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📣❗️❗️❗️ALERTA, ALERTA❗️❗️❗️📣

Foi encontrado hoje no dia primeiro de fevereiro de 2023, o jovem de vinte e cinco anos que atende pelo nome de Jeon Jungkook, que estava desaparececido a mais de um mês, deixando milhares de fãs morrendo de saudades e quase arrancando os cabelos!

O jovem se mostrou pela primeira vez em semanas em forma de live, em um quarto desconhecido e junto de seu fiel companheiro, Jeon Bam!

Kkkkkkkkkkkkkkkk.

Brincadeiras a parte, vocês viram a live?
Eu consegui assistir quase tudo e devo dizer que foi surto atrás de surto!!
Não entendi nada do que ele disse em quatro horas de live kkkkk, mas quase morri quando o nosso neném (que de neném não tem é nada) começou a cantar "Unholy"...

Ainda to hipnotizada.

Enfim, eu nem ia postar hoje, mas com a quantidade de mimos que ganhamos, fiquei mais inspirada.

Me desculpem todos os erros, foi revisado as pressas.


Me digam se gostarem nos comentários, vcs não tem ideia do que isso me anima pra escrever rápido. E nos votos também em!?

Boa leitura❤️.

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— Pode por favor, me explicar porque está a uma semana indo de carro pra escola e não me disse nada?

Foi a primeira coisa que Jimin ouviu quando pôs os pés em casa e fechou a porta, a voz de sua mãe estava séria e grossa, um indicativo forte de que ela está mais que só zangada.

Numa sexta-feira e Jimin chegou em seu horário normal depois da escola, Jungkook tinha treino, era o motivo para não ter ficado até mais tarde como fez no dia anterior. Nessa parte sua mãe não implicou, até porque ele não mentiu, ajudaria Jeon a estudar e ela concordou, mesmo a contragosto.

Mas saber pelos vizinhos que seu filho estava constantemente entrando e saindo de um carro grande e luxuoso nos últimos dias a deixou furiosa, e também preocupada. Afinal, é uma situação que ele deveria lhe contar, certo?

— A-ah... mãe é que-

— É o quê, Park Jimin? Hum? Eu imaginei que com uma certa idade você começaria a me esconder as coisas, mas não sobre estar se encontrando com alguém. — se levantou do sofá onde estava sentada anteriormente, esperando pelo menino a exatos quinze minutos.

Jimin sentiu seu corpo congelar apesar do coração começar a bater mais rápido pelo nervosismo, cinco minutos atrás estava sorrindo feito um idiota por estar pensando em Jungkook, e agora se encontrava completamente perdido sobre o que fazer ou dizer. Já fazia muito tempo desde a última vez que viu sua mãe brava daquele jeito, e ela conseguia ser aterrorizante mesmo sendo centímetros mais baixa.

Não esperava que seus vizinhos fossem tão fofoqueiros ao ponto de chamar sua mãe apenas para delatar suas ações. E porra! Não estava fazendo nada escondido! Jeon o buscava na frente de casa e o deixava no mesmo lugar, não é como se eles estivessem cometendo um crime que ninguém podia saber, eles estavam ali, de cara limpa toda vez que alguém os olhava.

Logo entre o medo e nervosismo, surgiu a raiva, ninguém tinha nada a haver com sua vida naquela rua, por que se achavam no direito de comentar sobre si a sua mãe como se fossem suas babás?

— Mãe, por favor! Não é nada demais, o Jungkook só me dá uma carona às vezes e... — ela o cortou duramente.

— Jungkook!? — o nome dele saiu de maneira alta e surpresa de sua boca, só agora o loiro havia se tocado que ela não tinha essa informação. — É com ele que você tá indo de carro? Logo ele, Jimin?

Jina o encarava com verdadeira repreensão, não gostava daquele rapaz, nem um pouco, saber que Jimin estavam próximos o suficiente para levá-lo em seu carro a deixava aflita e raivosa. Não é ciúme, longe disso. É seu instinto materno lhe avisando que deveria manter seu filho longe daquele garoto, ela sentia em seu coração que talvez ele não fosse uma boa pessoa e acabaria machucando-o.

— M-Mas não tem nada errado, somos amigos, ele só quer ser legal em me oferecer uma carona às vezes. — deu dois passos em direção a sua mãe querendo de alguma forma tranquilizá-la, por isso respirou fundo e manteve a si mesmo calmo também.

— Amigos, Jimin? Acha que sou tonta? Ele mora do outro lado da cidade! — apontou com a mão para sabe-se lá onde. — E dirige até aqui todos os dias de manhã só pra te buscar, acha isso normal? Não me parece uma situação de amigos comuns!

Quem ele queria enganar? Sua mãe? Jimin já deveria saber que isso é impossível, Jina é esperta demais para dobrá-la com desculpas fajutas e tampouco é inocente como seu filho. O conhecimento que a vida lhe deu a deixa preparada para tudo, inclusive para deduzir que o motivo do garoto de tatuagens percorrer uma distância tão grande até sua casa, passava longe de apenas uma amizade.

Jimin desviou os olhos, constrangido e acuado. Era disso que possuía medo, do olhar raivoso que sua mãe lhe deu quando ouviu o nome do rapaz e a discussão que estavam tendo agora por conta de suas ações. Sabia que ela não aprovaria seu – seja lá o que – com Jungkook, por vários e vários motivos, mas nada era pior que sensação dolorida que era mentir e esconder o que estava acontecendo.

Sem saber o que fazer, deixou os ombros caírem e abaixou a cabeça, quando menos percebeu, seus olhos brilharam em lágrimas grossas de tristeza e decepção consigo mesmo. Não era para aquilo estar acontecendo, não era! Queria sumir da face da terra neste exato momento.

Quando a primeira lágrima rolou por seus olhos azuis, a face comprimida em raiva de sua mãe se desfez e ela abaixou a guarda, respirando fundo. Seu coração doeu ao sentir a tristeza emanando de seu filhote, mesmo com os sentimentos à flor da pele e exigindo saber a verdade a respeito do que acontecia ali.

Deu alguns passos para frente e puxou Jimin pelo ombro até senti-lo em seu corpo, e ele foi sem a menor relutância. Quando sentiu os dedos de sua mãe em seu cabelo fazendo um leve carinho, seu choro se tornou mais audível e forte, seus braços rodearam a cintura da mulher e mergulhou entre o pescoço e o ombro dela, sentindo seu cheiro reconfortante. Sua mãe tinha cheiro de lar, o fazia se sentir seguro como se nenhum mal no mundo fosse atingi-lo.

Se sentiu como na primeira festa de aniversário a qual foi e ficou trancado sozinho no porão, completamente desesperado e sem saber o que fazer, perdido e confuso. Sentiu o mesmo daquele dia quando viu sua mãe e correu para os braços dela, chorando forte de medo e alívio. Segurança, era o que ela lhe passava a cada abraço dado.

Foi acolhido com o braço dela ao redor de seus ombros, enquanto a outra mão continuava a acariciar seus cabelos.

— Shiii...— murmurou querendo acalmá-lo, conseguia sentir as lágrimas molhando seu ombro. — Não chora meu bem, se não eu choro junto, e você sabe que eu detesto chorar. — tentou animá-lo, o que acabou não dando muito certo.

O loiro se encolheu nos braços dela, enquanto as lágrimas continuavam a cair, apesar de ser poucos centímetros mais alto, se ajustou bem ali do mesmo jeito que se encaixava quando era apenas um bebê minúsculo.

Para Jina ele ainda era seu bebê, apenas havia crescido, bem mais do que ela esperava.

Estava triste também por vê-lo esconder as coisas quando queria ser a primeira a saber de suas novidades, pois além de mãe e filho, também eram amigos. Mas estava feliz por não existir vergonha no ato dele chorar em sua frente, de demonstrar fraqueza esperando seu acolhimento de mãe, o qual ela sempre o daria.

Jimin também não se sentiu fraco por chorar, se sentiu bem, reconfortado.

— M-me desculpa... — disse com a voz embargada, retirando o rosto do ombro da mãe para olhá-la diretamente. — Me desculpe por não contar, fiquei com medo de que brigasse comigo, eu sei que não gosta dele, mas Jungkook é bom comigo mãe, ele é legal. — a mulher o olhou surpresa por suas palavras. — Ele não me trata mal, me leva e me deixa em casa por que se preocupa com a minha segurança, ele gosta de mim e eu... eu acho que estou apaixonado por ele, mamãe.

Disse tudo, acabou se confessando no caminho e mesmo sabendo que sua mãe não aprovava nada daquilo, ainda sim, continuou, foi corajoso. As palavras escorregaram por seus lábios como a água de uma cachoeira, pois eram coisas que já havia notado, só restava pôr em palavras. Mesmo com o coração na boca, olhou nos olhos da mulher que lhe deu a vida enquanto falava e não desviou, podendo assim ver a surpresa crescendo gradativamente nos olhos escuros da mesma, queria que ela tivesse a mesma certeza que ele a respeito do moreno.

Deus sabe o quanto foi difícil para Jina ouvir tudo aquilo, não podia acreditar. Ela sabia que um dia Jimin viria a se apaixonar, mas torcia para que não fosse uma experiência ruim logo de cara, e agora estavam ali, com seu menino confessando os sentimentos por um garoto tão, mais tão parecido com o homem que destruiu seu coração e quase acabou com sua vida.

O pai de Jimin.

Era como ver o início de sua história sendo contada novamente, contudo dessa vez, com seu filho como protagonista, e nessa história ela sabia bem o final, porque o viveu. E não queria esse fim para Jimin, o queria feliz e não com o coração sendo quebrado por outra pessoa, como foi o seu, e como provavelmente aconteceria com o dele.

"Garotas saem com garotos parecidos com seus pais."

A frase do livro: "O ódio que você semeia", nunca fez tanto sentido na cabeça de Jina como agora. Apesar de Jimin ser um garoto, a essência da frase não se altera em nada.

— Ah, Jimin...— murmurou desgostosa, desistindo de pôr para fora todos os motivos que tinha para não aprovar aquilo e apenas abraçou o filho novamente.

Fechou os olhos e pediu silenciosamente para estar errada, sobre tudo.

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— Quer dizer então, que o senhor se aproveitou da minha ausência para ir escondido até a festa de aniversário desse rapaz!? — Jina estrangulava a orelha de Jimin entre os dedos com força enquanto o arrastava até a cozinha.

— Ai, ai, ai! — o loiro exclamou com uma expressão de dor enquanto tentava inutilmente se soltar. — Larga, larga! Tá doendo!

Ela o soltou somente quando o colocou sentado em uma das cadeiras da cozinha e ficando a sua frente, vendo-o levar a mão até a orelha direita massageando-a com o rosto choroso pela dor.

— É pra doer mesmo! Onde você estava com a cabeça, garoto!? Já pensou se te acontece algo!? Como eu ia te achar se jurava que você estava em casa, dormindo!? — Jimin fechou os olhos quando ela elevou o tom de voz a quase um grito, agora sim, estava mais que furiosa.

Depois de muito choro e abraços, pedidos de desculpas e aconchego, Jina pediu pacientemente que o menino lhe contasse o que estava acontecendo, e assim ele fez. Contou-lhe desde a primeira interação no corredor até o momento em que Jungkook o levou para a escola em seu carro naquela manhã, mas não pode o trazer de volta por conta do treino, claro que escondeu algumas informações como o fato de terem se agarrado no quarto dele e da briga com Jungsoo na mesma noite, e também de ter dormido em outro lugar. Isso sem dúvida pioraria a situação.

— Mas eu estou bem, não aconteceu nada. — comigo. Seu cérebro completou, porque em relação a Jungkook não podia dizer o mesmo. — Eu só fui porque queria dar o presente dele, mamãe. — murmurou baixo, esfregando as palmas uma na outra.

A mulher levantou uma sobrancelha.

— Por que eu sinto que não foi só isso que você acabou dando a ele? — foi o que ela disse, como forma de pergunta e ficou de braços cruzados esperando a reação de Jimin, que não veio da forma como esperava.

— O quê? — franziu o cenho em confusão, o que sua mãe estava tentando insinuar?

— Nada, esqueça. — relaxou os ombros e respirou fundo. — Foi isso? Você deu o presente e foi embora?

O loiro ficou sem jeito de repente, abaixou os olhos e suas bochechas esquentaram com força, lembrando das sensações ainda vivas em seu corpo. Tinha que contar ou então iria explodir.

— Bom... — olhou para qualquer canto da cozinha, menos para a mulher irritada a sua frente. — N-nós nos beijamos, q-quer dizer, ele me beijou. — sua mãe arregalou os olhos. — M-mas eu retribui porque gostei e... — parou de falar quando a observou estar estática olhando para si.

Na verdade, a de cabelos castanhos estava petrificada e presa nos próprios pensamentos. Jimin, seu bebê, havia beijado alguém, e esse alguém foi Jeon Jungkook.

Iria matar aquele moleque! Quem o deu direito de beijar o seu filho? Atrevido!

E então, outro pensamento se fez presente em sua mente, ele foi o primeiro beijo de Jimin, então deve ter inspirado confiança o suficiente para ele ter deixado-o tocar, por que sabia que seu filho não era idiota para não saber da má fama, e se mesmo assim fez, foi por que quis e se sentia confortável no momento. Já tinha acontecido e ela nada poderia fazer a respeito, nem se quisesse.

Também não poderia prender seu menino em casa ou proibi-lo de ver o rapaz, por experiência própria, ela sabia que isso não daria certo. Tudo o que lhe restava era aceitar que aquilo estava acontecendo diante de seus olhos e se bem entendia, não pararia somente em um beijo.

Por fim, suspirou. Sentando-se na cadeira ao lado do loiro que até agora somente pensava no que iria falar ou não, procurando não piorar sua própria situação.

— E como se sentiu? — Jina questionou, o surpreendendo. — Ficou nervoso? — parecia verdadeiramente interessada, isso fez Jimin sorrir um pouco antes de responder.

— Muito! — contou. — Eu não sabia o que fazer. — mas se arrepiou ao lembrar da sensação.

— Eu imagino, o primeiro é sempre importante. — para algumas pessoas não muito, mas com certeza para Jimin havia sido inesquecível, era só olhar para ele. — E depois?

O loiro pensou em contar sobre a briga, ou então sobre o fato de não ter dormido em casa, mas sua mãe já havia tido muitas surpresas por um dia.

— Nós estamos indo... — não soube ao certo o que dizer. — Nós ficamos juntos a maior parte do tempo, principalmente durante essa semana e às vezes a gente... — ficou tímido, e a mulher levantou uma sobrancelha enquanto apoiava o rosto no punha esquerdo.

— Se beijam? — completou, com um sorriso sutil aparecendo no canto dos lábios.

— É... isso. — se envergonhou novamente, por sorte sua mãe sacava certas coisas com muita facilidade. — Não sei o que temos, na verdade.

Ela soltou um riso baixo pela timidez dele, então agora ele estava com vergonha? Se lembrava bem dos comentários que ouvia a respeito de Jungkook, ele não é nem um pouco envergonhado, imaginava por alto o que ele deveria ter feito com seu filho, e isso não a deixava nem um pouco tranquila.

— Acredito que vocês meio que estão ficando, não é assim que falam hoje em dia? — indagou para si mesma enquanto encarava a mesa, logo voltando a encarar o filho. — É, acho que é isso mesmo.

Jimin pensou um pouco e realmente era aquilo, Miranda já o dissera algo parecido, e por enquanto era somente isso que ambos possuíam.

Seus sentimentos por Jungkook haviam aumentado muito, ao ponto dele confessar com todas as letras para sua mãe que se encontrava apaixonado pelo garoto, mas não tinha certeza alguma em relação a Jeon, ele poderia compartilhar do mesmo sentimento ou poderia estar somente se divertindo. E essa possibilidade o entristecia.

Conhecia o comportamento do moreno, ele nunca levou nenhum de seus casos de divertimento a vista de todos da escola, como fez consigo. Principalmente porque a maioria deles eram feitos pelas costas de Sooyoung. Também nunca o viu levar ou buscar ninguém até a escola, nem expressar gestos de afeto na frente de todos, essas pequenas coisas que fez e fazia apenas com Jimin.

— Jimin, me prometa que vai se cuidar, ok? — Jina alcançou sua mão por cima da mesa. — Prometa que vai me contar se algo acontecer, e prometa pra mim que nada vai mudar, por favor. — ela suplicou, com verdadeiro pesar em suas palavras.

O loiro não entendeu o que sua mãe quis dizer com 'nada vai mudar.' Talvez ela estivesse falando da relação de ambos, mas quanto a isso ela não precisava se preocupar, independente de Jungkook estar ou não em sua vida, isso não mudaria.

— Prometo. — disse com um sorriso que logo foi retribuído.

— Que bom, agora me dê o celular. — ordenou com a mão estendida para ele.

Jimin arregalou os olhos.

— Porquê? — exacerbado, ele questionou.

— Achou mesmo que a sua fuga para ir se encontrar com o bonitinho não ia ter consequências!? — negou com a cabeça. — Não mesmo, mocinho. Vai ficar o fim de semana inteiro sem celular ou TV, nada de Notebook também. Anda, passa pra cá. — uma ordem explícita foi dada, e Jimin sabia que ela não estava para brincadeiras.

Com pesar no coração por não se comunicar com Jeon o fim de semana inteiro e suspirando tristemente, ele retirou o celular do bolsa e entregou na palma da mão de sua mãe.

— Vou saber se ligar a TV, ok? Nem tente dar uma de esperto. — avisou, seria.

Jimin lhe mostrou uma cara feia que foi prontamente ignorada. Jina caminhou até o quarto do loiro onde encontrou o Notebook que foi o presente de aniversário de quinze anos. O pegou e levou para seu quarto, onde o escondeu no guarda-roupa e em seguida trancou o mesmo. Pegou sua bolsa e enfiou o celular do loiro ali, o levaria consigo para o trabalho. Quando terminou, pôs a mochila nas costas e trancou o quarto, logo caminhando em direção a sala onde teve a visão de seu filho emburrado e de braços cruzados sentado no mesmo lugar que o deixou

— Vou trabalhar, não esqueça do que eu lhe disse. — Jimin olhou-lhe e assentiu. — Amo você, nada de sair. Tem comida no fogão.

— Tá bem, mãe. Amo você. — respondeu chato, mas não estava com raiva de fato, apenas emburrado por ficar sem o celular e, portanto, sem Jungkook.

Jina sorriu um pouco, negando com a cabeça e virou em direção a saída. Segundos depois Jimin ouviu o barulho da porta ser fechada, agora estava isolado do mundo em sua própria casa.


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Na tarde de sexta-feira, Hwang finalmente se sentiu bem para voltar aos treinos depois de uma dolorida torção no tornozelo a exatas três semanas, e mesmo com o equilíbrio comprometido pela falta de treinos, Jungkook o fez suar a camisa com exercícios que o ajudassem a fortalecer o local da lesão, sem forçar.

Ele ainda não estava cem por cento, mas fez questão de aparecer quando se viu possibilitado de correr nem que fosse alguns metros apenas, Jeon o admirou secretamente. Aquele garoto não desistia fácil.

Aquele era o terceiro treino somente nesta semana, e sentia estarem melhorando, não que seu time fosse ruim, eram sem dúvida os melhores, todos diziam isso, mas ele havia feito rotinas para todos os onze jogadores, isso incluía os reservas.

Jungkook, além da função de capitão que o possibilita de atuar como técnico para solicitar tempo e contestar decisões de superiores, como também averiguar as condições da quadra, piso, rede, bola e uniformes, opera principalmente como o armador principal, sendo o melhor driblador e passador da equipe, observa em uma partida como o time rival joga defensivamente e é responsável por definir os ataques, tal como as jogadas ensaiadas e substituições. Jeon sempre respeitou seus limites e mesmo tendo duas funções em todo o jogo, se sentia mais do que bem em quadra.

Ainda mais quando podia contar com apoio de Yoongi na função de ala-armador, responsável por manter Jungkook desmarcado, trabalhando juntos em armações de ataques e ficou a sua responsabilidade iniciar um contra-ataque de passe longo sempre que possível. Apesar de sua altura ser apenas seis centímetros a mais que Jimin, sua destreza e agilidade em quadra fez esse detalhe ser completamente deixado de lado, e junto de Jeon, a dupla é imbatível e causa medo na maioria das equipes adversárias, não é atoa que estão nas duas posições mais importantes do time, em geral.

A função de Ala sempre foi permanentemente de Hoseok, pelas suas capacidades maravilhosamente bem executadas, como seus arremessos de curta, média e longa distância, a facilidade de adentrar nos "garrafões", sendo estas as extremidades da quadra para cobranças de faltas ou penalidades. Jung nunca levou o esporte tão a sério, mas era bom no que fazia e ficou deveras mais popular, por quê não aproveitar?

Por ter o melhor potencial de arremesso e força física, Hwang apesar de machucado, ainda era o ala-pivô, ou líbero, como chamavam. Sua função era basicamente intimidar seus oponentes, o garoto possui a mesma altura que Jungkook, maior em questão de músculos, sendo assim muito mais forte, com fundamentos próprios de defesa, é praticamente uma muralha humana, impenetrável, foi um dos motivos de ter se machucado feio no último jogo, muitas equipes queriam o tirar de cena o quanto antes para deixar o time abalado.

Namjoon acabou pegando o posto de Pivô pela notável característica de ser o mais alto do time, sempre próximo à cesta, jogando tanto no ataque quanto na defesa para disputar os rebotes, - quando um rival arremessa a bola, que não sendo convertida, volta após bater no aro ou na tabela da cesta. -, assim passando para os companheiros formarem um novo ataque. Kim joga sério apenas pelo espírito de competição, chegava a ser agressivo às vezes pelo desejo de ganhar sempre.

Juntos, os cinco formam o time principal do Busan angry Lions, classificado como melhor time é vencedor do campeonato interescolar no último ano, tendo como capitão o atleta estrela de Busan High School, Jeon Jungkook, filho do renomado empresário de tecnologia Jeon Sun Jun e da ilustre advogada Jeon Sook. Futuro CEO da Jeon Technology, empresa de sucesso mundial no ramo de jogos eletrônicos, programação e também atualização de 'softwares'.

Sem dúvida, eram títulos demais para um garoto recém-chegado a maior maioridade.

E mesmo com seu sonho sendo verdadeiramente o basquete profissional, não era como se recusasse a comandar a empresa do próprio pai, afinal, ele adorava cada coisa que via quando a visitava, mesmo não entendendo quase nada. Jeon sabia que teria em mãos uma empresa completamente indispensável no mercado atualmente, isso às vezes lhe deixava desesperado, não queria ser o motivo da destruição do que seu pai e avô lutaram tanto para construir.

E sequer sabia como poderia conciliar as duas coisas, sendo praticamente impossível, seu pai vivia em constantes viagens por conta das várias filiais espalhadas por diversos países e como uma boa esposa e advogada, sua mãe o acompanhava. Como diabos poderia se dedicar aos jogos se provavelmente não pararia em casa? Era uma loucura total.

Quando os treinos acabaram, já se passavam das seis da tarde, Jungkook olhou para o céu numa mistura de azul, amarelo e laranja assim que passou pelo portão da quadra de esportes, que ficava a uns oitenta metros de distância da parte de trás da escola, ambos eram ligados em linha reta por uma espécie de passarela de concreto, ventava forte e o moreno sentia a mistura de suor e terra grudando em seu corpo enquanto secava rapidamente.

A escola no geral possui dois estacionamentos ao ar livre, o de entrada mais utilizado pelos alunos e o de trás pelos professores. Nesse momento o garoto podia ver apenas dois carros muito distantes um do outro naquele espaço imenso e quase que completamente vazio pelo horário. Teria de atravessar a escola até chegar em seu carro na parte da frente, maldita hora que resolver estacionar ali.

Enquanto caminhava pela passarela de concreto em direção ao portão, podia ouvir os outros atrás de si, conversando e rindo de alguma besteira, seus amigos e inclusive os outros seis jogadores reservas, somente se concentrou no vento que soprava seus cabelos para trás e na pequena paz que era olhar para o lado direito e esquerdo, e vê-los completamente vazios. Os garotos estavam animados com algo no final de semana que começaria amanhã, mas Jungkook não dava a mínima, já tinha outros planos.

Decidiu que tomaria banho somente em casa, estava morto de cansaço e só queria comer e dormir. Se despediu dos outros enquanto caminhavam em direção ao vestiário, pensando em seu futuro jantar e completamente distraído, sentiu alguém puxar sua camisa quando passou rente a um corredor que já estava com salas trancadas e escuro.

O susto não foi o suficiente para lhe fazer gritar, ainda mais quando conseguiu distinguir o rosto de quem o encarava...

— Vai continuar me evitando até quando? — Sooyoung esmagava a regata e treino que deixava as poucas tatuagens à mostra entre os dedos, estava raivosa.

Jungkook suspirou cansado, tirando as mãos dela de si.

— Não estou te evitando. — respondeu dando um passo para trás,

— Não está? E o que significa tudo isso que anda acontecendo, hum? Você sequer responde minhas mensagens, só vive pra cima e pra baixo andando de carro com aquele moleque, o que houve com você, Jungkook!? — ela berrou, alto o suficiente para lhe dar dor de cabeça, os olhos apertados em pura raiva e descontentamento.

Podia jurar que viu uma fumaça sair de suas narinas. Suspirou mais uma vez.

— Eu sei que você não é burra, muito pelo contrário, já sacou o que está acontecendo. — ajeitou a mochila nos ombros, estava sem ânimo e paciência para aquela conversa, embora soubesse que a morena merecia uma explicação.

— Sim, já saquei. Você quis abrir seus horizontes novamente e agora voltou a ficar com meninos, isso não me impressiona vindo de você, mas ele!? — se referiu a Jimin, Jeon abriu mais os olhos, escutando. — Ele não é da mesma classe que nós e sequer pertence a algum grupo, não passa de um garoto metido a inteligente que sempre quis roubar o meu lugar! — gesticulou e apontou para si mesma, nervosa e indignada. — Sempre reparei nos olhares que ele te dava, mas não sabia que ia ser tão sem vergonha ao ponto aparecer com você em público, desfilando por aí como se o que nós temos não existisse!

Os olhos escuros de Jungkook adquiriram um brilho de raiva ao vê-la falar do menino daquela forma, nada era culpa dele, tudo que aconteceu era de sua responsabilidade e arquitetado por si mesmo.

— Nós não tem nada, Sooyoung! — elevou a voz, olhando fundo nos olhos transtornados dela. — E não fale dele dessa maneira, ele nunca quis seu lugar até por que você não tinha um! — foi duro. — Não haja como se tivéssemos um relacionamento e eu lhe devesse fidelidade, isso nunca aconteceu e você sabe!

Ouviu uma risada completamente irônica vindo dela.

— Então o que era tudo aquilo, hum? — Passou a mão no rosto bonito com força, quando sentiu uma pequena lágrima sair. — Eu estava lá sempre que você pediu ou precisou de ajuda, seja nos estudos ou em outra coisa, eu estava lá! Sempre estive e você fez parecer que eu era importante na sua vida, que eu era suficiente. Você me conheceu mais profundamente do que qualquer outro cara, então me responda... — respirou. — O que era aquilo? E por favor não me diga que era só sexo.

— Era só sexo, Sooyoung. — Jungkook desviou o olhar quando mais uma lágrima desceu pelos olhos dela. — Essa relação só existiu na sua cabeça, não me culpe por não ter atendido suas expectativas, mas eu nunca te prometi isso, nunca prometi um namoro, uma relação. Pensei que isso havia ficado claro quando decidiu se envolver comigo.

Apesar da irritação de tudo aquilo, aquela conversa tinha de acabar ali, por isso falaria tudo, mesmo que a machucasse.

— Você deixou claro que seria apenas uma noite. — em um tom de falsa passividade, ela disse entre dentes. — Mas você não cumpriu com isso, você me procurou outra vez, e outra, e depois outra até chegar ao ponto de que não se passava três dias sem que você fosse na minha casa. — suspirou alto, exausta e com o coração doendo.

Ela tinha razão, Jeon não cumpriu com o combinado de apenas uma noite, mas isso não quer dizer que devia alguma coisa a morena, não devia nada, ele havia ido em sua casa, mas ela o deixou entrar todas às vezes por conta própria, sabendo que ficava com outras pessoas, ela sabia...

— Então quer dizer que o quê? — fez uma pergunta retórica. — Que estava me usando esse tempo todo? Uma espécie de 'step' ou talvez um brinquedo que você podia pegar e jogar fora a hora que bem entendia, era isso? Eu era o seu depósito de esperma? — e novamente ela lhe encarava, implorando para que sua resposta fosse negativa, os olhos estavam afogados em lágrimas e pela respiração o moreno sabia que estava desolada.

Mas como poderia negar se era exatamente isso? Era assim que seus amigos a rotulavam e era assim que Jeon realmente a via, como alguém que sempre está ali, aceitando tudo o que faz. Ela botou em palavras tudo, e as palavras foram pesadas, mas Jungkook não poderia negar.

— Sim... — abaixou a cabeça quando viu as lágrimas descerem pelos olhos dela com a confirmação, não queria ver aquilo. — Era isso. — e confirmou novamente.

Sooyoung ofegou, enfiou as mãos nos cabelos arrumados, pouco importando se iria bagunçar. Ela se virou de costas para Jungkook e caminhou exatos cinco passos para frente, mais lágrimas caindo pelo rosto bonito enquanto agarrava com força os fios, queria arrancá-los, tamanha dor que estava sentindo, não podia acreditar... como infernos deixou chegar ao ponto de ter que escutar tudo aquilo?

— Desculpe.

E foi o que Jungkook teve a ousadia de dizer, ainda de cabeça baixa.

Outra risada, e dessa vez tão alta que Jungkook voltou a olhá-la quando esta se virava para ele novamente.

— Desculpe? — riu de novo. — Desculpe você diz quando pisa no pé de alguém. Desculpe você diz quando derruba o café de uma pessoa. Desculpe você diz quando fala o que não deve. Mas "desculpe", não se diz numa situação dessas, não se diz mesmo. — passou os dedos pelos olhos puxados, estavam molhados e doloridos.

— O quê quer que eu diga!? — faltou mais alto. — Ponha na sua cabeça que acabou, não existe mais nada entre nós, então, por favor, fique longe de mim e do Jimin, ok? Isso não é assunto seu.

Jeon só queria ir embora de uma vez por todas, e queria acabar com aquela conversa o quanto antes, não queria testemunhar as lágrimas de Sooyoung por sua causa.

Ambos estavam somente a alguns passos de distância, e o moreno estranhou quando a garota não respondeu sua fala ousada, mesmo sabendo estar com ódio. E o fundo de seus olhos ele via a dor, decepção e raiva, muita raiva, mas ainda sim, permaneceu calada, Jeon soube ali que havia partido o coração dela, pelo silêncio, e para Sooyoung não tinha mais nada a ser dito, absolutamente nada.

Nada que fosse capaz de mudar.

E nada que fosse capaz de destruí-la mais do que já estava.

— Ele vai te fazer chorar. — pausa. — E eu quero estar lá pra ver você sangrando por dentro.

E dito isso, ela caminhou a passos largos para fora do corredor e sumiu de suas vistas, indo embora sem olhar para trás. É, havia realmente acabado.

Jungkook pensou ser apenas uma praga sendo jogada em si por uma garota magoada demais, Jimin nunca o faria chorar, sabia que não.

Mas não era isso, e sim uma afirmação, uma conclusão irrevogável, uma certeza.

Após dirigir até sua casa, pensando o caminho todo em que porra estava fazendo, Jeon se encontrava aliviado por finalmente ter se livrado de um dos seus vários problemas. Pelo menos com Sooyoung fora da jogada, Jimin não teria mais motivos para hesitar em ficar consigo.

Tomou um banho, acalmou os nervos, vestiu conjunto de moletom e desceu para a cozinha, onde encontrou seus pais a caminho da sala de jantar, sem esperar muito, foi com eles e os atualizou sobre sua nova rotina na escola durante o jantar, a conversa havia sido boa, embora estivesse desconfiado de vê-los em casa tão cedo.

Quando o jantar acabou, Jungkook foi para o quarto e não tardou a procurar o celular, buscando pelo contato de Jimin, gostaria de falar com ele antes de dormir.

Franziu as sobrancelhas quando observou o garoto não olhar o celular desde o horário de aulas pela manhã.

[Me]
Oiii, tá aí?
[20:44] ✔️

Ele recebeu a mensagem, isso significava que o celular estava ligado e conectado a Internet, então porque o loiro não aparecia desde cedo?

[Me]
Jimin tá tudo bem???
Não olha o celular faz tempo
Aconteceu alguma coisa??
🧐😕
[20:47]✔️

Mandou depois de alguns minutos, e esperou mais um pouco. Realmente não haveria resposta. Estava começando a se preocupar.

[Me]
Escuta, eu quero falar com você, será que pode olhar o celular e por favor me responder?
Tô preocupado😵‍💫✔️
[20:53]✔️

Além de preocupado, estava frustrado e impaciente. Percebendo que suas mensagens não seriam respondidas tão cedo, acabou desistindo delas, partindo para algo que nunca havia feito antes.

Iniciando chamada...

O celular rente a orelha, escutando os toques de maneira irritada até cair na caixa postal, pelo menos agora tinha absoluta certeza que o celular estava ligado, do contrário a chamada seria rejeitada logo no primeiro toque.

Iniciando chamada...

Tentou mais uma vez, tendo o mesmo resultado da primeira tentativa.

Iniciando chamada...

Mais uma que teve o mesmo destino das outras.

— Mas que porra, atende! — já estava na sétima perdida, e continuava insistindo, não que ele fosse realmente obrigar Jimin a conversar, mas estava preocupado aos montes.

Finalmente escutou um ruído da ligação sendo aceita e quase respirou aliviado, mas logo sua bunda trancou com tanta força que nem vento passaria ali, assim que ouviu a voz vinda do celular.

Você é insistente em garoto.

Não era Jimin.

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Até o próximo, bjjs ❤️

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