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[28]

Perdão galera, era pra ser postado ontem, mas eu to toda enrolada com meu curso noturno e não deu :(
Mas tá ai!

Boa leitura, e não esqueçam de votar e comentar também!

✩。:•.───── ❁ ❁ ─────.•:。✩


— Que isso? — ele pergunta, parando de me beijar, procurando com os olhos de onde vem o som insistente que eu sei ser do meu celular.

Não é uma ligação, disso tenho certeza porque os toques são diferentes. Mas simplesmente esqueço do porque diabos programei um alarme para agora, justo quando o que eu menos quero é sair daqui.

— Que merda... — murmurei, me afastando dele a contra gosto e rastejando até minha calça jogada em um dos lençóis. Após desembolar e procurar em todos os bolsos, já que é estilo militar, suspirei cansado quando encontrei o bendito aparelho barulhento.

Meus olhos quase saltam quando percebo do que se trata.

[Aniversário do Jimin]
13 de outubro.
00:05

Já passa da meia-noite, ou seja, é oficialmente o aniversário dele e dado a tudo o que aconteceu, sequer me lembrei disso. Porra!

Estou completamente sem roupa e tenho certeza de que mal consigo andar normalmente, quem dirá Jimin. Merda! Merda! Merda!

— Jeon? — sua voz me chama suavemente, ele está tentando se sentar corretamente com um pouco de dificuldade, talvez por dor ou outro motivo. — Tudo bem? O que era?

— Nada de mais. — respondo mentindo, claramente porque isso é sim, importante. Jimin esfrega as mãos em seus braços desnudos, começando a se encolher e olhar para o mar à nossa frente. — Tá com frio? — ele assentiu rapidamente.

Percebo que está ventando bastante agora, e não sei como diabos não sentimos isso antes. Na verdade, sei muito bem. Mesmo com preguiça, tenho que me mover para conseguir deixar as coisas confortáveis para ele.

A mesa com os restos do que jantamos ainda está aqui, e sei que preciso arrumar isso também. Por isso pego o moletom de Jimin e passo para ele, que começa a se vestir com extrema calma, pouco ligando para o próprio gozo escorrendo pela barriga. Enquanto isso, procuro minha própria cueca e a visto. Vou em direção a minha mochila jogada em um canto qualquer, procurando sacos plásticos. Enquanto Jimin se veste, em questão de segundos tudo que havia na mesa está num saco de lixo bem amarrado. Logo em seguida procuro o resto de minhas roupas e as dele, embrulhando tudo de qualquer jeito porque sei que não vamos voltar a usá-las.

— Jungkook. — ele me chama de novo, um tanto risonho. — Uma ajudinha aqui. — estende uma das mãos para mim quando me ponho de pé, o que me faz soltar uma pequena gargalhada de sua dificuldade.

— Claro. — seguro seus dedos e o puxo para cima, ajudando-o a se levantar.

— Ohh. — ele exclama quando se põem de pé em minha frente, seu corpo balança um pouco antes de se segurar em mim para manter o equilíbrio, ainda rindo.

Ele está radiante.

— Dor? — questiono por garantia.

— Nadinha. — nega, ainda sorrindo.

— Você é o quê? Algum extraterrestre? Não é possível. — o olho, embasbacado. — Eu devo ter feito um belo trabalho, porque na minha vez, sequer consegui me levantar da cama por horas!

— Talvez seja isso, ou talvez eu quem seja muito bom, me sinto ótimo! — ergueu o queixo, convencido. — Talvez eu até aguente mais uma vez. — aproxima seu rosto do meu, mordendo os lábios sensualmente e com aquele olhar que me faz arrepiar.

Pelo amor do santo caralho, o que aconteceu com esse garoto!?

Não que eu não queira mais uma vez, quero pra caralho, mas ainda não consigo engolir essa de que ele não está sentindo nada.

Dou-lhe um selinho rápido. — Mais tarde lindo, tenho algo a fazer agora.

Jimin assente rapidamente, parece até animado demais. Carrego a mochila em minhas costas nuas. Ainda estou só de cueca e ele de moletom, sequer fez questão de vestir a parte de baixo. Agarro o saco de lixo com uma das mãos e com a outra, enlaço a cintura do loiro próximo a mim. E assim estamos caminhando de volta a casa de praia, mais precisamente estou levando-o para o banheiro da suíte, onde lembro haver uma banheira enorme.

O quarto principal dessa casa não é algo intocável, qualquer um podia usar. O espaço é amplo e tem uma TV, uma cama grande com lençóis limpos e uma cômoda de dois espaços com seis gavetas, realmente não é para passar muito tempo aqui além de alguns dias.

Descarto tudo pelo caminho, levando Jimin agarrado comigo. Quando entramos no banheiro, eu o solto rapidamente para checar se há produtos de banho disponíveis, e realmente tem alguns guardados no armário embaixo da pia, quando volto a olhar para ele, Jimin está encostado em uma das paredes, as mãos atrás das costas e seu rosto se move à medida que observa tudo ao redor.

Ele permanece ali quando caminho até a banheira, é grande o suficiente para nós dois entramos juntos, branca e confortável. Ajusto a água quente e deixo enchendo, o que provavelmente vai levar alguns minutos, despejo uma espécie de sabão líquido com cheiro de morango ali dentro, que imediatamente começa a fazer espuma com a queda de água do chuveiro.

— Para que tudo isso? — ouço sua voz, ele ainda está no mesmo lugar que o deixei. A expressão intrigada e curiosa.

— Pra tomar banho. — respondo obviamente, não entendi o porquê da pergunta.

— Nisso aí? — aponta para a banheira. Eu ergo uma sobrancelha para ele, tentando adivinhar o que se passa em sua cabeça.

Penso um pouco.

— Nunca entrou numa banheira, Jimin?

Agora ele parece pensar.

— Não, nunca. — negou balançando a cabeça.

E só assim volto a pensar nas pequenas diferenças que ainda existem entre nós dois, coisas que já fiz, viagens para fora da Coreia, festa uma atrás da outra, jantares em restaurantes caros com meus pais, reservas em hotéis e até um simples banho de banheira. Eu sei muito bem que grande parte desses privilégios são graças ao dinheiro deles, praticamente tudo, e nunca tive problemas com isso, mas agora me pergunto porque eu tenho essa sorte.

Jimin certamente merece ter tudo isso também, algo que infelizmente não é possível, graças à condição bem abaixo da minha. O desejo de proporcionar isso a ele surge tão rápido quanto um raio, e imediatamente estou imaginando nós dois juntos em todos os lugares mais lindos do mundo, ou aqueles que já visitei e gostaria de mostrar-lhe.

— Tudo tem uma primeira vez, certo? — e assim que isso sai dos meus lábios, quase que sem pensar, ambos abrimos um sorriso ao mesmo tempo.

— Que déjà vu mais estranho. — ele fala rindo e eu concordo porque nem eu esperava por isso agora.

Ele se refere a nossa primeira conversa real, onde eu deliberadamente falei a verdade sobre sua beleza, e nessa mesma conversa ele acabou por me chamar de cego.

Quando menos percebo já estou parado em sua frente, o moletom que ele usou desde cedo é grande o suficiente para cobrir metade da bunda e a frente, o que me possibilita prestar ainda mais atenção nas pernas grossas e lindas pra caralho. Uma pena, por que no segundo seguinte, eu o tiro de seu corpo rapidamente, jogando-o no chão.

— Você ainda ta sujo de porra. — aponto para sua barriga e parte do peito, o líquido branco quase seco mancha tudo. Sinto-me sujo com a pequena fisgada de excitação que meu pau dá com essa imagem.

Jimin franze as sobrancelhas para mim, como se estivesse ofendido.

— Você também! — e aponta para minha própria barriga, que está bem menos suja que a dele.

— Isso aqui é tudo seu, eu não fiz tanta sujeira assim. — passei a língua nos lábios e mordi olhando para ele de cima a baixo.

O desejo volta com força ao pensar que ele ainda tem meu gozo em seu corpo, eu até queria olhar aquilo escorrer de dentro dele, mas acredito que para uma primeira vez isso já seria demais. Pensando nisso e controlando meus desejos, decidi deixá-lo sozinho por um tempinho.

— Vou dar um tempo para você se limpar, volto já. — digo pegando um pedaço de papel higiênico para limpar a mim mesmo. Jimin não demora a balançar a cabeça, concordando.
Ele parece estar com sono. E não duvido que esteja.

Já fora do quarto, eu procuro com o maior cuidado que posso a pequena caixa preta com o presente que comprei. Pouco me importando em bagunçar as roupas que trouxe aqui, são todas minhas, e não tenho nenhum problema em compartilhá-las com Jimin, embora eu ache que vamos ficar sem elas durante esse tempo.

No fundo da bolsa, finalmente acho a bendita caixa, e suspirando de alívio. Começo a colocar tudo de volta. Isso até uma sacola de tamanho pequeno que com certeza eu não coloquei ali, chamar minha atenção. É branca, com a logo de uma farmácia conhecida. Desconfiado, eu abro e quase solto um grito de comemoração ao identificar o que é.

Simplesmente um refil médio de lubrificante.

Neutro, da marca conhecida, a base de água. A embalagem é em um tom de roxo bonito.

Na sacola tem uma cartela de remédios para dor, além de um pequeno bilhete.

Considere um pequeno presente pro Jimin e pra você também idiota N° 1.
Espero que aproveitem!

Miranda :>

— Filha da puta. — rio baixo, balançando a cabeça para os lados, desacreditado.

Encontro-me mais agradecido por ela do que jamais estive desde que nós conhecemos, o que por si só já é um fenômeno.

Na realidade devo bastante a ela e aos outros pela ajuda.

— Te compenso depois.

Escuto barulhos no banheiro, e apesar de saber que Jimin conhece andar normalmente, ainda me preocupo o suficiente para enfiar as roupas de volta na mochila e voltar para o banheiro como um raio, deixando o lubrificante e a cartela de remédios em cima da cama. O encontro nu e parado perto da pia, alguns pedaços de papel nas mãos, deduzi que estaria limpando o próprio torso. Meu olhar voltou para a banheira quase completamente cheia, e não demoro a tirar a cueca suja que estava usando para me cobrir.

Ele sorri quando vira para mim, e sem dizer uma palavra eu o chamo com a mão suavemente, quando Jimin chega perto, o guio para a banheira com cuidado. E assim que entramos juntos, eu o coloco imediatamente debaixo do chuveiro de água morna, os cabelos molham lentamente e ele solta um suspiro prolongado, satisfatório. Assim que a água molha seus fios e o corpo por completo, ele troca de lugar comigo, e agora eu é quem faço um barulho pela boca quando sinto o líquido passando por meus músculos e cabelos, relaxo, isso é bom pra caralho.

— Seu cabelo está mesmo enorme. — ouço sua voz risonha e abro os olhos. É verdade, agora molhando, meu cabelo cobre os olhos de maneira que não posso vê-lo corretamente, então logo tratei de tirá-los dali com uma das mãos. — Eu gosto assim.

Estou seriamente pensando em ficar com esse estilo por um tempo, já que ele gosta tanto.

O dele ainda continua do mesmo tamanho, talvez poucos milímetros mais longo, o loiro perfeito ainda me encanta.

O trago para mais perto, quase colando nossos corpos um no outro, agora não existe excitação embora minha atração por ele tenha triplicado. Apenas sentimento, puro e bom, é só isso que sinto ao beijá-lo, com a água caindo no meio em nós dois.

Quando nos separamos, observo seus olhos voltarem ao azul normal, assim tão de perto e com bastante iluminação, posso ver até mesmo as pequenas sardas salpicadas, é incrivelmente lindo demais. Meu olhar cai para a corrente em seu pescoço, o pingente branco pendurado no peitoral, com minhas iniciais ali. Percebo quando Jimin olha para o mesmo lugar em meu corpo, a corrente prata que nunca ousei tirar ainda presa.

— Isso faz mais sentido agora. — digo com um sorriso apaixonado. — Eu te amo. — digo-lhe, porque vai ser impossível parar de falar isso daqui pra frente.

— Eu também te amo. — responde, e sei mais ainda que é verdade porque enxergo em suas íris.

Após isso, eu desligo o chuveiro e finalmente me sento na banheira, trazendo Jimin comigo, ele descansa as costas e a cabeça em meu peito, suspirando de algo que não sei se é cansaço ou prazer, a água nós cobre até o peito. Abro um sorriso, beijando sua têmpora e a bochecha.

Estamos cercados de espuma, a água tem cheiro de morango, está morna e o mais importante, estamos juntos.

— O que acontece agora, Jungkook? — essa pergunta me pega desprevenido, porque não tenho uma resposta pronta para isso.

Estou com medo, e admitir isso não me torna um covarde, sei o que pode acontecer e que ainda tem coisas entre nós não contadas e muito menos resolvidas. Meu coração pesa quando penso que o nosso futuro é incerto, que não temos garantias de quanto tempo temos juntos, é desesperador e igualmente me faz sentir um gosto amargo na boca.

— Eu te amo, e você me ama. — pontuo. — Nós vamos ficar bem, eu prometo.

Sequer sei se posso prometer isso!

— Quero aproveitar ao máximo o que tenho com você agora, no presente. Estamos juntos e é só isso que me importa agora.

— Mais do que as semifinais? — pergunta risonho, se virando lateralmente para mim.

Isso é outro assunto que eu tenho que pensar, reunir os garotos e conversar. Desde que as provas foram adiadas, Hoseok e Namjoon têm faltado aos treinos, o que deixou um furo imenso no time. Yoongi tem se esforçado, porque nem eu mesmo tenho exercido minhas funções como deveria, os dias que fiquei sem meu garoto, conseguiram me desestabilizar de maneira que entrar numa quadra e treinar, não significava nada. E não sei o que pensar quando chego a uma conclusão.

Jimin, sem dúvida alguma, é mais importante do que esse campeonato.

— Sim. — encerro o assunto.

O loiro me deixa limpá-lo por completo na parte de seu torço, pouco tempo depois, ele faz o mesmo comigo, ambos estamos cobertos de espuma branca, e por algum motivo, Jimin escorrega até estar completamente embaixo d'água, fica por alguns segundos e quando sobe novamente, está de frente para mim, o rosto escorrendo água e um sorriso lindo de morrer.

— Quero te dar uma coisa. — digo finalmente, estou ansioso para isso desde cedo.

Ele me olha curioso, e quando faço menção de me mover para alcançar a caixa pequena no canto da banheira, Jimin se mexe e fica sentado à minha frente, me olhando atentamente. Eu não pretendia entregar isso a ele no meio de um banho, mas vai servir.

Ergo a caixa na altura de seus olhos, ele a observa segundos antes de arregalar aquelas bolotas azuis para mim, seu rosto se transforma em uma mistura de surpresa, fascínio e talvez preocupação.

— Jungkook, isso é...? — sua voz sai falhada, como se mal conseguisse acreditar no que está vendo.

— Eu disse que te daria uma. — sorriu de sua reação, abrindo a caixa com as mãos e revelando o que comprei para nós.

— Meu Deus! — uma das mãos cobre a boca, em completo choque. — M-Mas isso é... isso é...

Perde as palavras, e eu não sei dizer se ele gostou ou não, provavelmente sim, por que na minha opinião elas são lindas demais, combinam perfeitamente conosco. Meu coração palpita porque sei que esse momento tem um significado especial, tanto para mim quanto para ele, é completamente normal essa reação vindo de Jimin, por isso mesmo gritando de felicidade por dentro, eu tento lhe tranquilizar.

— Não é um pedido de casamento… ainda, mas eu prometi que te daria uma aliança de compromisso, se não quiser usar eu—

E eu tenho meus lábios esmagados por ele, um beijo sem movimentos, apenas o contato de nossas bocas e sinto que isso está se tornando um hábito entre nós, sempre que acabo falando demais, Jimin me beija como se fosse me acalmar, e sempre funciona.

— Eu amo você, meu Deus, como eu amo você! — ele diz, com um sorriso tão grande que rasga seu rosto, o sorriso que sempre quero ver ali e que enche meu coração de amor toda vez que aparece. — Não precisava disso, você sabe...

— Eu sei que sim, mas... não me parecia correto voltarmos a ficar juntos e eu não te dar nada que representasse o quão sério estou falando agora. — segurei seu rosto, olhando firme, tentando passar o que sinto. — Eu quero você comigo, pra sempre.

E nem sei se isso vai acontecer de verdade, pode ser só um amor adolescente e que não vai durar, pode ser que daqui a algum tempo tudo mude, mas eu vou me encarregar que isso não aconteça.

Esse garoto mudou a minha vida, me fez querer ser melhor por ele, me fez aceitar e acreditar no amor que sentimos e não deixar as dificuldades abalarem o que temos. Eu o amo e nada vai mudar isso, nunca.

— Aceita ser meu namorado de novo, amor?

O sorriso dele é grande, os olhos estão fechadinhos e é uma fofura, e ele suspira quando diz:

— Aceito.

Meu coração pula de alegria e alívio imediato, porque agora posso dizer com todas as palavras que ele é meu, de corpo e coração, assim como pertenço-lhe.

Pego sua mão direita, está trêmula e gelada devido à água entre nós. Retiro a aliança menor, a que possui os pequenos diamantes cravejados. Delicado, discreto e valioso, assim como ele. O anel desliza por sua pele com perfeição, encaixando-se ali, assim que tenho essa visão, a palma dele parece ter ficado milhares de vezes mais bonita.

Sou surpreendido quando ele pega outra aliança, um pouco mais grossa que a sua e sem brilho, puxa minha mão esquerda e em seguida está deslizando por meu dedo.

E assim que isso é feito, nada no mundo parece mais certo que esse momento, repito, nada.

— Aliás... — sorrio. — Feliz aniversário, anjo.

[PARK JIMIN]

Como assim "Feliz aniversário!"? Do que o Jungkook está falando agora?

Eu mal consigo me recuperar da surpresa que acabo de ter, dos momentos que vivemos na praia e tudo ainda parece irreal para mim, mas acredito que Jungkook foi mais afetado que eu.

— Do que você tá falando? Hoje não é... — meus olhos se perdem quando paro para pensar, algo que não fiz desde que saí da prova.

A data foi adiada para 12 de outubro. Não sei que horas são agora, provavelmente passa da meia-noite, então isso só pode significar que...

— Oh! — exclamo surpreso, meus olhos se arregalando e a ficha finalmente cai. — É meu aniversário! Completo dezessete anos hoje!

Jungkook ri, talvez achando graça da minha total falta de atenção. Passei tanto tempo me preocupando com a data da prova que sequer pensei no que viria depois, meu aniversário foi completamente esquecido por mim e talvez eu sequer me lembrasse se Jungkook não me desse os parabéns agora.

— Sim, anjo. — beija meus dedos novamente. — É seu aniversário, obrigado por me fazer passar essa data com você.

Na verdade, ele quem arquitetou tudo isso já sabendo, então devo agradecer-lhe por tornar essa noite da minha vida mais que memorável e especial. Muitas coisas das que aprendi a conviver e aprender, foi graças a Jungkook, e podem me achar um idiota por deixa ele voltar pra minha vida tão facilmente, eu não ligo, porque não consigo sequer ficar mais um dia longe do garoto que amo, e que eu sei que me ama também, seria como me tirar o ar pra respirar.

Não vou conseguir me desfazer dele, não agora que chegamos tão longe juntos, não depois do que fizemos a poucos minutos e não depois de vê-lo chorar porque me ouviu dizer que o amo.

Seria mentira dizer que não há hesitação em mim, é claro que tem. Eu suportei quase três semanas em completo silêncio a respeito do que aconteceu, me machucando com meus pensamentos e meu coração implorando por ele, não ia suportar mais isso.

Quando Jungkook apareceu depois da prova, naquela pose bonita que sempre chama atenção por onde passa, senti minha garganta se fechar com o bolo que desceu por ela, o peito vibrando em felicidade, meio segundo depois, veio a tristeza do porque ele estava ali, quando não veio me procurar por dias inteiros, e por último a raiva, isso até ele explicar porque tomou aquela decisão por nós dois.

Eu não concordei, é claro, mas entendi.

Provavelmente tomaria o mesmo tipo de atitude se por acaso ele fosse escalado para jogar em outro país, como acho provável de acontecer, apesar dele querer muito continuar em Busan. Prendê-lo aqui seria a última coisa que eu faria, por mais doloroso que fosse vê-lo partir para longe de mim.

Jamais imaginei que acabaríamos assim, de verdade. Tinha minhas ilusões obviamente, mas nem em minha mente conseguiria produzir algo tão bonito.

Nós tivemos nossa primeira noite, fiz sexo pela primeira vez e sinceramente acredito que não me sentiria nas nuvens logo depois se fosse com outra pessoa, tinha que ser ele. Doeu, é claro que doeu, sou sincero em dizer que em determinando momento, senti vontade morrer naquele meio, não estou exagerando, nenhum pouco, a dor é fina e angustiante, tive certeza de que não aguentaria levar aquilo até o final, me arrependi por dar a ideia, porque não esperava algo tão dolorido como aquilo.

Tanto que cheguei a chorar, não soltei nenhum grito, porém, por dentro eu estava desesperado para que aquilo passasse de uma vez.

Posteriormente, eu torcia para que não acabasse nunca. Só aí eu acabei entendendo o verdadeiro sentido de Jungkook ser desejado por tantas pessoas, por ter sempre alguém atrás dele com um intuído sexual. Ele é bom. Não, ele é excelente no que faz.

Não esperava gozar apenas com penetração, quando, na verdade acabei ganhando dois orgasmos apenas com isso, um após o outro, tudo graças a ele. A visão de seu rosto me encarando atentamente enquanto entrava em mim me fez morder os lábios rapidamente, Jungkook ficava ainda mais gostoso que nunca quanto estava assim, sem nada e mais ainda quanto está em cima de mim, minha visão volta a nublar com a lembrança de seus músculos suados e as mãos grandes de apertando e tocando com desejo.

Sua habilidade com a língua e mãos é magnífica, me deixou tonto por minutos e me sinto corar toda vez que lembro das frases sem escrúpulos que ele disse e me fez dizer também, seus gemidos roucos no meu ouvido e as lambidas no pescoço, tudo contribuía para que eu enlouquecesse em seus braços, e sinto que isso aconteceu realmente.

Não sinto dor, nem mesmo quando me sentei no vaso para me livrar do que deixou em mim, talvez um leve desconforto nas costas por fazermos isso em uma superfície dura. A verdade é que nenhuma dor podia se comparar ao prazer que senti toda vez que o pau encontrava minha próstata, sempre parecia o paraíso, cada vez mais próximo da borda.

Nunca vou esquecer dessa noite, nem se quisesse, porque foi praticamente no meu aniversário e dado a tudo que senti, vou ficar marcado para sempre com isso.

Quando entramos no quarto novamente, ainda estou pensando no que aconteceu antes, e é impossível não me arrepiar quando desço os olhos pelo corpo de Jungkook, nem mesmo preocupo com vergonha que deveria sentir quando sou pego no flagra por ele.

— Você tá me olhando demais, que foi em? — solta um sorriso ladino, enviando sensações perigosas para minha barriga.

— Nada. — respondo no automático, ainda admirando os gominhos em sua barriga e as gotas de água que descem por ali, desaparecendo na toalha que envolve sua cintura.

Acabei de tomar banho e o quarto tem ventilação, porém nunca me senti mais quente do que agora, desejo explícito me consome de dentro para fora, minha entrada se contrai ao lembrar da sensação de prazer que é ele dentro de mim.

— Jungkook... — o chamo, completamente manhoso e realmente não sei o que acontece comigo para agir com tamanha indecência.

Eu não sou assim. Ele é quem me faz agir assim.

Jeon me olha, suas íris também brilham, e então se aproxima rapidamente, no meio das minhas pernas e segura meu queixo com ponta dos dedos, se abaixando para me beijar, e continua tão bom quanto da primeira vez que fizemos isso a meses atrás, o gosto dele é refrescante e doce, e às vezes me faz sentir que ele tem o absoluto controle sobre mim daquele jeito.

Dane-se meu aniversário, nesse momento não consigo me importar com o fato de estar um ano mais velho quando tenho o garoto dos meus sonhos bem aqui.

Inclino-me para deitar na cama e minha mão esbarra em algo sólido, intrigado, viro o rosto para trás e vejo um recipiente roxo de tamanho médio, o conteúdo de dentro se mexe de um jeito que parece mel. Quando o puxo para perto, me jogo de uma vez na cama, deixando minhas costas baterem no colchão macio. Jeon não demora a estar completamente em cima de mim, apoiando o queixo em meu peito.

— Que isso? — pergunto sem necessidade, já que dois segundos depois consigo a resposta lendo o rótulo da embalagem.

Lubrificante íntimo.

— Foi presente da sua amiga. — Jungkook diz, afastando a toalha do meu peito e deixando beijos ali, me arrepiando.

Minhas bochechas esquentam, é claro que seria Miranda a comprar algo assim, ela é totalmente maluca e sem-vergonha.

Porém, eu deixo tudo isso de lado quando minhas costas se arquearam sem controle, graças a sucção forte que foi feita em meu mamilo sensível. Imediatamente sinto a quentura se espalhar por meu corpo, Jeon sempre tinha o efeito devastador de me tirar dos eixos com pouquíssimos toques, isso estava muito mais intensificado agora, quando eu sabia o prazer que ele poderia me dar.

Sinto uma ereção começar a se formar entre as pernas do moreno, pois bate diretamente em minha coxa esquerda, é nesse momento que percebo, o banho talvez tenha sido útil, mas definitivamente vamos ter que tomar outro depois.

Meu membro endurece à medida que o mamilo fica rígido na cavidade quente que o chupa, minha boca saliva e fecho os olhos, me entregando completamente a excitação que me consome aos poucos, tomando conta de meu cérebro. Sinto calor, o roupão agora me deixa agoniado, quero tirá-lo e é isso que começo a fazer rapidamente.

— Não senhor, nós não vamos fazer de novo, você precisa descansar. — Jeon me solta e fica de pé ao lado da cama novamente, um sorrisinho zombeteiro cruza seus lábios.

— Ah, vamos sim! — rebato sem ligar muito para sua negação, pois consigo ver com clareza o volume grande que seu pau forma por baixo da toalha branca.

Sem perder muito tempo, eu solto o lubrificante e me sento, praticamente sem tecido algum me cobrindo. Devo admitir que sentir a excitação correndo em minhas veias sem todo aquele nervosismo de antes me faz sentir mil vezes melhor e mais confiante. Não que eu tenha me sentido mal na praia, fora a dor, nada mais me incomodou ali.

Eu rodeio meus braços pela cintura de Jungkook, apoiando meu rosto em sua barriga durinha enquanto faço a melhor cara de cachorro pidão que consigo, sempre funciona. Seu sorriso some, ele olha-me com uma mistura de receio e luxúria, ele me quer, é óbvio que quer. Suas mãos vão para meus cabelos enchendo seus dedos com eles e massageia devagar. É quase relaxante.

A ponta de meu nariz bate em sua pele e eu respiro, soltando uma lufada de ar ali, o sinto arrepiar e tencionar os músculos rígidos por baixo pele levemente bronzeada, um pouco branca demais para meu gosto. O cheiro de sabonete ainda está ali, o morango doce me faz escorregar os lábios pela derme macia, primeiro o beijo algumas vezes, segundos depois estou lambendo ali como se pudesse tirar sabor. O que não deixa de ser verdade.

Mal percebo quando estou descendo a boca ao mesmo tempo que minha bunda escorrega pela cama, pouco tempo depois, meus joelhos encontram o chão, o pano cai por completo enquanto passo a ponta da língua pela fileira de pelos quase inexistentes. Paro quando chego até a borda da toalha.

Eu o olho, apertando os olhos como um gato, e sorrio.

— Não faça essa cara pra mim... — murmura, movendo as mãos até a maçã do meu rosto, onde deixa dois tapinhas superficiais. — Se lembra do que aconteceu da última vez que fizemos isso?

Óbvio que lembro, e a menção do momento que tivemos na casa de Yoongi só faz com que mais linhas de excitação voem direito para meu pênis inchado e duro entre as coxas. Suspiro em deleite. Ele percebe.

— Você é um completo safado, garoto! — exclama e eu sorrio quando Jungkook finalmente retira a toalha de uma vez e com as próprias mãos. — Ok, vamos ver se ainda é bom nisso.

O membro dura fica reto em minha frente, quase bate em meu rosto. Sua última frase mexe com meu orgulho, meu interior sente uma vontade absurda de chupa-lo até vê-lo se desfazendo em minha língua. Entretanto, uma ideia me passa pela mente, tendenciosa. Alcanço com uma das mãos o lubrificante na cama, pondo estrategicamente ao meu lado.

Jungkook pega meu queixo, e com dedão, força minha boca a se abrir completamente enquanto segura o próprio pau pela base. Inclino minha cabeça para trás e exponho a língua para ele. O vejo mordendo o lábio, admiro sua beleza, e então a glande suja minha língua com a pouca lubrificação natural que sai dali, é gostoso.

Quando menos percebo, tenho minha boca cheia enquanto Jungkook move o quadril sem parar em direção ao meu rosto, gemendo baixo.

Sua glande alcança minha garganta, porém não sinto que vou engasgar, pelo contrário, eu relaxo cada vez mais ao sentir a pele macia e o gosto bom de Jungkook deslizarem por minha língua sem eu precisar fazer esforço para levá-lo até o fundo. Seu pau entra e sai mais babado de saliva a cada instante, ele geme meu nome, meu corpo arrepia quando imagino ele entrando e saindo de mim, molhado como está agora.

É pensando nisso que me concentro em derramar uma parcela de lubrificante em meu dedos, são pequenos, mas vão servir.

Levanto o quadril minimamente apenas para rodear os dedos melados ali, incrivelmente é mais fácil de adentrar usando isso, solto um grunhido que morre na garganta quando Jungkook a acerta mais uma vez, ele sente a vibração e me olhou, abrindo um sorriso quando vê o que estou fazendo sozinho ali.

Os movimentos de entra e sai em minha própria bunda são rápidos, é incrível sentir isso aqui sem dor, sem nervosismo, tanto que não preciso de muito para estar alargado novamente, mas não paro porque sinto que posso gozar assim, somente com meus dedos e o pau de Jeon surrando minha garganta, é gostoso ao ponto de ser enlouquecedor.

Mas isso acaba quando sou puxado para cima, Jungkook segura meus cabelos com uma das mãos e com a outra, me vira pelo braço, me jogando de peito na cama, a bunda em sua direção e as pernas esticadas. Acabo soltando uma tosse molhada por instinto enquanto sorrio pela brutalidade passiva dele, eu gosto disso.

— Não esperava que você fosse tão sem vergonha assim, Jimin. — diz rouco, se aproximando por trás. — Gosto dessa novidade.

Suas coxas batem nas minhas quando seu pau melado por minha saliva encosta na pele da minha bunda e ele a abre, observando o meio delas.

— Você tá vermelho meu amor, é uma visão tão linda daqui. — quase chego a corar com isso, mas somente solto um suspiro, sem saber o que dizer. — Espero que lembre de não me culpar amanhã quando reclamar de dor, ouviu bem?

Dito isso, o que ele faz a seguir me faz soltar um grito de prazer.

Sem aviso algum, Jeon adentra meu corpo com força, meu buraco se alarga ao seu redor e isso deveria ser no mínimo desconfortável, mas não é. Meu corpo treme quando o sinto dentro novamente, é tão bom que vibro de prazer, meu corpo se agita em contentamento.

— Porra, meu Deus, isso é...

Maravilhoso!

E tudo melhora quando Jungkook cola seu peitoral em minhas costas, arfando em meu ouvido, me arrepiando por completo ao senti-lo em cima de mim, prendendo-me no lugar enquanto afunda o pau em mim.

Deus, eu não sabia que era vida antes disso aqui.

Sinto-o inteiro dentro, tremo com as fisgadas que sinto em meu membro. Quero verbalizar ao Jeon o quanto ele me faz sentir completo dessa maneira, mas não consigo, principalmente quando no segundo seguinte, ele faz um movimento que esmurra meu interior, e o gemido é tapado pelo colchão quando afundo meu rosto nele, mordendo e segurando os lençóis entre meus dedos com tanta força que temo rasgá-los.

— Tudo bem anjo, nós já fizemos amor na praia, agora responda... — sussurrou em meu ouvido, e viro o rosto para escuta-lo melhor. — Quer que eu te foda com força aqui? Nessa cama... é isso que você quer?

Sim, porra! Mil vezes sim!

Ele raspa os lábios em minha nuca, mordendo ali enquanto me arranha as costas.

— Quero.

Ele sorri satisfeito, porém não esperava que ele levasse tão a sério assim.

Jungkook segura meu pescoço por trás, prende meu corpo no colchão sem chance de escapatória, sua outra mão junta meus pulsos e os prende na lombar. E então ele começa.

Jungkook soca tanta pressão e força que meu corpo sacode para frente a cada investida, sua pélvis bate em minha bunda e faz um barulho alto como um tapa, o moreno solta ruídos e puxa o ar entre os dentes, nunca perdendo o ritmo, ele parece bem mais disposto do que quando fizemos na praia.

E eu, a única que tento fazer é não gritar aos quatro ventos, por mais que eu saiba que meu namorado gostaria de ouvir. Ele chega tão fundo nessa posição que consigo sentir um desconforto no quando alcança o final, porém, é o que faz tudo ser mais gostoso, e Jeon sequer está acertando minha próstata, ainda.

Nunca gostei de sentir dor na vida, mas parece que isso aqui se tornou uma exceção.

Tento me mexer, mas estou preso por suas mãos e isso só me deixa mais excitado, empinando a bunda em sua direção e arqueando as costas.

Ele puxa meu rosto para cima, em direção ao seu e me beija bruto, quase agressivo, e logo depois me larga novamente na cama. Eu mordo o que consigo achar pela frente, me sentindo uma verdadeira puta por gostar tanto de ser arado por trás como um animal e ser capaz de implorar para continuar se Jungkook resolver parar.

— Solta a porra do lençol, cacete! — diz alto, quando me vê mordendo os tecidos de olhos fechados. — Quero ouvir você gritar pra mim...

E eu realmente grito, quando meu ponto especial é acertado mais uma vez.

— Jungkook!

Deus... aqui é o paraíso...

— Isso caralho, bendita hora que eu resolvi ceder pra você, maldito! — ele me xinga, porém, ao contrário de me sentir ofendido, eu sorrio de olhos fechados, me deleitado com isso. — Pensa que eu vou deixar você ir depois disso? Está muito enganado, você é meu e nunca vou me cansar de comer você assim...

Ao contrário da rapidez de antes, Jeon para vagarosamente, porém não perde a profundidade e me acerta no fundo, eu perco o fôlego toda vez, o desconforto me faz querer que ele se afaste, porém, não consigo, meu corpo não deixa.

— Jungkook... tá doendo... — e eu estou ao ponto de gozar por causa disso. Quase digo.

— É? Mas não foi você quem disse que queria pra eu te foder com força, amor? — fala perto do meu ouvido, risonho e deixa um beijinho em minha bochecha. — Mas vou ser bonzinho dessa vez anjo, porém não se acostume, hum? — lambe o suor que escorre por minha têmpora. — Ainda mais agora, amei ouvir você gritando meu nome.

Eu gemo baixinho com suas palavras, me arrepiando com o tom gostoso que ele usou. E dito isso, soltou meus braços e pescoço. Suas mãos se concentraram em minha cintura, uma de cada lado, seus dedos pressionam minha pele, arfo quando ele faz uma massagem ali.

— Hum...

— Melhor? — eu aceno como posso, de olhos fechados e aproveito. — Amor sua bunda é tão linda, tem até aquelas linhas que parecem desenhos, olha só... — passa as mãos pela minha pele.

Eu coro com força, porque agora ele está elogiando uma de minhas inseguranças. Meu coração inflama e me sinto perfeito aos olhos dele.

Jungkook volta a se mexer devagar, e em meio a isso, busco sua mão com a minha, a agarrando e apertando. Ergo minha cabeça e ele parece entender quando deita sobre mim novamente, sua boca vem de encontro com a minha, e eu o beijo apaixonadamente. Os barulhos são bonitos aos meus ouvidos.

Tudo se acalma, porém, Jungkook volta a meter com rapidez em mim quando mordo sua boca, nós nos olhamos, respirando fundo, e eu volto a gemer, murmurando palavras soltas quando sinto meu orgasmo se aproximar.

— Jungkook... — sussurro, quase num pedido mudo para que não pare.

— Eu sei, amor. — beija minha cabeça. — Vem pra mim.

Nossas mãos ainda estão entrelaçadas ao lado da cabeça quando gozo fortemente, soltando um gemido contido apesar de explodir por dentro. Jungkook vem logo após, grunhindo rouco em meu ouvido, mas ainda continua se movendo gradativamente até parar, o que prolonga a sensação boa dos jatos quentes lançados dentro de mim.

Estou exausto, acabado, literalmente. Mas ainda tenho forças para abrir os olhos e ver com clareza. Nossas mãos unidas, ambas esquerdas, os anéis lado a lado, eles brilham com a luz do quarto.

Acho que já posso morrer em paz.

Um sorriso grande se abre em meus lábios.

Jeon também sorri, pouco antes de plantar um beijo em minha bochecha e dizer: — Agora sim, feliz aniversário amor.

Depois disso, minhas lembranças são todas uma mistura de borrões confusos. Mas sei que Jungkook me limpou com lenços molhados, porque eu não conseguia levantar e sequer tentei, na verdade. Por sorte, sujei apenas a toalha de banho e não os lençóis. Jeon me ajudou a engatinhar para o meio da cama e lá eu deitei de bruços, mal me mexi depois disso, o moreno se deitou ao meu lado, completamente sem roupa como eu, me abraçou, e nós dois acabamos dormindo embalados e grudados um no outro.

Magnífico.

Quando acordei, a primeira visão que tive me fez abrir um sorriso imenso.

Ainda me questiono como uma pessoa consegue ser tão perfeita assim.

Jungkook faz pequenos barulhos enquanto dorme, não sei se está sonhando ou apenas roncando baixo, de qualquer forma, eu o admiro por um minuto inteiro antes de tentar mover minha perna de lugar, e quando faço, minha cara se deforma totalmente.

Assovio de dor, aperto os olhos e respiro fundo. Minhas pernas doem, os músculos da coxa doem. Meu quadril lateja e o interior da minha bunda arde feito o inferno. E isso parece piorar conforme minha mente vai se dando conta de que estou acordado, minhas costas ardem, o pescoço está dolorido e chega uma hora em que eu juro que sinto minha orelha latejar de dor.
Não consigo me mexer um milímetro sequer, permaneço paralisado na cama como estou.

— Huhumm... — um muxoxo que mais parece um início de choro sai de meus lábios.

Quero morrer!

Retiro tudo o que disse a respeito do quão bom foi ontem, estou desfalecendo de dor ao lado do causador de tudo isso, que dorme tranquilamente, sequer mexe um músculo.

É nesse exato momento que desejo ter forças para bater nele, porém não consigo. Em vez disso, permaneço parado, olhando-o daqui. É óbvio que sei que a culpa não é dele, porém a raiva momentânea não passa.

— Bom dia! — me assusto ao ouvir sua voz. — A quanto tempo está acordado?

Olhando-lhe, seu humor está glorioso, ele está sorrindo com uma felicidade explícita nos olhos, a luz do sol entra pelas janelas, iluminando o peitoral bem trabalhado enquanto o resto é coberto pelo lençol branco. O cabelo grande e preto está espetado para várias direções diferentes e ainda sim, ele permanece lindo como um Deus.

Infelizmente não consigo respondê-lo, pois só a ideia de forçar minhas cordas vocais me aterroriza.

— Tudo bem, amor? — eu me derreti um pouco, só um pouco. E logo balanço a cabeça para os lados devagar, querendo urgentemente que ele entenda e faça algo logo. — O que foi? Tá sentindo dor? — sua expressão é preocupada, e logo se move na cama, se aproximando de mim.

Eu assinto brevemente.

— Merda! Eu disse que não deveríamos ter feito de novo. — diz para mim, embora seu tom seja o mais cuidadoso possível.

Jungkook está sonolento, vejo isso pela forma que pisca os olhos devagar. Não faço ideia de que horas são, sequer liguei o celular desde ontem a noite, mas pouco me importo. Quero me mexer, mas não consigo fazer mais que alguns movimentos. Ele percebe rapidamente, no segundo seguinte, está de pé e caminha descalço para fora do quarto, mal tenho tempo de pensar no que ele está fazendo, porque o mesmo reaparece em meu campo de visão com um copo de água em mãos e uma cartela de remédios.

— Tudo bem, vamos lá. — põem as coisas na cômoda ao lado da cama. — Desculpe amor, mas você não pode tomar água deitado desse jeito.

Arregalo os olhos com o esforço que farei para conseguir ficar em uma posição favorável, mas descido ajudá-lo no dever de me fazer pelo menos sentar na cama. Jeon segura meu braço, me puxa para frente ao mesmo tempo que me viro, ficando de barriga para cima, mais um esforço regado a grunhidos de dor e eu estou sentado na cama, os pés apoiados no chão quando sinto uma dor aguda no quadril, sem conseguir deixar meu peso inteiro corretamente.

— Aqui. — me alcança o copo de água e os comprimidos. — São pra dor.

Cinco segundos de passam, é o tempo de colocar o remédio na boca e engolir o conteúdo do copo inteiro de uma vez.

— Quer ir ao banheiro? — questiona com cuidado, passando as mãos pelo meu rosto gentilmente.

Suspiro cansado, apesar de saber que isso significa ainda mais esforço vindo de mim e dele, eu acredito que sim, porque sei que ainda devo ter as provas do que aconteceu ontem espalhadas pelo corpo, dentro e fora.

Jungkook me carrega, no estilo noiva, e eu quase grito enquanto ele faz isso, me levando com rapidez até o banheiro do quarto, eu aponto para o vaso sanitário, preciso fazer xixi. Quando me sento, além da dor, me sinto constrangido aos montes por ter alguém me olhando enquanto faço isso, não era assim que eu imaginava a primeira manhã pós sexo. Meio a contragosto, faço um pouco de força, como se estivesse prestes a evacuar.

É quando a verdadeira dor vem. Porque arde e é doloroso pra cacete fazer certa força para que todo o esperma acumulado de ontem saia de uma vez. Eu literalmente chorei ali sentado, algumas lágrimas descendo e Jungkook faz questão de limpá-las com os dedos grossos, mas não diz nada, ele mesmo sabe que não tem outra maneira.

Depois disso, tudo é mais rápido, vou para o chuveiro, Jungkook lida a água morna e me deixa lá, me esforço para conseguir tomar um banho decente, o moreno opta por fazer o mesmo, afinal, já estamos aqui. Quando terminamos, depois de até mesmo escovarmos os dentes, ele me carrega de volta a cama, me seca, pega uma das suas camisas gigantescas e me veste, assim como a cueca.

— Isso é humilhante. — consigo dizer num sussurro, finalmente terminando. Jeon ri baixo.

— Não é humilhante eu estar cuidando de você, anjo. — responde enquanto veste a si próprio com uma calça preta de moletom, e somente isso. Ele volta para mim. — Você tá com fome? — apesar de não sentir vontade de engolir nada, eu aceno, porque meu estômago está vazio. — Fica aqui, eu volto já.

Ele fala como se eu realmente pudesse sair daqui.

Enquanto Jeon desaparece pelo corredor, eu permaneço quieto enquanto espero o remédio fazer efeito. Acabo olhando para a embalagem de lubrificante na cômoda, sem muito controle, rio sozinho pelas lembranças de ontem, fora o fato de eu estar completando dezessete anos hoje. Meu olhar cai sobre o anel em minha mão esquerda, observando com atenção as pequenas pedrinhas brilhantes cravejadas, é linda, a coisa mais bela que vi, e está ali, em minha mão.

— Isso deve ter custado uma nota. — murmuro sozinho, ainda admirando.

— Já disse pra não se preocupar com isso. — o jogador de basquete aparece de volta ao quarto, carregando algo que parece ser uma bandeja de café da manhã, e realmente é.

— Não gosto que fique gastando dinheiro comigo, daqui a pouco vou parecer um sheik árabe com tantas joias. — rebato.

— Não exagera. — deixa a bandeja sobre a cama, em minha frente. — Vamos, coma.

Lanço-lhe uma careta pela ordem, mas não questiono. Há pedaços de frutas, copos de suco, ovos fritos, torradas e um potinho pequeno com geleia.

— Sei que não gosta de café da manhã tradicional. — ele disse e eu sorri, encantado com tamanho cuidado por mim.

Nós comemos juntos, sem muitas palavras, mas Jungkook permanecesse me olhando a cada instante, sorrindo à toa, ele parecia feliz demais até, quase radiante a meu ver.

Quando acabamos, estou sonolento outra vez, tanto que me embrulho nos lençóis e fecho os olhos, relaxando. Sinto quando o moreno se deita junto a mim, por baixo do mesmo tecido, ele me abraça por trás, e então nós não demoramos a dormir como uma conchinha carinhosa.

E eu posso dizer com certeza que esse é o melhor aniversário de todos.

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Particularmente achei esse bem fofo!
Não esqueçam de votar!
Bjjs e até o próximo!

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