Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

[42]

Pois é, eu disse que não ia ter, mas vai ter!

Eu sou doida da cabeça e provavelmente to bêbada porque vim numa festa da empresa onde eu trabalho e a noite é uma criança kkkkk

Eu me viro trazendo capítulo na semana que vem, mas em compensação, eu quero muitos comentários e votos, de todos, se não, não faço mais essa graça pra vcs!

To ameaçando mesmo!

Boa leitura!


✩。:*•.─────  ❁ ❁  ─────.•*:。✩

Na manhã de sábado, Jungkook quase esqueceu que deveria pegar a estrada o quanto antes para chegar em casa.

Isso porque, quando seu corpo começou a dar sinais de despertar, a primeira coisa que atingiu seus sentidos foi o cheiro inconfundivelmente doce de morango que a cabeleira loira a sua frente irradiava. Segundo, sentiu todo o corpo preso junto a outro, seu braço envolvendo a cintura fina e o mantendo perto de si. Perto não, praticamente colado em seu peito.

Ainda estavam na mesma posição em que foram dormir.

Seu nariz estava perigosamente enfiado no ponto abaixo da orelha de Jimin, e quando respirou fundo para esticar os pulmões, e então soltou o ar, pode ver o loiro erguer o ombro levemente, por conta do arrepio, viu os fios loiros, meio transparentes e quase inexistentes daquele lugar se elevarem, fazendo Jeon acordar com a mesma sensação que foi dormir.

Nostalgia.

Remexeu o corpo, se dando conta de que a bunda grande de Park Jimin estava praticamente encaixada em sua pelve, e que ao se movimentar, percebeu a ereção matinal que começava a se formar.

E pensar que o mais novo estava sem cueca, apenas com sua blusa fina cobrindo a abertura e que só uma calça de moletom impedia seu pau de tocar ali, só fez a sensação de aperto em seu peito piorar.

Deus...

Soube no exato momento que precisava se desvencilhar dele, aquilo estava rumando para um caminho perigoso, de novo. Jungkook acabou sentindo raiva do próprio corpo por corresponder ao dele tão bem, e de forma intensa, como na noite passada. Não foi assim com outras pessoas, nem antes e nem após ter conhecido Jimin. Era só... ele.

Somente ele o fazia sentir-se assim, somente ele o fazia voltar a pensar em sexo desenfreadamente como se ainda fosse o adolescente patético de 18 anos, tornando as lembranças dessa idade não tão ruins.

Jungkook suspirou, frustrado por não conseguir forças para se afastar e levantar, como já deveria ter feito.

Em vez disso, concentrou-se em Jimin, no som da respiração dele, em como parecia tranquila e sentiu vontade de ver o rosto adormecido, para contemplar a visão. No modo como ele pousava a mão em cima da sua, posicionada na cintura, e enroscava as pernas nuas nas de Jeon debaixo do grosso edredom.

O tempo estava frio, e a julgar pela pouca iluminação vinda das janelas, Jungkook tinha certeza que estava nublado também.

Ele parecia confortável. No lugar certo. Perto de si, finalmente.

Jungkook se policiou por ter tais pensamentos, ficando negativo de repente. Sempre os mesmos pensamentos.

É tudo uma farsa!

Ele não gosta de você!

Ele nunca poderia amá-lo de volta!

E como se tivesse consciência do que Jungkook pensava ao se afastar lentamente, Jimin se mexeu pela primeira vez desde que dormiu, virando o corpo totalmente, abraçando-o como um travesseiro e enfiando a cabeça no peito quente e confortável, deixando os corpos unidos mais uma vez.

O moreno quase sorriu, porque o olhando agora, parecia que nada havia mudado, nada. Ele ainda era o mesmo menino lindo de olhos azuis e baixinho que parecia uma criança vestindo suas camisas gigantes, dormindo abraçado ao seu corpo, dono de um grude desenfreado que Jungkook amava ser alvo.

Parecia que os três nunca se passaram.

O rosto dele estava em paz, inchado e fofo, a bochecha amassada contra o músculo de seu peito, formando um bico, os cabelos maiores em cima dos cílios longos, algumas sardas quase invisíveis davam as caras por Jungkook admirar tão de perto.

Sorriu, sentindo o peito quente.

Foi impossível resistir à vontade. Seus dedos foram em direção aos cabelos dele, retirando-os de testa e mergulhando os dígitos nos fios macios enquanto fazia um carinho com o polegar na bochecha lisa, Jimin inclinou o rosto para sua palma, aproveitando o gesto carinhoso, ainda dormindo pesado, isso também não havia mudado.

Senti tanto a sua falta, tanto...

Foi angustiante, foi pavoroso e uma época de sua vida tão cinza, longe do calor dele. Sentirá falta dos olhos mais lindos do mundo; de acordar e ver o sorriso brilhante e tímido em sua frente; do modo como ele apoiava o queixo em seu peito quando deitava em cima de si, ouvindo atentamente enquanto Jungkook lhe contava histórias de sua vida; do modo atencioso que ele lhe ensinava e ajudava a estudar; dos beijos simples, até os mais intensos; dos sussurros ofegantes de "eu te amo" em seu ouvido, enquanto fazia amor com ele.

Sentirá falta de tudo o que Jimin trazia para sua vida, tudo.

Será que ainda havia chance? Sabe, de tudo voltar a ser como antes?

Poder amá-lo e sentir que é amado de volta, sem mentiras, sem fingimentos e sem pressão de ninguém, isso poderia voltar a acontecer? Sem o medo constante de ser abandonado novamente?

Respirando fundo, deixou um beijo carinhoso na testa dele, sabendo que assim que o mesmo acordasse, toda aquela aura iria se desfazer por completo.

Lentamente, puxou os braços de Jimin em torno de seu tronco, enquanto retirava o próprio travesseiro da cabeça e colocava em seu lugar, Jimin franziu o cenho ao sentir a falta do calor, mas bastou Jeon posicionar o travesseiro no mesmo lugar para loiro agarrá-lo, abraçando-o com uma força que fez o moreno rir fraco, enquanto saia da cama.

Já de pé, pegou o celular carregando em sua mesa de cabeceira, o relógio marcando 07:10 da manhã.

Calculando rapidamente, Jeon chegou a conclusão que se corresse, poderia chegar em Busan pouco antes do meio dia, esperava que o trânsito não atrapalhasse.

Abriu o guarda roupa, separando uma muda de roupas para frio rapidamente, e levando-a consigo para o banheiro, junto a toalha de banho.

Já embaixo da água morna, o moreno se permitiu chorar.

Foi um choro silencioso, apenas as lágrimas se misturando à água. Tudo dentro de si, parecia tão confuso e bagunçado, queria voltar para casa, para o colo de sua mãe e contar-lhe tudo o que havia acontecido, esperando ouvir bons conselhos em troca, tomar café com seu pai da biblioteca e lhe contar piadas sem graça só para ver o velho levantar o olhar do livro sob os óculos de leitura e torcer os lábios, arqueando a sobrancelha com o tédio.

Poderia dizer que, regrediu em três anos, mas de um jeito bom.

Jungkook nunca foi, durante sua adolescência inteira, verdadeiramente próximo de seus pais, foi um tanto afastado dessa relação, totalmente. Mas agora, aos 21 anos, era totalmente dependente do amor deles, gostava de estar perto, de conversar, ou somente estar no mesmo ambiente, já era aconchegante. Parecia uma criança perdida, buscando colo dos pais quando já era, na verdade, um adulto.

Queria, desesperadamente, abraçar sua mãe, e quem sabe, derramar algumas lágrimas no ombro dela, já que ela era a única que com toda certeza não o acharia fraco ou tolo.

Porém, o desejo de permanecer ali com Jimin também atormentava-o, porque isso claramente não iria acontecer, não importa o quando seu corpo quisesse voltar para lá e sumir nas cobertas com o loiro durante o dia todo.

Quando terminou o banho, após escovar os dentes, passou a se vestir rapidamente, terminou com um conjunto jeans claro e uma camiseta branca da CK por baixo, quando saiu do quarto, Jimin ainda estava dormindo, então se sentou na cama de Yoongi para pôr as meias e calçar o tênis.

Estava passando a jaqueta jeans por seus braços quando viu Jimin se remexeu na cama, finalmente acordando.

Ele olhou em volta, piscando os olhos inchados, passando as mãos nos cabelos e empurrou o travesseiro para o lado ao constatar estar abraçado a ele com uma criança.

Depois virou-se, olhando o quarto todo até parar em Jungkook no meio dele.

No primeiro momento, não soube como reagir, quer dizer, o que deveria fazer? Dar um sorriso? Agir friamente? Dizer "Bom dia Jungkook! Como foi dormir comigo?"

Definitivamente não.

Sentou-se no colchão macio, sentindo um arrepio em seu pés e nas pernas nuas pelo chão frio e o ar gelado do quarto. Jungkook voltou-se para o espelho, passando o secador pequeno em seus cabelos molhados, para evitar um resfriado.

— Aonde vai? — foi a primeira coisa que o loiro questionou ao reparar nas roupas do outro.

Jungkook deu um sorriso quebrado.

É, ele realmente não lembra.

— Busan. — respondeu simples, puxando um boné branco para cobrir os cabelos.

— Ah, eu lembro de você ter dito algo sobre isso ontem. — cortou subitamente as conclusões precipitadas do outro e olhou para os lados, um pouco envergonhado. — Desculpe eu ter dado trabalho pra você, isso geralmente não acontece, em minha defesa.

O moreno segurou uma risada seca.

— Não me diga. — cantarolou o comentário irônico. — Por acaso se lembra de ter sido assediado? Eu espero que sim, você sabe o risco que correu? Poderia estar acordando na cama daquele filho da puta agora, em vez da minha! — o tom de voz não saiu em forma de ciúmes, embora houvesse uma pontinha, bem lá no fundo, e sim em um tom severo de aviso.

Jimin franziu o cenho.

— Mas não foi culpa minha! — defendeu-se, vendo o Jeon virar o corpo para si.

— Eu sei que não foi. — deu um suspiro, cansado. — Mas o que diabos você tinha na cabeça pra sair misturando bebidas por aí? Perdeu a noção?

Jimin havia decidido antes de dormir que seria honesto a respeito do que estava sentindo, e bom, tinha uma resposta um tanto embaraçosa a respeito disso.

— Fiquei com ciúmes. — respondeu baixo, olhando para o chão, o constrangimento saindo pelos poros. — Bebi demais porque fiquei com ciúmes de você e Taehyung.

Jungkook exibiu um careta de tédio, e logo depois crispou os lábios, dando uma revirada de olhos.

— Não precisa se preocupar com a possibilidade dele ficar comigo, isso não vai acontecer. — deu as costas, terminando de arrumar a mochila em cima da cama, um pouco chateado pelas palavras do outro.

Jimin permitiu-se relaxar só até o momento em que seu cérebro entendeu o que o moreno queria dizer. Ele achava que estava com ciúmes de Taehyung?

Franziu o cenho, olhando para Jungkook, que não o olhava de volta.

— Não estava com ciúmes de Tae, estava com ciúmes de você, seu tapado. — disse de uma vez, não querendo abrir espaço para pontas soltas.

Olhava para Jungkook com tédio, desacreditado pela lerdeza dele em entender, porém, o moreno olhou em seus olhos por três segundos antes de se virar novamente.

— Hum. — anuiu, não deixando transparecer que até gostará do que ouviu. — Ok, eu já vou indo, você pode ficar aí e dormir até o seu amigo voltar, só não bagunça nada. Tchau. — deu passos até a porta.

— Espera aí! — Jimin se levantou com rapidez, correndo até ele, agradecendo a Deus pela camisa cobrir sua nudez até o meio das coxas. — Estou sem celular, que horas são?

Jeon puxou o celular do bolso, rapidamente.

— 07:33.

Jimin arregalou os olhos.

— Ah, merda, merda, merda! — exclamou, começando a passar as mãos pelo rosto e cabelo, preocupado. — Tenho que estar no café às 08:00!

— Café? — disse, confuso.

— Meu trabalho! — exclamou o loiro mais uma vez. — Puta merda, o ônibus vai demorar uma vida para chegar lá, droga! — deu passos pelo quarto, sob os olhos atentos e curiosos de Jungkook.

— Você tem que trabalhar e mesmo assim saiu pra beber ontem a noite? — indagou.

— Faço isso sempre, eu esperava acordar mais cedo e de preferência no meu quarto. — retornou a olhá-lo, apontando-lhe o dedo. — Você vai ter que me levar!

Jeon ergueu uma sobrancelha.

— Por acaso tenho cara de chofer?

— Qual é, por favorzinho! Eu preciso chegar a tempo, Jungkook! — implorou mais um pouco, juntando as pequenas mãos em frente ao corpo.

— Te vira, eu não vou, e, além disso, você só vai me atrasar. — negou novamente. — Estou saindo.

Tentou passar para chegar até a porta, porém, Jimin se meteu em sua frente novamente, a expressão chorosa.

— Faz isso pra mim, só é dessa vez, vai! — pediu manhoso. — Eu faço o que você quiser!

— Eu não quero que você faça nada, Jimin. — dispensou.

— Ok, então... — o loiro pensou rapidamente, olhando para os lados. — Você ainda não tomou café! Eu te pago um macchiato de caramelo e uma fatia de bolo de chocolate! — Jungkook levantou uma sobrancelha com a nova proposta. — Duas fatias? — fez um pequeno beicinho pensativo. — Três fatias?

— Eu teria aceitado na primeira, mas já que você ofereceu mais. — deu de ombros, um sorriso de lado mínimo. — Anda, se arruma logo e vamos.

— Yes! — Jimin comemorou com um pulinho de alegria. Logo após revirar os olhos, Jeon puxou de seu bolso um pequeno grampo de cabelo, colocando na frente do rosto do loiro, este que deu um pequeno sorriso, acompanhando de uma mordida nos lábios, olhando diretamente para o moreno como quem olha para o parceiro de crime, enquanto o pegava. — Valeu.

E assim, Jeon abriu a porta do quarto rapidamente, permitindo ele e Jimin saírem. O loiro se ajoelhou em frente a sua porta e posicionou o grampo da fechadura, começando o ritual de ouvir os cliques enquanto Jungkook trancava o próprio dormitório. Um minuto e meio depois, Jimin destrancou a porta e entrou, seguido por Jungkook.

Ambos, até o momento, ignoraram que Jimin ainda estava sem nada por baixo da blusa comprida.

— Fica a vontade, eu já volto. — Jimin disse a Jungkook, depois de pegar uma muda de roupas no próprio armário e seguir para o banheiro, tudo às pressas.

Estava enérgico demais, quer dizer, grande parte do motivo de não estar de ressaca, era que a bebida foi quase que completamente regurgitada, mas o que fez efeito, era responsável por causar em Jimin uma dor de cabeça latejante no fundo de sua cabeça, a qual tentava ignorar, já que não poderia faltar ao trabalho com a desculpa de que bebeu demais.

Havia se esquecido completamente disso no dia anterior.

Durante o banho, pensou no modo como estava agindo com Jeon desde que acordou, e em como ele estava agindo consigo de volta, como se não tivessem se beijado e gozado loucamente na noite passada. Isso o fez bufar, porque não queria fingir que não aconteceu, mas existiam duas opções, uma era que Jeon acreditava piamente de que não se lembrava, ou só não queria tocar no assunto mesmo.

Mas Jimin queria, e muito.

E o faria abrir a boca de qualquer jeito, de uma maneira ou de outra.

Escovou os dentes enquanto vestia a calça jeans escura folgada, quase caindo no processo, uma camiseta regata branca e por cima desta, vestiu a camisa social também branca que era a única peça obrigatória para o trabalho, juntamente com a gravata preta sob a gola. Arregaçou as mangas até os antebraços e deu um nó na gravata, logo partindo para secar os cabelos loiros, os deixando em um penteado charmoso, já que dono do café sempre prezava por boa aparência de seus funcionários.

Buscou seus analgésicos específicos no armário, à base de cafeína, engolindo um a seco.

Saio do banheiro à procura de meias brancas, vendo a figura de Jeon sentada em sua cama enquanto mexia no celular, aparecia um jogo violento, pois os barulhos de tiros eram ouvidos.

Quando terminou de pôr os mesmos tênis brancos de sempre, foi até o espelho para aplicar um pouco de corretivo abaixo dos olhos, buscando disfarçar as olheiras e arrumou os piercings nas orelhas que estavam um tanto bagunçados. Pegou o vale transporte de dentro da bolsa que usava nas aulas, para que assim pudesse voltar para casa. Tudo com a maior pressa e agilidade do mundo.

— Tô pronto! — informou ao moreno, este que se espantou e em seguida o olhou de cima a baixo, parando no sorriso brilhante e iluminado de Jimin.

Nem mesmo parecia o bêbado maluco da noite passada.

Estava lindo.

Mas não verbalizou.

— Vamos. — enfiou o celular no bolso da calça, se levantando e seguindo de Jimin até a porta.

A caminho do carro, Jimin analisou em silêncio o modo como o moreno olhava o celular e digitava de modo rápido em apenas uma mão, e pelo canto de olho, conseguiu ver que ele estava em um bate papo de mensagens.

Um não, vários. Entrava em um sala de conversação, respondia, e depois saia para entrar em outro rapidamente.

Torceu o lábio.

Nossa, que requisitado em!?

Sua voz interior debochou.

Quando chegaram ao carro, Jungkook largou o celular e puxou a chave do bolso, apertando o botão que fez as portas destrancarem. O que impressionava Jimin, é que ele não usava o mesmo modelo da Mercedes extravagante de antigamente, e sim um Honda Civic branco do modelo de 2022. Não era lá o carro mais barato para os universitários, mas estava longe de se comparar aos modelos que ele usava antigamente.

Notou isso na primeira vez que o viu sair de manhã, em um dos dias que não teriam aula juntos, mas não se permitiu reparar muito, agora estava curioso.

— O que aconteceu com a Mercedes? — perguntou, abrindo a porta do passageiro, Jeon fazendo o mesmo do outro lado, ambos entrando.

— Não queria chamar atenção pra mim mesmo vindo com ele pra cá.

Jimin apertou mais os olhos, mirando o perfil de Jungkook enquanto ele ligava o carro e começava a manobrar-lo para fora da vaga marcada.

— Você não ligava para isso no colégio.

— Não estamos mais no colégio.

Jimin percebeu que o tom de voz dele estava neutro, porém, aquela resposta veio em sua direção um tanto grosseira. Não era intenção de Jungkook, obviamente, mas sua paciência para se preocupar se estava sendo amável ou não ao expressar seus pensamentos havia ido embora há muito tempo.

Jimin permaneceu em silêncio, focado na própria mente enquanto tentava reformular algo para iniciar o assunto que martelava em sua mente desde que acordou.

Bom, não era muito difícil, quer dizer, não deveria ser, já que pretendia lidar com a situação como um adulto. Estar com Jungkook por perto o deixava nervoso, o coração não obedecia ao ritmo normal que estaria caso estivesse com Tae ou Soo, parecia mais como uma ansiedade já que o moreno permanecia calado e neutro o tempo todo, como se Jimin sequer estivesse ali.

— Jeon?

— Hum?

— A gente pode conversar sobre a noite passada? — virou o rosto para ele, bem a tempo de ver o homem franzir o cenho brevemente.

— Sobre o quê, especificamente? — fez-se de desentendido, esperando deixá-lo desconfortável para que não prosseguisse com a conversa que tentava evitar.

Desta vez, Jimin apertou os lábios em uma linha fina, percebendo o que ele estava tentando fazer.

— Sobre o fato de você ter me beijado e me feito gozar, especificamente. — e pronto, todo o cuidado que tomou não serviu de absolutamente nada quando as palavras pularam de sua boca.

Jungkook respirou fundo, olhando para os caminhos da universidade para fazer as curvas necessárias, manobrando o carro com uma só mão, pelo costume e habilidade que o tempo lhe deu.

— Se você se lembra disso, especificamente, deve se lembrar do que eu disse logo depois. — mostrou-se nada abalado pelas palavras do outro.

— Você disse que não vai mais acontecer... — Jimin começou, olhando para frente, um braço apoiado na janela do carro espaçoso. — E se eu quiser que aconteça?

O coração de Jungkook deu um salto, de maneira que seus dedos ficaram braços contra o volante, pela força que exerceu. Porém, sua mente debochou de sua reação, dizendo-lhe novamente para se afastar de Jimin.

Ele pensa que pode ir e voltar na hora que quer? Nem fudendo!

— Então esse é um problema que você vai resolver sozinho, simples assim. — respondeu, resoluto, quase dando um sorriso ao ouvir um bufar alto vindo do loiro.

— Não pode fingir que não gostou do que aconteceu.

— E isso faz alguma diferença? — Jeon o encarou, apenas por alguns segundos, pela primeira vez desde que entraram no carro. — Nós tivemos aquela conversa em frente a sala do treinador e parece que as coisas não ficaram muito claras pra você, não é? Eu quero me manter o mais afastado possível de você exatamente para impedir que coisas como a de ontem a noite aconteçam! Se quer a verdade, eu até gostei, mas não tenho a menor condição de manter isso, principalmente se for com você!

— Fala isso porque não quer ou porque não pode separar o passado do presente? — Ergueu as sobrancelhas.

— Como eu posso separar o passado e presente se você representa tudo que eu quero esquecer? — falou mais alto, já de saco cheio daquele assunto, a proposta que Jimin estava fazendo conseguia ser ainda pior do que simplesmente ignorá-lo. — Não vou virar o seu P.A ou alguma merda parecida com isso, você tem o Taehyung. Eu não vou te beijar ou tocar em você, não mais.

— E quem te disse que eu te quero como meu P.A? — exibiu uma careta de tédio. — Não me referi a isso porque não sou tão cretino ao ponto de te pedir pra ser um ficante meu, mas sim para dar oportunidade de nos conhecermos novamente, nossos quartos ficam um ao lado do outro e nós temos aulas juntos, que mal há em ficarmos próximos?

Mas era óbvio que Jimin não queria somente aquilo, quer dizer, estava propondo que eles resolvessem as diferenças e se tornassem "amigos", de uma forma meio esquisita, mas sabia que se quisesse ter o moreno de volta em sua vida, seja da maneira como for, era melhor "comer pelas beiradas", deixar Jungkook se acostumar com sua presença primeiro.

Fora que, ainda tinha um assunto pendente para resolver consigo mesmo.

— Eu não quero isso. — negou imediatamente.

Jimin deu um sorriso.

— Eu vou te fazer querer.

Jungkook foi pego de surpresa quando o tom de voz saiu arrastado e um tanto... erótico? Estava imaginando coisas, possivelmente.

Não queria bater esse papo logo pela manhã, mas sabia que Jimin não o deixaria em paz até que arrancasse todas respostas que queria, e aquilo era um saco, porque ele tinha mania de lhe perguntar as coisas e, ao mesmo tempo, contar a suas. Coisas que Jungkook preferia não saber, porque era doloroso imaginar como ele estava feliz longe de si enquanto Jungkook passava por tudo aquilo. Era como esfregar em sua cara: "Vê como você nem fez tanta falta assim?"

E o que diabos aconteceu com "você apostou minha primeira vez e eu te odeio por isso"?

— Por que escolheu administração? — ele perguntou em determinado tempo, já fora da faculdade e a caminho do café que o Jeon seguia pelo GPS.

Sequer pensou muito antes de responder, já no automático:

— Meu pai quer se aposentar daqui a alguns anos, então pretendo ficar no lugar dele na empresa, ou ao menos tentar.

— Pensei que quisesse seguir carreira no basquete. — Jimin comentou, interessado.

— Algumas coisas mudaram de figura. — maneou com a cabeça. — Yoongi segue esse sonho agora, é por isso que viemos.

— Você não é mais o capitão do time? — Jimin estava chocado, realmente, Jeon havia mudado bastante. O moreno negou novamente.

— Abdiquei da função, fiz isso no dia em que nos encontramos no corredor. — apertou mais os olhos, um questionamento que teve no dia, voltando à mente. — A propósito, o que você fazia lá se não estava me esperando?

Jimin abriu um sorriso.

— Eu faço parte do time agora, baby. — cantarolou, sorrindo convencido e balançando os ombros.

Pela primeira vez, Jungkook abriu mais os olhos e esboçou um sorriso de descrença.

— Você? Parte do time de basquete? Conta outra! — negou desacreditado, como se tivesse escutado uma piada.

— Pois se prepare para me ver em quadra na próxima semana. — apontou-lhe o dedo, apertando os olhos azuis. — Quer dizer, no banco de reservas, majoritariamente, mas ainda sim, estou no time!

Jungkook explodiu em uma risada alta meio segundo depois que Jimin havia terminado de falar, e ali o loiro pode notar uma coisa.

Desde que chegou, era a primeira vez que o via abrir um sorriso que não fosse de sarcasmo, ironia ou desconforto, era uma risada de verdade, a mesma de anos atrás e enquanto mais ouvia, mais admitia para si mesmo que sentia absoluta falta de vê-lo sorrir.

Se lembrava de ter pensado no passado que o sorriso de coelho que ele possuía era uma característica que parecia só sua, que o tornava completo, e era o sorriso mais bonito do mundo. Agora, depois de três anos, pôde confirmar a mesma opinião.

Jungkook ainda possuía o sorriso mais lindo do mundo.

Enquanto o jogador parava de rir gradualmente, mesmo que debochando de si, exibiu um sorriso mínimo, olhando para ele, admirado.

— Por que diabos você entrou, posso saber? — o clima estava bem mais leve agora, e Jimin agradeceu por conseguir tornar aquilo uma conversa mais sutil.

— Ah, alguns cursos exigem participações extracurriculares em esportes, a arquitetura é um deles. E como você disse uma vez que eu era bom com arremessos... decidi tentar.

E não mentiu, parte dessa decisão era porque havia lhe dito que ele era bom, e não tinha nada a perder tentando.

Jungkook lembrava com perfeição do dia em que lhe disse isso, no primeiro encontro que tiveram, pra assistir à um filme de terror e depois brincaram no espaço kids do shopping.

Eram lembranças boas, lembranças que lhe traziam saudades.

— Como está sua mãe? — Jeon questionou.

Quando lembrava-se de Jina, imediatamente sua mente voltava para o dia em que ela lhe deu um tapa merecido no rosto por magoar o filho dela, e logo em seguida ria pelas diversas ameaças que sofreu da mesma antes disso, como vassouradas e puxões de orelha, sem falar nas patadas.

Sentiu falta dela também.

— Ela tá bem. — Jimin respondeu, sorrindo leve, feliz por estarem tendo uma conversa sem farpas. — Trabalha no hospital central agora, e eu acredito que deve estar de namorico por aí.

— A dona Jina? De namorico? — Jeon ergueu a sobrancelha fortemente, quase alcançando o couro cabeludo. — Aquela mulher é uma pilha de nervos e estresse ambulante, com todo respeito. — Jimin soltou uma risada, porque era verdade. — Quem é o felizardo?

— Ah, o tio da Soo, eles trabalham no mesmo hospital. — Jimin respondeu, um tanto tranquilo, mas percebendo que o bom humor de Jeon foi embora tão rápido quanto apareceu.

— Vocês ficaram bem próximos, não é? — o moreno questionou baixo, a voz em um timbre controlado e, ao mesmo tempo melancólico, dentro de sua mente, não entendia porque fizera aquela pergunta, ele já havia visto o suficiente para obter a resposta.

Jimin notou a súbita mudança de tom, ficando envergonhado por tocar naquele tópico, mesmo que sem querer. Entendia que era estranho pra caralho digerir algo assim, quer dizer, que tipo de pessoa transa com a ex ficante do ex namorado?

— Bom... somos muito amigos, ela me ajudou muito quando eu estava mal por causa de voc— parou de falar, engolindo em seco. — Por causa do que aconteceu.

Jungkook passou a língua na bochecha e soltou um riso de descrença lateralmente, olhando para a estrada à sua frente, e logo sua voz foi ouvida por Jimin novamente.

— Eu imagino o tipo de ajuda.

Jimin torceu os lábios, de repente, envergonhado e um tanto sem jeito, tanto que não disse mais nada, as coisas haviam voltado para um ramo delicado novamente, que era envolvendo as relações que o loiro desenvolveu a partir do momento que foi embora. Sabia que não deveria ser um assunto legal a ser tratado pelo moreno porque se fosse ao contrário, também não se sentiria confortável em ver Jungkook agarrado a alguém que ele já tenha transado.

Fora que Sooyoung, de certa forma, tinha envolvimento com os dois, um por vez, então já era estranho o suficiente.

Na opinião da própria, ela se sentia sortuda demais.

— Como estão seus pais? — Jimin retornou ao assunto anterior, quando já não aguentava mais aquele silêncio mortal dentro do carro, torcendo para que Jeon respondesse.

O moreno estava imerso nos próprios pensamentos quando ouviu a pergunta, lamentando em silêncio sua falta de tato para lidar com aqueles assuntos. Antes de falar com Jimin novamente, estava convicto que nada do que o loiro havia feito lhe importava, e até certo ponto, era verdade, porque Jimin não tinha obrigação alguma de se manter intocável para sempre, isso ia acabar acontecendo uma hora ou outra.

Mas agora, já não estava certo disso, algo pesava em seu peito quando pensava que o loiro estava cercado de pessoas com quem já teve envolvimento ou que ainda mantinha, como no caso de Kim Taehyung.

— Eles estão bem, obrigado por perguntar. — respondeu educadamente, sem olhá-lo, e Jimin sentiu em sua pele a diferença que Jungkook o tratava antigamente, e como tratava um estranho.

E ele não passava disso no momento.

No passado, se forçasse a memória mais um pouco, recordaria que Jungkook tratava as pessoas que não conhecia bem de modo um tanto fechado. Havia exceções, como as pessoas que tinha interesse ou colegas próximos, como os garotos do antigo time, em Busan. Mas com seus amigos, ele era uma pessoa extremamente aberta e comunicativa, com Jimin, ele era amigável e amável desde o começo – mesmo que levado pelos motivos errados –, o tratava o melhor possível, de todas as maneiras.
Jimin não se lembrava dele já ter destratado alguém que não merecesse, muito pelo contrário, ele era educado na medida que sua personalidade permitia com quem não conhecia, mas ainda sim, mantinha-se fechado e afastado.

Exatamente como agia agora, como se não conhecesse Jimin.

E isso doeu.

O menor retornou o olhar para a janela do carro, entrando em contradição consigo mesmo quando desejou que se atrasasse mais ainda para o café, na esperança de que pudesse pensar em algo para fazer o moreno falar consigo novamente. Mas, para seu desagrado, Jungkook continuava dirigindo rápido.

— Me empresta seu celular? — Jimin uniu o útil ao agradável quando deu a súbita falta de seu aparelho. Poderia fazer o que pretendia no café, usando o sistema de ligação do lugar ou pedindo o celular de seus colegas emprestado, mas precisava ouvir a voz de Jungkook. — Preciso ligar para o Taehyung vir deixar o meu, ficou com ele ontem.

Jungkook não disse nada, para o desagrado de Jimin, apenas retirou o celular preto e grande do bolso da calça clara, desbloqueado com a digital e entregando para o loiro, todos os movimentos sem desviar o olhar da estrada.

— A propósito, você sabe o que aconteceu com ele depois de terem conversado no bar? — perguntou curioso.

O moreno deu um sorriso sarcástico.

— Depois dele ter se jogado no meu pescoço como se estivesse vendo o próprio Brad Pitt? — perguntou irônico. — Yoongi disse que o viu sair com Hoseok.

O loiro abriu mais os olhos, chocado.

Jimin deu um suspiro pesado ao pegar o aparelho em mãos, olhando rapidamente para a tela aplicativos instalados antes de achar o teclado e começar a digitar o número sem precisar de muito esforço para recordar. Levou-o à orelha, sendo atendido no terceiro toque.

— Alô-

— Onde você se meteu, seu puto desgraçado!? — Jimin praticamente gritou, causando um pequeno espanto em Jungkook, que desviou os olhos para ele por um milésimo, assustado por vê-lo chamando o amigo daquela forma.

— Credo! Primeiramente, bom dia, como você dormiu? — o tom cínico do castanho deixava claro que ele estava sorrindo do outro lado.

— Eu quem te perguntou isso! Me falaram que você saiu da festa com Jung Hoseok e não te viram mais. — Na realidade não estava nem um pouco preocupado com Taehyung, ele sabia se virar sozinho, e também sabia que Hoseok não faria mal a uma mosca.

Na real, ficava mais preocupado com o ruivo nas mãos de seu melhor amigo.

— Ah... sobre isso. — o Kim deu uma risadinha marota. — Nós estamos voltando para a faculdade agora, tá? Não se preocupe. E você? Onde dormiu? Foi mal não ter te avisado nada.

— Tudo bem, espero que a noite tenha sido boa. — sorriu. — E... — olhou para o perfil de Jungkook ao lado, achando lindo o modo como ele dirigia seriamente. — Eu dormi com o Jeon.

Kim cuspiu a água que bebia de onde estava, fazendo um barulho de engasgo pelo celular. Quase ao menos tempo que Jimin capturou um mínimo franzir de sobrancelhas do moreno, que estranhou a escolha de palavras do loiro, mas nada além disso.

— É o quê!? — berrou do outro lado, tão alto que até mesmo Jungkook conseguiu ouvir e virou o rosto para Jimin em uma careta pelo modo escandaloso de Taehyung. — Perai, vocês dormiram juntos, tipo, foderam até pegarem no sono ou o quê?

Sorte de Jimin que o moreno não ouviu essa parte.

— Deixa de ser safado, não foi nada disso. — negou em tom baixo, embora quisesse falar em detalhes com Tae o que havia sentindo ao ter um momento íntimo com Jungkook na noite passada, mas não quando o motivo na conversa estava bem ao lado. — Eu estou bem, estou indo para o café, onde está meu celular?

— Nada disso, né? Vai me contar tudo depois! — o tom de voz saiu um tanto malicioso Jimin revirou os olhos quando ouviu uma risada de Hoseok ao fundo, inconfundível. — Seu celular e a chave do quarto estão com a Sooyoung, deixei com ela antes de sair de lá.

— Manda uma mensagem pra ela, diz que eu pedi pra deixá-lo aqui no café antes de ir para a casa de Myung, por favor.

— Vou fazer isso. — pausou. — Aliás, você vai pra casa dela esse final de semana?

Jimin pensou um pouco antes de responder, virando-se para Jungkook de novo.

— Eu... acho que vou ficar com a minha mãe nesse final de semana.

— Hum, tá bom, cê que sabe. — o imaginou dando de ombros. — Daqui a pouco apareço aí pra você me contar mais detalhes da noite com seu ex, trancados no quarto sem rolar nada, vou chegar mais tarde, beijo!

O loiro riu baixo, negando com a cabeça.

— Beijo!

E então desligou, e um segundo depois, Jungkook sinalizou que colocasse o aparelho no pequeno espaço vazio próximo ao câmbio de marcha e abaixo do painel.

Durante o restante do caminho, Jimin torceu para que Jungkook dissesse algo, qualquer coisa que fosse, só queria ouvir a voz dele.

Mas reparou no modo como o jogador não lhe fazia perguntas em momento algum, nem mesmo antes da noite passada acontecer, Jeon não parecia estar interessado em sua vida e realmente não estava, já que o que havia visto de Jimin na primeira semana em que entrou na SNU, já era mais que o suficiente. Jungkook sabia que não podia julgá-lo pelo que os outros falavam dele, e não fazia isso, mas, ao mesmo tempo, não sentia curiosidade de descobrir mais nada por conta própria.

Jimin reparou nisso, e sem perceber, se sentiu entristecido.

— Está entregue. — o moreno lhe tirou de seus devaneios quando parou o carro em frente ao espaço grande de dois andares. Sabia que era a localização certa pelo letreiro chamativo, escrito Read Coffee, em letras grandes e cursivas.

Jimin olhou para o lugar em que costumava passar todas as tardes, através das janelas de vidro imensas do primeiro andar, conseguiu ver duas de suas colegas de trabalho atrás do balcão. Uma ou duas pessoas estavam sentadas nas mesas, desfrutando do café, o que significava que o estabelecimento estava aberto a pouco tempo.

Seu turno geralmente ia das duas até às seis em dias normais, e das oito até o meio dia aos sábados, isso quando não resolvia fazer um extra de um dia inteiro.

Gostava no café, era clássico e aconchegante, possui uma área só para leitura, muito parecido com o lugar que adorava ir quando era mais novo em Busan, na cafeteria da Sra. Kim, no shopping.

Read Coffee fica em uma área residencial próxima de apartamentos e lojas, então é sempre bem movimentado, o que resultava em boas gorjetas para si. O ambiente é bom, sempre iluminado graças às janelas de vidro no primeiro e segundo andar, com tons de branco e pastel sendo predominantes. Jimin era bem recebido e falava com todos os seus colegas de trabalho, não havia problema em trabalhar ali por um longo período, era até gratificante.

— Você não vai entrar? — o loiro se virou para o Jungkook, antes de cogitar sair do carro.

— Não, eu tenho que ir mesmo, vou acabar me atrasando. — negou, soando até mesmo gentil ao recusar.

— Mas, eu te prometi as fatias de bolo, lembra? — tentou mais uma vez. — Vai viajar quatro horas sem tomar café?

— Não há problema com isso, já passei bastante tempo sem comer, não se preocupe.

Jimin decidiu usar seu maior truque enquanto o moreno estava encarando-o a uma distância segura, tudo para que Jungkook pelo menos conhecesse um pouco do seu local de trabalho. Na verdade, era somente para não ter que se despedir dele tão rápido.

— Por favorzinho... — amaciou a voz, piscando os olhinhos azuis de maneira terna e pedinchona, como um cachorro que caiu do caminhão da mudança, da maneira que sabia que fazia o Jeon ceder. — Vai ser rápido, prometo.

Infelizmente, mesmo após três anos, Jungkook ainda não possuía armas dispostas contra aquilo. Era sempre a mesma coisa, Jimin fazia aquele olhar e Jungkook poderia ir até à lua e rouba-la para dar de presente a ele, se o mesmo pedisse. Era um olhar inocente, misturado com doçura, e doce era algo que o moreno nunca conseguia resistir.

— Ok, vamos. — respondeu de uma vez, desligando o carro e já pulando fora dele, evitando ver o sorriso brilhante que Jimin esboçou, logo saindo do carro também.

Ambos caminharam até a porta de entrada lado a lado, Jungkook ajeitou rapidamente o boné na cabeça antes enfiar as mãos nos bolsos da jaqueta, sem muito ânimo.

— Dez minutos atrasado! — a voz feminina foi a primeira coisa que os dois homens ouviram ao passar pela porta de entrada, dando de cara com a menina baixinha de cabelos vermelhos vivos.

— Bom dia pra você também, Jisoo! — Jimin expressou um sorriso falso em direção a ela, mas sem a mínima maldade. — Cronometrando o tempo que fica sem me ver, é? Assim vou supor que está apaixonada por mim.

— Nem nos seus mais belos sonhos, loiro. — dispensou, revirando os olhos e soltando um riso baixo.

Kim Jisoo era a gerente do café, um cargo acima de Jimin, que era encarregado de preparar os cafés e anotar pedidos às vezes, mas a ruiva agia como qualquer outro garçom ou garçonete daquele lugar, ajudava da maneira que podia em funções que sequer eram de sua responsabilidade. Jimin gostava dela, muito, ela era fofa e muito linda, tão linda que chegava a parecer uma sereia com cabelos ruivos e os olhos enigmáticos, isso quando não estava estressada, e ela também gostava de Jimin, tanto que a maneira de demonstrar isso era sempre através de implicações e troca de farpas.

Jungkook observou aquela interação com um sorriso de lado ameaçando aparecer. O Jimin que conhecia tinha uma péssima habilidade de falar com pessoas novas, principalmente garotas, mas ele tinha amizade com várias delas agora, e isso era até legal de ver, quando ele não demonstrava outras intenções por trás, obviamente.

— Vou descontar do seu salário! — ela ameaçou, ainda com a discussão.

— Você não paga meu salário! — ele rebateu, pegando das mãos dela um avental de cor preta e sem detalhes, que usavam por cima das roupas, logo passando pelo pescoço e amarrado na cintura.

Jisoo também usava uma camisa social feminina com os dois primeiros botões apertos, sem gravata, e com as mangas arregaçadas, calça jeans preta e pequenos saltos nós pés. Os cabelos vermelhos a deixavam deslumbrante.

— Ah, é mesmo. — riu, e logo seu olhar pousou no homem de boné parado logo atrás de Jimin. — Quem é o galã de dorama aí atrás? — apontou para Jeon, com um sorriso interessado.

O moreno não deixou de levantar uma sobrancelha e dar um meio sorriso, ainda era bom ouvir um elogio, mesmo que não fosse levar a nada. No entanto, Jimin revirou os olhos pela ousadia da mulher.

— Este é o Jungkook, amigo da faculdade. — respondeu, sem dar muitos detalhes.

Amigo é?

— Hum, muito prazer Jungkook. — ela se aproximou, ainda sorrindo, estendendo a mão para cumprimentá-lo. — Sou Kim Jisoo.

— É um prazer. — respondeu com um sorriso educado, apertando a mão dela.

Jimin observou aquela interação com os olhos semicerrados, um pequeno sentimento de incômodo surgindo, mas não o suficiente para abalar seu bom humor.

— Ok, voltando ao trabalho! — disse a Jisoo, puxando a cintura dela para afastá-la de Jeon, logo a empurrando pelos ombros para o lado oposto dele.

— Ui! Possessivo você, em? Nem divide com os amigos. — reclamou ela com uma careta de frustração, mas logo virou o rosto para o moreno ainda perto da porta, observando tudo sob os olhos atentos. — Tchau, Jungkook! — acenou animada, mexendo os dedinhos ao se despedir.

Jungkook acenou de volta com um sorriso pequeno pela brincadeira, até Jimin soltá-la e a mulher entrar numa porta que com certeza deveria ser a cozinha, pois dava para um compartimento logo atrás do balcão espaçoso de madeira à sua frente, bem na entrada do estabelecimento.

Jimin voltou rápido, passando as mãos nos cabelos como se lidar com Jisoo lhe desse dor de cabeça.

— Desculpa por isso, ela é meio... sem filtro. — deu um sorriso sem graça, observando o moreno se aproximar do balcão que agora era a única coisa que os dividia, pois, já havia assumido seu posto de atendimento. — Senta aí. — sinalizou para os bancos a sua frente, desocupados.

Jungkook deu uma rápida conferida no lugar antes de se sentar no banco indicado, ficando bem à frente de Jimin.

Olhando ao redor, a cores branco, marrom e cinza escuro estavam dispostas em qualquer lugar que olhasse. A decoração aconchegante era bonita, o cheiro de café fresco adentrava suas narinas e era bom e relaxante. Além dos bancos em frente ao balcão, era possível ver as mesas dispostas e bem arrumadas até o fundo do lugar, com duas ou três cadeiras para cada, a iluminação artificial era pouca devido às janelas de vidro fazerem a maior parte do trabalho, com decorações bonitas que cercavam as paredes.

Ao fundo, Jungkook percebeu algumas estantes de livros e uma escada de madeira lustrada que levaria para o andar de cima, onde provavelmente haveriam mais delas.

— É bonito né? — Jimin comentou, observando Jungkook avaliar o lugar.

— É sim. — concordou, retomando a olhá-lo. — Quando começou a trabalhar aqui?

— Um ano após ter começado a faculdade, precisamente. — respondeu com animação. — Vai querer algo diferente do que eu prometi?

— Não. — respondeu calmo.

Jimin deu um sorriso, e logo virou-se para preparar o macchiato de caramelo a qual já era sua especialidade, sem deixar de lembrar de seu primeiro encontro com Jungkook, onde o convenceu a provar a bebida e isso o fez sorrir nostálgico enquanto preparava os utensílios na parte de trás do balcão para fazer a bebida.

Eram lembranças boas.

Jungkook, no entanto, estava ocupado demais sem conseguir conter-se ao admirar secretamente a bela bunda do ser se mexendo à sua frente, mesmo que coberta por uma calça um tanto folgada, que impedia de transparecer ainda mais a grandeza, ainda sim, era bom olhar. Lembrou-se do passado novamente e se pegou comparando, chegando a conclusão de que ela parecia maior.

Se arrepiou subitamente ao lembrar que ela estava posicionada estrategicamente em seu pau a poucas horas, apenas com um tecido separando.

Cristo...

— Aqui! — Jimin se aproximou novamente, carregando aquele mesmo brilhante.

A sua frente estava uma taça bonita, o líquido em um tom marrom esbranquiçado e bastante espuma doce em cima, coberto com caramelo, em uma decoração bonita. Um prato quadrado e branco estava ao lado da taça, com três fatias médias de bolo de chocolate, com calda e granulado.

Jungkook sentiu o estômago reclamar de fome quando observou aquelas delícias à sua frente.

— Não precisava de três fatias, realmente. — ele disse pegando o garfo, usando um tom de voz que poderia ser interpretado como reclamação, mas era somente um comentário.

— Eu prometi três, então estou cumprindo. — tombou a cabeça para o lado, mexendo as sobrancelhas de um jeito charmoso.

Você me prometeu outras coisas também, mas não cumpriu nenhuma delas.

Jungkook pensou, olhando no fundo das bolas azuis, mas não verbalizou nada, não precisava.

Concentrou-se na taça a sua frente, puxando-a para si pela base, segurando o canudo preto que a enfeitava, logo levando a boca e sugando, tudo sob os olhos atentos de Jimin. Quando o sabor doce invadiu sua boca, fechou os olhos de maneira terna, aproveitando, proporcionando ao loiro uma das visões mais prazerosas que poderia ter naquela manhã.

— E então? — pronunciou, olhando para Jungkook de maneira ansiosa pela reação dele.

O moreno provou mais alguns goles, nunca admitiria, mas aquela bebida feita por Jimin parecia ter um gosto melhor. Fazia tanto tempo que não provava aquilo porque lhe traziam certas lembranças indesejadas, mas agora, parecia perfeito.

— É quase tão bom quanto o da Sra. Kim. — foi o que decidiu falar, já que era a mais pura verdade.

Jimin arregalou os olhos, ficando imensamente feliz com o elogio vindo dele, quer dizer, se estava tão bom quanto o da Sra. Kim, significava estar fazendo um excelente trabalho.

— Sério? — quis confirmar.

— Sério. — e Jungkook confirmou, abrindo um sorriso pequeno em direção a ele, contagiado pelo brilho de Jimin.

Enquanto ambos se encaravam, os sorrisos diminuíram à medida que o tempo ia passando, mal notaram uma certa pessoa entrar na loja e passar imediatamente para trás do balcão.

Jimin admirava em silêncio às duas pedras de ônix mais lindas do mundo com intensidade, talvez querendo decifrar aquela incógnita que era Jeon Jungkook, pois ele não era o mesmo que costumava lembrar e isso não era necessariamente ruim, porque sendo sincero consigo mesmo, ele parecia muito mais atraente com aquela postura de homem maduro, tão diferente do adolescente rebelde que costumava ser.

O loiro chegou à conclusão que o Jimin de dezesseis anos certamente entregaria seu coração para às duas versões, a antiga e a que estava à sua frente agora.

Jungkook quase podia sentir-se sufocado com tamanha intensidade daqueles olhos que mais pareciam safiras brilhantes, como o mar de Busan, calmo e, ao mesmo tempo gelado, entretanto, não sentia frio, e sim uma quentura descomunal em seu corpo.

Ambos se assustaram quando um tapa estalado atingiu a nuca de Jimin, pegando-o desprevenido.

— Ai!

— Hora de trabalhar, galanteadorzinho de quinta. — Jennie pronunciou ao seu lado, também ja uniformizada, apontando com o queixo para a fila que começava a se formar no caixa.

Jimin arregalou os olhos, sequer ouviu a porta abrindo e fechando diversas vezes, estava mais concentrado em Jungkook, este que quase soltou um sorriso preocupado pela ação da garota.

— E precisava me bater assim? — Jimin virou o rosto para ela.

— Capaz de você não me ouvir e continuar babando no gostoso aí caso não o fizesse. — desta vez apontou com o queixo para Jungkook.

Parecia que aquelas mulheres haviam tirado o dia para destilar elogios a Jungkook. Foi o que Jimin pensou.

— Você e a Jisoo vivem me maltratando, vou reclamar no sindicato dos trabalhadores! — ameaçou, dramático como sempre.

O de cabelos castanhos bufou, revirando os olhos.

— Aproveita e denuncia também que o Taehyung vive roubando doce daqui! — contrapôs, pegando os copos para começar a preparar os cafés dos pedidos que anotou enquanto Jimin babava em cima do moreno sentado. — Ai eu quero ver.

— Que estresse em? Ta de TPM? — provocou com um sorriso, se arriscando a levar mais um tapa da mulher ao seu lado.

— Vai ver se eu to na esquina, Jimin. — ela respondeu, indiferente.

É, realmente Jennie não estava em seus melhores dias devido à menstruação, mas isso era um caso à parte, no geral, ela sempre era arisca e estressada, Jisoo lhe dizia que ela nunca conseguiria um namorado assim, e a castanha rebatia dizendo que não precisava de homem nenhum para lhe dar mais dor de cabeça do que já tinha estando sozinha, e estava certa.

A contragosto, Jimin se afastou para atender os clientes que começavam a chegar, movimentando o estabelecimento como toda manhã de sábado.

Jungkook permaneceu calado, apenas escutando a loucura que era Jimin trabalhar num lugar majoritariamente comandado por mulheres. Quando o loiro começou a preparar os pedidos ao lado da tal Jennie de maneira concentrada, após atender aos clientes com um sorriso simpático e de bom humor, o jogador se pôs a comer o bolo em seu prato, ficando imediatamente impressionado com a qualidade e sabor, somado ao café que acompanhava.

Quando terminou de comer as primeiras duas fatias com extrema atenção, não deixou de admirar em silêncio o modo como Jimin ficava concentrado ao trabalhar, sem dúvida, levava tudo muito a sério e com cuidado, sorrindo sempre, não era atoa que a maioria dos clientes que entravam se dirigiam a ele.

— Acabou? — Jimin perguntou ao ficar livre novamente, se aproximando de Jungkook.
Sequer era preciso perguntar, pois, a taça já estava seca e somente uma única fatia de bolo se encontrava no prato.

Jungkook assentiu rapidamente, empurrando o prato pelo balcão até estar próximo do outro.

— Pode embrulhar pra mim? — pediu, e Jimin prontamente sorriu, assentindo rapidamente e murmurando um "já volto", logo seguindo em direção a cozinha.

Enquanto posicionava o pedaço de bolo restante em um pequeno potinho plástico e dentro de um saquinho branco feito exatamente para isso, o loiro não deixou de ficar um tanto amuado, porque aquela era a deixa para Jungkook seguir seu caminho sozinho até Busan. Pedir que ele ficasse para lhe fazer companhia era muita cara de pau, mas era o que Jimin gostaria de fazer.

Quando retornou, Jungkook já estava de pé, arrumando alguma coisa dentro mochila que não retirou das costas em momento algum além daquele. Se aproximou, deixando o pacote em cima do balcão, próximo das mãos do moreno.

— Você já vai? — questionou, e Jungkook pode notar que o tom de voz estava um tanto entristecido, o que o deixou com uma pulga atrás da orelha.

Jimin queria que ele ficasse?

Não, chega disso, já passei tempo demais ao lado dele, hora de ir embora!

— Sim, não quero atrasar mais. — enquanto falava isso, expressou um sorriso pequeno. — Tchau Park.

O que Jungkook não contava, era que a coragem de Jimin o dava liberdade para fazer muitas coisas das quais não faria antes, mesmo em seu local de trabalho.

Por isso, se espantou quando as mãos pequenas lhe puxaram pela gola da jaqueta, inclinando seu tronco sobre o balcão marrom ao mesmo tempo que o dono delas fez o mesmo, deixando os rostos perigosamente próximos.

— Já disse pra não me chamar de Park! — foi um aviso em forma de sussurro, completamente erótico e sedutor, o olhar agateado aparecendo e ele deu um sorriso ladino de tirar o fôlego. — Não gosto que me chamem assim.

— E como prefere que te chamem? — quase sem fôlego, mas rebatendo a provocação, Jungkook perguntou num tom igualmente baixo e rouco, se igualando ao homem que ainda agarrava sua jaqueta, como se pudesse escapar a qualquer momento.

— Eu prefiro que você me chame de loirinho.

E um segundo depois, Jungkook sentiu os lábios macios em contato com sua bochecha, esquerda, bem perto da boca, de modo forte e apertado, esmagando sua pele. O pior – ou melhor – foi que Jimin demorou vários segundos naquele contato, desfrutando da pele macia e cheirosa que o moreno tinha.

Quanto soltou, ele não se afastou de imediato, respirou fundo e um suspiro saiu por entre os lábios, afrouxando o aperto da gola de Jungkook, como se fazer aquilo lhe doesse. Soltá-lo.

E sentiu na ponta dos dedos a corrente prata em volta do pescoço dele. Jungkook estava enganado se pensava que Jimin não lembrava do que viu no banheiro ou então que não reparou nela pendurada e balançando em sua frente enquanto se beijavam na cama dele.

Lembrava sim e muito bem, mas deixaria para formular perguntas outra hora.

O jogador observou o rosto dele aparecer novamente em seu campo de visão, com um sorriso aberto, e em todo esse tempo, Jungkook não respirou corretamente, com medo de se mexer para não sair da posição perfeita.

Jimin era arteiro, imprevisível e sedutor, em todos os sentidos, até quando não queria, e se isso corroía o juízo de Jungkook no passado, agora então, havia triplicado.

Era impossível não se sentir mexido perto de Jimin, e aquele beijo havia arrepiado todos os pelos de seu corpo, e por ser perto demais da boca, o sentimento de "quero mais" foi se instalando em suas entranhas. A vontade de agarrar o queixo de Jimin e forçar a língua na garganta dele como havia feito na noite passada se estendendo.

Mas estavam em público.

E isso não aconteceria mais.

Mas só talvez, provocar não fizesse mal.

— Sendo assim, tchau loirinho.

Jimin mordeu a ponta do lábio inferior ao ter o que queria, sentindo-se satisfeito.

— Até segunda, moreno.

Respondeu sorrindo, e continuou sorrindo ao ver Jungkook dar passos para trás e começar a se virar para ir embora, a mão coçando a nuca de forma que ele só fazia quando estava envergonhado ou a ponto de perder o controle. Jimin assistiu ao jogador sair pela porta e andar até o carro. Jungkook olhou-lhe uma última vez, sorrindo ladino e negando com a cabeça, entrando no veículo e dando partida, rumo a Busan, sem impedimentos dessa vez.

Jimin continuava olhando para o caminho que o carro havia feito, e quando virou o rosto para o lado, viu Jennie parada e com os olhos arregalados em sua direção enquanto segurava uma caneca de café vazia com os lábios entreabertos.

Ela havia visto tudo, tudinho.

— Desculpe por isso. — mesmo ao se desculpar, o sorriso não deixou seus lábios.

A garota se recompôs.

— Que nada, isso vai pra minha lista de coisas mais excitantes já vistas. — riu baixo, com uma carinha que beirava a safadeza pura.

— Pode colocar na minha conta, tá? — mudou de assunto, se referindo a comida que Jungkook havia usufruído no estabelecimento, fazendo Jennie levantar uma sobrancelha, confusa.

— Colocar o quê?

— A comida. — e então Jennie deu um pequeno sorrisinho, entendendo.

— Ele já deixou tudo pago, seu idiota. — riu divertida da cara que Jimin fez ao ouvir. — Ele pagou enquanto você estava na cozinha, até mais do que devia, e acho que deixou uma coisa aí pra você. — apontou com o queixo para o saco plástico que ainda estava posicionado ao lado do loiro, que olhou para o mesmo lugar imediatamente.

— Ah merda, ele esqueceu! — lamentou, torcendo os lábios em chateação, até mexer no saco e observar um recado escrito em um guardanapo, preso pelo peso do bolo abaixo da sacola. — Mas o quê...?

Puxou rapidamente, ansioso, mais do que o necessário.

______

Espero que aproveite um macchiato também.

Ps: tenha um bom café da manhã!

______

Jimin sentiu o coração bombear forte ao ler o bilhete, o sorriso quase rasgando seu rosto inteiro, e logo em seguida suspirou, de um modo que poderia ser interpretado como admirado?

Apoiou o cotovelo no balcão e deitou o rosto no punho, os olhos brilhando.

O certo seria, apaixonado.

Ele pensou.

✩。:*•.─────  ❁ ❁  ─────.•*:。✩

Fiquem com o atendente mais gatinho se toda Seul!

O que acharam?

Esses dois tem um molho que meu Deus kkkkkk

Bjj e até o próximo!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro