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Capítulo 35 "Ele faz-te sentir como eu fazia?"

Lamento muito não ter atualizado segunda e durante um tempo é assim que se vai manter, devido a problemas pessoais sobretudo e um pouco pela carga universitária, vou apenas atualizar à sexta, gostava de atualizar mais mas com o meu horário a sair de casa às onze e meia e chegar às sete não consigo. Pergunta de hoje: Qual é o vosso Harry favorito? Vision ou TWTL?

PLAYLIST NA MINHA BIO 

Love you e mande-me boas energias!!!



Os meus pensamentos são turbilhões violentos na minha mente e tudo aquilo em que consigo pensar é no que eu devia estar a dizer, claro que em vez disso estou aqui parada a olhar para ele enquanto os nossos almoços são dispostos à nossa frente. A minha curiosidade trouxe-me aqui, mas agora desejava que William me tivesse obrigado a ficar, em vez disso sai antes de podermos causar uma cena. Há uma cena de um filme em que dois comboios colidem violentamente, e neste momento consigo visualizar isso, comigo a ser esmagada.

-Harry já falamos sobre isto.- Sussurro sem olhar para ele.

-Não estás a perceber Julieta, estou disposto a colocar esta merda toda na mesa, estou disposto a falar sobre isto contigo...com quem quiseres.

Com quem eu quiser? Com quem é que ele acha que eu quero falar? Com o pai natal? Já lhe escrevi muitas cartas...

-Eu tentei falar contigo. - Murmuro. - Não é justo que quase três anos depois queiras falar sobre isso.

O Harry tem este tique, quando fica desconfortável coça a ancora que tatuou no pulso. Lembro de quando ele a fez.

-Anda lá!- Ele está atrás de mim a empurrar-me para dentro da loja cheia de autocolantes na janelas. Faço força com as sapatilhas no alcatrão e ele beija-me a bochecha.

-Vais deixar que te espetem uma agulha na pele e esperas que eu te agarre a mão? Nem pensar! Quando chegares ao teu quarto tiro-te uma foto a chorares.

Harry abre a porta e puxa-me para dentro. O interior é estranhamente acolhedor, os sofás são vermelhos e parecem ter tido muitos mais donos do que deveriam. Há desenhos por todo o lado e fico maravilhada com um dos cadeeiros que ilumina a sala, parece um Óscar.

-Mike?- Harry chama e eu ergo-me na ponta dos pés para espreitar uma prateleira com livros.

-Styles! Há quanto tempo.- Eles socam os punhos e depois abraçam-se, eu fico com a maior cara de idiota á espera que alguém decida integrar-me na interação social que aqui se está a dar.

-Esta é a Julieta, a minha namorada.- Sorrio a Mike que me abraça com muita força. Estranho.

-Pensei que ele ia morrer sozinho e que os gatos dele iam acabar por comê-lo.

-Tambem acho que isso vai acontecer.- Rio-me e o Harry mete-me uma mão na boca para me calar.

-Ótimo, muito em comum, passar à frente será que posso tatuar agora?

Mike olha para uma agenda que tem em cima do balcão e sorri.

-Podes, tens trinta minutos antes de alguém entrar aqui bêbado a pedir para eu tatuar um cão a fazer xixi num poste de eletricidade.

-São quatro da tarde.- Digo.

-É isso que achas mais louco da minha frase toda?- Ele risse e depois bate numa maca plastificada.- Senta-te Styles.

O corpo do Harry mexe-se neste espaço como se tivesse sido criado aqui, toda a sua linguagem corporal indica o conforto que sente.

-Sabes o que queres?

Mike tem um lápis na mão.

-Uma estrela?- Ele encolhe os ombros.

-Espera ai! Tu não sabes o que queres?

-Noup, essa é a piada, quando sair daqui vou ficar surpreendido.

-És louco!

Ele aproxima-se de mim e agarra-me o queixo.

-Por ti dolcezza.

Um vómito é ouvido e rio-me.

-Que nojo.- O telemóvel de Mike toca e ele levanta-se, anda até ao final da loja e vira-se de costas.

Encosto a cara á perna do Harry e ele mexe-me no cabelo enquanto puxa um papel e uma caneta para perto das mãos.

-Desenha qualquer coisa para mim.- Ele sussurra e eu sorrio.

-Claro, fazemos um acordo, vais ter que tatuar o que eu desenhar pode ser?- Parte de mim quer ver a cara de horror dele, já falamos destas coisas nojentas de tatuagens de casais.

-Okay.- Ele ri-se e eu começo a rabiscar. Eu sempre desenhei bem, não é o mais perfeito mas é bonito. Quando os rabiscos se tornam numa ancora ergo a sobrancelha.

-Achas que ainda tenho tempo de desenhar um tipo todo musculado em cima da ancora?

-Voltei.- Mike anuncia.- Já sabes o que queres?

Harry pega no meu papel e entrega-lho. Arregalo os olhos quando percebo que ele tem toda a intenção de o fazer.

-Estava a brincar.- Tento tirar-lhe o papel das mãos.

-Eu não.

A sua cara não revela nada e por muito que isso geralmente me irrite hoje não há nenhum sentimento parecido com isso. Gosto quando ele me desafia, me provoca e me faz sentir viva. Ele esta a fazer isso neste momento e eu gostava de o conseguir parar, mas o egoísmo dentro de mim gosta da sensação. Oiço o zunido da agulha na sua pele, posso imaginar o desenho, mas não olho, em vez disso estou perdida na cara dele, a maneira como ele sorve o lábio, como coça o nariz e sorri quando percebe que lhe dói e que isso me faz saltar.

No final quando olho para o desenho percebo que agora há um pedaço de mim nele, e talvez não seja a tatuagem, mas só o simples facto de eu nunca me esquecer do dia de hoje. Eu encontrei alguém que amo, alguém me faz sorrir e chorar nos momentos certos, que me pede em namoro da única forma que uma pessoa como eu poderia ser pedida em namoro. Ele completa-me todas as partes que estavam em falta, é o meu ponto suave quando eu sou dura, o meu ponto forte quando eu sou fraca.

O meu peito dói com a intensidade dos meus pensamentos e forço-me a sorrir.

-Gostava de dizer que vou tatuar a tua cara bonita nas minhas costas, mas não vou.- Mike risse do que eu digo e deixa-nos durante algum tempo.

-Ótimo, se eu ficar tatuado noutro sitio já me sinto feliz.

No dia não entendi o que ele disse, aliás lembro-me de ter achado que era alguma referencia porca às nossas atividades dentro do quarto dele, mais tarde quando vê-lo era demasiado doloroso percebi que o que ele queria dizer era mais profundo que isso, era ficar em mim como ferro em brase, eu podia não senti-lo, mas sabia que estava lá.

Agora ele coça a tatuagem porque provavelmente aquela é a forma dele se lembrar de mim.

-Eu não queria falar naquela altura, mas agora quero, eu percebo o que fiz...que o que fiz foi a coisa mais sacana do mundo, mas eu estava perdido.

A maneira como ele se ria enquanto eu ficava sentada em bancos de jardim... nunca senti que ele me quisesse ferir de propósito, mas era o que parecia, era o que a Jam me dizia. Achei que o tinha esquecido, mas agora que ele se está a oferecer para falar apetece-me rebentar-lhe com todo o meu sofrimento na cara.

-Eu disse-te, tenho outra pessoa Harry.- Sussurro.

-Eu também tinha.

-Não é justo que me venhas pedir que largue tudo para ir contigo dar um passeio pelo passado.

Harry olha para o teto e estala a língua no céu da boca.

-Eu também sofri, posso não ser tão expressivo quanto tu no que toca a dor, mas sinto as coisas.

Inclino a cabeça para o lado.

-Estás a dizer isso à rainha do gelo?- Mexo o liquido no meu copo com a palhinha.

-Ambos sabemos que não és assim, e quanto mais tempo deixo passar, mais presa ficas nesse estado de espirito.

-Talvez nunca vá sair dele, talvez não queira.

Não quero ter que sentir as coisas como senti com ele novamente, não quero ser tão brutalmente exposta ao amor que a única coisa que posso fazer é ficar parada, aberta a receber toneladas de sensações de uma vez, só para mais tarde me ser tudo arrancado. A vida é assim, cruel, dá-nos, mas inevitavelmente também nos tira.

-A culpa é minha, se estás assim a culpa é minha, por isso, deixa-me resolver isto! Deixa-me resolver esta confusão.

Harry está perdido, os olhos dele focam-se em tudo ao mesmo tempo e eu sinto-me da mesma maneira. Vejo-me em casa dos meus pais a chorar, o sentimento de abandono, a impotência de puder fazer algo contra aquilo que sentia. Depois penso no William...William que pode ser mais calmo que o Harry mas que me faz sentir viva, pelo menos de uma forma que me magoa menos.

-Tenho outra pessoa, já te disse isso.

Ele leva um pedaço de pão à boca.

-E essa pessoa é real ou estás só a tentar fugir de mim?- Que presunçoso da parte dele.

-É real.- Dou uma dentada no meu hambúrguer.

-E essa pessoa...gostas dele?

-Sim.- Gosto quando ele me faz rir, e quando olha para mim como senão se conseguisse controlar.

-Posso saber quem é?- Está a fazer um esforço para não parecer muito afetado, mais ou menos eu quando ele estava com a Megan. De alguma maneira isso magoa-me, não quero que ele sinta o que senti em relação à Megan, dói.

-Não, ou melhor acho melhor não.

-Achas que não sou capaz de me controlar?- Está a rir-se mas eu sei que ele se ia passar, comigo, com William, ia fazer um escândalo e dizer-me coisa horríveis que não preciso de ouvir.

-Na verdade só acho que isso não é saudável... Harry nós...

-Ele faz-te sentir como eu fazia? Tão excitada e nervosa que não eras capaz de dormir?

Lembro-me da primeira vez que fomos para a cama, foi incrível, cheio de adrenalina e fiquei tão elétrica não dormi a noite toda. Ele ia adormecendo e acordando para me ver fazer algo, eu tremelicava por todo o lado e ele ria-se de mim. No entanto isso levou o meu corpo à exaustão, eu respirava-o, sentia-o e ingeria-o, ele era como uma droga e eu nunca tinha o suficiente, sempre a pensar na próxima dose.

-Não, não faz.- Nenhuma mentira é tão boa como a verdade.

Harry limpa a ponta dos dedos e continua a comer, nenhum de nós diz nada e ficamos a ouvir a musica de fundo do restaurante, algo sobre não conseguir desistir, que isso não está no seu sangue. Desistir não estava no meu sangue, até que me deram um tiro de realidade e tudo o que pude fazer foi ficar imóvel, sem ninguém que me ajudasse.

Pagamos a conta a meias como sempre fizemos e ele abre-me a porta antes de sairmos para o sol frio de inverno. Caminhamos lado a lado e quando chegamos à porta da empresa ele vira-se para mim.

-Tu não me dizes quem é, mas eu descubro, tu não queres voltar para mim mas eu dou-te a volta, Julieta eu não sei viver sem ti e não estou disposto a deixar que esta situação se arraste durante muito mais tempo.

Vejo o caminhar para dentro e desaparecer num elevador quando dou um passo para dentro. Enquanto espero pelo elevador vejo Megan apoiada numa das varandas que dão para a entrada, ela não parece contente e vira-se quando perceve que já a vi. Entro no elevador e concentro-me no meu telemóvel. Tenho uma mensagem de Samuel.

"Tive que ir buscar um fato à lavandaria, se quiseres esperar que eu chegue para entrares vou demorar só meia hora."

Suspiro com força e decido ir pelas escadas antes das portas se fecharem. Talvez seja melhor lidar com a fera que é Mr.Pella sem o Samuel. Empurro a porta de vidro para o nosso escritório e tudo está silencioso. Poiso a mala na minha mesa e aproximo-me da porta do lobo. Levanto a mão para bater.

-Entra.- A voz dele parece cansada. Empurro a porta de vidro e vejo-o sentado com o cabelo numa confusão e a camisa meio desabotoada.

-Voltei.- Digo, sentindo momentaneamente tímida.

-Estou a ver que sim.- Ele foca os seus olhos azuis em mim e afasta-se da secretária o suficiente para eu perceber que me devo aproximar.

-Estás zangado comigo?- Sussurro e encosto-me à sua secretária.

Ele esfrega os olhos e depois tira os óculos de massa pretos, poisa-os com cuidado em cima da mesa e cruza os braços.

-Devia?

-Não sei...porque se estiveres também estou.- Coço o ombro desnudo e ele olha para a pele exposta. A conversa com o Harry flutua-me na memória, "Ele faz-te sentir como eu fazia?". Com o William é diferente, ele não me deixa na ponta do precipício o tempo todo e de alguma maneira isso sossega-me. Com o Harry é um solo de bateria que durava tanto e tão pouco, era de alguma maneira esgotante e revigorante.

-E porquê? Sendo que me desobedeceste? Á frente de outro trabalhador... Julieta eu gosto do Samuel, muito, não quero ter que o desdizer só porque sim.

Ele levanta-se e vira-se para a janela, poisa uma mão no vidro enorme e passa uma mão pelo cabelo.

-É por isto que não se matem relações exclusivas com trabalhadores, muito menos estagiárias.

William está a sussurrar, mas quer que eu oiça, caso contrário teria dito isto para ele mesmo. Eu penso imensa merda que digo na minha cabeça, na verdade se dissesse em voz alta tudo aquilo que já pensei dele provavelmente estaria morta.

-Relações exclusivas? Meu Deus! Quando é que assinaste este contrato de excluvidade? – Estou passada como diria a minha irmã. Agarro numa caneta quando ele se vira para mim.- Onde é que eu assino?

-Para com isso.- Diz-me e puxa a caneta.

-Eu não sou exclusiva como um carro ou uma casa cara, eu não sou uma boneca de aluguer, na verdade eu não estive este tempo todo sozinha para agora deixar que tu me trates como uma miúda que não consegue resistir a um caso com o chefe ok? Sabes como é que eu me sinto quando percebo o que se está a passar aqui? Fazes ideia sequer do que é me vai acontecer se alguém descobre o que se está a passar?

Cruzo os braços e afasto-me uns passos dele, os olhos azuis saltam entre o espaço que deixei entre nós e a minha cara.

-Nunca na vida consigo entrar em algum lado sem alguém pensar que vou para a cama com um chefe, é isso que acontece a miúdas da minha idade que cometem este erro uma vez... se estás inseguro quando ao Harry não estejas, não oiças as minhas conversas e principalmente não penses em mim como a tua amiguinha Ellen, William não quero parecer piegas ou lamechas porque não sou, mas a única razão pela qual ontem à noite me deitei contigo foi porque confio em ti, por alguma razão maluca, mas confio.

Ele engole em seco, parece ter medo de piscar os olhos e quando dá um passo na minha direção desconfio dele.

-Desculpa.- Sussurra.

Talvez seja parvo mas esperava que ele dissesse mais alguma coisa, em vez disso fica a olhar para mim. Não preciso que fique a olhar como se eu fosse uma coitada.

-Vou trabalhar.

Viro-me, e antes de chegar à porta ele pede-me que pare. Giro sobre os calcanhares e vejo os dedos que mexem nos lábios nervosamente.

-Eu...eu gosto de ti, gosto mesmo de ti, sei que és uma jovem mulher que está a começar, e que estou a ser egoísta e se pudesse parar isto parava, mas não quero voltar a olhar para ti como o fazia há duas semanas, na verdade quero olhar para ti com fazia antes, só quero poder tocar-te também, e ter-te perto de mim.

Aceno e sei que estou a parecer insensível, mas significa o mundo que ele tenha dito isto.

-Se estavas com ciúmes podias logo ter dito.- Tento aligeirar o ambiente. A verdade é que não sei o que somos ou se temos rotulo, e qualquer rotulo que a sociedade nos ponha só me vai prejudicar por isso talvez seja melhor ser uma garrafa de água sem rótulo do que uma com.

-Se me contasses o que é isso que esconder talvez eu tivesse menos ciúmes.

E pela primeira vez contemplo a probabilidade de lhe dizer.

POV Megan

O clique dos meus sapatos no chão de mármore é irritante, mas estou prestes a comprovar algo. Toda a gente já saiu, e estou a espreitar pelos vidros o escritório onde a idiota da Julieta está, concentrada e absorta a fazer alguma coisa. São quase oito e nem ela, nem o seu chefe saíram, e tenho quase a certeza de que os vi este fim de semana a sair de um restaurante, senão eram eles bem pareciam.

Fecho os olhos e recosto-me na minha cadeira a reviver a cena que fiz ao Harry esta madrugada. Claro que devemos ter ido para a cama um par de vezes um ano antes dele começar a namorar a Julieta, mas eu gostava tanto dele como ele de mim...o que me irrita é ela, ela que tem sempre tudo aquilo que eu não consigo ter. Harry Styles era um rapaz bonito e simpático, o equivalente a um bom partido na faculdade, e o pai dele tinha uma empresa de distribuição que só o tornava melhor. Era divertido ver como ele nunca dava esperanças às raparigas e elas ficavam pelos joelhos, achava engraçado e Deus, quando ele se aproximou da Julieta eu estava mortinha por a ver chorar, especialmente depois de ela me mandar calar à frente de toda a gente.

Nunca descobri o que se passou entre eles, mas continuo a achar que aquela amiga dela é capaz de saber...achei que quando o Harry me despachasse novamente me ia contar, uma atitude boazinha para um tipo que comete sempre os mesmos erros.

-Julieta, Julieta...

Abro os olhos e observo quando ela se levanta e veste o casaco, é rápida e metódica e abre a porta ao que deixo de a ver. Cinco minutos depois o seu chefe aparece de blazer e sobretudo caro. Aquele sim é um bom partido, é lindo de morrer e provavelmente vai herdar isto tudo quando o pai dele for desta para melhor.

Ás vezes não sei o que me apetece mais, destruir o que resta da Julieta e do Harry ou, tal como agora descobrir algo muito maior que me faça matar dois coelhos de uma jogada só. Talvez se as minhas suspeitas se confirmarem eu possa acabar com a carreira dela e com as suas possibilidades de relacionamento.

Desço pelo elevador diretamente para a garagem e enfio-me dentro do carro. A Julieta abre a porta finalmente e encosta-se a um pilar da garagem, Pella vem a seguir e estende-lhe a mão que ela finge não aceitar primeiro, a seguir ele puxa-a para ele e beija-a. Penso em tirar uma foto mas isso seria demasiado fácil, para além disso se eu confrontar a Julieta ela não vai saber mentir. Nunca soube.

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