Eu não acredito que o meu plano imbecil de fugir do orfanato pela noite, me proporcionou encontrar a minha família, a minha família verdadeira? Sim, mas eu acredito que existe algo oculto que nem a Gestora ou o senhor Reginald Hargreeves queira me contar... Mas olhando pelo lado bom, eu consegui entrar na mansão outra vez, e acho que vou aproveitar um pouco... 

Pogo: Cada um deles tem o seu próprio quarto. _diz apontando o corretor para mim_ E você, terá o seu...

― Achei que teria que dividir com alguém. _digo o interrompendo.

A mansão é muito grande, e acho que vai valer a pena o meu acordo com a comissão. Eu só preciso fazer as coisas certinhas, e ninguém vai desconfiar de mim.. Ninguém?

― Queria que você estivesse aqui... _digo baixinho. 

Depois que encontrei a revista, e tive aquela experiência de ver a Renata, muita coisa aconteceu.. eu percebi que não era uma garota normal, e que talvez esse nem fosse o meu corpo verdadeiro, segundo os meus cálculos, era para eu estar em um corpo de uma mulher de 27 anos, tipo a minha professora de ginástica. Mas no meio de todo o processo, alguma coisa aconteceu, e eu estou neste corpo de uma pré-adolescente de 14 anos prestes a fazer 15! Isso parece tão maluco, mas é verdade.

Pogo: Eles brigavam todos os dias... 

― A numeração na porta, equivale ao dono do quarto? _digo parando na frente do quarto cinco.

Pogo: Sim, senhorita s/n.

Saber que eu tenho super poderes não me agradou muito, porque parece que as pessoas vão vir atrás de mim... Tipo a mulher que apareceu no cemitério, e que por algum motivo já apareceu nos meus sonhos, ela não me contou muito sobre a minha verdadeira origem, mas deixou um ponto de interrogação. Depois que a Renata me falou sobre a revista, antes de desaparecer, eu fiquei mais interessada para saber se era verdade, se eu era parecida com a vampira.

Pogo: Senhorita s/n. _diz me olhando_ O seu quarto por aqui.

Ligando todos os pontos, a Vampira é uma das heroínas mais populares dos X-Men, ela sempre teve uma história bem complexa nos quadrinhos, já que seus dons funcionam como uma maldição (eu nunca gostei de histórias em quadrinhos de super-heróis, sempre achei chatas, mas por um motivo, isso aconteceu) para ela, esse trama sempre a acompanhou ao longo de vários anos, e ela não gostava muito do seu poder mutante. Vampira tem a habilidade de sugar a vitalidade, memória e poderes de outros seres vivos através do contato com a pele, e por um momento, isso fez sentido com a minha realidade.

O primeiro toque que eu tive com aquele idiota, me fez desaparecer da mansão e aparecer no orfanato. Foi tão rápido que eu achei que era um sonho, e não uma realidade, e toda vez que eu toco no Klaus, consigo ver e conversar com o Ben...

― Pogo, eu posso fazer uma perguntinha? _digo ainda parada.

Pogo: Sim, senhorita s/n. _diz me olhando.

Agora pouco, eu me esbarrei na Alisson de propósito, e o Cinco não parava de me olhar, com aqueles olhos de assassino lunático... Eu também tenho um propósito, tenho que descobrir o que eu sou capaz de fazer por intermédio do meu poder! 

A Vampira é bastante forte, e então, eu também sou!? Mas primeiro, vamos ver se eu sou igual a ela...

― Pogo, eu ouvi dizer que você deixou eu escolher o meu próprio quarto. _digo olhando diretamente para os seus olhos_ O meu quarto vai ser esse aqui. 

Pogo: Senhorita s/n, o seu quarto será esse da numeração 5. _diz apontando para ele.

― Pogo, você tem certeza? _digo com um olhar desconfiado.

Pogo: Seu quarto é esse. _ele sorriu_ Vou deixá-la descansar um pouco.

― Obrigada. _digo abrindo a porta.

Pogo: Ah! Senhorita quando você escutar um som de sino tocando. _diz se virando_ Desça para cozinha, onde será servido o jantar da noite. 

EU NÃO ACREDITO!! Quarto de número 5, ai vou eu...