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Queima, queima, queima

Tudo nele brilha e queima, pois ele é o sol. O meu sol. Assisto de longe ele brilhar, aquecer as pessoas com sua presença única e pintar o mundo de amarelo. Ele é amarelo, é ouro, é precioso. Jung Hoseok é bem mais que um rostinho bonito, idol prestigiado, melhor dançarino ou um dos homens mais ricos da Coreia. Ele é mais, bem mais.

Ele é um melhor amigo, melhor filho, melhor pai para o Mickey, melhor cozinheiro e melhor irmão. E eu sei disso, vi cada detalhe para poder dizer com certeza. Vi seus sorrisos sinceros, afagos carinhosos, rugas de preocupação e mãos ansiosas. Eu vi tudo, eu o vi, o contemplei de perto. O assisti dançar em meio a bagunça do seu quarto, o vi sorrir e gritar quando o chamaram e esperei por ele. Esperei dez longos anos sem reclamar, escondi as lágrimas e o incentivava a não desistir. Enxuguei as suas quando ele não recebeu todo o amor que merecia, lhe abracei quando se sentiu sozinho e sorri ao perceber que ele tinha mais seis estrelinhas ao seu lado além de mim.

Hoseok não estava sozinho.

E então, aconteceu de repente. Ele brilhou, estourou no mundo como uma nebulosa colorida, pintando o mundo inteiro com suas cores. Foi tão rápido que nem percebi, as ligações tarde da noite diminuíram, as idas à Gwangju se tornaram ainda menos frequentes e eu me tornei um fantasma em seu mundo. Alguém que ligava e interrompia suas seções de fotos, entrevistas, e que o estressava em dias corridos. Eu havia me tornado insignificante em sua vida de glória.

Porém, eu não o culpo, nem o odeio por isso. Não o julgo por ter sido sol, Jung Hoseok nasceu para brilhar. Nunca poderia pedir para que fizesse o contrário, nunca poderia exigir que me escolhesse, nunca poderia ser tão egoísta. Eu o amei, eu o amo. E o amor não é egoísta.

Houve uma época em que o queria para mim, que queria agarrá-lo a mim, prendê-lo em meus braços e não deixar fugir. Mas isso foi em outros tempos, um tempo em que o mundo não o via como eu, que não conseguia compreender o quanto ele era maravilhoso, como ele era sol. Porém, hoje é diferente, hoje todos o veem. Todos amam-o. Por isso desisti de tentar alcançá-lo. Por isso desisti de ser um espectro sem graça vagando por seu mundo de cores. Por isso eu desisti de interromper sua rotina, de atrapalhar sua vida.

Eu desisti de Jung Hoseok.

Pois tudo nele brilha e queima, e eu estou farta de ser cegada com sua luz e ter a pele queimada. A polaroid que ele me deu em sua última vinda está na minha frente. Quando tinha sido mesmo? Dois meses? Três? Talvez mais, eu não sei. Pareciam anos sem ele, pareciam anos sem tocá-lo. Na fotografia, ele estava tão lindo, tão brilhante quanto pessoalmente. O conjunto prateado me fez compará-lo à lua, por isso pintei estrelas ao seu redor com uma caneta branca que sua irmã me deu de presente. A lua não tem brilho próprio, o que vemos é um reflexo da luz solar. Isso não se aplica a Hoseok, ele não era reflexo de ninguém. Ele era Jung Hoseok, o próprio sol.

O fósforo em cima da bancada da cozinha me parece convidativo, parece me chamar. Por isso, pego-o, ouvindo seus sussurros ao vento.

Queima, queima, queima

Eu vou queimá-lo da minha vida, assim como fez comigo. Transformá-lo em cinzas que serão espalhadas pelo vento, que desaparecerão do mundo. A foto incendeia, igual meu coração, me jogo no chão e o atiro para longe. As chamas aos poucos consomem todo o papel, apagam a figura brilhante dali impressa. Aos poucos o fogo o leva embora, perco-o de vista.

Outra vez.

Eu sempre o perco de vista.

Alguém bate na porta, mas não me movo. Não ouso me mover, pois estou em luto. Perdi alguém em meio as cinzas espalhadas pelo apartamento, eu o perdi há muito mais tempo, porém não aceitei. Agora aceito, agora convenço meu coração que ele se foi. Que não há volta, que aquela pessoa que bate à porta não é ele. Jung Hoseok não irá vir, ele não se importa tanto assim. Talvez se importe, mas ele não pode. Não pode vir, não pode estar, nós não podemos ser.

Então, as lágrimas caem, respingando pelo chão frio, inundando a casa, mas meu coração continua em chamas. Hoseok me incendiou e eu não sei como apagá-lo de mim. A pessoa insistente continua batendo à porta. O que será de mim agora sem meu sol? O que será dos meus dias de chuva sem seu chá de hortelã? O que será dos meus invernos sem suas sopas saborosas? O que será de mim sem Jung Hoseok em minha vida?

O que estou dizendo? Ele já estava bem longe antes, talvez nem sinta tanto. Talvez... só talvez, eu não sofra tanto. Impossível. A quem quero enganar? Impossível viver sem o sol, a ciência já comprovou. Um dia a maior estrela do universo morrerá e nos levará junto. Mas o que aconteceria se um buraco negro o engolisse? O que aconteceria se não existisse o sol no nosso mundo? Meu mundo está frio essa noite. Não há sol, ele se foi. Meu sol foi engolido por um buraco negro, e eu fiquei aqui.

Sem sol.

Sem Hoseok.

A pessoa ainda bate à porta. Não é ele, repito para mim mesma. Ele não virá, emendo, enquanto caminho aos tropeços em direção a porta. Ele não pode vir. Mãos trêmulas abrem a porta, coração erra a batida e meus olhos faltam saltar para fora com tamanha surpresa.

É ele.

Hoseok está aqui na minha frente. Brilhando, queimando e... Chorando?

— Jin-ah... — sua voz é rouca, trêmula. Por que ele está chorando? Por que está parado na minha porta vestido em aquarela e não em um ensaio qualquer? Por que Jung Hoseok ainda insiste em não me deixar?

Um passo para trás e convido-o a entrar. Ele o faz, mas permanece parado perto da porta, me olhando como se quisesse dizer milhões de coisas, mas nada sai de seus lábios. Há uma ruga de preocupação em sua testa, a mesma que apareceu quando Mickey fez uma cirurgia nos olhos e sua mãe teve uma queda de pressão. Ele me encara com aquela mesma ruga, com aquele mesmo olhar temeroso.

— Jin-ah... — meu nome parece ser a única palavra do seu vocabulário e seus olhos parecem duas piscinas azuis, não só por causa das lentes de contato, mas porque transbordam em lágrimas.

Um passo na sua direção, não posso me aproximar, mas faço mesmo assim. Mão direita em sua bochecha, não posso tocá-lo, mas também o faço. Ele é quente, ele queima, meus dedos formigam, meus olhos transbordam. Mais um passo, estou perigosamente muito perto, tão perto que ouço sua respiração pesada contra a minha e seu coração batendo no mesmo ritmo frenético junto com o meu. Enxugo suas lágrimas, Hoseok é bonito demais para chorar.

— Jin-ah, por favor... fique comigo. — a sua voz... ah, a sua voz baixinha, em um sussurro tão íntimo e até desesperado me faz virar gelatina. Ele está implorando para eu não deixá-lo, como poderia? Como poderia abrir mão do meu sol? Como poderia vê-lo chorar assim por mim e agir como se não fosse nada? Eu sou estúpida, sou patética, sou burra, tudo porque amo ele demais. Tudo porque ele é incrível demais.

O sensato a se fazer seria me afastar e mandá-lo ir embora. O sensato a se fazer seria engolir o choro e parar de tocá-lo tanto, mas eu não tenho mais sensatez. A joguei para fora do apartamento assim que ele entrou, assim que olhou para mim com aqueles olhos azul-piscina. Por isso me aproximo ainda mais, colo meus lábios nos seus e me incendeio. As lágrimas quentes que desciam dos seus olhos passam a cair em minhas bochechas e têm o mesmo efeito que gasolina. Ele agarra minha cintura, o beijo se tornou desesperado, intenso, quente. Eu estou em chamas. Aqui me entrego ao seu calor, aqui me rendo a sua presença e aqui provo que às vezes, o amor é sim egoísta. Pois aqui temos dois grandes egoístas que se recusam a abrir mão do que amam para ambos serem felizes. Preferimos ser infelizes juntos, ser quentes juntos, preferimos nos incendiar juntos.

Somos um caos.

Mas somos juntos, somos nós. Nos beijando ao fervor como se o mundo estivesse prestes a acabar, como se fossemos loucos, como se fossemos feito em fogo, pois realmente somos tudo isso. Talvez o mundo acabe amanhã, e somos loucos, somos sol e agora eu, brasa. Somos quentes, somos únicos. Passos cegos aos tropeços até o quarto que parece tão distante, as roupas são tão incômodas, que as deixamos pelo caminho. Mapeio cada estrela do céu da sua boca com a minha língua, toco cada curvinha do seu corpo perfeito com as pontas dos dedos. Jung Hoseok me enlouquece, me entorpece e me incendeia ainda mais.

Tudo nele brilha e queima. Quando seus olhos se fecham em deleite, seus lábios se abrem e sua pele refletida pela luz da lua vinda da janela, ele brilha. Ah, ele brilha tanto que me hipnotiza, me faz brilhar junto, me ilumina. E quando seus olhos se abrem, sua boca encontra a minha e ele me envolve com seu calor, ele queima.

Queima, queima, queima

Viro cinzas em suas mãos, me torno fênix ao abrir os olhos e encarar seu sorriso ladino. E então, aqui sei, que não me importaria de me incendiar todo santo dia, não me importaria em ressurgir das cinzas apenas para apreciá-lo. E viver tudo novamente, queimar novamente. Ele me abraça, ele é quente, ele me queima novamente.

Queima, queima, queima

Jung Hoseok incendeia meu corpo, meus lençóis, minha casa e minha vida. Tudo nele brilha e queima, e não me importo nenhum pouco de me incinerar todos os dias e assisti-lo brilhar, mesmo que de longe.

Queima, queima, queima

Me queimarei por ele sempre. E sei que brilhará para mim, sempre.

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