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Confessem, foi rápido agora kkk

Votem e comentem!
Boa leitura!❤️

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Jimin sequer ousou se levantar da cama depois que Jungkook saiu, estava paralisado e em estado de choque, tanto que encarava a parede do quarto a minutos sem dizer uma única palavra. Fora a infeliz ereção que possuía no meio das pernas e que não importava o quanto tentasse, não sumia. Ainda sentia os lábios formigando e os beijos em sua pele em cada canto e não parava de ter arrepios espalhados pelo corpo, mesmo já estando sozinho.

Tentou respirar regularmente, a fim de acalmar seu corpo, mas algo dentro de seu peito e entre as pernas não o fazia ficar quieto, engolia em seco e fechava os olhos com força enquanto lembrava de tudo o que Jungkook e ele fizeram aquele quarto, a sensação vinha bem mais forte e o fazia apertar os dedos entre os cabelos.

Era como se estivesse à procura de ar e não conseguisse respirar, algo estava faltando, seu corpo sentia falta de alguma coisa, ou alguém.

Precisava dele. Do corpo dele novamente para matar aquela falta que o deixava contundido, e não foi necessário pensar muito para descobrir o que estava sentindo.

Tesão.

Algo que, desde que se lembra, foi reprimido por si próprio e tentava a todo custo ignorar. Mas depois de tudo aquilo, não teria como, era forte demais para deixar de lado. Jimin é humano assim como todo mundo e era normal ele sentir desejo de maneira aflorada, principalmente por ainda ser um adolescente. O problema para si era não saber como controlar, visto que foi desperto e no minuto seguinte foi deixado, não no sentido literal.

E estava frustrado, muito, principalmente porque o motivo de sua atual condição não estava mais ali. Levantou e andou pelo quarto, passando as mãos pelos cabelos e pensando, inevitavelmente soltou um sorriso, que logo se transformou em uma risada, se alguém o visse ali, o chamariam de louco com toda certeza.

— Céus, eu beijei... — falou para si mesmo, com um misto de contentamento e surpresa, como se só agora a ficha estivesse caindo. — Eu beijei... minha nossa, eu beijei. Beijei o Jungkook. — arregalou os olhos com as próprias palavras.

Seu plano era somente dar os parabéns ao garoto e entregar o presente, não acabarem com as línguas entrelaçadas no quarto de Jungkook. Mas era oficial, havia realmente acontecido e assim milhares de dúvidas passavam por sua mente agora. Havia ido bem? Ele falou que sim, mas em seguida foi embora, então deve ter sido bem ruim, terrível.

Era o que se passava em sua mente, e foi somente isso junto a um barulho alto vindo de seu estômago que o fez jogar aquela excitação desenfreada e os pensamentos malucos para o espaço.

Lembrou das últimas palavras que sua mãe lhe disse. Não esqueça de jantar.

Sua mãe.

Ele nem saberia o que dizer se ela o visse daquela maneira, no lugar onde estava e com quem estava a minutos atrás, talvez nem sequer falasse algo ou talvez gritasse consigo, nessa altura do campeonato, nem mesmo sabia o que pensar. Tudo estava ficando revirado em sua vida gradualmente desde aquele bendito trabalho em dupla.

E estava com fome, não comeu nada desde a tarde e só agora seu corpo resolveu dar sinais. Que conveniente, justo num lugar em que não era sua casa. Se bem que, observou os grandes pratos de salgados na cozinha da casa quando chegou, e pensar neles fez sua barriga roncar mais ainda. Em suas lembranças estavam com uma ótima aparência.

Mesmo com vergonha, não poderia ficar com fome a noite toda se dormisse ali, como Jungkook ordenou que fizesse. Nem sabia o que tinha na cabeça quando não se opôs a ideia e aceitou que dormiria naquele quarto. Procurou os tênis pelo local, aproveitando para juntar sua roupa que havia caído e logo depois calçou os sapatos. Caminhou até a porta e a abriu, só esperava ser rápido para o caso de Jeon resolver voltar para o quarto.

Meio sem jeito e retraído por usar as roupas alheias, Jimin foi descendo até chegar no último andar e seguir para a cozinha. Ainda havia algumas pessoas por lá, mas estas ligavam apenas para área das bebidas, mirou as bandejas no balcão de centro, o mesmo que havia comido macarrão com o moreno. Haviam variedades de salgados e até alguns doces, bem poucos, até porque aquilo não era uma festa infantil.

Não perdeu tempo e logo pegou um prato descartável limpo e pegou tudo o que queria, batatas fritas, alguns mini hambúrgueres, bolinhas de queijo, coxinhas de frango e pastéis, terminando com alguns pequenos doces. Vale dizer que o prato o qual pegou não era pequeno, e Park estava com muita fome, fora que de todas as coisas naquela festa a comida em questão era a que estava durando mais.

Quando colocou o primeiro na boca, suspirou em deleite, estavam divinos e pela primeira vez não se importou em comer na frente de estranhos, não quando eles estavam preocupados com tudo menos com o que tinha em seu prato. E assim foi, um a um, Jimin ia ficando cada vez mais cheio e satisfeito. Quando terminou, observou a cozinha com um movimento menor e quis ir até o freezer para investigar, com certeza haveria de ter alguma bebida não alcoólica ali, nem que fosse somente água.

Chegou perto e abriu, vendo cervejas, garrafas de vodka, energéticos e mais um monte de outras amontoadas e cercadas por gelo, remexeu algumas vezes procurando sabe-se lá o que. Estava quase desistindo quando uma latinha de coca-cola apareceu na frente de seus olhos, mas entre os dedos de outra pessoa, seguiu a visão da lata subindo pelo braço até parar em seu rosto, vendo um rapaz que não conhecia.

— Procurando uma dessas? — ele sorriu, estendendo o refrigerante para Jimin. — Foi bem difícil de achar, mas pode ficar com essa eu já tomei algumas mais cedo.

O loiro observou a bebida antes de pegá-la olhando desconfiado para o outro, notando características como o sorriso fácil de dentes brancos e alinhados até os cabelos em tom castanho escuro, pele bem branca e olhos afiados. Ele era mais alto que o loiro, um pouco mais forte também e muito bonito.

— Obrigado...?

— Kim Jongsoo. — piscou um dos olhos ao se apresentar.

— Bem, obrigado por isso, Jongsoo. — mostrou um sorriso fechado, não sabia qual era a daquele garoto, nem por que estava agindo assim. Acabou analisando a lata de refrigerante ali mesmo, procurando algum sinal de que havia sido aberta, nunca se sabe.

— Qual o seu nome? — quis saber, ainda olhando Jimin dos pés à cabeça.

— Park Jimin. — disse simples, abrindo a bebida, estava com sede.

— Hum, nome bonito. Igual ao dono. — elogiou. — De onde vem, Jimin?

O menor estava se sentindo estranho com todas aquelas perguntas, ele não teve a mesma abordagem que Miranda que falou consigo quando chegou, aquele garoto tinha outras intenções por trás.

— Daqui, de Busan. — deu goles no refrigerante. — E você? — perguntou por educação.

O rapaz sorriu.

— Sou de Daegu, me mudei para cá a alguns anos. — encostou o quadril no freezer já fechado.

— Entendo. — normalmente não estaria nesse tipo de situação, então não sabia o que fazer. — Você também é amigo do Jungkook?

Era o provável a se pensar, já que estavam na festa de aniversário dele. Mas o castanho ao ouvir a pergunta, nada fez além de rir e revirar os olhos de leve.

— Não somos bem como amigos, sabe? — não, Jimin não sabia, se não era o que ele fazia ali então?

— Mas você está aqui.

Você também. É amigo dele? — rebateu.

Deixou Jimin sem resposta, afinal, o que eles eram agora? Haviam se beijado loucamente no quarto e amigos normais não fazem isso, quer dizer, pelo que sabia. Gostaria de realmente saber agora, o que ele e Jungkook se tornaram a partir daquele beijo?

— Acredito que seu silêncio já diz. — o outro tirou suas próprias conclusões, que o loiro nem sequer se deu ao trabalho de replicar, pois, estava ocupado demais entre os próprios pensamentos. — Tem namorada, Jimin? Ou namorado?

Park travou.

Claro que não se impressionou pela pergunta, e sim pelos olhares que o outro lhe dava. Era um simples questionamento, mas as ações que o rapaz tomaria dali em diante dependiam de sua resposta. Era fácil de responder, porque mentiria?

— Não, não tenho. — negou. Acabou por encostar o quadril no freezer atrás de si, como o castanho, para se apoiar enquanto ainda tomava o refrigerante lentamente.

— Que ótimo. — seus olhos brilharam de um jeito estranho e Jimin sem perceber, ergueu uma sobrancelha para ele, o achando esquisito. — Quer dizer, meio difícil de acreditar que um garoto bonito como você não tenha ninguém. — desconversou e sorriu galante.

Não soube identificar se o garoto estava falando sério consigo ou apenas brincando, no final acabou por não respondê-lo, quem sabe assim ele ia embora e lhe deixava sozinho como estava antes.

— Jimin, se importa de ir comigo lá em cima? — o rapaz abriu um sorriso brilhante na direção do loiro, enquanto se aproximava mais com os olhos afiados e sem dúvida, nada inocentes.

— Lá em cima? Fazer o quê? — questionou de cenho franzido.

— Quero te apresentar um amigo meu. Você vai adorar ele. — Jimin não percebeu, mas aquela frase estava carregada de duplo sentido e malícia. Sem dúvida o garoto não sabia como reagir diante daquilo, eles não se conheciam, o loiro podia jurar que sequer lembraria do nome dele na manhã seguinte. Que diabos ele queria?

— Eu acho melhor não, mas obrigado. — mostrou um sorriso sem dentes, querendo parecer tranquilo e simpático.

— Qual é? É rápido, a gente vai lá e volta. Prometo. — se aproximou mais, chegando a passar as mãos no ombro esquerdo de Jimin logo descendo para o braço. O menino se sentiu bem mais que desconfortável.

O toque dele não se parecia em nada com o de Jungkook. Jong era invasivo e o sorriso de que antes poderia pertencer a uma pessoa legal, agora era irritante e chato de se olhar. O loiro não escondeu sua expressão de puro desgosto ao ser tocado daquela maneira, mas o outro não parecia se importar tanto.

— Eu preciso voltar... — tentou se esquivar.

— Vai ser legal Ji.

Ji?

Desde quando deu intimidade pros outros lhe darem apelidos assim?

O aperto em seu braço ficou mais firme. Aquilo estava o deixando preocupado, a essa altura não existia ninguém além dos dois na cozinha. Isso até alguém agarrar a camisa de Jongsoo e puxá-lo para trás com tanta agressividade e rapidez que não só Jimin se assustou, como o garoto também.

— Ficou surdo, porra? Ele disse não. — e então a voz de Jungkook foi ouvida pelos dois, alta e potente, ele estava com raiva, tanta que de fosse possível estaria soltando fogo pelas ventas.

O castanho desfez a face de susto ao ver quem era o cretino que o puxou pela camisa, dando lugar a um brilho de raiva nos olhos do rapaz que não intimidou a Jungkook nem um pouco. Tirou a mão alheia de suas roupas, logo ajeitando-as como se nada tivesse acontecido.

— Vê se cuida da sua vida, Jeon, ninguém te chamou aqui. Só estamos conversando. — o rapaz realmente não tinha nenhuma vergonha na cara ao falar aquilo.

— Eu vi o tipo de conversa que você queria ter com ele seu idiota, qual o seu problema? Sei que não tem respeito por ninguém na quadra, mas ser mesquinho ao ponto de querer forçar alguém? Isso é baixo até mesmo para você. — se aproximou perigosamente do outro, que mesmo assim não recuou e sustentou os olhares de raiva.

Yoongi e Namjoon entraram na cozinha e se aproximaram pelas costas de Jungkook, um de cada lado.

Kim Jongsoo era, na verdade, de outra escola e pertencia a um dos times de basquete rival do colégio. Nunca se deram bem. O garoto também era filho de pessoas importantes, isso fazia com que ambos frequentassem mais lugares do que gostariam juntos. Em quadra, enquanto Jeon era estrategista e pensava em conjunto com seu time, o castanho era agressivo e individual, chegando a lesionar alguns jogadores do time adversário sempre que precisasse, sendo seu preferido, Jungkook.

Isso sempre arrancou xingamentos e ataques de raiva do moreno, pois mesmo sabendo que Jongsoo não levava as regras a sério, nunca era retirado dos jogos, no máximo levava alguma advertência por má conduta. O mesmo também tinha seus motivos para detestá-lo, principalmente o jeito que ele se gabava por sempre conseguir tudo o queria, até o que era dos outros. A briga que começava nas quadras era sempre finalizada fora delas, com os dois trocando socos sempre que podiam, como agora.

Era uma oportunidade perfeita.

— Para de falar merda, porra! Eu não fiz nada com ele. — vociferou rendo ao rosto alheio. Odiava ser acusado, mesmo tendo culpa. Notou o modo como Jungkook olhava seguidas vezes para Jimin, checando-o como se procurasse algo de errado. Um sorriso zombeteiro surgiu em seu rosto. — Por acaso você tá pegando o gostosinho ali, é? Tá incomodado por isso?

Jimin ofegou, o que diabos aquilo virou? Por Deus, ele só queria uma bebida!

Sem querer a reação de Jungkook foi o suficiente para o garoto concluir tudo, pois a expressão de raiva que fez ao ouvir a palavra "gostosinho" saindo daquela boca imunda para se referir a Jimin foi inegável, tanto que o castanho soltou até uma risada se virando para o loiro atrás de si.

— Então você é o novo lanchinho dele, hum? Devo admitir, até que o babaca tem bom gosto. Quando terminar de brincar, passa ele pra mim. — e deu passos para sair da cozinha, mas antes olhou de cima a baixo para Jimin como quem olhava para um prato de comida, e ao ouvir aquelas palavras, o mais novo se sentiu imediatamente envergonhado e abraçou o próprio corpo.

Mas tudo a seguir foi muito rápido, Jongsoo foi virado com mais brutalidade do que antes e não conseguiu desviar do soco certeiro que Jungkook disparou em direção a sua boca com uma potência que nem ele mesmo previu. O som do impacto foi ouvido por todos na sala, Jimin arregalou os olhos enquanto Namjoon e Yoongi se aproximaram um pouco, mas não interviram.

Aquela briga não era deles.

Por não ter se aquecido antes, os ossos da mão do moreno estalaram, assim ele fez alguns movimentos sacudindo a mão direita no ar para aliviar o pequeno desconforto. E nem assim desfez a face enraivecida. Logo puxando o castanho pelo colarinho para deixar os rostos próximos.

— Repete o que você acabou de dizer. — sussurrou ameaçadoramente olhando duro para o rosto do outro. — Repete, caralho! Quero ver se você é homem pra falar isso na minha cara.

Mesmo se contorcendo de dor por dentro, Jongsoo não se deixou abater e sorriu debochado para Jungkook, com os dentes brancos agora um pouco melados pelo sangue que escorria de sua gengiva cortada.

— Ah, desculpe. Não quis ofender o seu namoradinho. — com a voz carregada de ironia, ele jogou as palavras enquanto se livrava do aperto em sua roupa. — E só pra deixar claro, eu não sou do tipo que deixar passar.

Ergueu o punho com destreza, Jungkook já estava meio lento por conta do álcool e não conseguiu impedir que o castanho o acertasse na lateral da boca, cortando assim seu lábio. Ele não expressou dor alguma apesar de  ter seu rosto virado para o lado oposto. Havia doído é claro, mas não daria aquele gostinho a Jongsoo. Jamais.

Foi questão de segundos até que os dois agora brigassem atracados um no outro, conseguindo se acertarem mais e mais vezes. Jimin olhava tudo aquilo atônico, se perguntou como as coisas chegaram naquele desastre e certamente não tinha como intervir, se afastou o máximo possível dos dois, intercalando olhares entre a briga e os outros dois garotos que apenas observavam, eles não poderiam se meter, nem se quisessem.

Se separaram quando Jungkook conseguiu acertá-lo diretamente no olho direito, deixando-o desorientado ao levar a mão até o local atingido.

— Desgraçado! — gritou, voltando a se aproximar.

Namjoon tomou a frente quando viu que o amigo limpava o sangue de seu rosto, era melhor acabar com aquilo de uma vez, eles não teriam nada a ganhar com isso além de hematomas e se não fosse pela música, as pessoas já teriam se amontoando para assistir aquele caos.

— Acho melhor parar por aqui, se não quiser ter essa sua cara desfigurada. — o esverdeado pôs a destra no ombro de Jongsoo, o advertindo apenas com o olhar. E o garoto só parou, porque sabia que não tinha chance contra aqueles três juntos.

Jungkook e Jongsoo não disseram uma palavra enquanto se encaravam com ódio velado nos olhos, aquela briga não era de hoje e estava longe de acabar.

— Você me paga, Jeon. — ameaçou entre dentes.

— To tremendo de medo! — tirou proveito para debochar do outro, não perderia o senso de humor por conta daquele idiota.

O castanho se pôs a sair pisando duro pela cozinha, não sem antes parar e olhar para Jimin mais uma vez, este que retribuiu com o medo brilhando entre as orbes. Realmente estava certo em não gostar daquele garoto, ele não era uma boa pessoa e percebeu isso em menos tempo do que imaginava, a briga foi apenas uma confirmação e Jimin desejava não ter que encontrá-lo de novo.

Assim que ele saiu, Park respirou fundo como se tivesse corrido uma maratona, mas só agora reparava terem mais três pares de olhos lhe observando. Um que o deixava nervoso e os outros dois, desconfortável. Yoongi notou que o loiro não usava as mesmas roupas que chegou na festa, e pelo tamanho, julgou serem de Jungkook, e este pensamento o fez dar um sorriso que por muitos poderia ser interpretado como puro deboche ou sarcasmo.

O mais velho não disse nada, apenas deu duas batidas no ombro de Jeon e maneou a cabeça para Kim, ambos também saíram da cozinha, deixando os outros dois sozinhos. Jimin olhou para o moreno e se assustou vendo o rosto bonito agora com manchas de sangue fresco. E ele não demorou a se aproximar do loiro.

— Você tá bem? Aquele imbecil te machucou? — pegou os braços do mais novo e analisou, fazendo o mesmo com o rosto e pescoço. A preocupação do rapaz era genuína. Jimin, por outro lado, se perguntava como era possível estar preocupado consigo quando ele estava com o rosto machucado.

— Eu estou bem, olha pra você. — apontou para o rosto alheio. — Ta sangrando...

— Isso não foi nada. — negou, realmente os danos foram superficiais. — Por que não me disse que estava com fome? Eu teria levado algo pra você.

Uma das meninas havia visto Jimin com Jongsoo na cozinha, e como as boas fofoqueiras que eram, não demorou para que chegasse aos ouvidos de Jungkook, que pensava ter o loiro dormindo em seu quarto.

— Eu não estava com fome... naquele momento. — se envergonhou, os dois estavam pensando em tudo menos em comida.

Jeon sorriu aberto pelo jeito fofo do outro, mas acabou praguejando baixo quando o corte na lateral da boca se esticou e ardeu a carne danificada.

— Tem certeza que isso não tá doendo? Não deveria ter brigado Jungkook, é seu aniversário... — murmurou, estava odiando vê-lo daquele jeito, ainda mais por sua causa, não era justo.

— Não podia deixar aquele idiota mexer com você e ficar por isso mesmo. — negou com a cabeça e começou a tocar o rosto. Apesar da situação, o coração de Jimin sorriu por dentro ao ouvir aquilo, estava o defendendo.

— Têm algum algodão por aqui? Precisa limpar. — começou a olhar em volta, procurando.

— Foi só um cortinho de nada, não precisa. — Jimin apertou um pouco os olhos em sua direção, como se o mandasse parar de ser teimoso. — Aish, tá bem! Tem um kit de primeiros socorros no armário ali embaixo. — apontou para o lugar, que foi prontamente seguido pelo loiro.

Ter um kit de primeiros socorros era ainda melhor que apenas um pedaço de algodão, assim poderia desinfectar a ferida e se Jeon deixasse faria até um curativo. Assim que pegou a caixa em mãos, voltou para perto do moreno novamente. O loiro abriu a caixa e começou a organizar o que iria utilizar, mas antes lavou as mãos rapidamente já que na caixa faltavam algumas luvas de látex. Jungkook apenas observava tudo encostado no balcão que havia no meio da cozinha.

O loiro puxou um pedaço de algodão e logo em seguida o molhou com soro fisiológico, se virou para o moreno a fim de limpar o sangue já seco, mas um pequeno empecilho o fez parar no meio do caminho. Pensou um pouco em como poderia fazer aquilo sem ser humilhante demais, Jeon acabou percebendo sua confusão pela demora.

— O que foi? — questionou, confuso.

— É que... você é-é bem alto. — o jogador uniu as sobrancelhas, mas soltou uma risada ao ver a que Jimin se referia. — Para de rir! — o outro riu mais ainda, fazendo-o bufar entediado.

O loiro batia exatamente no pescoço de Jungkook, conseguindo por a ponta de seu nariz no começo do peitoral malhado. Apesar de alcançar o rosto com os braços, seria difícil limpar o corte que estava próximo à sobrancelha direita, a não ser que o moreno abaixasse a cabeça um pouco mais, para facilitar.

Este que vendo a face antipática que Jimin fazia, foi parando de rir lentamente. Ele não iria se abaixar, não mesmo, tinha uma ideia melhor.

Se afastou do balcão e ficou de frente para o outro, assim trocando os lugares, sendo rápido ao chegar bem perto para puxar o mais novo pela lateral das coxas exatamente como havia feito no quarto mais cedo, apesar de não esperar aquela ação repentina, Jimin não se desequilibrou e rapidamente segurou no pescoço de Jungkook, ficaram os rostos próximos demais enquanto o moreno ainda mantinha um sorriso ladino na boca.

Colocou com cuidado o ser que estava em seu colo sobre o balcão, e daquela maneira não demorou a se enfiar no meio de suas pernas, a diferença de altura agora havia sumido e ambos se encontravam confortáveis, o loiro ainda um pouco assustado.

— Assim está melhor? — Jeon perguntou baixinho olhando fixamente para os olhos azuis mais lindos do mundo inteiro.

— Ah... está sim. — se remexeu um pouco pela posição, havia ficado nervoso novamente por causa dele. Lembrou rapidamente do algodão molhado em sua palma.

O levou até o rosto de Jungkook, começando a passar ao redor apenas para tirar o líquido vermelho que se prendia à pele. Jongsoo conseguiu abrir um pequeno corte no supercílio direito, era de lá que o sangue havia escorrido até chegar na metade da bochecha do jogador, a mesma coisa fora com o corte na lateral esquerda da boca, esta que ainda sangrava um pouco e chegou a escorrer pelo queixo. Jimin jamais falaria em voz alta, mas ele ficava até que sexy daquela maneira.

Quando terminou de retirar o sangue, descartou o algodão usado e logo puxou outro pedaço da caixinha branca, dessa vez o molhando com a solução de iodo para esterilizar a área. Jungkook observava tudo atento a cada detalhe do rosto de Jimin, na boca bonita, as bochechas grandes e fofas, estava tão perto que conseguia enxergar os pequenos poros da pele. Estava confuso pela maneira como admirava o garoto, sua cabeça sempre o elogiava como se nunca tivesse o visto, sempre repetindo que a mesma coisa e agora que haviam se beijado isso estava pior.

Foi surpreendido quando sua ferida ardeu repentinamente.

— Ai! — exclamou, tirando o rosto de perto da palma dele. — Isso arde! — pontuou, para dar ainda mais veracidade a sua dor.

— Eu sei, é normal. — tentou de aproximar novamente, mas o moreno afastou negando com a cabeça. — Precisa passar pra não infeccionar Jungkook.

— E como tem certeza que só não vai infeccionar se passar isso aí?

— Porque é pra isso que serve, ué. — respondeu simplesmente, quase rindo.

Jungkook bufou, desistindo de se esquivar e aproximando o rosto novamente, exibindo uma careta a cada vez que Jimin passava diretamente em sua ferida aberta. Ele segurou em seu queixo na hora de passar no canto da boca, sabia que aquilo estava pior e provavelmente doeria mais. Estava certo, Jeon rosnou e reclamou mais vezes do que pode contar, não tirava seu direito, aquilo realmente ardia muito, mas era por uma boa causa.

Agora, enquanto fazia os curativos, Jimin sentia os olhares de Jungkook constantemente, mirando os detalhes de seu rosto inteiro. Era intimidante ter aquela atenção toda apenas para si, tanto que chegou a corar forte.

— Sabe, na primeira vez que você veio aqui, eu queria te por aqui em cima e te beijar. — Jeon simplesmente disse, como se não fosse nada de mais.

Jimin se engasgou com a própria saliva, acabou tossindo vergonhosamente algumas vezes e afastou as mãos do rosto do moreno. Jungkook sequer ligou para a reação do outro, moveu as mãos para a cintura dele o trazendo para mais perto assim ficando colados um no outro.

Jimin estava nervoso, mas ele já havia feito aquilo. Mas o que pensava agora era que estavam em um lugar onde qualquer um poderia entrar e vê-los. Mas ali, com Jungkook olhando para sua boca do mesmo jeito que olhava no quarto, não poderia se importar menos com isso.

Jungkook uniu os lábios sem se importar com o machucado em sua boca, doeu um pouco, mas não seria por causa disso que pararia. Não teve o mesmo cuidado que antes, pois sabia que agora Jimin iria acompanhá-lo muito bem, e era verdade, o desespero para provar aquele gosto de novo, foi impossível não levar as mãos no pescoço alheio e agarrá-lo, começando uma briga por espaço com línguas e saliva.

Foi estranho ter as mãos de outra pessoa passeando por suas nádegas, mas o loiro se sentiu bem quando Jungkook as apertou forte e encostou as intimidades, chupando seu lábio de maneira erótica e logo o mordendo, sabia que ficariam mais vermelhos do que estavam antes, tamanha intensidade tinha a ação do outro. Aquilo não deveria estar acontecendo, não mesmo, a excitação estava voltando ao meio de suas pernas com uma força maior, seu corpo desesperado por uma espécie de contato que sua mente não estava pronta para ter.

A essa altura Jimin já sabia o que estava acontecendo, e o que queria.

Sexo.

Foi fácil para si mesmo confessar e ainda sim, era vergonhoso, era somente isso, como qualquer um seu corpo buscava qualquer tipo de alívio que desse fim a toda aquela sensação de agonia e desamparo, isso misturado ao desejo desinibido que o fazia tensionar todos os músculos do corpo, desde a ponta dos pés até os dedos das mãos, e Jungkook conseguia sentir isso a cada vez que o loiro puxava seus cabelos e apertava as pernas ao seu redor.

Não podia julgar, antes de ter suas primeiras experiências aos quatorze anos ele também não sabia se controlar, por assim dizer, porque tudo era novidade e motivo para a euforia, mas depois de um tempo o corpo se acostuma e passa a ser cada vez mais normal, não deixando de ser bom é claro.

Mas nem Jungkook com toda sua experiência comprovada, saberia dizer o que havia entre ele e Jimin, porque aquela porra não era normal, aquela química e o jeito que os corpos se encaixavam era uma coisa jamais sentida nem mesmo por ele. Se completavam de maneira automática e podia dizer estar igual ou no mesmo estado que Jimin, o que era um problema, pois não estavam no quarto como antes.

Seu pênis pulsou forte quando Jimin soltou um gemido baixo em resposta ao aperto que deu da bunda dele, só Deus sabia o quanto estava se controlando naquele momento. Já o loiro sentia sua cabeça formigar, queria parar aquele beijo, pois não queria ficar com sensação ruim em seu corpo de conter a excitação.

Não estava preocupado em querer fazer sexo, estava preocupado em querer fazer sexo com Jungkook!

Os barulhos de saliva e dos lábios se soltando e colando novamente era música para os seus ouvidos, os dedos firmes de Jeon passeando pelo seu corpo e apertando nos lugares certos fazia sua mente nublar. Suas mãos empurraram os ombros do mais alto quando a boca dele desceu para seu pescoço, deveriam parar, não tinha como ir adiante com aquilo.

— O que foi? — questionou sem tirar as mãos do loiro, um tanto confuso e ofegante pelo beijo recente.

— Eu... — estava atordoado. — Acho melhor parar.

— Por que? Nós estávamos indo tão bem... — murmurou manhoso, voltando a encostar os lábios no pescoço agora não tão branco, continha algumas marquinhas vermelhas pelas mordiscadas do moreno e lambidas afoitas.

Aquilo distraio Jimin por alguns segundos, pois um arrepio correu sua coluna quando a voz do moreno foi morrendo próximo ao seu ouvido, o instigando a pôr as mãos em seus cabelos novamente para puxá-los, Jeon gostava, mesmo que acabasse o bagunçando.

— Jungkook, nós... — o empurrou novamente para questioná-lo — Por que isso agora? Por que nós estamos fazendo isso? — mirou o de olhos escuros.

— Fazendo o quê? Se pegando? — Jimin não esperava que ele fosse tão direto, por isso abriu mais os olhos com a palavra explícita do que estavam fazendo.

— É, i-isso.

— Porque eu tô querendo te beijar a dias e pelo visto, você quis o mesmo. Não tem nada de errado nisso Jimin, eu sou solteiro e você também, qual o problema? — respondeu à pergunta.

Se a aposta não estivesse no meio de tudo aquilo, suas palavras estariam sendo sinceras. Não havia nada de errado, Jungkook falou a verdade, mas mesmo sem ter isso na cabeça como naquele momento, ele estava agindo mal mesmo sem querer, mesmo sem lembrar da aposta ou do dinheiro, estava errado em se envolver com o loiro daquela maneira através de fingimento e mentiras, ele era sincero na maior parte do tempo, sua admiração pela beleza dele era verdade assim como o desejo e curiosidade sobre quem Jimin era, mas ainda sim, era mentira, a raiz de tudo ainda era ruim.

— Nenhum, eu... só não estou acostumado com isso, desculpe. — abaixou a cabeça, mas logo foi erguida pelos dedos de Jungkook em seu queixo.

— Se depender de mim, você vai se acostumar cada vez mais rápido. — lhe deu um sorrisinho nada casto.

— O-oque quer dizer?

— Eu quero dizer que... — fez uma pausa, pegando o menino no colo novamente e o pondo no chão como se fosse um bebê, e o loiro ficava impressionado com a facilidade com que ele o carregava. — Vou beijar você em qualquer horário, situação ou lugar. Quando eu quiser. — deixou claro, em um tom profundo de galanteio e uma pitada de possessividade. — A menos que você me diga não. — deu um sorriso meigo.

Como alguém podia mudar o olhar, sorriso e até mesmo o tom de voz de maneira tão rápida daquele jeito? Isso deixava o garoto confuso até demais.

— Você quem sabe, loirinho. — rodeou a cintura dele com os braços. — Vai querer que eu continue?

Jimin não sabia o que fazer, dizer ou agir.

Porque Jungkook gostava de deixá-lo constrangido daquele jeito? Não era justo. Seu coração batia tão rápido quase esmagando suas costelas e era difícil respirar. Ele queria dizer que sim, era óbvio querer continuar o beijando sempre que pudesse porque era perfeito e gostava, foram só dois beijos em um curto espaço de tempo, mas já foi o suficiente para deixá-lo viciado, querendo as mãos do outro em si.

Era tão... nem sabia como descrever ao certo.

— E-u quero, mas... você tem a Sooyoung e eu... — só agora havia se lembrado dela, e de como os dois sempre estavam juntos como se fossem um casal, Jimin não queria se meter no meio daquilo, seja lá o que fosse.

— Eu não tenho ninguém, Jimin. A Sooyoung, o que nós temos- tínhamos. — se corrigiu. — Era mas por conveniência pros dois do que outra coisa. — expôs seu pensamento, e era a mais pura verdade.

Quer dizer, talvez ela nutrisse algum sentimento pelo moreno, mas ele duvidava muito que não fosse algo superficial demais ao ponto de ela saber que não era a única e continuar mantendo as aparências de um casal perfeito.

Jimin não falou mais nada depois daquilo, sentiu que não era preciso, já havia esclarecido muita coisa naquele meio tempo de conversa.

Depois disso, Jungkook levou o loiro até seu quarto novamente e mesmo que rolasse a sua festa lá embaixo, não sentiu vontade de voltar. Ele ficou ali, tirou as roupas de festa que agora eram desconfortáveis e vestia somente uma calça moletom na frente do outro mesmo, sem dificuldades.

Quando se deitou de barriga para cima, Park observou de maneira curiosa o tronco alheio, não havia tido tanta atenção naquela área antes, notou a tatuagem de ramos cruzados na costela e achou lindo, apesar de arriscado. Viu a barriga do outro com uma aparência e físico invejável e quase babou, mas foi rápido em disfarçar quando Jungkook virou o rosto e o viu ainda sentado na beira da cama.

— Anda, vem aqui. — pediu, se erguendo e o puxando pelo braço para se deitar ao seu lado, e de maneira meio desastrada, ele foi.

Ficou tímido novamente, aquela não era sua casa e nem sua cama, estava se sentindo estranho ao deitar ali. E tudo piorou quando Jungkook o puxou novamente para que sua cabeça ficasse em seu peito quente, possibilitando Jimin a ouvir as batidas ritmadas de seu coração. Jungkook fez tudo isso de olhos fechados como se já estivesse dormindo, soltando um suspiro quando encontrou uma posição perfeita do jeito que estavam, logo abraçando o menino para prendê-lo a si.

Jimin estava de olhos arregalados pelas ações do outro e prendia a respiração como se sua vida dependesse disso.

Céus, como foi que eu cheguei aqui!?

Era o que se passava em sua cabeça, jamais se imaginou aquela situação e agora que acontecia, não sabia o que fazer.

Mas não se enganem, Jungkook também não estava acostumado com aquilo, de ter alguém deitado em seu peito ou em sua cama, mas queria que Jimin ficasse ali, bem quietinho do jeito que estava. Era bom, lhe trazia paz. Tão diferente da sensação de grandeza exacerbada e futileza que Sooyoung lhe dava. Estava amando.

Com os minutos passando e nenhuma palavra sendo dita, a única coisa que Jimin ouvia eram as respirações de ambos e às batidas do coração de Jeon, que sem querer, começaram a relaxar sua mente e corpo, o ritmo bonito que significava o moreno estar vivo conseguiu o embalar num estado em que não só lhe deu paz, também o fez se ajeitar e grudar mais no corpo alheio.

Passado mais alguns minutos daquele jeito, o mais novo tirou a cabeça do peito de Jungkook apenas para encarar o rosto de olhos fechados e respiração serena, tão bonito. Acreditou que ele já estivesse dormindo e voltou à posição inicial e bem devagar moveu a mão até a barriga dele. Tocou a pele quente e levemente bronzeada com a ponta dos dedos, era como uma apreciação.

Timidamente levantou o dedo gordinho e apertou duas vezes seguidas a pele para baixo, sentindo a dureza dos músculos do moreno sob seu dígito. Parecia uma criança curiosa. Jeon vendo e sentindo tudo aquilo, não se controlou e riu, fazendo seu peito tremer e o loiro se assustar, recolhendo a mão rapidamente, com vergonha de ter sido pego no flagra.

— O que tá fazendo? — questionou risonho.

— Nada. — respondeu rápido, voltando os olhos para ele. — P-pensei que estivesse dormindo.

— Pensei que você estivesse querendo dormir. — rebateu. — Pode tocar se quiser, não me importo. — deu permissão. Porém, Jimin não o tocou novamente, mas seus olhos bateram direto na tatuagem.

— Doeu muito? — perguntou curioso, mirando os olhos escuros e logo depois a tatuagem na costela.

Jungkook sorriu, entendendo.

— Pra caralho. — piscou os olhos ao lembrar. — Mas eu me acostumei.

— Você é doido. — o loiro pontuou sério, mas não recebeu nada além de uma risada como resposta.

— Eu sei. Agora quieto! Caso contrário não levo você pra casa amanhã. — ameaçou, fechando os próprios olhos e obrigando o loiro a deitar a cabeça novamente.

Jimin riu contido e decidiu ficar quieto, pensando em tudo e nada ao mesmo tempo, sem perceber seus olhos iam pesando cada vez mais.

E assim dormiram, juntos e pela primeira vez.

Estava tão confortável e quentinho ali que a hora passou rápido, e o relaxamento dos corpos juntos fez com que nem Jungkook e Jimin se incomodasse com o barulho la fora.

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