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Capítulo 52 "Vais te embora?"

Capitulo novo! Just a little advice, oiçam este capitulo com as ultimas duas músicas publicadas na playlist no spotify (link externo ou procuram lulucitrons), uma é da Zara Larsson e na ultima parte do capitulo é a do Shawn. Eu já descobri como é que a história vai acabar mas adoro os vossos pedidos no insta ahaha.

Espero que gostem!



Houve uma vez, numa feira artística com o William em que demos as mãos. Mas de uma forma ligeira, como uma mãe dá a mão a um filho. Eu gostei da sensação de não interlaçarmos os dedos. Mas de repente senti-lhe falta, como se me estivesse a afogar. Os meus dedos imitaram uma serpente na sua mão e o olhar dele desviou-se para mim.

-Gostas de dar as mãos? - Foi uma pergunta quase infantil, mas o William não parecia o tipo de homem que gostava de dar as mãos.

-Contigo? Sim.- O sorriso dele era calmo e ele não dedicou dois segundos a segundas observações.

Durante o resto do dia, enquanto parávamos para ver algumas peças e criadores a executar a sua arte fui fazer experiências. Abraçava-o por trás quando éramos esmagados numa multidão. Os meus braços debaixo dos seus, apertando o seu peito. Ele ria-se, eu encostava a orelha às suas costas e ouvia a rouquidão da sua gargalhada, ele segurava as minhas mãos e beijava-as delicadamente. Depois quando a multidão passava largava-o. E era um jogo. Quanto tempo aguento sem o estar a segurar?

-O que há a fazer?- Pergunto a Sam que continua vidrada em mim.

Ela parece confusa por dois segundos e depois encolhe os ombros.

-Não há nada a fazer porque ele continua perdidamente apaixonado por ti e tu estás muito ocupada na tua vida.

-E tu?

-Eu? Eu vou continuar a viver a minha vida Julieta, e ao contrário de toda a gente nestes últimos meses não vou fazer de ti o centro dela.

-Estás a ser injusta.

-Estou? O Samuel adora-te, Mr.Pella apaixonou-se...tu vieste para desconcertar o meu mundo.

-Achas que fiz disso um objetivo?

-Não, não é isso que estou a dizer, estou a dizer que de repente tudo aquilo que eu conhecia deixou de fazer sentido.

Abano a cabeça e poiso a mala da mesa.

-Ouve Sam, eu fui escolhida para um trabalho. Eu cheguei e tive que me adaptar à dinâmica que estava aqui instalada, por coincidência o meu ex-namorado estava a fazer o mesmo e o meu chefe estava a dar-me um tempo difícil enquanto me dava todos estes sinais estranhos e contraditórios. Eu nunca quis propositadamente destruir o teu microcosmos.

-Mas destruíste.

-E agora que me fui embora qual é a tua desculpa?

-Deixaste toda a gente marcada. Ninguém consegue apagar-te e quem me dera que o fizessem.

-Como é que queres que me apaguem se tu não me apagas? Se achas que eu sou o problema tudo bem, isto não tem que continuar de forma forçada. Se me detestas desde que descobriste porque é que não o dizes? Não te quero obrigar a estar comigo se sentes uma repulsa assim tão grande.

-Não é repulsa. Eu só...não acho que eu e tu somos feitas do mesmo material.

-Somos adultas Sam, se não queres estar comigo não precisas de te forçar a isso. Não precisas de me abraçar porque o Samuel o faz e não precisas de estar comigo se isso te faz mal.

Ela não responde, mas vejo um brilho alivio nos seus olhos pequeninos. Ela tem razão, não somos feitas do mesmo material e não há mal nenhum nisso. Agarro na minha mala e dou um passo atrás.

-Desculpa.- Digo-lhe. Estou a pedir-lhe desculpa por tudo e mesmo que isso não apague nada como ela quer, pelo menos eu sinto a dor dela e quero que ela saiba que nunca foi minha intenção.

Viro-me para me ir embora e quando fecho a porta Samuel aparece-me à frente. O sorriso dele desvanece-se quando percebe que algo se passou.

-A Sam?

-Está lá dentro.

Ele olha confuso entre mim e a porta que acabei de fechar.

-Samuel há algo que devias saber...

Não sei exatamente quanto tempo passo a contar-lhe tudo, mas sei que Sam está a ouvir. Sinto a presença dela atrás de mim enquanto os olhos do Samuel vão de surpresa para mágoa e desapontamento.

-Então tu estavas com ele enquanto estavas aqui?

-Sim. Foi por isso que me fui embora.

O silencio dele é pesado e vejo enquanto abana a cabeça.

-Sinceramente não sei o que pensar, nunca pensei que ele gostasse de ti e tu... tu tinhas o Harry, mesmo que não estivessem juntos. Eu não estou em posição de te julgar e percebo porque é que a Sam está chateada...porque é que ela não me contou?

-A Sam não está zangada só por isso. Deves perguntar-lhe quando estiverem sozinhos, não sou eu que o vou dizer.

Perdi uma pessoa hoje, mas se perder o Samuel vou ficar verdadeiramente desamparada. Ele é incrível e tornou-se uma peça fundamental na minha vida.

Sam sai do escritório com os braços cruzados e pergunta se Samuel vai com ela, o que eu incentivo com a cabeça. Ela desce as escadas e quando Sam volta com as suas coisas para fora abraça-me.

-Depois falamos.

Aceno com a cabeça e quando ele está quase a desaparecer no elevador falo.

-Achas que sou uma pessoa horrível?

Ele sorri e aperta o botão do resto de chão.

-Não Julieta, acho que estás só perdida.

As portas metálicas fecham. Fico sozinha. Os meus pés são feitos de gelatina e preciso de me sentar. Abro a porta do escritório e sento-me na minha antiga cadeira. Baixo a cabeça contra o vidro gelado e penso no que acabou de se passar aqui. Descalço-me e olho para a rua lá em baixo.

Estou perdida?

Continuo perdida?

Porque é que não vou para casa?

O meu telemóvel não tem uma única chamada perdida e pergunto-me o que estará o Harry a fazer.

A porta abre-se e endireito-me rapidamente. William parece espantado por me ver, tem uma pizza debaixo do braço, uma garrafa de vinho e um copo entre os dedos. A sua camisa branca está desalinha, os primeiros botões soltos e não tem botões de punho. Os seus braços fortes espremem-se em veias salientes pela força de segurar a porta.

-Julieta?

-Desculpa, vou já sair.

Levanto-me e agarro nos sapatos mas ele é rápido. Poisa a garrada de vinho e a pizza na secretária de Sam e apressa-se a bloquear-me a saída.

-O que estás aqui a fazer?

Os lábios cheios dele acariciam as palavras e o cabelo desalinhado faz-me querer endireita-lo. De repente as minhas veias enchem-se de raiva. Ele sabia! Ele viu-a e não me disse nada.

-A Sam contou-me que tu sabias! Que tu a viste enquanto nós...oh céus como é que pudeste não me dizer?!

Atiro o cabelo para trás dos ombros e olho bem no fundo dos olhos dele. Nervoso o olhar salta de um lado para o outro da minha face.

-Se eu te contasse ias deixar-me.

-O que acabou por acontecer!- A minha mala está longe perto da pizza e só quero sair daqui.

-Pelo menos não por minha causa.

-Tu sabias como eu me sentia a cerca deles os dois?

-E o que esperavas tu? Andar enrolada comigo e ninguém dar por nada?

-Que tivesses carater para me dizer!

-Achas que não tenho caracter? Talvez tenhas razão, perdi-o todo quando me deixei envolver contigo.

-Mas porque é que toda a gente acha que eu te seduzi?

-Toda a gente?

-A Sam, o Samuel, a Jam, aposto que até o Harry o pensa.

O seu olhar torna-se mais duro com a menção do nome do Harry e ele respira fundo.

-O Samuel sabe?

-Sabe.

-Quem lhe contou?

-Eu.

Ele inclina a cabeça para trás e vira-se para trás. Abre a garrafa de vinho muito lentamente e despeja o conteúdo no copo. Vira-se para mim e bebe um gole enquanto encolhe os ombros como quem pensa bem no assunto.

-Vou ter que os despedir.

-O quê?- Aproximo-me dele e de alguma maneira todo o corpo dele se tenciona. É a maldita energia que me atraiu para ele em primeiro lugar.

-Como é que esperas que trabalhe com ambos se sabem que me envolvi contigo? Que tipo de respeito vão ter por mim agora? A Samantha foi fácil de intimidar, mas o Samuel?

Reviro os olhos.

-Não os vais despedir, eles não têm culpa da nossa estupidez.

-Não te estou a perguntar Julieta, estou a dizer que o vou fazer.

-Não, não vais.

Os meus braços estão fortemente cruzados quando ele se endireita. Parece que tem uma ideia quando avança um passo na minha direção.

-E se fizéssemos um acordo?- Os olhos azuis dele são maldosos.

-Um acordo?

-Eu não os despeço se jantares comigo.

-Se os despedires vais ter que pagar uma bruta indemnização, não compro essa chantagem de merda. Chega William, nem sequer queria estar aqui.

Avanço até à porta e tento abri-la. Fechada.

-Ele foram-se embora há meia hora, estavas claramente à espera de alguma coisa.

Viro-me para ele e cruzo os braços.

-Estou zangada William, deixa-me sair.

-Liga à segurança.

-Porque é que estás a ser assim?

Os seus olhos demoram-se em mim antes de verter o liquido do copo de uma vez só.

-Porque já não tenho nada a perder contigo.

Por momentos as palavras dele repetem-se vezes e vezes sem conta no meu cérebro, misturando-se com as de Samuel. "Estás só perdida". Estou perdida? Sei exatamente para onde ir. Sei exatamente para onde devia ir no entanto estou aqui.

-Hoje o Harry deixou uma reunião para ir ter contigo. Ias ficar constipada...foi o que ele disse a alguém baixinho. Eu vejo como os olhos dele brilham de cada vez que lhe ligas, ou mandas uma mensagem. Os meus olhos costumavam brilhar assim quando era para mim que ligavas.

-Will...

-Will. És a única pessoa que me chama assim... Pergunto-me se algum dia serás de alguém que não ele.

-Eu não sou dele.

-Então finges muito bem que és.

Encosto-me à porta e olho para cima. Esfrego os olhos e vejo enquanto ele abre a caixa da pizza e come a ponta do triangulo saboroso.

-Porque é que não me deixas ir?- Não sei de onde pergunto isto mas preciso de saber.

-Porque tu também ainda não me deixaste ir Julieta.

-Eu segui em frente.

Segui. Tenho um relacionamento feliz. Com o homem da minha vida, que amo, que me faz rir, que me faz pensar que a vida pode ser perto de perfeita.

-Vamos ver quão em frente vais com ele.

Abano a cabeça e aproximo-me dele.

-Eu não o vou deixar.

-Não? E se ele for para o outro lado do oceano? Vais com ele?

-Do que é que estás a falar?

-O Harry, o emprego novo dele é sedeado em Seattle, é para aí que ele vai quando o contrato dele aqui acabar. Vais com ele?

-Não. O novo emprego dele é sedeado em Londres.

O seu olhar torna-se raivoso e vejo-o avançar para mim enquanto poisa a pizza na caixa.

-Não, para mal de todos os meus pecados o idiota é muito inteligente.

-Estás a ser mal-educado para com isso.

-Achas que estou? O cabrão rouba-me a namorada e achas que estou a ser mal-educado?

Ele engole com força enquanto se aproxima de mim. A minha raiva atinge níveis inexplicáveis com as informações mais recentes e parte de mim vê-se rebentar.

-Deixa-me sair daqui agora!

Eu grito alto e ele parece desconcertado, mas não arrependido das palavras duras. Tira a chave do bolso e estica-se para além do meu corpo para abrir a porta. O seu corpo roça o meu e sinto a sua respiração no meu cabelo quando ele volta para o seu lugar.

-Podes ir.

Os meus olhos ardem com raiva e lágrimas e tenho um nó na garganta.

-Porque é que gostas de me ver assim? Descontrolada? - A minha voz sai num sussurro. - És vingativo, perverso de propósito, sempre foste, desde o primeiro dia.

Uma lágrima escorre pelo lado direito da minha face e limpo-a. Ele levanta a mão para apanhar a próxima, mas empurro-a para longe.

-É por isso que nós nunca iriamos resultar. Tu és perverso porque sim, e eu sou porque não tenho escolha.

-Jull...

Mas as suas palavras ficam a meio enquanto eu desço as escadas. Ainda o oiço atrás de mim, mas quando chego à rua perco-me com a chuva que me bate na cara. Mando parar um táxi e uma parte de mim teme que a mulher que o conduz não pare pela maneira como choro. No entanto ela fá-lo e espera até eu me acalmar para me perguntar para onde quero ir. Dou-lhe a minha morada e seco as lágrimas. A luz dos candeeiros lá fora não ofusca o borrão que foi esta noite. O Harry vai-se embora?

O carro para e pago à senhora calma.

-Tenha uma boa noite.- Ela diz-me suavemente.

-Igualmente.- Sussurro.

Marco o código da entrada e subo as escadas lentamente. Rodo as chaves e quando entro o Harry está na mesa da sala a trabalhar, rodeado de números. O seu cabelo perdido na sua testa esconde os seus olhos verdes e uma parte de mim quer congelar este momento.

O seu sorriso quando me vê aumenta duas vezes de tamanho, no entanto desfaz-se rapidamente quando olha para mim. As minhas faces estão vermelhas do choro e tenho os olhos raiados em sangue.

-O que é que se passou? Alguém te fez mal?

Os seus braços rapidamente estão à minha volta e estou abafada no seu peito. Dou um grito surdo no seu peito e agarro a sua sweater com força entre os meus punhos.

-Julieta?- A sua voz transborda com preocupação.

-Vais te embora?

Os seus braços ficam estáticos à minha volta e deixo de o sentir por momento, por muito perto que esteja de mim.

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