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Capítulo 7 "Depois de hoje só me apetece ficar bêbada"

O sorriso com demasiados dentes dela faz-me voltar a acordar. Uma fúria que só devo ter sentido uma ou duas vezes apodera-se de mim e sinto as pontas das orelhas ficar vermelhas.

Num gesto nervoso passo o cabelo para trás das orelhas outra vez e olho para o cabelo ruiva dela para não ter que olhar nos olhos azuis que agora esperam uma resposta.

-Diz que sim por favor! És a única pessoa em comum que temos aqui...

Levanto a mão para que ela pare de falar e inclino a cabeça para o lado para poder ver a cara dela d uma perspetiva menos irritante.

-Estás a pedir-me que vá num encontro contigo e com o Harry? O Harry rapaz com quem, e se ainda não percebeste, me dou mal?

Sei que estou atrasada e que já devia estar lá em cima, mas esta rapariga está a chegar-me aos calos e não estou muito contente com isso.

-Vocês não se dão mal, e talvez se possam dar melhor se se tentarem conhecer, ele é bom.

Agora estou mesmo a ficar irritada, ela acha que conhece o Harry melhor que eu? Eu conheço aquela peça melhor que a mãe dele e era capaz de jurar que ele me ia fazer ir sair hoje à noite só para eu ter que ver como ele e a Megan se comem à frente de toda a gente.

-Sim pois é... incrível como se passam três anos na faculdade e de repente o amor surge. Claro que vou querida, manda-me uma mensagem com a hora e o local, tenho que ir.

Sorriu e sinto-me logo mal, o meu pai diz que o meu sorriso falso faz com que os ingleses pensem ainda mais que os italianos não são confiáveis. Que se lixe nunca gostei da Megan.

Conforme subo no elevador penso que me estou a meter numa bela embrulhada, vou ter que perguntar a Sam e Samuel se querem vir comigo, e vou ter que chegar tarde a casa o que se vai refletir amanhã quando me tentar levantar para ir à ioga e não me conseguir mexer... se calhar não quero assim tanto envergonhar o desgraçado do Harry.

-Bom dia.- Digo quando entro.

Samuel está sozinho e oiço vozes no gabinete de Mr.Pella. Ele faz sinal de silencio e diz-me para me sentar à sua frente.

-Ele não está nada de bom humor hoje, o que é estranho. - Ele tenta falar baixo, mas falha redondamente.

-Estranho?

Ele revira os olhos e acaricia-me a bochecha como se eu fosse uma criança.

-Julieta, docinho, és tão bonita! Ainda não percebeste? - De repente o rosto dele fica sério. - Quando ontem ele te fez ficar aqui até tarde, isso geralmente acalma-o, fá-lo pensar que está no controlo das pessoas, mas fizeste alguma coisa muito errada, porque hoje, pela primeira vez em quatro anos, ele não está calmo depois de infernizar a vida a alguém!

Fico calada e tento pensar em tudo o que fiz ontem, para além de ter aceitado uma boleia que não devia ter aceitado e de lhe responder quando se calhar não o devia ter feito...mas ele estava a ser arrogante de propósito.

-O que é que fizeste?- Os olhos de Samuel pegam fogo. – A pobre Sam ouviu mais gritos em cinco minutos do que eu em três dias.

-Não fiz nada, não acabei o relatório, mas ele estava com pressa e quis ler as dezassete páginas, eu tentei escrever mais rápido mas não sou uma máquina, era meses e meses de papeis para...

-Julieta tem calma ok? Se ele te pediu como estava não deve ter sido só isso a irrita-lo, tens a certeza de que não aconteceu mais nada?

Aceitei uma boleia dele e fui provavelmente insolente, mas por muito que goste de ti Samuel não vou dizer-te isso.

-Não, não que eu me lembre.

Sou dispensada para a minha secretária e começo a trabalhar. Dez minutos mais tarde Sam sai de lá de dentro e fecha a porta dando a entender que é melhor manter a fera na jaula...ou então nós é que estamos na jaula, e ele é o leão à espera da próxima presa.

Ela senta-se e depois vejo os olhos dela, rasos com água. Meu Deus mas que merda é que ele lhe disse?

Olho para o escritório dele e tanto eu como Sam nos juntamos à volta dela nas nossas cadeiras com rodinhas. Sam pega-lhe na mão, mas eu não, ainda não somos assim tão próximas.

-O que se passou?

Ela tenta com um lenço de papel apanhar uma lágrima no canto do olho e depois olha para nós.

-Não vi o email que me mandou à uma semana a pedir-me que agendasse uma reunião com o editor senior da GQ, juro que não me lembro de receber nada, e hoje quando ia sair eu perguntei-lhe onde ia, quando me disse eu fiquei paralisada, não sabia o que lhe dizer...

-Ele gritou contigo por isso?- Inclino a cabeça.

-O meu trabalho é este, é claro que gritou comigo por isso!

-Mas porque é que em vez de te mandar um email não te disse isso?

Samuel pergunta e ela pisca muito depressa, a sua voz desce algumas notas e ela aproxima a cabeça das nossas.

-Eu acho que ele não mandou nenhum email, eu vejo tudo, tudo! Até o spam, e nunca me lembro de receber tal email.

-Disseste-lhe isso?- Pergunto com pena da Sam.

-Não! Ele ainda me despedia.

-Por lhe dizeres que está enganado?- Levo a unha do polegar à boca.

Os olhos dela são gelo nos meus.

-Já alguma vezes lhe disseste que ele estava errado?

Já! Ontem no carro dele...será que sou eu que passo o risco ou são eles que se deixam intimidar por William o bonzão?

-Acho só muito injusto estares a ser tratada mal por um erro dele.

De repente Samuel levanta a cabeça.

-Ele vem aí, rápido, ás suas posições!

Fico meio agitada, mas faço os meus sapatos empurram a cadeira com as rodinhas para a secretária. Abro a página do word onde estava a escrever e oiço o deslizar da porta de vidro do escritório dele abrir.

-Bom dia Miss. Cross.

-Bom dia Mr. Pela.

Não olho para ele, o que talvez seja melhor tendo em conta que ontem estava enroscada no banco de cabedal do carro dele. Ele para mesmo ao lado da minha secretária e depois acho que aponta para Samuel e volta para trás. Levanto a cabeça e vejo Samuel engolir em seco. Só resta mais um depois dele, e esse sou eu. Antes que possa sequer pensar em entrar ali dentro com ele levanto-me e vou até Sam que parece estar a tremelicar.

-Escuta! Hoje o meu...bom o Harry ele perguntou se queríamos sair com ele e com mais um pessoal daqui, pode ser a vossa hipótese de verem como ele é idiota! Devias vir!

O sorriso dela aumenta de tamanha e começo a sentir-me nauseada com a minha mentira. Mas quando ontem o Harry me falou em ir sair disse-me para trazer os meus colegas. Merda sou mesmo uma Italiana desmiolada e o meu pai iria ficar tão zangado comigo!

-A sério? Claro, depois de hoje só me apetece ficar bêbada.

-Ótimo! Quero dizer eu não costumo beber, mas boa para ti e para a tua bebedeira.

Meto-me a andar, dizendo-lhe que vou imprimir uma coisas. Fecho a porta das escadas de emergência que só eu pareço usar e sento-me num degrau. Este dia não está a correr como eu planeei, e ainda não parei para pensar como me sinto em relação ao Harry e à Megan. Quer dizer que tipo de idiota me convida para ir sair e depois fico a saber que é só para me esfregar a namorada na cara? Como se eu me importasse muito! Mas é só esquisito, honestamente foi ele que começou a chamar-lhe Megan a Simpatica.

Estamos a trabalhar no computador os dois, o professor anda para cima e para baixo no anfiteatro a apontar todos os defeitos que temos. O Harry está cheio de sono e a dada altura depois de me perguntar uma coisa qualquer encostou a cabeça encaracolada ao meu ombro meio nu. Malditas camisola largas!

-O que estás a fazer?- Perguntei quando ele se esfregou contra a minha pele.

-Não sei. Esse artigo parece melhor o que o outro.- Ele acaba por dizer, a voz dele está muito rouca da falta de sono.

-Estás a ler?

-Estou, só porque achas que estou a dormir isso não quero dizer que esteja mesmo.

-Tudo bem, então guardo este?

-Sim, por favor depois envia-me isso.- Um bocejo escapa-se dos lábios dele e sinto a sua respiração na minha pele. Ele ri-se.

-Não precisas de ficar assustada, estou só a respirar, não estou a tentar seduzir-te de proósito.

-Não me senti seduzida.

Senti sim!

-Devíamos combinar não mentir um ao outro.

A sugestão dele surpreende-me.

-Não mentimos um ao outro, na maioria das vezes somos bastante honestos um com o outro.

-Tipo quando me dizes que sou arrogante.

-És arrogante.

-És mandona.

-Se fosse um rapaz era normal, mas como sou uma rapariga sou só chata.

Ele levanta a cabeça do meu ombro e paro-me de o fazer meter lá a cabeça de novo.

-Não, não é isso que quero dizer. Não gosto quando és mandona comigo, mas gosto quando és mandona com os outros.

Sorriu e ele sorri também. Se não tiver cuidado acabo nas garras dele, como um ratinho meio morto com que um gato satisfaria os seus sádicos desejos. Quero beijá-lo, exceto quando quero virar-lhe as costas.

-Por exemplo quando a Megan te interrompeu na aula e lhe disseste "podes guardar esse sorriso fingido para quando eu não estiver a falar? Foi desnecessária a tua interrupção!". Foste mandona, mas num sentido fixe.

-A Megan foi muito mal-educada.

-Megan a Simpática.

-Simpática?

-Uma falsa simpática, ela namora com o Richard.

-O teu amigo?

-Yap! Devíamos ir à biblioteca logo à tarde adiantar o trabalho, assim amanhã posso dormir até ás duas da tarde.

Reviro os olhos a rir e faço um rabo de cavalo. O professor dispensa-nos e saímos os dois da sala.

-Claro, estou lá de qualquer maneira.

-Eu sei que estás.

Paro no corredor e cruzo os braços.

-Andas a espiar-me?

-Não preciso Julls. Até logo!

Ele afasta-se de mim e caminho sozinha pelo corredor. Estou a rir como uma estúpida e tenho o pressentimento de que o meu desejo por ele está a começar a extrapolar o físico. Já achei rapazes giros, mas ele faz-me sentir que estou constantemente à procura de algo que o faça reparar em mim. Quero que fale comigo, quero que se ria para mim e que me chame pelo meu nome.

A rapariga que beijou o Harry no pescoço meio bêbada passa por mim e sorri, provavelmente já se esqueceu, ou não se lembra do que fez e isso é engraçado. Agora que penso nisso, nessa noite achei que me fosse beijar, mas não beijou. Em vez disso pediu-me para ficarmos juntos no trabalho.

São duas da tarde e mandei uma mensagem ao Harry a dizer que estava aqui. Vou abrindo alguns livros que encontrei e o artigo que encontramos na aula quando ele encostou a cabeça ao meu ombro...

-Olá!

Sobressalto-me e ele ri-se, as minhas bochechas aquecem.

-Olá.

-Estavas a pensar em coisas obscenas? Ficaste muito vermelha.

-Assustaste-me.

-Desculpa.

Ele senta-se ao meu lado e tira o computador da mochila. Trinta minutos depois estou a ferver. Ele não tem uma visão do trabalho igual à minha e de cada vez que chegamos a um consenso algum de nós estraga tudo.

-Isto foi uma péssima ideia. - Desabafo.

-O quê? Eu concordo quer dizer é obvio que a descoberta náutica não tem nada a ver com o facto de os ingleses terem construído tantos portos...

Olho para ele e fecho os olhos.

-Primeiro sim têm, a única razão pela qual as viagens à volta do mundo começaram foi por causa do comércio que deram origem depois a diferentes portos...

-Não estamos a estudar isso, temos que delimitar a merda do tema.

-Eu sei que temos, mas isto é importante.

-Só queres ter razão Julieta.

-Não é isso...- É exatamente isso, mas eu sei que teeenho razão.

-Estás a ser uma idiota mandona, por isso para de tentar ter razão.

-Estás a ser um filho da mãe!

Miss.Beatrice levanta-se mas não antes de mim. Arrumo as minhas coisas e meto-as dentro da mochila. Vejo o Harry a esfregar os caracóis em desespero, mas estou demasiado chateada para me deixar envolver.

-Desculpe pelo barulho.- Murmuro a Miss.Beatrice quando saio.

Fecho as portas da biblioteca e o sol bate-me com força na cara. Para um dia de Abril em Ingleterra está muito sol! Oiço a porta abrir e fechar e os passos do Harry atrás de mim.

A sua mão embrulha o meu pulso e viro-me de cara para ele. A sua mandibula tensa e os olhos em chamar.

-Não me vires as costas.

-Larga-me.- Falo alto.

-Não grites!

-Para de me dizer o que fazer.- Grito desta vez e alguns alunos param para olhar para nós. Ele larga-me e aproxima-se de mim. É intimidante vê-lo tão chateado, mas recuso-me a deixar que isso me afete. Ele é enorme e torna-se ainda maior quando parece que me quer partir ao meio. O rapaz que encostou a cabeça ao meu ombro desapareceu e não gosto deste.

-Eu juro que gosto de ti 95% do tempo, mas depois os outros 5% tu fazes me perder a paciência, porque é que não admites que tenho razão?

Afasto-me dele e cruzo os braços sobre o peito.

-Será muito estranho para ti pensares que eu realmente acho que tenho razão? Não é sobre lutar contra ti o tempo todo.

-Claro que é! De cada vez que tento chegar até ti tu descontrolaste.

-Ahh! Claro, de como quando fomos ao cinema e disseste que acabavas o encontro comigo? Andamos nisto à meses, porque é que não paramos simplesmente?

Os olhos verdes pálidos analisam-me e a tensão entre nós cresce, e sei imediatamente que é por isto que não conseguimos ficar separados muito tempo...ele chamou-me descontrolada? Raiva sobe-me pelo corpo e espeto-lhe um dedo no peito o que faz com que ele revire os olhos.

-O descontrolado és tu!

Viro-me e dou de cara com Megan a Simpática a passar por mim. Ela sorri, mesmo depois de eu lhe ter dito aquilo em frente a toda a gente. Ou é mesmo boazinha ou é mesmo falsa. Não estou interessada em descobrir.

A porta abre-se atrás de mim e um par sapatos envernizados para ao meu lado.

-Não lhe pago para estar sentada.

Mr.Pella desce as escadas e levanto-me.

-Sim, estou bem, até me podia ter sentido mal.

Ele vira-se para mim. Os olhos dele pegam fogo e sinto-me imediatamente contente por em cima do degrau parecer mais alta que ele.

-Sentiu-se mal Miss.Cross?- Ele aproxima-se de mim com as mãos nos bolsos. O corpo dele mesmo debaixo do fato parece incrível. Decido que preciso de controlar a situação e agarro nos papeis que tenha na mão, colocando-os ao peito.

-Não Mr.Pella, obrigada por perguntar.

Passo por ele e desço as escadas à sua frente.

-O que é que acha que lhe dá o direito de falar assim comigo?

-Assim como?

Ele desce mais rápido e fico ao meu lado.

-A menina sabe.

Olho para ele e sorrio.

-Talvez ter-lhe dado boleia não tenha sido uma jogada esperta.

Abro a porta do terceiro piso e viro-me para ele.

-Ainda bem que nos apercebemos ambos do mesmo.

A porta fecha-se atrás de mim e faço o que tenho a fazer.

Quando volto ao meu piso é meio dia e estou frustrada, levei mais de quarenta minutos a imprimir os projetos porque tive de ir a uma papelaria ao fundo da rua. Mas que raio de empresa é esta que têm as impressoras todas encravadas?

Ambos, Sam e Samuel saíram para almoçar e deixaram-me uma nota na secretaria a dizer que aceitavam ir logo há noite comigo e que não esperaram por mim porque Sam estava demasiado triste para olhar mais para Mr.Pella. Se o homem não fosse tão arrogantemente giro eu também não iria olhar para ele.

O elevador abre-se e começo a rir.

-Já curaram a ressaca?- Sei que Mr.Pella não está, mas nunca ia dizer o nome dele. NUNCA.

-Tu é que vais curar a ressaca amanhã.

O meu corpo todo reage à grave e culpo todos os meus anos de jovem a tentar resistir-lhe. Ainda bem que acabou.

-Como é que sabes que vou?- Pergunto enquanto guardo os papeis numa capa de plástico.

Os olhos do Harry estão divertidos quando ele se senta em cima da minha secretária e mexe no pequeno gatinho de plástico.

-A Megan disse-me.

Viro-me para ele, ficando de costas para o elevador.

-Então a tua namorada é a Megan?

Ele encolhe os ombros e franze os lábios. Ele está a tentar afetar-me ou assim?

-Pensei que a detestavas. - Cruzo os braços e ele estende a mão para me endireitar o cabelo. O toque dele dá-me choques e baixo-lhe a mão.

-Tu é que não gostavas dela.

-Ela interrompeu-me.- Empertigo-me.

Ele ri-se e depois suspira.

-Vens não vens?

-Isso é importante?

-Não sei.

Afasto-me dele e atiro o cabelo por cima do ombro.

-Odeio quando dizes isso, é como falar para um boneco.

-Ora não podia concordar mais!

A voz de Mr.Pella faz-se ouvir e o meu coração para de bater por alguns segundos. Medo. Estou com medo. Ele disse-me. Não, pior! Ele avisou-me para eu não misturar trabalho com "diversão" se bem que o Harry não é a minha ideia de diversão.

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