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Prólogo




Dez minutos antes de nos apercebermos do que estava a acontecer, eu estava feliz, tremendamente feliz com a ideia de ultrapassar a fase da faculdade, e começar a estagiar... agora que penso bem ele devia estar a sentir-se da mesma maneira.

Agora estamos os dois a olhar um para o outro embasbacados.

De todos os três mil alunos que se formaram e enviaram candidaturas de estágio, as probabilidades de ficar no mesmo sitio com outras pessoas conhecidas eram muito, muito reduzidas, no entanto aqui estamos nós.

A minha caixa de cartão parece-me mais fofa do que há dois minutos atrás e percebo que estou a transpirar.

-Não é bom termos ficado os três no mesmo sitio?

O problema da Megan Simpatica, é que é tão positiva que me apetece dar-lhe um soco na boca com força. Não me interpretem mal, sou tremendamente positiva, mas ficar com o Harry e a Megan Simpática no meu primeiro estágio é no mínimo hilariante e dramático ao mesmo tempo.

O Harry pisca e dirige as suas poderosas armas letais a que nós humanos chamamos olhos a Megan.

-Não, não é nada bom Megan, não por ti claro, és fantástica.

Não preciso de saber que eu sou tudo menos fantástica para ele. Na verdade passamos os últimos três anos das nossas vidas a tentar arruinar o futuro um do outro. Em minha defesa ele é que começou. No nosso primeiro exame o professor disse que dois alunos tinham ficado com as melhores notas, mas um tinha ficado a duas décimas da tal nota. Eu tirei a boa nota, o Harry tirou a boa nota menos duas décimas e declarou-me guerra. Foi inicio de uma bela amizade.

-Julie não estás contente?

Oh! Ainda estava a falar na minha cabeça. Se estou contente? Bom tendo em conta o facto de estar a ponderar despejar o conteúdo do meu estomago nesta caixa de cartão, sim estou radiante.

-A Julieta não sabe o que é isso Megan.

Megan Simpatica olha para nós e suspira sorrindo e sei imediatamente que o meu punho se contrai em antecipação ás palavras bondosas que lhe vão escapar dos lábios finos.

-Vocês podem finalmente resolver os vossos problemas.

Consigo visualiza-la sem os dentes da frente. E quando visualizo, não é bom sinal, de forma alguma.

-Eu tentei.

Murmuro tão baixo que ele olha para mim com os olhos a chispar. Percebo que não soei nada defensiva e que isso é estranho.

-Tentei que ele deixasse de ser tão competitivo, mas há pessoas que nascem para ficar atrás de outras.

-O meu trabalho final teve uma nota melhor que a tua.- Ele defende-se, os olhos verdes a chispar.

Encolho os ombros com desdém e mexo os pés dentro dos meus novos sapatos desconfortáveis.

-As minhas notas foram melhores que as tuas.

-Questões de décimas.

-É o que dizes a ti mesmo para dormires á noite?

Estou a ser uma cabra. Sei disso. Cada fibra do meu ser sabe disso.

-Megan vai ser bom estar aqui contigo, vemo-nos mais tarde.

Viro-me e ando até ao elevador com a minha caixa de tralhas nos braços, não sem antes ver que o Harry parece prestes a mandar-me com o pesa papeis que têm dentro da sua caixa.

Quero chorar, não de medo, ou tristeza, mas de raiva por não conseguir parar de odiar os sentimentos que stress e angustia que ele me provoca. Noites em branco e pesquisas demasiado densas fazem-me tremer. Era uma questão de honra não o deixar ultrapassar-me, e agora, que pensei que tudo isso tinha acabado, tenho que competir com ele aqui.

As portas do elevador fecham-se e quase que desabo contra as paredes de ferro. Podia jurar que acabei de ter uma discussão com o Harry, e que Megan Simpatica estava ali a assistir a tudo...

-Tchau Harry!- A voz de Megan diz e o meu elevador começa a subir.

Não foi um sonho terrível... estou mesmo aqui presa durante seis meses com estas duas pessoas que eram pedras desconfortáveis...bom a Megan é simpática...

As portas dos elevadores abrem-se no meu andar e dou um passo em frente. Uma rapariga salta do seu lugar e vêm ter comigo, a sua cara é séria e fico imediatamente a pensar que vou ter um problema se for ela que fica á secretária de atendimento. Ela têm o cabelo mais loiro que já vi e as suas roupas são enormes, pretas e ela parece usar cada centímetro disso para se aquecer. Os olhos castanhos analisam-me

-Deve ser a Julieta?- Ela diz-me e reparo no pequeno piercing na sua sobrancelha. Dá-lhe um ar duro. Aposto que o Harry fazia xixi nas calças de ela gritasse com ele.

-Sim, sou eu.

-Sou a Sam, muito prazer.- Quando tento dizer o mesmo ela empurra as palavras mais rápido para que eu nem possa mexer os lábios.- A sua secretária é ali.

Ela aponta para uma secretária de vidro perto de uma janela e eu meto-me a andar antes que ela me empurre.

-Ok...muito obrigada.

-De nada.

Somos muito despachados aqui pelos vistos. Coloco a minha caixa em cima da secretária empoeirada e olho para o conteúdo que trouxe comigo. Dois bonecos de vinil do meu gato preferido, dois porta canetas com purpurinas e uma agenda...acho que eventualmente devo ter mais tralha aqui dentro, mas olhar para o conteúdo gótico da mesa da Sam dá-me vontade de chorar. Como é que trouxe dois bonecos em forma de gato para a minha secretaria de trabalho?

-Bom dia.

O meu salto fica presa num buraco que suponho que tenha sido feito por um bicho na madeira e desequilibro-me. Tento amparar-me na mesa de vidro e levanto a cabeça para ver alguém pequeno e magrinho correr para dentro do escritório que suponho ser do meu chefe.

-Aquele é o Samuel.

Abano a cabeça. O Samuel é mais pequeno que eu, e uma das minhas pernas deve ser todo o seu tronco. É nervoso. O cabelo escuro e os óculos fundo de garrafa ficam-lhe estranho na cana do nariz e tenho pena dele por algum motivo.

Sento-me na minha cadeira e olho para a secretária á minha frente, cheia de papeis, alguns no chão e presumo que o Samuel se sente ali.

A porta bate de novo e o Samuel sai de lá de dentro parecendo exausto. Senta-se á minha frente na sua secretária a olhar para mim e eu pisco os olhos a pensar quando é que me devo apresentar, no entanto ele suspira e começa a teclar furiosamente no computador. Baixo a cabeça para a minha agenda e oiço um guincho que me faz pular.

-Oh meu Deus! És a Julieta?

Ele levanta-se e vem até mim. Têm um grande sorriso e estende-me a mão. Começo a pensar como é que ele e a Sam se dão bem sendo que até agora as diferenças são esmagadoras.

-Sou, muito prazer.

-Finalmente alguém á minha frente. Sou o Sam, ou Samuel quando a Samantha cá está.

-Oh!

Oiço um revirar de olhos, e oiço mesmo, o som que a Samantha faz é o som que eu fazia quando metia o dedo no ar e o Harry respondia sem o fazer.

-Vais adorar estar aqui, o departamento criativo é interessante.

Ele explica-me que ao final do corredor há outra equipa e que ele e a Samantha ajudam Mr.Pella com o que vêm das cabecinhas criativas.

-Então porque é que estou aqui? Não devia estar ali?- Aponto para o corredor.

-Humm não! Quer dizer talvez daqui a seis meses, mas agora tens que estar por de dentro da forma como nós funcionamos, e isso é comigo e com a Sam.

Aceno com a cabeça e deixo-o sentar-se na sua secretária.

Tiro o meu computador da mala e abro-o. Respiro fundo e tiro os dois gatinhos da caixa de cartão, sinto olhares em cima de mim, mas continuo. Os meus portas canetas, as canetas cheias de pendurica-lhos e um pesa-papéis com a cidade de Londres lá dentro. Foi a minha primeira viagem.

Oiço outro de som de revirar olhos mas finjo que foi mais uma típica resposta ao meu lado extravagante de senhora louca por gatos.

-Oh Sam?- Samuel diz.

-Hum?

-Vi um homem lindo lá em baixo.

As minhas orelhas empoleiram-se e até eu quero saber. A minha vida amorosa está estagnada há demasiado tempo...tanto tempo que pode já se ter afundado permanentemente.

-A sério?

-Hum hum, era lindo, alto, cabelos encaracolados, olhos verdes...

Ele suspira e eu deixo a testa bater em cima do meu computador. Que merda! Vejo Sam a fazer um gesto com o indicador perto da cabeça como se eu fosso maluquinha.

Não sou maluquinha. Mas posso muito bem vir a ficar.

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