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Capítulo 10


— Conte-me. —  Peter reapareceu na sala com uma xícara de chá, sentando-se ao meu lado no sofá de couro. — Do começo, por favor. 

— Chá, é sério? — Perguntei sorrindo, lembrando-me da história de Katlyn que ele costumava contar, das mentiras que ele teve que manter ao lado de minha mãe para encobrir um romance fantasma com meu avô. — Não vou beber isso.

— Não beba. — Ele disse levando até a boca e bebendo o líquido quase transparente. — Lembra onde esteve? Com quem esteve?

                O vi estreitar os olhos, foi quando me lembrei de Dominik e senti o aperto em mim novamente. A culpa me machucando a cada segundo que passava, eu deveria imaginar que isto chegaria até aqui.

  — Acordei na floresta, o bosque perto da zona 4. — Disse me recordando das folhas em mim e Peter rangeu a garganta com um certo desconforto. — Eu estava com sangue... muito sangue.

— Ouvia vozes? Viu ela? — Perguntou rapidamente e neguei. — Lembra de matá-lo?

             Neguei novamente, de ombros baixos.

— O deixei na cabana. — Disse e me levantei. — Precisamos buscá-lo. Precisamos tirá-lo de lá, Peter.

            O corpo provavelmente ainda estaria sozinho naquele lugar assustador, sujo de sangue. Eu precisava fazer alguma coisa. Ligar para seus tios e enterrá-lo, ele merecia depois de tudo. Não deveria ter o matado, não deveria ter estado perto dele.

           Estava eufórica novamente e sentia meus nervos frios e dormentes, com a mesma sensação da cabana. Eu só queria um abraço de alguém que não estava mais aqui, o morno de seu braços finos e musculosos. O cheiro de frutas e a voz serena de que me lembrava, queria minha mãe aqui.

— Está nesse desespero todo por causa de um corpo? — Ele também se levantou e me encarou atônito e neguei desviando o lugar. — Deixe que eu resolvo isso. — Passou a mão no paletó preto e pegou o celular da Samsung S22 branco e desbloqueou discando algum número e levando ao ouvido. — Vou tirá-lo de lá, não saia daqui.

— O que vai fazer com ele?

— Se importa com isso? — Perguntou virando as costas. — Parker? Preciso que me encontre em dez minutos na Hust'n in. — Virou-se para mim guardando o celular. — Não saia da merda dessa casa e não se meta em problema. Se achar que está sonhando, pegue a arma e atire na própria cabeça.

— O que... —  Ele saiu pela porta e voltei a me sentar no sofá, deitando minha cabeça e fechando os olhos.

              Não deveria tê-lo deixado se aproximar, não deveria ter o beijado ou até mesmo me importado em salvá-lo de Peter. Dominik está atrasando meus pensamentos mesmo depois de morto. Minhas preocupações é lidar com Peter e com Caroline em meu aniversário de dezessete anos, não em um garoto morto.

Meu Deus, eu matei um inocente, sou um Peter do passado.

               Me levantei e peguei meu celular, caminhando até a cozinha e pegando um carregador provisório na última gaveta do armário e o enfiando na tomada ali mesmo. Esperei alguns segundos até o celular ligar e vibrar dezenas de vezes com ligações perdidas e mensagens.

               Entrei nas mensagens e havia uma de Flynn Miller, um pequeno "Onde está? Por que não foi a festa?". Não pensei em responder, apenas estreitei os olhos ao ver várias chamadas perdidas do número de telefone de Dominik.

              Minha cabeça estava doendo novamente, olhei para os lados e tudo parecia normal. Tanto a geladeira escura até o carpete marrom em meus pés. Rapidamente peguei um garfo na primeira gaveta do armário e respirei fundo o agarrando firme.

               Ouvi duas batidas na porta e pulei para trás assustada, agarrando o garfo e sentindo meus olhos pesarem. Eu dormi no sofá ou ainda estava sã? Preciso de alguma resposta, não posso me tornar quem mais odeio.

               Caminhei, ainda descalça, devagar até a porta. Fiquei alguns segundos com a respiração mais ofegante que antes e rezei para que fosse Peter á procura de algo que tenha esquecido, e abri.

              Tive piscar dezenas de vezes sem acreditar no que estava vendo, arregalei meus olhos assustada. Estou doente, estou ficando louca.

— Rose... —  Dominik disse, num sussurro e no mesmo instante que tive eu coloquei minha mão na parede e com a outra mão, enfiei o garfo em meus metacarpos . — ROSE!!!

             Senti a aproximação de Dominik e dei um passo para trás e observei minha mão, retirando o garfo e o jogando no chão. O sangue minou, respigando em meus pés e no piso claro. Estava tremendo, tanto que não senti a dor latejar em minha mão direita.

            Latejava.

            Não estava turvo.

            Era real

             Levantei o olhar, observando os olhos com a lente negra e os cabelo negros lisos em seu rosto e ombros. Era ele, era ele que estava ali ou eu mesma desmaiei e estou deitada no sofá num mundo de culpa e responsabilidade por meus atos criminais.

— É real? — Estreitei os olhos me afastando enquanto o encarava amedrontado. Por sua reação inusitada, ele era real.

           Levantei minha mão sangrando e toquei sua pele, sua bochecha estava quente. Meu sangue derramou por sua pele e senti o toque entre meus dedos trêmulos. Sem tentar não me importar muito, eu agarrei seus ombros e o abracei com muita força. Tentei não me motivar tanto com a culpa que projetei em mim, sujando-o de sangue.

            Me senti aliviada. O peso em mim havia desaparecido no mesmo segundo. Como gelo derretendo numa chapa quente, senti a culpa partindo para longe de mim.

            Pela primeira vez não reclamei, mentalmente, do cigarro impregnado em seu pescoço fino. Apenas o apertei o mais forte possível pra sentir o cheiro da realidade entrar em meus pulmões até me sufocar.

— Rose... —  Ouvi ele dizer. — Estou assustado.

             Soltei ele num impulso.

—  Está vivo, isso que importa. —  Eu disse rapidamente e o puxei para dentro de casa, fechando a porta.

— Certo, você deixou uma mensagem muito estranha para mim mais cedo. Talvez tenha bebido ao dizer que me beijou novamente, mas... —  Começou a dizer e arregalei os olhos com vergonha. Pela primeira vez fiquei envergonhada e não gostei. — Não se entregue. Está ficando louca?

 — Espero que não. — Eu disse e ele olhou minha mão sangrando.

— Que merda fez com sua mão, masoquista? Está tudo bem? Aqui tem algo para cobrir? — Perguntou rapidamente e assenti voltando para a cozinha e pegando um pano, um esparadrapo na gaveta de baixo e levando logo a seguir minha mão. Senti a ardência no mesmo instante, mas era algo que havia me acostumado com o tempo.

                 Dominik pegou o pano e o esparadrapo, me olhou e ergueu a mão.

— Posso? — Olhou para minha mão e assenti. Ele pegou e começou a enxugar, sem me olhar. — Vai me dizer oque aconteceu ou quer que eu pergunte?

— Não vou dizer. —  Disse séria e ouvi um sorriso discreto de sua boca.

— Por que acha que tinha me matado? — Perguntou enrolando o esparadrapo em minha mão e dei de ombros. — Estou confuso sobre você, Rose. — Sussurrou ainda de cabeça baixa. — De todas as meninas da cidade, fui me envolver justo com quem quer me matar. E digo isso no literal mesmo, e estou assustado...

— Não ligo. — Eu disse sincera novamente e ele levantou o rosto me encarando de perto. — Não me importo, Dominik.

— Tem certeza? — Soltou minha mão e se aproximou, mas dei um passo atrás receosa. — Acho que se preocupa mais do que pensa. Não quer ver pessoas se ferindo, não é como seu avô.

— Eu sei. Me preocupo com a cidade nas mão de Peter, mas não me preocupo contigo. —  Expresso previamente. 

— Espera que eu acredite nisso? — Sorriu retrucando. — Olha, não sei oque está acontecendo com você ultimamente mas acho que se entregar não seja uma boa ideia.

— Não vou me entregar. — Eu disse observando minha mão enfaixada.

— Por que quis me matar? — Perguntou curioso e dei de ombros. — Me assustou.

— Eu te assusto, Dominik Riles? — Sorri.

— Mesmo me ferrando em algum momento, assusta e eu contínuo aqui na primeira chance. De um jeito bom, claro. — Falou se aproximando e fiquei em silêncio, ouvimos barulho altos na porta e dei um pulo para trás saindo de perto de Dominik e correndo até a sala.

Merda.

Merda.

— Peter vai me matar. — Eu disse me recordando dele. — Dominik, corra até meu quarto e pule da janela. — Ordenei e ele ficou ao meu lado me olhando perplexo, ofendido. — Rápido!

— Não vou te deixar com esse doido. — Falou do meu lado.

— Vai morrer se ficar, seu idiota. — Quase gritei

— Se não me engano, disse que não se importa comigo. — Falou e a porta é aberta brutalmente por um Peter furioso. — Boa tarde, senhor Cooper.














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