiu da minha sala e sumiu! Eu sei que às vezes pego pesado demais... — fez uma pausa, apagou o cigarro no cinzeiro em cima do arquivo e sentou em sua cadeira, diante de Maria. — Pode não parecer, mas sinto que você vai se tornar uma boa repórter. Ainda está crua, por isso pego no seu pé. Você sabe que é melhor do que muitos aqui.

Pablo não perguntou. Afirmou apontando com os dedos amarelados pela nicotina para fora de sua sala. Maria apenas confirmou com a cabeça. Sabia disso. A grande maioria ali era bastante ruim, apenas alguns se salvavam, e eram esses que mantinham aquele jornal em pé.

— Onde você foi?

— Saí daqui e quando sentei na minha mesa, vi um recorte com a entrevista do policial que havia apreendido o Sr. Lewis, então pensei... Por que não?

— E você foi pessoalmente falar com ele? — Pablo já a olhava com interesse, estava certo quanto à sua intuição, Maria seria uma boa repórter.

— Sim. Achei que ele não falaria comigo por telefone.

— Conseguiu falar com ele?

— Sim, e com alguns funcionários do Ethan.

— Me dá calafrios quando você fala o nome desse homem.

— Também sentia no começo — Maria sorriu, e Pablo não resistiu e sorriu de volta.

— O que conseguiu?

Eram tantas coisas que Maria havia conseguido nesses dias longe que não saberia por onde começar. Porém, dentro dela sabia que o mais importante disso tudo ficaria de fora. A conversa dentro daquela sala durou horas. A redação se movimentava do lado de fora. Turnos foram trocados e a porta era mantida fechada. Apesar da curiosidade, ninguém foi capaz de interferir e quando a porta foi aberta e uma nuvem cinza saiu de lá, Pablo estava satisfeito com sua aprendiz.

Maria, de lá, foi direto para o hospital visitar a tia. Estava dormindo. Sugeriu que ficasse aquela noite com ela. O tio disse que não precisava, que estava tudo bem e já havia a possibilidade de darem alta pela manhã. Sentiu-se aliviada. Deu um beijo na testa da tia e outro na do tio e seguiu para seu apartamento. Diego terminava o jantar.

— Esteve com Martinez! — gritou da cozinha.

— Ele é meu chefe, esqueceu? — respondeu, observando-o da porta da cozinha. — Sabe de uma coisa?

— Não! O que é?

— Eu te amo!

Diego largou a colher com a qual mexia o molho e abraçou carinhosamente a garota. O beijo veio suave e delicado, seguido de um roçar dos narizes. Maria seguiu em direção ao banheiro, precisava de outro banho para tirar a fumaça dos cigarros do seu corpo e Diego continuou com os preparativos do jantar. A conversa seguiria sobre a necessidade de colocar aquele lar em ordem e o trato de ambos se empenharem, que daquele final de semana não passava. Assistiram alguma coisa na televisão. Diego foi dormir e Maria sentou-se diante de seu notebook e começou a transcrever tudo aquilo que lhe fora dito. Dessa vez, lágrimas rolaram de seus olhos.


         A semana terminou e o artigo de Maria começava a tomar forma, tal como a arrumação do seu apartamento. O documento foi deixado de lado, devidamente salvo, e as caixas começaram a ser esvaziadas. O segundo quarto do apartamento se transformou em um escritório funcional para ambos. Se bem que seria muito mais usado por ela do que por ele. Diego não gostava de levar trabalho para casa. A sala agora podia receber visitas. O sofá, que em determinados momentos se tornou uma prateleira, agora tinha de volta a sua função. A mesa de jantar de vidro podia ser avistada e um lindo vaso dado pela tia Rosa a enfeitava. Cortinas colocadas. Almofadas espalhadas. DVDs, CDs, livros e revistas nos lugares certos e os dois exaustos, sentados no chão, lado a lado, tomando cerveja.

A brincadeira começou com os pés descalços empurrando um ao outro. Diego largou a garrafa da cerveja, quase vazia, e puxou Maria para o seu colo. A garota ainda daria alguns goles na dela enquanto o nariz gelado dele acariciava o ponto entre o pescoço e a sua orelha. Os pelos de seu braço ouriçaram. Os bicos dos seus seios enrijeceram, deixando a marca sobre o tecido fino da camiseta. Maria passou os dedos entre os cabelos negros de Diego, enquanto ele descia com seus beijos até a cavidade de seu pescoço. Maria remexeu os quadris sobre o seu colo e constatou que o namorado também estava excitado. As roupas foram removidas e os corpos rolaram pelo chão frio. Em breve estariam em brasas. As línguas brigariam por espaço, as carícias ficaram mais intensas. Fizeram amor mais de uma vez naquela noite quente.

No domingo, para comemorar a arrumação, chamaram seus familiares para um jantar — totalmente feito por Diego —, do qual Maria ainda não sabia a surpresa que o namorado armara. Seria pedida oficialmente em casamento. No momento oportuno, após os pratos terem sidos esvaziados e os copos de vinho preenchidos, Diego retirou do bolso o anel, ajoelhou-se diante da garota que já havia entendido aquele gesto e segurava as lágrimas. Ele perguntou: "Casa comigo?". E ela lhe deu a resposta tão esperada para essas situações: "Sim!", seguida pelo beijo, abraço e as salvas de palmas das outras pessoas que festejavam com muita alegria aquela cena. Na despedida, a tia tomaria Maria de canto.

— Fico tão feliz que a tia conseguiu vir. — Maria segurava com delicadeza as mãos magras de sua tia.

— Não perderia esse dia por nada! Minha menina vai se casar e com um rapaz tão bom! — Rosa acariciou os cabelos da sobrinha.

— Ele é incrível! — ambas olhavam Diego ao longe organizando a bagunça deixada.

— Ele é mais do que isso, ele te ama, minha filha. — Então o olhar de Rosa mudou e seu tom de voz também. — Quero que vá me visitar, preciso contar algumas coisas sobre sua mãe.

— O que aconteceu? — Maria a encarou preocupada.

— Hoje não! Mas me prometa que irá me visitar.

— Está me deixando nervosa. Nunca quis falar sobre ela.

— Chegou a hora. Venha ainda essa semana.

— Tenho a última entrevista na quarta-feira...

— Quero que venha antes falar comigo — Rosa interrompeu.

— Por quê? — Maria achou aquilo muito estranho, ainda mais depois da expressão contida nos olhos da tia.

— Depois que falar com ele, mergulhará nessa matéria importante e esquecerá a nossa conversa. Venha na terça-feira, farei teu prato favorito e conversaremos. — Rosa segurava as mãos de Maria com o resto de força que ainda possuía.

— Tudo bem. Eu irei.

— Dê adeus para Diego. Minha menina! Estou tão feliz de poder ter visto isso — Rosa forçou um sorriso e Maria percebeu que tinha algo estranho no ar. Talvez fosse a emoção do pedido de casamento.

— Não estou gostando da maneira que está falando.

— Não fique. Está tudo bem.

Rosa depositou um beijo na testa da sobrinha, apoiou-se nos braços do marido e desceram as escadas. Maria ficou ali no corredor, observando o vazio, até Diego a trazer para a realidade.

— Aconteceu alguma coisa?

— Talvez. — Ele a olhava intrigado. — Ela quer falar sobre minha mãe e eu não sei se quero ouvir.

Maria, na fase da adolescência, sentia necessidade de saber quem ela foi e a tia nunca se dispôs a falar. Ameaçava ligar para a avó e pedir que ela contasse, como se assim forçasse a tia a dizer algo. A mulher, com uma expressão serena no rosto, lhe entregava o telefone sem fio. A menina, com raiva, virava as costas e trancava-se em seu quarto. E assim, o tempo foi passando e o desejo de saber quem era sua genitora se esvaiu. Mas agora a tia queria falar. Maria sentiu que era sinal de uma despedida da parte dela, e isso era o que mais temia. A doença chegou num estágio que levaria de vez a sua mãe de criação. Na noite, instalou-se uma insônia incômoda. Revirou várias vezes na cama até Diego reclamar. Na manhã seguinte, acordou toda torta no sofá da sala com o notebook sem bateria sobre o peito. Bem-vinda, segunda-feira!

xXx

Não esqueçam deixar aquela estrelinha linda e um comentário, é a forma de saber que estou no caminho certo. Beijos e até o próximo capítulo!

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