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Capítulo 49 "Eu vim comprar porcelanas."

Hello! Tenho tanta coisa para vos contar! Primeiro de tudo, arranjei um emprego, é de verão, numa loja, mas estou tão feliz. É a minha primeira vez a trabalhar e mesmo só lá estando a algum tempo já olho com outros olhos tudo à nossa volta.

Segundo, não publiquei antes porque estive um bocado em baixo, tive alguns problemas de saude, e isso deixa-me sempre ansiosa e não consigo escrever, encravo. Mas espero que agora consiga escrever no mesmo ritmo que antes.

Terceiro, vou tomar um duche e deixo-vos aqui o capitulo ahaha

I love you 


Alguns meses depois...

O Harry remexe o café que acabou de fazer e espreito pelas paredes abertas enquanto fala comigo.

-Por isso esta nova entrevista pode ser incrível para mim!

-Então queres mesmo sair?

-O meu contrato vai acabar para o ano e esta nova empresa vai dar-me maiores perspetivas.

-Se é o que queres, só não comeces a ter que andar todo engravatado ou vamos ter sérios problemas.- Estico a colcha da cama e vou até ele.

Beijo-lhe os lábios macios e ele ergue-me para me sentar no balcão.

-Pensei que gostavas de fatos.

-Gosto de ti.

-Romântica.

-Não te habitues amorzinho.

-Não me chames isso.

-Ok querido.

-Estás muito pegajosa hoje.

Pego na caneca de chá que ele me preparou e sopro suavemente. A sua mão descansa na minha coxa e enfio os dedos no cabelo encaracolado dele.

-Os meus pais vem cá jantar hoje não te esqueças.- As palavras saem-me da boca, nervosas. Só contei aos meus pais que estava a viver com o Harry há pouco tempo. Claro que ficaram extasiados e disseram-me "eu tinha razão", mas honestamente não sei se isto teria corrido bem enquanto trabalhávamos juntos.

-Como poderia esquecer?

-Esqueceste-te não foi?

-Bolas Julieta, não me podias ter enviado um email?

-Não, não podia. Agora vou trabalhar.- Beijo-lhe a bochecha mas ele puxa-me para mais. Os lábios dele cobrem os meus e acabo por sorrir.

-Tem um bom dia no trabalho!

-Tenho sempre.

Na garagem meto o carro a trabalhar e penso no meu novo trabalho. É uma empresa pequena que faz revistas e jornais locais, é um trabalho engraçado porque toda a gente faz um pouco de tudo. Temos conseguido aumentar as vendas num tempo onde o papel está a perder espaço. Em comparação com o meu outro trabalho dá-me uma maior liberdade, não me sinto presa a uma secretária.

Estaciono o carro uns quarteirões atrás e caminho até ao pequeno edifício. Temos um jardim nas traseiras e prefiro sempre entrar por aí.

-Bom dia Julieta!

Camila acena-me do primeiro andar, onde rega umas plantas.

-Bom dia Camila!

Quando me sento à secretária com os textos que vamos publicar no site e talvez nas nossas redes sociais recebo um telefonema de um fornecedor que me diz que me enviou um email. Não encontro.

-Espere, vou confirmar no spam.

Abro o separador do spam e encontro o email.

-Encontrei o email, muito obrigada.

No entanto os meus olhos já estão cinco emails abaixo. William.

Desligo o telemóvel e travo uma luta interna para não abrir novamente o email. Merda.

Julieta.

Sei que os meus pedidos de te tentar rever...furados.

Quando te sentires preparada para falar comigo liga-me, podemos almoçar.

Tão direto como seria de esperar do William. Contei ao Harry sobre este email, e embora ele tenha tentado agir com indiferença percebi que não haveria chances de sair para jantar com ele sem deixar o Harry a ter um ataque. Para ser sincera se ele fosse jantar com a Megan eu mesmo teria um ataque. Vou tentar pensar nisto dessa forma para evitar um confronto desnecessário. Para além disso os meus pais vão jantar lá a casa hoje, não preciso de mais nada para me stressar.

A manhã passa rápido anates de eu olhar para o relógio sou avisada que as minhas visitas já chegaram. Levanto-me, agarro no casaco e despeço-me dos meus colegas. Quando chego à receção Sam e Samuel estão a meter-se com o rapaz que acabou de entrar.

-Olá John.- O rapaz acena meio perdido.

-Este casal está aqui para a ver Julieta.

-Obrigada.

-Achas que me arranjas trabalho aqui?-Samuel pergunta enquanto me abraça.

-E a mim?- Sam dá-me um abraço mais contido.

-Vou pensar nisso, mas há possibilidades se me pagarem o almoço.

-Pago-te o jantar também.- Samuel diz antes de sairmos pela porta. Não sem antes piscar o olho a John.

Enquanto caminhamos os três, lado a lado sinto algo diferente no ar. Ultimamente temos tentado almoçar todas as semanas, mas de certa forma a presença deles traz algo que eu preferia que ficasse para trás.

Para quebrar o silencio da minha falta de concentração na conversa viro-me para Samuel.

-Eu podia tentar arranjar-te um encontro.- Samuel parece cético.

-Tu?

-O John, ouvi dizer que acabou com o namorado á algum tempo.

-A sério?

-Sim, podíamos ir sair e assim conheciam-se.

-Podes esclarecer a parte do "podíamos"?

-Eu, tu, a Sam, o Harry e o John.

-Ia ser ótimo. Alinho nisso. Sam?

Sam parece meio perdida antes de se endireitar e olhar para Samuel.

-Não sei se me apetecesse.

-Precisas de ir Sam! Há semanas que andas estranha.

-Passa-se alguma coisa?

Sam parece triste de certa forma. Talvez tenha parecido sempre triste, mas nas ultimas semanas que trabalhei com ela a sua tristeza parecia que se ia afundando.

-Estou cansada, preciso de férias.

Antes que possa fazer algum comentário sobre William mordo a língua.

Sentamo-nos numa mesa na esplanada perto do rio e pedimos os nossos pratos com pronuncias italianas impossíveis para os meus amigos ingleses. Sam desculpa-se e vai à casa de banho. Salto uma cadeira para o lado de Samuel e ergo as sobrancelhas.

-Não perguntes, ela não me conta.

-Estás a brincar?

-Não! Andei a fazer um passeio pelas memórias e a ultima pessoa pela qual ela demonstrou interesse foi o teu namorado, mas isso foi há tanto tempo que esse amor já é só esqueleto.

-Ela deve ter dado alguma pista!

-Estávamos a beber uns copos de vinho na outra noite e perguntei-lhe. Ela disse-me que gostava desta pessoa há anos, mas que ele nunca tinha dado sinais de gostar verdadeiramente de alguém até há uns meses atrás, quando foi bem explicito que gostava desta mulher. E porra! Que raio de charada é esta que a Sam está a jogar comigo? Gosta de alguém há anos e não me diz?

-E durante esses anos todos, ela não tentou nada com ele?

-Ela recusa-se a fornecer-me informação.

-Isso é estranho.

-Devíamos elaborar um plano para a pôr a falar!

-Sim, e o que sugeres? Ela é a pessoa mais tímida que conheço.

-Quando formos sair podemos fazê-la beber uns copos a mais.

-Tenho quase a certeza de que isso é pecado...- Bebo um gole da minha água.

-E sexo antes do casamento não? E não é por isso que paras de o fazer.

Engasgo-me e bato-lhe no ombro.

-Estás a ser tão inconveniente!

-Eu vou descobrir o que raio se passou.

-Vais descobrir o quê?- Sam senta-se ao meu lado a sorrir.

-Vou descobrir quem foi o idiota que encravou as minhas fotocopias na máquina.

-Pensei que tinhas descoberto.

-Ainda não.

Comemos num silencio confortável, para ocasionalmente falar de alguma coisa. Reparo melhor em Sam e de facto parece diferente, talvez eu não tenha reparado antes, mas antes parecia carregar uma espécie de esperança interior e agora é como se tivesse perdido a única coisa que não a deixasse ficar verdadeiramente triste.

-Os meus pais vem jantar a minha casa hoje.- Digo quando ficamos calados por demasiado tempo.

-Uh! Italianos!

-Sim, pelo menos um deles.

-Eles ainda adoram o Harry?

-Yap.

-E a tua mãe ainda reclama do teu feitio?

-Yap.

-Nada mudou desde a ultima vez que cá estiveram. - Samuel conclui.

-Bom, é a primeira vez que vão ao meu apartamento com o Harry.

-Como está a vida em pecado?

-Estás muito engraçadinho hoje não estás?

-Não amor, costumo estar assim todos os dias, tu é que não vês.

-Eu vejo.- Sam intervém.

-Mas está tudo a correr bem. O Harry tem esta entrevista para um novo lugar, mas não digam nada por favor!

-É a primeira vez que estás a viver com alguém?

-Não, na faculdade dividi o quarto com uma rapariga, mas é diferente quando é o teu namorado, se bem que eu passava a vida no quarto do Harry.

-Nojentos.- Samuel ri e eu reviro os olhos.

-Preciso de ir meninos.- Digo ao perceber as horas no relógio.- Tenho de comprar alguma coisa à minha mãe.

-Uh! Há uma promoção incrível na Harrods de porcelanas.

-Porcelanas?

-Eu sei que parece terrível, mas li que todas as mães gostam que os seus filhos lhes ofereçam porcelanas.

-Onde é que leste isso?

-Não li, mas as porcelanas são incríveis.

Acaricio-lhe o cabelo e depois levanto-me. Pego nas minhas coisas e despeço-me. Todo o caminho até a trabalho sinto que a minha cabeça está permanentemente na Sam, é como se algo me estivesse a escapar, um momento qualquer... o meu telemóvel toca e atendo.

-Olá.

-Sou eu Julieta.

-Eu percebi quando disseste "olá", Harry.

-Disseste só "olá".

-Olhem só quem está a ser pegajoso agora?

Ele ri-se e posso imaginá-lo a puxar o cabelo para trás.

-Esqueci-me de comprar algo aos teus pais e vou sair mesmo a tempo para não chegar atrasado...

-Vou tratar disso querido.

-Obrigado por me deixares fazer boa figura.

-Vou tratar disso e dizer que fui eu que comprei.

-És horrível.

-Pois sim, preciso de ir trabalhar.

-Vejo-te daqui a umas horas.

-Vou ficar a contar os minutos.

Ambos fingimos um vómito e desligamos.

Não sei quando foi exatamente que pensar no Harry parou de me provocar dor, mas a verdade é que aconteceu. Foi um clique, um instante no tempo. Jam acha que me permiti gostar dele, amá-lo, sabendo que podia magoar-me. Eu sei que ele me pode magoar.

Harrods está cheio de gente e tento encontrar algo que a minha mãe goste, mas é praticamente impossível. Cheirei um perfume e depois percebi que eram 150 libras o frasco. Ora por esse preço o perfume devia colocar fim à asma dela, não piorar. Acabo por seguir o conselho de Samuel e vou até ás porcelanas. O piso dos homens é antes daquele onde pretendo sair, no entanto lembro-me de que o Harry me comprou uma mala á algum tempo, podia sair e ver o que há de novo. Passo pelos fatos, camisas e quando vejo umas t-shirt mais escondidas algo no canto do olho chama a minha atenção. William está parado a olhar para algo com atenção, uma mulher loira segura uma caixa pequena. Ela trabalha aqui, de certeza. Não o via faz meses. Continua lindo como sempre, a barba cresceu e ele parece pouco preocupado em tirá-la. Ás vezes pergunto-me se ele e Harry se encontram no trabalho. Se olham um para o outro. Se pensam no mesmo.

-Precisa de ajuda?- Um homem mais baixo que eu pergunta-me. Os seus olhos azuis são simpáticos.

-Enganei-me no piso.

-Se precisar disponha.

-Muito obrigado.

Viro-me para o elevador e dou um passo atrás quando vejo William a alguns passos de mim. Merda, devia ter sido mais rápida.

-Julieta.

O meu nome encaracola-se na sua língua e sinto-o na ponta da minha própria língua.

-Will...- Engasgo-me.- William, como estás?

-Estou à espera de uma resposta ao meu email.

Não fosse a situação constrangedora para mim eu ia achar piada.

-Eu vim comprar porcelanas.

Mas que merda é que estou a dizer? Ele vai achar que sou desequilibrada. Um sorriso desabrocha na cara dele e percebo que o facto de eu ser assim é algo que ele aprecia.

-Ai sim? Não te via como uma mulher de porcelanas.

-Claramente os gostos mudam...

Porque é que qualquer porcaria que digo soa mal? Gostos mudam-se? Tipo quando eu te troquei pelo meu ex?

-Posso ver que sim. Uma porcelana em especial?

-É para a minha mãe...ela vem jantar e quero dar-lhe algo.

O sorriso que antes se sustentava na sua face desaparece e ele coça a barba de dois dias.

-Eu espero que saibas que não fui atrás de ti porque te respeito, mas não desisti.

Fico calada. Não há nada que eu possa dizer. Os olhos azuis dele perfuram-me, quase literalmente. O seu perfume invade-me os sentidos e o meu estomago revolta-se.

-Preciso de ir.

Viro-me e entro no elevador. Carrego no botão e agarro a alça da mala com mais força. William enfia uma mão no bolso das calças e fica a olhar para mim. Quando as portas de metal se fecham é um alivio. Mas que raio?

A senhora que embrulha um conjunto de chávenas de chá parece demorar demasiado tempo numa tarefa que se parece bastante simples. Ou talvez seja eu, demasiado preocupada. Preciso de parar de pensar nisto ou o Harry vai perceber, pior, a minha mãe vai perceber. O caminho até ao apartamento é longo, o fim do dia faz-se frio e quando vejo a fachada iluminada do prédio suspiro de alivio. As portas de vidro abrem-se quando pressiono o código e subo as escadas até ao 3º andar. A nossa nova casa é incrível, felizmente ganho mais no novo emprego e consigo subir um pouco no orçamento.

Abro a porta e dou de caras com a parede coberta de livros e cassetes (fitas) do Harry. Deve haver uma, no meio de todas, do primeiro dia em que no mudámos para cá. O Harry apareceu com esta camara mesmo velha quando eu estava toda suada a transportar caixas.

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