Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

[01]

Votem e comentem ok? Revisei esse capítulo umas quatro vezes, mas do jeito que sou lerda devo ter deixado passar algum erro, me alertem!

Tenham uma ótima leitura!❤

À medida que os dias passavam, que viraram meses e anos, Jimin se acostumava cada vez mais com a ideia de que não teria absolutamente nada de especial para contar aos futuros filhos – caso um dia chegasse a ser pai. – sobre a escola e as coisas que fez em sua adolescência. Já estava no terceiro ano do colegial, prestes a se formar e ainda era um completo invisível aos olhos de praticamente todos na escola, e tinha certeza que seria impossível reverter isso em menos de seis meses, era o que faltava para a tão sonhada e esperada formatura. Jimin também não fazia questão de mudar, já tinha se conformado a tanto tempo que simplesmente não importava mais.

Não dá para sentir falta do que nunca se teve. E em seu caso, amigos e diversão nunca fizeram parte da sua vida e talvez nunca fizessem.

Era uma vida solitária, mas era o que se tinha, o que sempre teve e assim seria por... não seria certo dizer por toda a vida, porque uma coisa que o loiro aprendera lendo diversos livros durante anos, era que o futuro sempre seria imprevisível, coisas boas poderiam lhe acontecer, mas nunca criou muitas expectativas sobre o assunto.

Pensar no futuro era uma coisa que tentava não fazer com frequência, sempre ficava mergulhado em pensamentos ruins sobre como seria a vida estando em uma universidade, o que menos queria era que se tornasse tão miserável quanto a escolar. Queria fazer diferente pelo menos alguma vez, esses eram seus planos para depois da formatura.

A Seoul National University (SNU), na capital, é um dos maiores objetivos da vida de Park, desde os quinze anos esse era o seu maior sonho, cursar arquitetura e finalmente sair de Busan para conquistar tudo que pudesse em outro lugar, com outra vida e muitas coisas novas para experimentar. Claro que não deixava de ser um sonho difícil, afinal entrar em uma das maiores universidades de Seul não era para qualquer pessoa, são muito seletivos, apenas por isso sempre mantinha suas notas elevadas e estudos em dia, aumentavam consideravelmente as chances de ter a carta de recomendação da escola e também passar no exame de admissão para ingressar no curso, seria um dos poucos a conseguir a bolsa integral.

Sua mãe sempre apoiou esse sonho, grande parte porque ela também tinha vontade de mudar para Seul. Assim como o filho, a mulher não tinha muitas coisas importantes em Busan, trabalhava como enfermeira a dez anos em um hospital próximo, o que significava que poderia pedir a qualquer momento uma transferência para trabalhar em outra cidade, isso não era um problema para Park Jina. Na verdade, já tinham praticamente tudo planejado, economizaram dinheiro durante bastante tempo, a mulher com o trabalho e Jimin com alguns serviços que fazia durante as férias. Venderiam a casa no final do ano e estavam a procura de apartamentos pequenos já faziam dois meses, Jina gostava de organizar tudo com extrema antecedência.

Falar sobre mudanças sempre dava um ar infantil a linda mulher, pois adorava coisas novas. Ficava entusiasmada com facilidade a assuntos envolvendo decorações, afinal, também era um grande desejo seu trabalhar com isso, mas por acaso do destino, teve seu sonho interrompido quando soube que Jimin estava em seu ventre e em breve, a caminho de seus braços. O filho que ganhou apesar da pouca idade é o que a morena poderia chamar de orgulho, pois nada a fazia mais feliz do que tê-lo ao seu lado. O amava com todas as forças.

Quando o loiro conversou com a mãe sobre a faculdade de arquitetura, houve um momento de choque para Jina, pois não esperava que seu filho compartilharia do mesmo sonho que ela tinha para si e jamais iria impor a Jimin um objetivo que o menino não gostasse. Por coincidência, eles tinham a mesma linha de pensamento e de opiniões. Fez questão de dar ao garoto toda força e apoio que não recebeu de seus pais no passado, e fazia isso com gosto, pois sabia que Jimin tinha talento e ninguém passaria por cima de seu único filho, ela não deixaria.

Tudo isso porque tinha certeza que o loiro seria aprovado, de um jeito ou de outro, simplesmente não existia a possibilidade de seu filho não entrar na faculdade, porque acreditava no potencial dele e sabia que daria certo. E se não desse, os planos não mudariam.

Sabia também, que Jimin nunca foi como as outras crianças e não mudou em sua adolescência. Via seu filho sozinho quase sempre e isso lhe partia o coração, pois Park era um menino incrível e as pessoas teriam sorte em ter alguém como ele por perto. Amadureceu de forma tão rápida e tinha opiniões tão bem postas e posicionadas, formadas por argumentos concretos e indispensáveis, isso às vezes assustava as pessoas.

Ele muitas vezes chegava a lhe explicar certas coisas que não entendia, como quando o mesmo revelou sua sexualidade, a mulher não sentiu raiva do garoto ou até mesmo repulsa, apenas pediu para que lhe explicasse e assim Jimin fez. Tentou ser compreensiva durante todo o assunto e surpreendeu a si mesma com tamanha capacidade de entendimento da mente aberta que possuía. Ao final da conversa, um abraço foi dado, com direito a algumas lágrimas de alívio vindas de Park, Jina entendeu que aquele era um ato de coragem absoluto de seu filho, ela nunca o expulsaria de casa ou o rejeitaria, mas o loiro não sabia disso e mesmo assim correu o risco.

Ele estava se tornando o homem corajoso e destemido que ela o criou para ser, e não poderia estar mais orgulhosa. Era seu filho ali, gostando de garotas ou não, jamais deixaria de ser seu filho.

E Jimin tinha consciência de tudo isso, da mãe maravilhosa que tinha consigo, faria de tudo para deixá-la orgulhosa de si.

Nesse período também havia se acostumado com a ideia de que não teria suas primeiras experiências românticas naquele lugar, muito menos com as pessoas daquela escola. Não estava desesperado para isso acontecer, até porque apaixonar-se por alguém estando tão perto de realizar seu grande sonho estava fora de questão, isso o atrapalharia de muitas formas e sabia disso justamente porque nunca lhe aconteceu, não saberia lidar com os sentimentos novos e muito menos com os de outra pessoa caso fosse recíproco.

Apesar de ter praticamente tudo planejado, sempre sentia estar deixando algo passar, como se estivesse deixando oportunidades em Busan que jamais passariam por sua vida novamente e isso o assustava em níveis extremos, pois o passado é irremediável e sempre perdemos alguma oportunidade por medo de nos arriscarmos demais para acabar dando errado.

Ser solitário na maior parte do tempo o fez um bom observador, acreditava, e um péssimo comunicador na maior parte do tempo.

Observou todas as pessoas com quem teve convivência em sala de aula se darem mal exatamente por se arriscarem demais, algumas por motivos bestas como colar na prova e supuser que as câmeras não pegariam, ou por coisas mais serias como fazer sexo nas salas vazias do terceiro andar e acreditar que não teria ninguém olhando, sempre têm.

Igual à professora de Jimin nesse exato momento, o observando devanear olhando para a janela de forma perdida, sem dar a mínima para suas palavras e explicações, alheio a tudo naquela sala. E o mesmo não imaginava estar sendo encarado pela educadora de forma tão aberta.

— Park! Será que pode sair um pouco desse mundo da lua e prestar atenção na explicação aqui? — a professora Kim disse um pouco risonha, estava fazendo uma brincadeira consigo. A loira era uma das poucas professoras que todos gostavam e, ao mesmo tempo, respeitavam, era um dom.

Os alunos soltam risadas em conjunto. Suas bochechas esquentam.

— Me desculpe, professora. — murmurou envergonhado, encolhendo os ombros e abaixando um pouco a cabeça. Detestava quando a mesma fazia isso, atraia atenção demais para si.

— Bom vamos seguir, então. — dita enquanto se aproxima da turma, ganhando a atenção de todos. — Como muitos sabem, o último semestre foi um verdadeiro desastre para grande parte da turma, assim como o ano inteiro para ser sincera. — sua voz estava baixa e parecia preocupada de fato, decepcionada. — Estou começando a acreditar que meu método de ensino é mesmo muito ruim, não entendo como tiram notas tão baixas em minha matéria. — passou as mãos pelo rosto, se mostrando cansada e, ao mesmo tempo, aflita.

Kim Junhe é a professora de matemática do terceiro ano, por volta dos trinta e cinco anos e era muito bonita, todos gostam dela, pois esbanjava simpatia e gentileza. Jimin poderia dizer que eram próximos, já havia comentado sobre o desejo de entrar na universidade da capital, e claro, ela se mostrou totalmente a favor e até lhe desejou sorte, tinha uma admiração pela mesma para ser sincero. Ela sabia de sua dificuldade de socializar e sendo contrária a maioria dos professores, não o obriga a fazê-lo nos projetos que necessitam disso.

— Claro que não, professora! A senhora é uma das melhores, mas temos que admitir, a matéria não é das mais fáceis. — uma menina sentada no fundo da sala diz alto. Possivelmente sendo uma das pessoas com notas baixas.

— Não é o que as notas dizem, Junghwa. — a mulher responde. — Estão cada vez piores, temo que muitos reprovem no final do ano, e olha que já não temos tanto tempo assim para corrermos atrás do prejuízo. Eu sei que é difícil, já tive a idade de vocês, mas espero que se esforcem. — pede, verdadeiramente entristecida com os alunos, era uma das poucas professoras que fazia o impossível para ajudar a todos, sem deixar nenhum para trás. Afinal, não havia escolhido aquela profissão à toa.

Enquanto a sala escutava o sermão, Jimin se mantinha concentrado em seu caderno, pois sabia que todo aquele discurso não se aplicava a ele.

Era um dos poucos alunos que nunca sequer chegou a fazer uma recuperação, seja naquela matéria ou em várias outras, é uma das poucas coisas que gostava de se gabar em seus pensamentos.

Maaaas como sou uma ótima, linda e muito misericordiosa professora. — acabou rindo, toda pomposa enquanto fala de si mesma. — Vou dar uma ajuda a vocês neste semestre. — ouviu alguns murmúrios meio duvidosos e curiosos, se divertia muito com a desconfiança de seus alunos, por isso sorria de lado enquanto andava pela sala com os saltos finos fazendo barulho. — Em vez de provas como sempre fazemos, vou passar um trabalho em conjunto e...

— Isso quer dizer que não vamos precisar fazer nenhuma das duas provas neste período? — alguma voz, a professora não conseguiria dizer de qual direção veio, falou alto, totalmente empolgado e estranhamente feliz com a possibilidade, assim interrompendo a loira.

Jimin não estava tanto assim, mesmo que não ficasse sem grupo nos trabalhos, era sempre estranho apresentá-los com quem não conhecia e consequentemente não tinha intimidade o suficiente para cobrar participações.

Cada período, tinham cerca de duas provas de cada matéria, juntando ao comportamento em sala de aula e exercícios feitos, no fim de tudo, é assim que as escolas obtêm a média de qualquer aluno. É um método completamente ineficaz e antiquado, mas infelizmente a sociedade ainda pensa que esse é o melhor jeito para formar novos adultos, mesmo com inúmeros estudos já terem comprovado o quanto o sistema é falho.

— Bom... não. — decretou por fim, arrancando reclamações de quase toda a sala. Até aquele momento Jimin não se importava com o que seria feito, só resolveria o mais rápido possível para se livrar e voltar a ler seus livros. — As provas são obrigatórias por ordem da escola, assim não posso interferir nisso. Mas, apenas eu posso dizer quantos pontos essa prova irá valer, por tanto, tive uma ideia que acredito que vai ajudar muito vocês. — andou rápido até sua mesa, tirando de lá uma pasta cheia de folhas, ordenando a uma aluna qualquer que distribuísse para a sala. — Passarei um trabalho, valendo 80% da nota final, assim as outras provas ficarão com o valor bem menor, menos chances de vocês se lascarem neste período. — disse risonha, acabando por arrancar risadas de todos os alunos, inclusive de Jimin que nem sequer a olhava.

Era uma boa saída, deixou todos os alunos aliviados e com um sorriso gigante na cara. Mesmo que a escola não apoiasse tanto esse tipo de coisa, a Sra. Kim sempre dava um jeito de ajudar seus alunos, era por isso que gostavam tanto dela e a respeitavam, havia nascido para se dedicar à educação e sabia disso.

— Os trabalhos serão em duplas, e eu escolherei Ok?

Por incrível que pareça não teve muitos que reclamaram disso, para quem está praticamente ferrado em questão de notas, é um mero detalhe. Mesmo assim Park não deixou de fazer uma careta desgostosa com essa informação, não chegava a se estressar em trabalhos, até porque fazia sempre tudo sozinho, mas a sensação de ter que conversar com uma pessoa desconhecida sobre isso era... desconfortável.

— Têm um motivo muito bom para isso. — continuou explicando. — Como eu disse antes, não são todos que estão nessa situação, um bom número de alunos está com um desempenho excelente e com notas boas. Sendo assim, eu tentei dividir tudo igualmente, os alunos com notas boas farão dupla com os que estão precisando de assistência. Por tanto, além de fazerem um trabalho equilibrado, terão uma aula particular de graça. — ela sorri como se fosse a pessoa mais inteligente e astuta do mundo, para o loiro era divertido vê-la explicando algo, sempre muito alegre e de bom humor. — Todos de acordo? — ergueu uma sobrancelha.

— Acho muito justo. A Sra. Kim. — Sooyoung falou, com um sorriso pequeno.

Que é nada mais e nada menos que a representante de turma, por tabela, em questão de notas era Park Jimin quem deveria ocupar esse cargo, mas renunciou ao perceber que nunca conseguiria superar a timidez e chegar a socializar com os demais professores e participar de reuniões. Kim Soo Young era perfeita para isso, é popular, bonita, muito inteligente e bom... rica, seu pai contribui de forma financeira para a escola a bastante tempo, a morena tinha tudo para ser uma representante invejável, a não ser pelo fato do loiro existir, e estar na mesma sala que a garota.

Suas notas sempre foram superiores às da morena, isso fazia com que a mesma não fosse com a cara do menino, não sabia se por sorte ou qualquer outra coisa, mas ela nunca havia feito algo de ruim consigo além de lhe lançar caras feias e olhares tortos.

— Já estou com a lista feita, vou ditar os nomes e no final da aula podem discutir os detalhes do trabalho. As instruções estão na folha que entreguei a vocês. — assim foi o início da contagem de duplas, a loira citou nome por nome.

Jimin apostava suas duas mãos de que ficaria com uma pessoa qualquer, que provavelmente não teria que se preocupar em questão de conversar por que como sempre, faria tudo sozinho e para não arranjar problemas colocaria o nome da pessoa no final do trabalho. Simples assim.

Mas o universo sem dúvida queria dar um pouco de emoção a sua vida, ou talvez muita, e dessa vez ele caprichou.

— Jeon Jungkook e... Park Jimin.

Foram essas as palavras da professora, e quando o cérebro do loiro decodificou a mensagem, o mundo parecia ter entrado em colapso por um instante.

Seus olhos se arregalaram e seu coração começou a bater três vezes mais rápido, ficou rígido como se tivesse travado e o embrulho no estômago repentinamente lhe fez arrepiar.

Aquilo só podia ser uma brincadeira.

A Sra. Kim ainda ditava as duplas, mas Jimin não conseguia se concentrar em nada, chegou a ouvir por alto a voz de Sooyoung pronunciando um 'como assim?', e seu tom de voz era de indignação e nada amigável.

Não ousou virar na direção do garoto mencionado, não tinha coragem de olhá-lo nos olhos caso estivesse o encarando de volta. Apenas permaneceu parado vendo as folhas do caderno cheias de rabiscos. O choque ainda presente em seu coração.

Em dois anos, Jungkook tinha se tornado tudo aquilo que todos esperavam dele, inclusive Jimin.

Havia se tornado algum tipo de astro do ensino médio. O loiro chegou a premeditar que ele faria o teste para o time de basquete, e estava certo, em apenas alguns meses o moreno havia provado ser uma verdadeira estrela no esporte, ganhando o título de capitão muito mais rápido que o normal. Isso lhe trouxe tanta popularidade que chegou a assustar, até porque o mesmo não fazia o tipo bonzinho, seu estilo estava mais para um Bad boy malandro do que outra coisa.

Ele havia ficado bem mais bonito do que no dia em que Park o viu pela primeira vez, ganhou mais alguns centímetros de altura e massa muscular, o rosto era másculo e sem imperfeições, quem o visse poderia dizer que já era praticamente um homem feito. O sonho de qualquer garota ou garoto, já que nunca teve problemas ao deixar claro que gostava dos dois, um fato que o fazia nunca permanecer sozinho por muito tempo.

Jimin e Jungkook estudavam na mesma sala desde o primeiro ano, o loiro havia desenvolvido uma pequena queda pelo mesmo naquela época, mas isso acabou no momento em que um episódio muito constrangedor ocorreu com ambos, resumindo:

Jeon Jungkook é um tremendo cafajeste!

Fora que algumas atitudes dele faziam Jimin ter cada vez mais certeza de uma coisa: se envolver com Jeon era pedir para ter problemas, e na pior das hipóteses, um coração partido. Pois, perdeu a conta de quantas vezes presenciou ou ficou sabendo que o jogador havia rejeitado os sentimentos de um garoto ou garota que teve a coragem de se declarar, era uma coisa triste de se ver, falava as piores palavras para afundar alguém, e ria disso como se fosse uma piada. Algumas dessas pessoas tinham o hábito de chamá-lo de estúpido ou babaca, virou uma espécie de apelido, até entre seus amigos.

Claro que tinham exceções, Sooyoung era uma delas.

Os dois ficavam há muito tempo, a morena falava aos quatro ventos que eram praticamente namorados, mas todos sabiam que Jeon ficava com muitas outras pessoas além dela, tanto dentro como fora da escola, ele sempre soube de seus sentimentos, mas parecia não se importar tanto. Ela é como uma ficante fixa, aceita qualquer coisa que vier dele, talvez por ser a única que o mesmo não rejeitou de primeira, Jimin pensava que ela via isso como estar a um passo à frente de qualquer outra pessoa e realmente era.

Pois, para o jogador as pessoas eram passageiras, não podiam oferecer nada além disso, e Soo foi a única capaz de chegar tão longe.

Por esse motivo havia ficado tão irada quando ouviu que Jungkook faria dupla com Park, afinal, o certo seria que os dois ficassem juntos, já que estão sempre próximos e todos os professores sabiam do envolvimento destes.

E, sobre ter problemas? Jeon nunca foi capaz de esconder algo de sua vida, inclusive que esta era bem ativa – sexualmente –, era previsível o ver se atracando com alguém nos corredores ou banheiros. Lembram das pessoas pegas fazendo sexo nas salas do terceiro andar? Então, a maioria estava na companhia ilustre do jogador, e por algum motivo, nunca tinha problemas pelas coisas que fazia.

E mesmo depois disto, Jimin como o idiota que sempre se achou ser, não deixava de ficar mexido quando o garoto estava por perto, mas aprendeu a disfarçar bem. Sempre havia sido mais como uma atração do que um sentimento concreto, o moreno sempre chamou atenção de todos naturalmente sem precisar fazer esforço, e convivendo com o mesmo diariamente, era difícil deixar esse interesse de lado, ainda mais porque nenhuma outra pessoa lhe fazia ter certos tipos de pensamento, somente Jungkook.

Mesmo sabendo de todas as coisas que o moreno fazia de errado.

Park nunca deu importância para essa atração porque sabia que não existia a menor possibilidade de rolar algo entre si e o garoto mais cobiçado daquela escola. Absolutamente nenhuma.

Nesse momento a única coisa pela qual torcia era que pelo menos ele fosse igual a todas as outras pessoas, que apenas lhe diziam para colocar o nome destas no trabalho e ponto final, pois apenas pensar na possibilidade de ficar ao lado de Jeon por mais tempo do que o necessário lhe causava um nervosismo e ansiedade sem igual, e nunca soube lidar bem com essas coisas.

Pelo restante da aula o loiro não conseguiu ficar quieto de maneira alguma, se pegava olhando a cada cinco minutos o relógio de pulso para conferir às horas, ou então estava roendo as unhas e mexendo no cabelo, uma mania que tinha a tempos. Não ousava olhar para os lados com medo de que Sooyoung ou até mesmo Jeon estivessem lhe encarando, a ansiedade que estava sentindo parecia ter deixado a sala dez vezes mais fria, fazendo-lhe ter arrepios constantes e dolorosos. A única coisa que queria era levantar dali e sair correndo.

Quando o sinal tocou, foi o primeiro a arrumar suas coisas e correr porta afora, esbarrando em alguns alunos no caminho e sussurrando desculpa a todo momento, só queria ultrapassar o portão de entrada da instituição e finalmente poderia voltar a respirar corretamente outra vez, estava prestes a sufocar.

Mesmo que sequer soubesse do que exatamente estava fugindo.

Mas parou subitamente ao escutar:

— Ei loirinho! Espera! — era a mesma voz, a voz dele, gritando no meio do corredor entre as várias pessoas.

E Jimin sabia ser consigo, após tanto tempo, a anos escutando-o chamar apenas outras pessoas, por apelidos ou pelos nomes verdadeiros, a mesma voz – agora um pouco mais grossa e que lhe dava arrepios. – chamava-o de loirinho outra vez. Não sabia como reagir a isso, por que no estado em que se encontrava, nunca conseguiria estabelecer uma conversa com o garoto sem gaguejar ou se atrapalhar completamente.

Jimin teve um pequeno lapso de coragem naquele instante, e quando deu por si, estava girando seu corpo para trás, dando-lhe tempo de vê-lo correndo até parar em sua frente.

Sorrindo...

Perdeu a conta de quantas noites dormiu se imaginando ser o motivo para aquele sorriso tão lindo e característico aparecer nos lábios de Jungkook, e agora era realidade.

O ar foi roubado de seus pulmões.

— Caralho, como você é rápido em!? — Jeon perguntou, ou exclamou quando chegou a centímetros do loiro. Park sequer reparou em seu xingamento idiota, e sim em seu sorriso, ele estava mostrando-lhe aqueles lindos e fofos dentinhos de coelho, com o rosto tão iluminado que se assemelhava a um anjo.

Sentiu o rosto ficar quente.

— M-meu nome é Jimin.

Que diabos?

Se xingou mentalmente no instante que as palavras deixaram sua boca, mas foi a única coisa que conseguiu raciocinar rápido o bastante para o responder, antes que lhe achasse ainda mais estranho.

O moreno deu uma pequena risada, achando graça da reação de Jimin ao tê-lo em sua frente, mesmo que já esperasse por aquilo, não era nenhuma surpresa deixar meninos como Park desconcertados.

— Sim, eu sei, mas gostei de te chamar de loirinho, tem algum problema? — ergueu uma sobrancelha, agora apenas com um risinho de lado, encantador e malandro ao mesmo tempo.

O menor perdeu novamente o compasso da respiração ao ouvir aquilo, suas bochechas ardendo.

— N-não... — pigarreou desviando seus olhos para o corpo do jogador, reparando em suas roupas. Realmente não se importava com o apelido, se sentia bem ao ser chamado assim pelo garoto.

Estava vestido com uma camisa vermelha grande de mangas médias deixando algumas pequenas tatuagens espalhadas à mostra, calça azul escura, coturnos pretos e a tão famigerada jaqueta de couro escuro estava amarrada em sua cintura. Era uma roupa muito simples para um dia de aula, mas parecia que nele tudo ficava excepcional, até os brincos e 'piercings' em suas orelhas. Enquanto Jimin vestia apenas um blusão branco de mangas longas, calça preta e seus tênis velhos.

Ao notar estar olhando demais, resolveu mover a cabeça para os lados, se arrependendo logo depois. Absolutamente todas as pessoas que estavam no corredor olhavam para ambos, era como se tivessem parado apenas para presenciarem o que ia se desenrolar entre ele e o jogador a frente, que também já percebia os olhares, mas sequer parecia preocupado ou curioso, pois continuava a encarar o loiro, era como se estivesse acostumado, e bom, meio que já estava há muito tempo.

— E então? Na minha casa ou na sua? — falou alto o suficiente para que não somente Jimin escutasse, como também todas as pessoas ao redor, que começaram a cochichar. Sua intenção não era envergonhar o menino ou que inventassem boatos, e sim que ficassem cientes que aquele garoto era seu a partir de agora.

Mesmo que Jimin ainda não estivesse ciente, ele seria de Jungkook a partir do momento em que o moreno bateu os olhos nele.

A cabeça de Park poderia interpretar aquela pergunta de várias maneiras diferentes e em todas elas não havia maldade, mas como se tratava de Jeon Jungkook, escolheu a mais traiçoeira.

— C-como? Fazer o que na sua casa? — falou afobado, já imaginando besteiras a respeito daquela pergunta. Do que diabos ele estava falando, afinal?

— O trabalho loirinho, estou falando do trabalho. — um pouco risonho, Jungkook pode enxergar a maneira maliciosa que o mais baixo interpretou aquilo, mesmo que não tenha sido sua intenção ter soado daquela forma, embora ele realmente quisesse sim, fazer outras coisas com o loiro em sua casa.

— A-ah, sim, isso, o trabalho né? Eu já sabia... — tentou disfarçar a bela bola fora que havia dado soltando uma risada desajeitada e ajeitando seus óculos, querendo enfiar a cabeça num buraco, tamanha sua vergonha, afinal, sua linha de raciocínio não seguia por aquele caminho.

— E então? Olha, minha casa vai ficar meio vazia durante esses três dias, meus pais saíram numa viagem, e o trabalho tem bastante coisa e já é para semana que vem, não temos muito tempo, então que dia está bom para você? — Jungkook não queria perder muito tempo naquilo, não que estivesse impaciente, mas queria que tudo ocorresse o mais rápido possível, seus amigos sequer poderiam abrir a boca para falar que estava demorando demais a cumprir o desafio.

Jeon nunca foi do tipo que fazia seus próprios trabalhos escolares, sempre era aquele que mandava ou pagava alguém para fazer por si, e tanto ele quanto Jimin sabiam disso, mas no fim tudo valeria a pena se isso significasse ganhar aquela aposta.

Jimin estava esperando que o moreno apenas lhe dissesse querer o trabalho feito e com seu nome até o dia de entrega para ganhar sua nota, não que oferecesse sua casa para fazerem juntos, aquilo era no mínimo estranho.

Juntos... ele e Jungkook. Parecia um sonho e um pesadelo em simultâneo.

— C-como assim? Esqueça isso! E-eu faço na minha casa por nós dois, coloco seu nome no trabalho e fica tudo cert— começou a falar, abanando umas das mãos meio desesperado com aquela ideia estranha, ainda mais vinda do moreno.

— Do que está falando? Claro que não! Eu vou participar! — Jeon declarou astuto, quase que indignado, com as sobrancelhas unidas. — Para começo de conversa, não posso perder a oportunidade já que estou praticamente fo-di-do nessa matéria! E também não posso contar com a possibilidade daquela velha passar outro trabalho como esse, o que eu particularmente acho muito difícil, ou seja, preciso saber o suficiente para conseguir passar no próximo período e sei que você pode me ajudar. Não posso reprovar, loirinho! Isso acabaria com minhas chances de ser chamado para jogar em algum time da faculdade. — suas últimas falas foram em tom de completo desespero e aflição, pois pelo menos naquela pequena parte, nada era mentira.

Havia planejado tudo para que saísse perfeito, não seria a inteligência de Jimin que o pararia agora, e nem estava mentindo, seu desespero por notas era real, e ficaria mais fácil se Park estivesse na jogada.

O loiro não sabia se ficava mais impressionado por tê-lo ouvido dizer querer participar do trabalho ou, pelo fato de que estava pedindo sua ajuda para aprender a matéria. Eram muitas informações para um pouquíssimo espaço de tempo, e a sensação de estar sufocando ainda não havia passado. Jungkook sabia fingir muito bem, ao ponto de Jimin sequer duvidar de si.

— Entendo... — murmurou baixo. É, pensou por um momento e seus motivos não eram fracos, alguém como Jeon realmente deveria ter a ambição de jogar por algum time famoso, não teria tanto talento para nada. E realmente tinha, estranho seria se dissesse odiar basquete, mas o fazia com gosto.

Mas ainda estava com uma pulga atrás da orelha, afinal, Sooyoung também era muito inteligente. Por que a ele?

— Que bom! — suspirou, arrumando os cabelos com uma mão, aliviado. — Então, que dia você está livre? — voltou a perguntar.

— A-acredito que amanhã... tudo bem? — havia topado? O que diabos estava fazendo? Não poderia ficar sozinho com Jungkook, provavelmente morreria de vergonha antes de chegar em sua casa.

— Muito obrigado, loirinho! — voltou a sorrir grande, como se tivesse ganhando um belo presente. Que no caso era o próprio Jimin! — Amanhã, quando acabarem as aulas você pode me esperar na porta da escola, ok? Vamos de carro até a minha casa, é um pouco longe então... — não terminou ao ver que o outro havia entendido. — O que você gosta de almoçar?

Almoçar?

— Não precisa se preocupar com isso, s-sério eu... — o moreno interrompeu Park novamente, e ele pode notar o quão ele tinha essa mania enraizada, pois o fazia a todo momento com outras pessoas.

— Não precisa? Claro que precisa, Jimin! Vamos passar praticamente a tarde inteira juntos, você vai precisar comer algo, não? — franziu as sobrancelhas, quase às unindo, deixando algumas linhas de sua testa aparente.

Jeon estranhou o fato de o garoto rejeitar comparecer e comer em sua casa, pois geralmente era o que as pessoas daquela escola sempre queriam, ao menos ir até lá, apenas para ter a honra. Um bando de interesseiros era o que pensava destes.

E Park não podia deixar de dar razão ao moreno, não funcionava bem quando estava há muito tempo sem comer, sempre acabava ficando estressado ou com dores de cabeça.

— Sim, é... pode ser qualquer coisa, não importa muito. — abaixou um pouco a cabeça, ainda estava constrangido com todas aquelas pessoas que sequer sabiam quem ele era o olhando com curiosidade e estranheza, mas principalmente o olhar do ser a frente, lhe deixava nervoso até demais.

— Beleza então loirinho, estamos combinados. — arrumou a mochila em suas costas. Deu um passo para frente, se inclinando e ficando com o rosto muito próximo do loiro, que congelou instantaneamente.

O que esse doido está fazendo?

Pensou.

— A propósito, você fica uma gracinha todo vermelhinho desse jeito, sabia? — falou bem baixinho e depois riu, não esperando que Jimin respondesse, deu meia volta e saiu andando, pelo mesmo caminho que veio, indo em direção a quadra. Sorriu largo ao perceber ter atingido o garoto, poderia não deixar claras as suas intenções, mas daria indícios, e se Park fosse tão esperto quanto dizem, perceberia rápido.

Assim esperava.

Sozinho no meio de todos aqueles alunos que ainda olhavam para o lugar onde ambos estavam anteriormente, querendo saber o que aconteceu entre Park Jimin e Jeon Jungkook.

E honestamente? Nem sequer o loiro sabia o que havia realmente sido tudo aquilo.

Piscou um par de vezes, meio atordoado, mas ainda consciente o suficiente para retornar ao seu caminho anterior.

No que diabos havia se metido?

✩。:•.───── ❁ ❁ ─────.•:。✩

Espero que tenham gostado, tenham um ótimo dia e até a próxima!
Bjjs.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro