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Só tenho uma coisa pra dizer...
Não me matem no fim desse capítulo.

Boa leitura❤️
Deixem o voto e cometário, por favor!

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Jimin ainda estava petrificado enquanto olhava para a mulher, meio escondido atrás de Jungkook. Tentando processar as palavras ditas por ela.

O pior era que ela lhe olhava gentilmente, sem nenhuma sombra de fingimento, repulsa ou descontentamento com a escolha do filho único para chamar de namorado. Sr. Jeon ainda o encarava estranho, quase poderia se ver um ponto de interrogação imenso acima de sua cabeça.

— Obrigado. — o loiro custou responder, a voz saiu falhada e baixa, estava intimidado com aquelas duas figuras importantes lhe avaliando.

— Não há de que. — respondeu Sook, limpando as mãos devidamente no avental e caminhando em direção aos garotos, ela agarrou os ombros do menino e plantou um beijo em cada bochecha, rapidamente.— Se quer saber, o achei muito bonito. — elogiou, vendo um vermelho aparecer sutilmente nas bochechas beijadas.

— Que acha de jantar conosco, Jimin? — o homem que muito se parecia com o namorado, aproximou-se parcialmente, ele não possuía um olhar de julgamento sobre os dois garotos, apenas curiosidade. — Gostaríamos de conhecer melhor o nosso... genro? — tombou a cabeça para o lado.

Jungkook bufou pela vergonha, batendo a palma na testa para disfarçar o rosto que esquentou.

— Pai, nós não somos casados! — exclamou com vergonha alheia, o orgulho não o deixando transparecer o alívio que foi seus pais não reagirem mal.

Jeon nunca apresentou para os genitores alguém com quem estivesse tendo um envolvimento, seja ele oficial ou não. Simplesmente nunca aconteceu, quando eles descobriram sobre sua bissexualidade, não foi nada demais, desde que ele não envolvesse o nome da família em escândalos ao andar com pessoas erradas. De resto, a vida sexual do primogênito era um assunto somente dele, desde que tomasse cuidado com sua saúde.

Mas não esconderam a surpresa quando a primeira pessoa a ser apresentada a eles, era um garoto.

— Ah, eu adoraria, obrigado pelo convite. — Jimin sorriu tranquilamente, brilhante, embora extremamente nervoso. — Desculpem o nervosismo, eu não esperava encontrá-los sem nenhum preparo antes.

— Que nada! Jungkook deve ter criado uma imagem severa de nós. — olhou séria para o filho, que revirou os olhos levemente. — É um prazer ter você aqui Jimin, sinta-se em casa. — sorriu terna.

— E não se preocupe, sem perguntas constrangedoras, nem formalidade, apenas um... — senhor Jeon pensou um pouco. — Jantar de apresentação? Claro, como pai eu me preocupo com a pessoa que está com meu filho, apesar de que claramente a má influência aqui é ele...

— Tá legal, já chega! — Jungkook cortou subitamente o assunto, causando risadas nos outros três presentes na cozinha.

O moreno revirou os olhos mais uma vez e se virou, agarrando a mão de Jimin que se deixou ser puxado até a entrada da cozinha novamente, ainda com os tênis nas mãos e sorrindo.

— Espera ai, rapaz! — virou-se novamente para seu pai que agora o olhava seriamente. — Ganhou?

E então o rapaz sorriu, contente pelo interesse genuíno do pai no esporte que tanto amava.

— Ganhamos. — confirmou assentindo rapidamente.

— Ah, esse é meu garoto! — Sun Jun comemorou com a esposa que soltou um gritinho de alegria e logo os dois fizeram uma batida de mãos no ar, como uma equipe que completou a missão.

Jungkook negou com a cabeça várias vezes enquanto sorria, continuando a empurrar Jimin para o corredor e posteriormente as escadas.

Mentiria se dissesse que a presença surpresa de seus pais em casa foi ruim, por que não foi. Era verdade que durante a infância, uma das fases mais importantes, eles não estavam muito presentes, não passaram-lhe lições como a maioria das famílias, essa parte ficou a cargo de sua avó, por isso era tão apegado a ela, e continuava mesmo depois de sua morte.

Mas a relação com seus pais melhorou, de alguns anos para cá, seu pai e sua mãe demonstravam interesse pelos seus objetivos e sonhos, compartilhavam o apoio, comemoravam entre si, resultando em uma aproximação afetuosa. Tanto que Jeon Sook cobriu o garoto de elogios e beijos quando o resultado das notas saiu e Jungkook não ficou abaixo da média em nenhuma matéria. E apesar de não ser acostumado a muitos toques carinhosos maternos, ele amou ser paparicado por ela.

Igualmente gostou de receber elogios de seu pai, apesar de mais discretos.

Sr. e Sra. Jeon são uma excelente dupla, tanto no meio empresarial quanto um casal. Por muito tempo, Jungkook pensou que o relacionamento deles era baseado em trabalho, em dinheiro, e que ele havia sido apenas um acidente de percurso. Mas não, os dois eram um casal apaixonado apesar de modesto, guardavam tudo o que acontecia entre os dois apenas entre eles mesmos, pois isso não diz respeito a ninguém, nem mesmo a Jungkook como filho.

Cometeram falhas como pais, mas não podiam ser condenados por isso. Afinal, o jogador só leva a vida que tem hoje, graças a um sacrifício feito por eles.

A parte do acidente de percurso é verdade, ele não foi planejado, porém  não foi menos amado ou desejado por isso.

A sorte daquela família foi que acharam um jeito de manter os laços, mesmo que estreitos. Caso contrário, teriam perdido completamente a admiração, respeito e amor entre si.

— Sua mãe é uma fofa. — Jimin falou assim que chegaram ao quarto do moreno.

— Diga isso a ela, depois peça pra ela te mostrar a face que ela usa no trabalho, quero ver você mudar de opinião rapidinho.

— Que nada. — sentou-se na cama organizada, cruzando as pernas no colchão. — Você parece muito com seu pai.

— Todo mundo diz isso. — deu de ombros. — Eu não acho, não.

— Qual é, vocês têm o mesmo nariz. — tombou a cabeça para o lado. — O sorriso é igual ao da sua mãe, mas o resto...

— Então acha meu pai bonito? — tirou os sapatos rapidamente, logo puxando a própria camisa para cima, virando-se para Jimin que o olhava admirado por estar sem camisa.

— Sim, ele é bonito. — concordou sem pensar muito.

Jungkook foi se aproximando a passos calculados, parando somente quando estava de frente para o loiro sentado em sua cama, colocando a mão na cintura desde.

— Mais bonito que eu? — perguntou enquanto deitava o menino com suavidade no colchão, subindo em cima dele do mesmo modo.

Jimin descansou as costas e a cabeça, abrindo as pernas conforme Jungkook se posicionou em cima de si, apoiado pelo bíceps e deixando o rosto rente ao seu.

— Hum... deixa eu pensar... — pôs a mão no queixo e olhou para o lado. O sorriso ameaçava aparecer entre os lábios fartos. — É, ele é mais bonito.

— Jimin!

— Brincadeira. — deu risada da face emburrada do moreno. Levou uma das mãos até o rosto dele, passando os dedos pelos detalhes que tanto gostava. O sorriso morreu e os olhos começaram a brilhar, tudo ficando intenso demais. — Você sempre vai ser o cara mais bonito que já conheci.

Jungkook deu um sorriso ladino de satisfação antes de mergulhar o rosto no pescoço cheiroso, deixando pequenos beijos por ali, totalmente sem malícia, mas o loiro acabou entendendo errado quando enfiou as mãos na raiz de seu cabelo e arfou em seu ouvido, arrepiado.

O moreno se afastou rapidamente, se dando conta do que aquilo viraria se continuassem assim, mas não teve escapatória quando Jimin agarrou seu rosto com as duas mãos e uniu as bocas. O toque era firme, o suficiente para o jogador saber que não deveria sair dali por nada, mesmo com sua mente gritando para não levar as coisas para esse caminho novamente, não conseguiu rejeitar o beijo daquele a quem descobriu amar.

Cada um deles se tornou especial porque sabia que poderia ser o último.

O interior morrendo de medo de perder seu loirinho.

Jimin enfiou a língua em sua boca com força, buscando o máximo de espaço para rodear ali, tentando ainda mais o juízo de Jungkook ao deslizar uma das mãos pelo tronco desnudo, os dedos estavam gelados, causando um atrito de temperaturas por estar tão quente daquela forma.

Em determinado momento, Jimin sugou sua língua com tanta gana que Jeon perdeu as forças por segundos e gemeu, dando abertura para que o loiro rodeasse o tronco alheio com as penas e o empurrasse para o lado, ficando por cima do outro rapidamente. Jungkook abriu os olhos assustado com a força que lhe foi imposta por aquele movimento, o garoto soltou sua boca com um estalo, a movendo para o pescoço e beijando logo abaixo da orelha.

Jungkook sabia o que ele queria.

Também queria o mesmo.

Mas não podia.

— Jimin. — chamou, colocando as mãos na cintura deste, se controlando ao extremo para não corresponder aos toques. Puta merda! — O que acha de um banho?

E com essas palavras, Jimin parou com todos os movimentos. Se afastou de Jungkook com os olhos atentos, uma mistura de chateação, raiva e o jogador pode jurar ver um brilho de deboche ali. O menor ergueu totalmente a coluna ainda estudando o rosto do moreno, passou a língua pelos lábios e depois pelos dentes, a empurrando para dentro da bochecha.

Gestos incomodados, olhos afiados e postura enraivecida.

Jungkook estava ferrado.

O loiro saiu de seu colo em silêncio, ficando em pé ao lado da cama, já Jungkook se sentou no colchão, pensando no que dizer, mas sequer teve tempo, pois o outro lhe deu as costas e caminhou até o banheiro do quarto, sem dizer uma só palavra.

— Anjo. — tentou, mas sequer foi olhado de volta. — Jimin! — mais firme desta vez, porém foi ignorado novamente e a próxima coisa que viu foi a porta de seu banheiro batendo forte e seu namorado se trancando lá dentro.

Passou as mãos entre os cabelos, estressado. No fundo, sabia que se o garoto insistisse mais, ele cederia. Não poderia adiar isso para sempre, hora ou outra Jimin o confrontaria a respeito de suas atitudes, eles não se tocavam a dias, o loiro teve iniciativa nas duas últimas vezes e Jungkook fugiu delas, e pelo olhar que recebeu, era claro para o outro que tinha algo errado ali.

O jogador sabia também que se demorasse mais, não poderia confiar em si próprio nem para beijar o menino.

Ouviu o barulho da água, foi sua deixa para ir até o próprio closet no quarto, trocar a calça que usava por uma de moletom e procurar outra mais confortável para o loiro. Se vestiu com pressa, colocando uma camisa folgada no meio do caminho, só por precaução. Esperou do lado de fora do banheiro até que seu namorado abrisse a porta.

Dez minutos depois, Jimin deixou apenas os dois olhinhos para fora, procurando o moreno pelo quarto. Jungkook não demorou a aparecer lhe estendendo a calça de tecido fino, uma das que não usava com frequência, o menor pegou e fechou a porta novamente.

Pouco tempo depois, Jeon estava deitado na cama mexendo em seu celular, mas precisamente no grupo com seus amigos, onde Hoseok espalhava para todos como Yoongi convenceu Miranda a ir para sua casa novamente, e que hoje eles iriam transar com certeza.

Palavras dele na mensagem de texto.

Jungkook suspirou, até aqueles dois bicudos pareciam estar caminhando melhor do que ele e Jimin.

Culpa sua! Com aquela aposta idiota envolvendo nosso garoto! — gritou seu subconsciente.

Falando nele, o mesmo saiu do banheiro ainda de cara fechada, vestido com a calça de Jeon e a mesma blusa que usava no jogo, pois ainda teriam o jantar que queria estar minimamente arrumado, apesar de que isso fosse totalmente o contrário de sua versão atual. Com os cabelos molhados e roupa amassada, pelo menos estava limpo.

Jungkook olhou-lhe com expectativa, querendo-o mais perto. Porém, foi totalmente ignorado quando o menino caminhou até a bolsa da escola e retirou o celular, desbloqueado e começando a digitar.

O jogador levantou uma sobrancelha, ultrajante.

— Com quem está falando? — perguntou, curioso.

— Ninguém. — respondeu sem entusiasmo.
O encarou por mais alguns segundos, esperando que ele largasse a merda do celular, o que não aconteceu.

— Sim? Vai ficar parado aí mesmo? — sua voz saiu grosseiramente chateada.

— Quer que eu faça o quê? — Jungkook abriu a boca e os olhos, surpreso com a resposta do loiro, debochado ao extremo. Petulante!

Saiu da cama rapidamente, caminhando até o garoto de língua afiada.

— Jungkook, me põem no chão agora! — o menor gritou quando o moreno se abaixou a sua frente e o pegou pelas pernas, o lançando em seu ombro de forma tão fácil, como se ele não pesasse nada.

— Não.

Saiu com ele porta a fora, caminhando pelo corredor do terceiro andar e por um momento Jimin se desesperou ao imaginar que Jeon o levaria lá para baixo novamente daquele jeito, que apareceria na frente de seus pais com ele pendurado no ombro.

— Você ficou completamente maluco? Me solta, seu idiota! — e debateu completamente vermelho de raiva, e o moreno se impressionou ao ser chamado de idiota, algo que nunca aconteceu, mas gostou, de alguma forma ver Jimin irritado lhe instigou mais.

Não respondeu, mas acertou um tapa certeiro na bunda do loiro, que soltou um barulho pelo susto.

— Eu odeio você. — vociferou entre dentes.

— Odeia nada. — Jungkook respondeu risonho, começando a subir as escadas um andar acima, indo para um lugar que Jimin ainda não tinha visto.

Uma espécie de laje, a entrada um pouco escondida pelo andar de baixo. O piso em mármore antiderrapante, podia sentir a aspereza nos pés assim que pisassem. O parapeito completamente em vidro transparente, cerca de um metro e sessenta de altura, programado para evitar acidentes. Não havia cobertura, apenas um pátio imenso, vazio e límpido, dando visão do horizonte para todos os lados e para o céu azul.

O vento jogou os cabelos de Jungkook para trás com força assim que chegaram, ainda com Jimin em seu colo. Ele sorriu quando o menino se encolheu ainda pendurado em si pelo frio, embora estivesse sol. Andou até o meio do lugar, colocando as mãos na cintura o menor e o colocando no chão, este que inconscientemente segurou em seus ombros.

Jeon olhou para ele, mas o garoto agora passava os olhos pelo lugar onde estava, impressionado por toda aquela visão maravilhosa, estava tão alto.

— Pretende me jogar daqui de cima? — levantou uma sobrancelha enquanto cruzava os braços em frente ao peito. O maior gargalhou alto, subindo as mãos para os ombros alheios.

— Do jeito que me olha, acho até que você seria capaz de fazer isso comigo.

— Deveria. — virou de costas, pondo o celular no bolso e caminhando descalço até estar perto da proteção de vidro, mas não tão perto. — Dá pra ver a praia. — comentou reflexivo.

— Sim. — afirmou. — Minha mãe mandou fazer para praticar Yoga. — riu ao lembrar da cara que seu pai fez ao descobrir que depois de algumas aulas, a esposa nunca mais retornou àquele lugar, e ele havia gastado uma grana construindo aquilo para ela.

— É bem legal. — sentou-se no chão, esticando a perna direita para lado de forma reta e a esticando.

— O que está fazendo?

— Me alongando. — disse simples, fazendo o mesmo com a outra perna.

— Pra...? — franziu o cenho.

— Sei lá.

— Que aleatório vindo de você. — se aproximou, sentando no chão branco e limpo próximo a Jimin, apoiando nos dois braços para trás e abrindo as penas em formato V. Jimin deu de ombros.

— Faz bem. — e caíram num silêncio que durou minutos. O loiro ainda estava chateado, porém, a vontade o suficiente para ignorar o namorado completamente. E falando neste, o viu puxando o celular do bolso rapidamente.

— Vem, vamos tirar uma foto. — se aproximou do garoto, já clicando na câmera.

— Agora? — franziu o cenho.

— Sim ué, a gente não tem muitas. — ergue o celular para o alto, procurando o ângulo perfeito para os dois.

— Jungkook, você tirou umas trezentas fotos no dia que me pediu em namoro!

— Foi pra eternizar. Deixa de ser chato vai... — abriu mais os olhos escuros, fazendo um pequeno beicinho, que era para ser fofo. Jimin revirou os olhos, mas logo se posicionou melhor ao lado do moreno.

E assim ambos tiraram a foto, a primeira sendo com os rostos tranquilos, depois com sorrisos, as mãos em formato V em frente ao rosto e todas as outras seguidas foram com caretas não planejadas.

Em determinado momento, Jimin tomou coragem e foi até o parapeito, o sol já estava se pondo no horizonte, desaparecendo nas águas do mar gelado. Jungkook se levantou também, com o celular em mãos e ainda com a câmera ligada, quando o menor encostou-se no vidro, o moreno apontou o celular, preparado para tirar uma foto dele de costas. Mas Jimin virou o rosto para trás no exato momento em que o "click" foi ouvido.

O sorriso brilhante e os olhos azuis ficaram ainda mais evidentes com a luz do sol iluminando seu rosto, o cabelo loiro balançando com o vento. Tudo aquilo, foi capturado eternamente pelo celular de Jungkook, igualmente eternizado em suas lembranças. Jimin nunca esteve tão bonito, e com aquela imagem em sua mente, teve a mais absoluta certeza.

Amava aquele garoto.

— Eu ainda me espanto com o quanto você consegue ser lindo, sabia? — questionou baixinho, se aproximando e apoiando o queixo no ombro do loiro, admirando a vista junto com ele.

— Ainda continuo pensando que você tem algum problema de visão. — comentou dando de ombros e Jungkook soltou uma risada baixa.

— Você sabe que é bonito!

— Sei?

— Sabe.

— Não tanto quanto eu gostaria, na verdade. — encostou a cabeça no ombro de Jungkook, inclinando-se levemente para trás.

— Você já parece um anjo, Jimin. Acho que não tem como superar esse patamar de beleza.

— Está falando isso porque estou com raiva da sua cara. — virou o rosto para o lado, emburrado.

— Raiva da minha cara, é?

— É!

— Não pode ficar com raiva de mim, eu sou seu namorado! — virou o loiro de frente para si, mostrando o bico manhoso em seus lábios.
Jimin levantou uma sobrancelha.

— É exatamente por isso que estou com raiva da sua cara. — revirou os olhos. — Não está cumprindo suas obrigações como namorado.

— Que obrigações? — fez-se de desentendido.

— Você sabe.

— Não sei não, fala pra mim. — segurou uma risada ao ouvir Jimin respirar fundo como se buscasse paciência nos confins do inferno.   

— Esquece Jungkook, não quero mais nada também. — se desvencilhou dos braços do moreno com rapidez.

Se arrependendo mortalmente de ter feito isso quando tropeçou nos próprios pés enquanto andava para trás e caindo de bunda perto do parapeito.

— Ai! — o loiro soltou quando sentiu a dor em sua carne e nos quadris, por tanto, se jogou completamente no chão com pernas e braços abertos, respirando fundo, de olhos fechados e murmurando: — Que porra.

Levou meio segundo apenas para que Jungkook começasse uma gargalhada estridente, tão alta que provavelmente se alguém passasse ali embaixo ouviria, Jimin abriu e apertou os olhos para ele enquanto ouvia a risada esganiçada, ficando vermelho pela queda vergonhosa.

E o moreno continuou rindo, tanto ao ponto de se jogar no chão com as mãos em cima da barriga. Jimin apertou a mandíbula e trincou os dentes, muito enraivecido.

— Para de rir! Isso foi culpa sua! — ralhou.

— Eu lá tenho culpa do chão também ser apaixonado por você!?

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O jantar foi um sucesso.

Jimin manteve uma conversa harmoniosa com a senhora Jeon e até mesmo se mostrou entendedor de alguns assuntos referentes a empresa da família, voltada para tecnologia, não foi difícil manter uma conversa franca e sincera com Jeon Sun Jun, afinal, diferente do que muitas pessoas falavam, ele era um bom ouvinte e gostava de discutir opiniões. Essa foi a principal característica que fez Sook se apaixonar.

— Então foi você que ajudou nosso filho nas últimas provas? — Sook o indagou em certo momento do jantar, logo após a sobremesa ser posta em frente a todos.

— Sim, eu dei uma ajudinha, mas o Jungkook se esforçou bastante também, ele é muito inteligente. — deu um meio sorriso ao terminar, arrancando um olhar admirado da mulher pela modéstia.

— Sabemos que é, ele só precisava de um empurrão. — comentou o senhor Jeon, olhando para o filho e mostrando um sorriso que dizia: "Fez uma ótima escolha."

Jeon ficou orgulhoso e feliz ao mesmo tempo, ele não jantava com os pais com frequência, estava sempre fora de casa, fazia um esforço para comparecer quando chegavam de viagem ou quando estavam prestes a fazer uma. Naquela noite, sentiu seu coração quente pelo momento que viveu ao lado de Jimin e seu pais. Todos juntos.

Jimin, por outro lado, se sentiu apreensivo assim que chegou em casa naquela noite, depois de se despedir de Jungkook com beijo terno, ele não esperava encontrar sua mãe sentada no sofá da sala assistindo a um programa aleatório, ou pelo menos fingindo.

— Oi mãe! — cumprimentou, estranhando o fato dela estar em casa tão cedo.

— Oi querido, estava com o Jeon? — olhou para ele e mostrou um sorriso terno.

— Sim. — passou a mão pela nuca. — Conheci os pais dele, me convidaram para jantar.

— Mesmo? — Jina se ajeitou no sofá, verdadeiramente interessada. — E como foi? Te receberam bem? Disseram alguma coisa ruim?

— Não, não. — se aproximou para sentar-se ao lado dela. — Foi tudo bem, acho que gostaram de mim.

— Fico feliz, querido. — pôs as mãos no ombro do filho, adquirindo uma expressão tensa e preocupada. — Mas, é... precisamos conversar.

Em seu rosto, Jimin podia ler perfeitamente que o problema dessa vez não tinha nada a ver consigo ou com Jungkook, era outra coisa, algo que estava a preocupando e consequentemente se preocupou também.

— O que aconteceu? — piscou os olhos, aflito.
Jina suspirou antes de falar.

— As inscrições... para as provas da universidade de Seul, foram adiantadas filho. — o menino franziu o cenho. — Eles decidiram hoje pela manhã, estão tentando compartilhar a notícia o mais rápido possível pelas redes sociais.

— Mas... eu não vi nada sobre isso. — olhou para os lados, agoniado com o que a mulher havia dito. — Q-Quando vai ser? Eles disseram a data da prova?

Jina segurou sua mão, tentando passar algum tipo de conforto para o nervosismo do menino.

— Sim, as inscrições começam amanhã pelo site da faculdade e a prova... será aplicada no dia 12 de outubro.

— O quê!? — exclamou alto, os olhos se arregalaram e o coração acelerou subitamente. Engoliu em seco, não acreditando. — Mas isso me dá menos de um mês de preparo! Como vou fazer essa prova assim? O último bimestre da escola ainda nem começou! — se levantou, passando as mãos pelo rosto e andando pela sala, tentando se acalmar.

— Eu sei, também achei um absurdo, e foi de uma hora pra outra! — coçou a cabeça, também aflita com a situação. — Disseram que vão utilizar os últimos meses do ano para fazer uma reforma geral na faculdade, para receber os aprovados. Pelo que li, se as provas continuassem marcadas para o fim de novembro, teriam pouco tempo para organizar os novos dormitórios com os antigos alunos, ainda mais com uma obra acontecendo ao mesmo tempo.

— Mas isso é... inacreditável. — jogou os cabelos para trás, irritado. — Tenho que montar um plano de estudos urgente, preciso buscar livros na biblioteca, checar minhas anotações dos cadernos antigos que eu não faço ideia de onde deixei!

— Jimin, querido. — Jina o chamou, agarrando seus ombros e olhando fundo nos olhos azuis. — Vai dar tudo certo, ok? Vou te ajudar, você vai conseguir. — e o abraçou forte, acalentando-o entre os braços. — Vai conseguir por que é meu filho, e vai conseguir por que eu acredito em você.

— Mãe... — suspirou, sentindo o pulso desacelerar vagarosamente.

Ambos passaram o restante da noite vasculhando o quarto do loiro, procurando os cadernos de aulas antigas que Jimin fez questão de guardar, continham informações importantes para si, assim como livros de revisão. Jina se recolheu em seu quarto horas depois, ainda teria que trabalhar no dia seguinte, já Jimin permaneceu acordado durante grande parte da madrugada.

Os óculos de leitura que já não usava a um tempinho estavam em seu rosto novamente, sentado na escrivaninha de seu quarto, de frente para o notebook sendo esse a única luz do quarto inteiro, os dedos ágeis batucavam os botões do teclado de maneira rápida e nervosa enquanto os olhos faziam movimentos repetitivos entre o caderno parado ao lado e a tela.

Jimin checou o edital passado pela faculdade para concorrer a bolsa, vários assuntos deveriam ser estudados, a maior parte voltada para as matérias principais, sendo estas a língua coreana e matemática, seguida por uma parcela de perguntas com língua estrangeira, inglês.

Estudos sociais como ética, história, geografia, leis e sociedade também eram aplicadas, seguidas por química, física, biologia e tecnologia da informação. Por último, conhecimentos gerais.

O Suneung realmente era para aqueles que gostavam de estudar, fora a força de vontade e coragem para enfrentar quase oito horas de prova. Nesses casos, não basta apenas inteligência. Eram jovens da Coreia do Sul inteira disputando trinta vagas, quinze para o dormitório masculino e quinze para o feminino. As chances de conseguir eram... melhor não pensar.

Por isso mesmo cansado, Jimin não dormiu, sequer levantou da frente do computador, conseguiu montar planos de estudos para cada uma das matérias, foi atrás de vídeos na internet e montou uma pasta com dicas para provas e explicações de assuntos dos quais não tinha tantas lembranças, precisava de revisões. Também correu atrás das três últimas provas aplicadas nos anos anteriores, levaria para impressão na manhã seguinte.

Por volta das seis e meia da manhã, Jimin tomou banho antes de Jina e saiu de casa, pegou o ônibus e partiu em direção a biblioteca da cidade, deixou um recado na cozinha. Quando chegou, agradeceu por encontrar a senhora idosa a quem já conhecia ainda abrindo as portas para assumir seu posto.

— Caiu da cama garoto? O que faz aqui tão cedo? — franziu o cenho com rugas ao ver o menino ali.

— Bom dia, eu preciso de alguns livros específicos, é muito urgente! — afobado, ele contou.

— Tudo bem, pode entrar. — deu passagem mesmo com estranheza explícita na voz.
Jimin olhou o bloco de notas do celular, vendo o nome de cada livro que precisaria ali.

Procurou-os o mais rápido que podia, com cuidado para não esquecer de nenhum. Se estivesse certo, ainda naquele dia várias pessoas passariam por aquela biblioteca procurando os mesmos livros, o loiro foi esperto em sair de casa antes que qualquer um, podia até estar sendo um pouco egoísta, mas aquilo era seu futuro, então não se condenava.

Pagou uma pequena taxa pelo conjunto de seis livros alugados por cerca de quinze dias e foi para casa pedindo desculpas internamente por dificultar o aprendizado de outros concorrentes, ele com certeza não seria o único aluno de Busan a tentar uma bolsa. Não encontrou a mãe por ali, apenas um suco natural e torradas como café da manhã. Havia se esquecido de tomar café.

Comeu enquanto preenchia a ficha de inscrição para concorrer a bolsa no site da faculdade, revisando seus dados cerca de três vezes seguidas para garantir que nada sairia errado, e deixou um suspiro escapar quando a frase: "sua inscrição foi aceita!" brilhou em verde na tela.

Jimin não foi a escola, até porque não haveria aula realmente, ainda tinham os jogos para acontecer e ele se lembraria de mandar mensagem para Jungkook depois, dizendo que não iria. Na verdade, sequer se lembrou do moreno com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo, mas também não se preocupou,

Jeon estava estranho consigo e o melhor que podia fazer era se concentrar em si mesmo, não podia se distrair com nada.

A parte difícil começa agora.

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Jungkook conquistou sua vaga na semifinal junto com seu time, e foi esplêndido ao ponto de ser aplaudido. A vitória sobre o Lightning Fast foi esperada ao mesmo tempo que restavam algumas dúvidas durante o jogo, por conta das complicações, Hoseok e Namjoon não estavam 100% entregues e Jeon soube o por que apenas nos intervalos, quando lhe contaram que a prova para universidade de Seul foi adiada.

O moreno entendeu, não gostou, mas entendeu. Era o futuro deles. Aquela prova era a chave para entrar em uma universidade conceituada e ter um futuro brilhante, do mesmo jeito que aquele campeonato poderia ser o início da história que Jungkook e Yoongi queriam tanto escrever por conta própria. Não foi justo adiarem as provas quando já tinham tantas coisas para pensar ao mesmo tempo, tanto que os dois garotos disseram poucas palavras antes, durante e depois do jogo.

O capitão mentiria se dissesse que não foi um alívio quando ganharam, por uma diferença de apenas três pontos, graças a uma cesta que fez sozinho a longa distância, sequer conseguiu comemorar corretamente, mesmo com os aplausos da arquibancada vindo em sua direção.

Tanto por compartilhar a preocupação de seus amigos quanto pela falta de Jimin. Depois do jantar com seus pais, o loiro sumiu, apenas deu uma desculpa por mensagem por não ir acompanhá-lo na escalação do segundo dia de competição, apenas apareceu no terceiro dia para lhe desejar boa sorte, e por mais que fosse sincero, Jeon sentiu que tinha algo errada, pois o loiro aparentava estar aflito, preocupado e com pequenas olheiras que ele não tinha antes embaixo do mar azul de seus olhos.

E ele se foi tão rápido quanto apareceu ali, quer dizer, ele o assistiu e comemorou sua vitória, mas disse logo depois que precisava resolver assuntos importantes, mal falou com Miranda, que também se encontrava tão confusa quando Jungkook a respeito do loiro.

Namjoon e Hoseok partiram para casa assim como Jimin após o jogo, eles gostariam de ficar para ver o resultado de outros jogos, mas estavam literalmente lutando contra o tempo. Ficaram assim apenas Yoongi, Miranda e Jungkook até tudo acabar.

Os Lions venceram, e agora enfrentariam o Fine Crew como primeiro jogo de semifinal que aconteceria no dia doze de novembro, logo depois das provas finais da escola. O time de Jong Soo também venceu e disputariam uma vaga na final contra o Monarchy, sendo o segundo jogo do dia.

Parecia que tudo se encaminhava para um confronto direto em uma final.

Jeon revirou os olhos para a interação chata de seu amigo com Miranda enquanto deixavam o ginásio e partiam para o estacionamento. Era óbvio que eles sairiam juntos, então restou somente Jungkook em seu carro, dirigindo sozinho pela primeira vez em muito tempo, em direção a sua casa, pensando no que seu namoro com Jimin estava se tornando, era óbvio que nada era como antes.

Alguns dias se passaram, o final de semana deixou o grupo separado, cada um preocupado com a própria vida. Mas à medida que Min e Miranda se aproximavam como casal, Jungkook e Jimin estavam cada vez mais afastados um do outro. O moreno tentou, ele mandou mensagens e ligou todos os dois, procurando conversar e saber o que estava deixando o namorado tão afastado e aflito, mas não recebeu nenhuma resposta boa o suficiente.

Eles se viam na escola, mas o loiro estava sempre enfiado na biblioteca ou revisando matérias que Jungkook não sabia para que serviriam, porque era óbvio que ele já havia passado em questão de notas, bastava apenas receber o diploma. Mas não queria atrapalhar, então a menos que o menino lhe dissesse para ficar, ele o deixava sozinho.

Tudo piorou quando por algum milagre, conseguiram ficar a sós em uma sala de aula, Jimin estava com o semblante cansado e Jeon só queria entender o porquê, porém  o garoto não lhe respondeu com toda a verdade, desconversou e atacou sua boca com beijos desesperados. Beijos esses que fizeram Jeon quase ceder por instantes. Estava com saudade, quase enlouquecendo sem poder chegar perto do loiro, sabia que ele estava igual ou mais, e continuar naquele ritmo levaria para um caminho que não queria.

— Jimin, espera... — tentou se afastar minimamente, somente tentou, pois, não lhe foi permitido pelo loiro que puxou sua boca de volta, enfiando a língua de maneira tão erótica que Jeon sentiu um frio no estômago, não resistindo. Agarrou a cintura fina com as duas mãos, trazendo-o para perto, o alerta em sua cabeça gritando para parar.

— Eu quero chupar você. — a voz rouca e determinada do garoto fez Jeon engolir em seco, pensando no quanto ele ficava irresistível quando estava envolto naquela aura sexual pesada. — Agora.

Seu membro pulsou fortemente, causando em Jungkook uma careta de prazer, sentia tanta falta da cavidade quente, a língua macia e a garganta apertada, já faziam semanas...

Mas não podia.

— Eu... não acho que seja o melhor momento, anjo. — disse com a voz mansa, querendo fazer estourar a bolha erótica a qual tinham se enfiado.

Jimin por sua vez, lambeu os lábios antes abrir um sorriso sacana que o faria babar de tão lindo e instigante, o olhar apertado e escuro repleto de desejo. As mãos desceram até a calça de Jungkook, que se engasgou quando um aperto forte foi dado em seu pau.

— Parece um ótimo momento pra mim. — deixou um beijo no canto da boca daquele que ainda tinha os olhos fechados, provocando.

A ameaça de abrir o botão de sua calça fez Jeon despertar, ele agarrou os pulsos de Jimin com uma força além do normal, mas que não o assustou.

— Melhor não. — desta vez foi firme, retirando as mãos do loiro de si.

Foi demais.

Jimin trincou os dentes, o olhar brilhando em um ódio explosivo.

— Vai me dizer o que tem de errado com você ou eu preciso mesmo perguntar? — a voz era irritadiça, mas ainda sim baixa, o moreno sabia que ele estava se contendo.

Sabia que estava agindo errado com Jimin nos últimos tempos, mas também não gostava que lhe escondessem as coisas.

— Estou esperando que me diga o que tem de errado com você. — apertou o maxilar. — Acha que sou o único a agir estranho aqui?

Jimin revirou os olhos antes de dizer: — Já disse pra não se preocupar com isso, não tem nada haver com você. — desviou o olhar.

Jungkook riu desacreditado, a raiva crescendo em si ser também.

— Não tem nada haver comigo? É o que você acha? — apontou para o próprio peito. — Sabe o que eu acho? Que você ta sendo um idiota comigo agora! Eu to tentando falar com você e te entender a dias, ligando, mandando mensagens e você nunca tem tempo, sempre ocupado e sequer me responde direito, todas as vezes que ficamos juntos não tem conversa alguma. Eu só quero saber o que você tem, porque claramente está acontecendo alguma coisa. Eu como seu namorado deveria saber.

— E o que você ta fazendo comigo não é ser idiota? Acha que eu não percebi que me rejeita toda vez que tento tocar em você? E por Deus, eu não te ignorando de propósito! É claro que quero te dar atenção, mas neste momento não é possível pra mim Jeon. — negou com a cabeça.

— Eu não te rejeito e você sabe disso. Tem algum problema em manter uma conversa normal sem precisar envolver sexo ou algo do tipo? — Jimin abriu mais os olhos e quis rir. — E é justamente o que eu estou dizendo, a gente não conversou sobre nada e eu poderia entender o motivo da sua ausência se você ao menos me explicasse!

— Conversa sem precisar envolver sexo? — repetiu, inconformado. — Tá de brincadeira com a minha cara? Você mesmo disse que desejava isso mais que tudo a um tempo atrás, o que mudou? Você se nega a tocar em mim como se eu tivesse alguma doença contagiosa. Sinceramente, eu não entendo! O que está acontecendo? Você não gosta mais de mim, é isso?

Jeon caminhou até ele e o agarrou pelos braços, olhando no fundo do azul com firmeza.

— Nunca mais repita isso na sua vida, ouviu bem!?

— Então o quê? — perguntou com a voz baixa.
Jeon afrouxou o aperto, até o largar completamente, virando-se de costas, fechando os olhos com força.

— Não posso fazer isso com você. — foi a justificativa.

— Não pode fazer isso comigo? — franziu o cenho. — Por qual razão?

— Porque não posso, simplesmente não posso! Custa pra você entender isso? — gritou.

— Claro que custa, ou você acha que eu vou engolir essa resposta sem mais, nem menos?

— Não posso te dar outra resposta além dessa. — se virou a tempo de ver Jimin piscar os olhos com raiva. — E não mude de assunto! Isso não tem nada haver com o fato de que você tá me escondendo alguma coisa.

— Não estou escondendo nada...

— Ah, não está? — riu ironicamente. — Então me diga, porque anda sempre enfiado na biblioteca da escola? Porque sempre que eu te ligo você diz que tá ocupado, que tem coisas importantes pra fazer e as últimas duas vezes que eu te chamei pra sair me deu uma desculpa qualquer que claramente era mentira? Não responde minhas mensagens e anda evitando falar comigo diretamente pra não responder o motivo de estar sempre cansado como se tivesse passado as noites em claro, eu teria que ser muito idiota pra não perceber que esconde algo então me diz de uma vez Jimin... — respirou. — O que é?

— Você quer saber o que é? Ok, eu vou te dizer. — tomado pela raiva de estar sendo julgado, Jimin não pensou sobre o que iria revelar. — Eu estou assim porque tenho passado dias e noites estudando feito um condenado e colocando minha saúde em risco por conta da porra da prova pra universidade de Seul! É pra ela que estou estudando, pra conseguir uma bolsa de estudos que parece cada vez mais distante pra mim, cada vez mais impossível de conseguir e eu simplesmente não sei o que fazer porque estou ficando sem tempo e você não pode me ajudar nisso! — passou as mãos pelo rosto, nervoso e tremendo, querendo chorar pelo desespero que estava sentindo a dias.

— Universidade de Seul? — Jeon questionou baixo, a mente começando a compreender a situação como um todo. — É pra lá que você quer ir depois da formatura? Quando pretendia me contar isso!?

— Não sei... — baixou o tom de voz.

— Não sabe? Você... — perdeu as palavras, cego de raiva e agora tristeza. — Você ia fazer o quê? Deixar pra me contar quanto estivesse arrumando as malas pra ir embora? Ou quando já estivesse em um avião indo pra lá? Pra longe de mim? Me responde, Jimin! — gritou novamente.

— Para com isso! Você não faz ideia de como eu estou me sentindo, de como esses dias têm sido horríveis pra mim!

— E como você acha que eu me sinto ao saber só agora que meu namorado vai me deixar? — os lábios de Jeon tremeram, as palavras fizeram um estrago ditas em voz alta. Nos dois.
Jimin não queria que chegassem a esse ponto, tentou ao máximo adiar essa conversa, que se tornou em uma discussão nada pacífica.

— Eu não tenho culpa Jungkook! Eu já tinha esse plano a tanto tempo, não posso desistir agora! É o meu futuro...

— Então eu sou um empecilho no seu futuro perfeito e programado? Me desculpe por isso, por ser um atraso pra você. — virou o rosto, soltando uma risada com desdém.

— Eu não planejava me apaixonar por você! Para de colocar a culpa em mim por não ter te incluindo no meu futuro, até porque a algumas semanas atrás você sequer me conhecia! — decidiu expressar seu ponto de vista também, Jeon não tinha o direito de agir daquela maneira.

— Eu também não planejava me apaixonar por você, logo por você! — Deus sabia o quanto isso era verdade. — Mas eu te contei tudo, todos os meus planos ficaram claros desde o começo, achei que você tinha um lugar no meio deles e agora me diz que vai embora? Eu não consigo acreditar que simplesmente esqueceu de me contar que pretendia estudar em uma universidade a mais de quatrocentos quilômetros de distância! — gritou as últimas palavras, passando a mão na testa com força. Dificilmente conseguiria explicar a raiva que sentia naquele momento, seu coração doendo.

— Eu venho planejando isso a anos Jungkook, e realmente não pensei que nós daríamos em alguma coisa, me desculpe. Pensei nisso antes mesmo de adiarem as provas, eu achei que teria tempo, mas não. Como acha que eu estou me sentindo ao saber que para seguir o meu sonho, vou ter que deixar você... e os nossos amigos...? E eu não quero isso, juro que não, mas não posso abrir mão da faculdade Jeon, não dá… — balançou a cabeça para os lados enquanto se apoiava na parede atrás de si, os olhos cheios de lágrimas.

— E nem eu espero que faça isso, não por mim. — fechou os olhos, com o coração partido ao dizer aquelas palavras. — Quero que vá atrás do seu sonho, se tiver que ir, eu respeito isso e não vou te pedir pra ficar ou desistir...

— Isso quer dizer...

— Quer dizer que a partir de agora eu não vou ser um impedimento pra você, te dispenso disso que nós criamos, que mais te atrapalhou do que outra coisa...

O coração de Jimin bateu forte, quase saltando do peito, as lágrimas se acumulando em bolsas nos olhos azuis e caindo lentamente pelas bochechas.

— Jungkook... — chamou sôfrego. — Está terminando comigo?

Jeon suspirou, não querendo encarar o rosto choroso do loiro.

— Entenda como quiser.

E assim o moreno deixou a sala como um furacão, sem olhar para trás.

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Até o próximo!
Bjj!

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