Capítulo 24 "Agora acho que me estás a provocar."
Playlist no spotify vai estar no link externo e no link na minha bio... estou sempre a dizer isto ahaha. Pergunta de hoje a valer classificação de melhor comentário do dia: Quanto tempo é que cientificamente a tensão amorosa entre duas pessoas pode durar?
William abana a cabeça e estende a mão, no entanto ela fica parada, a flutuar entre os nossos corpos.
-Se me contares talvez eu te diga como olharia para ti.- Finalmente a sua mão cai onde ele me tocou pela primeira vez hoje. Na alça do meu vestido, ele traça o tecido azul esverdeado para cima e para baixo e eu fecho os olhos a tentar vencer o cansaço e a batalha dentro de mim.- Merda, gosto mesmo deste vestido.
Rio-me ele faz o mesmo antes de me soltar. Abre a porta e depois aparece do meu lado do carro, estende-me a mão que eu aceito de forma calma para o estado em que estou e depois como se a testar o meu equilíbrio larga-me. Encolho os ombros.
-Acho que consigo subir sozinha.
Oiço a porta fechar-se atrás de mim e vejo-o com a minha mala na mão.
-Sem mala vai ser difícil entrares.
Estendo a mão, mas ele ignora-me poisando a sua no fundo das minhas costas antes de me empurrar para dentro do prédio e fechar a porta atrás dele. Quando subo o primeiro degrau começo a pensar que vivo no ultimo piso o que tecnicamente são mais cinco lances pela frente...
-Vives no ultimo, não é?
-Yap.
Ele sorri e enfia o dedo indicador na presilha do vestido onde antes estava um cinto. Sinto o tecido subir e olho para trás.
-O meu vestido está a subir, não olhes.
-Não vou.- Ele promete e começamos a subir devagar.
Fico feliz que ele não me toque de maneira mais do que necessária, claro que ele adora o meu vestido e o está a puxar para cima, mas eu não estou nas minhas perfeitas capacidades motoras e ele não se aproveita de mim, por isso está tudo bem. Acho eu.
Quando chegamos ao meu andar ele abre a porta com as chaves que encontrou na minha mala e mando-me para cima do sofá. Estou tão feliz por estar deitada que era capaz de chorar, sinto a mão dele no meu tornozelo e viro-me, ele ergue-me a perna e tira-me o sapato, faz o mesmo com o outro e depois volta a deixar a minha perna cair.
-Fendi?
-Uma verdadeira Italiana.- Sussurro enquanto me ajeito no sofá e fico a olhar para ele que parece tentado a sentar-se ao meu lado, ou pelo menos a sentar-se no pouco espaço livre que o meu corpo deixa no sofá.
Estico o pescoço e vejo que a porta foi fechada. Ele vai ficar aqui comigo? No meu apartamento minúsculo e colorido? Esfrego os pés um no outro e ele fica a olhar para o movimento das meias finas nas minhas pernas, eu quase que o agarro com as pernas e o atiro para cima de mim, o ar é quente á nossa volta e o meu estomago dá uma volta quando o seu sorriso aumenta e ele se senta. Encolho as pernas que ficam em triangulo e enfio os pés debaixo das pernas dele.
-Há anos que não tinha os pés debaixo das pernas de um rapaz.- Murmuro a rir-me.
-Um rapaz?
-É um rapaz não é Mr.Pella?
Ele ri-se a sua mão poisa no meu joelho, as minhas pernas balançam de um lado para o outro e puxa a meia da minha pele acabando por me beliscar.
-O que é que acha?- Pergunta-me enquanto o sinto forçar o tecido da meia.
-Acho que está a tentar provar que sim.- Levo o polegar ao lábio e rio-me. De repente e meia rasga-se e paro de rir. Ele fez um buraco na minha meia e mesmo à meia luz consigo ver a minha pele pálida em contraste com a cor preta do tecido que ele acabou de rasgar.
-E agora?- Sussurra.
Engulo em seco e encolho os dedos dos pés, ergo-me e agarro os meus joelhos enquanto sinto a mão dele apertar-me.
-Agora acho que me estás a provocar. – Sussurro.
Encosto a cabeça ao sofá ficando com a cara perto da dele. Estou encolhida numa posição fetal sentada e ele vira a cabeça para mim, os meus olhos percorrem-lhe os lábios bem desenhados e o magnetismo que sinto por ele faz-me roçar a cabeça no tecido do sofá.
O dedo dele enfia-se no buraco que criou e sinto a sua pele fria contra a minha, arrepio-me e ele vira-se mais para mim, o seu outro dedo vai até á gola alta da minha camisola e baixa-a ligeiramente tocando a pele sensível do meu pescoço.
-Talvez esteja. E talvez esteja com uma vontade enorme de a beijar, aqui.- Ele pressiona o meu pescoço com cuidado.- E aqui.
O dedo dele contorna a pele do meu joelho e vejo quando ele se inclina e beija a pele de lado do meu joelho. Fico paralisada a olhar para ele, os seus lábios beijam e chupam ao mesmo tempo e eu deixo-me cair no sofá. Sinto os dedos deles na minha perna e iço as costas do sofá, sabe bem, mesmo bem a maneira como ele chupa a minha pele como se fosse um doce. De repente os lábios dele param no sitio onde me beija e mesmo meio tonta posso sentir que algo está mal quando ele me larga a perna e se levanta. Abro os olhos e vejo-o levantar-se.
-Isto não está certo. - Sussurra e não sei se para mim ou se para ele.
Encolho as pernas e vejo que o homem com quem estou habituada a lidar apareceu sorrateiramente levando o William descontraído embora.
-O que é que não está certo? - Tento sentar-me.
-Isto, estar a fazer isto, especialmente quando estás sobre o efeito de álcool.
-Estou bem.
Ele sorri e depois senta-se ao meu lado ligando a televisão.
-Tudo bem, se daqui a dez minutos ainda estiveres acordada podemos continuar. - Ele puxa uma manta e cobre-me. Dobro as pernas e faço beicinho.
-Gostei da forma como rasgaste as minhas meias.
Ele comprime os lábios e abana a cabeça a olhar para a televisão. Consigo ficar dez minutos acordada e fazê-lo continuar o que estava a fazer. Mas não consegui, e no dia a seguir tudo parecia uma mancha borrada na minha cabeça.
Os meus pés pisam o chão frio e enquanto me levanto meio zonza abro o vestido e tiro a camisola, dispo as cuecas e entro no duche com a escova de dentes na mão pronta para tirar o animal fedorento que habita dentro de mim. O meu hálito está horrível.
Quando saio do duche e me visto com um fato de treino reparo que não tenho nada para comer por isso agarro nas chaves de casa e saio porta fora.
O supermercado é pequeno e quando agarro numa cestinha e começo a enfiar lá pão e compotas alguém me toca no ombro. É Miss.Corinne a minha vizinha que tem um gato chamado "gato".
-Bom dia Miss.Corinne.
-Bom dia Julieta minha querida, como estás?
-Bem, e a senhora?
-Também, não tenho a certeza mas ontem penso que ou tu ou a Rose deixou a porta debaixo aberta e os vizinhos não ficaram muito satisfeitos.
Engulo em seco. Como é que cheguei a casa? Um flash de eu a subir as escadas a sorrir ilumina-me, mas depois volta a apagar-se.
-Eu e a Rose fomos sair, não volta a acontecer.
-Tudo bem, achei só que deviam informar os vossos amigos no caso de eles saírem a meio da noite e não saberem da nossa regra de fechar a porta.
Samuel trouxe-nos a casa... não me lembro disso.
-Vou ter a certeza de lhe dizer, e peço muitas desculpas, quando vir os vizinhos vou dizer-lhes.
Ela sorri e massaja-me o ombro.
-Está tudo bem querida, sei que não foi de propósito, vocês são jovens não tem tempo para se preocupar com estas coisas.
Ela deixa-me sozinha e continuo as minhas compras. Porque é que sinto que alguma coisa está mal?
Segunda vem mais depressa do que aquilo que eu previa e dado que passei o fim de semana a trabalhar na minha apresentação não me sinto nem um pouco descansada quando entro na cozinha e despejo o liquido preto para uma caneca. Vim de carro hoje, preciso de passar numa loja e comprar uma estante...Odeio café. Tento não respirar quando o engulo. Alguém passa por detrás de mim e inclino-me para a frente. Cuspo o liquido amargo para a caneca.
-Desculpa não te vi.- A voz rouca do Harry atravessa-me o corpo e olho com nojo para a minha bebida.
-Sou a única pessoa aqui.
Ele vira-se repente e cruza os braços dando um passo em direção a mim.
-Andas a evitar-me? - Pergunta.
-Não. Só não me vou "meter" na tua "espécie" de relação.
Com desagrado despejo o café para o ralo e apanho o cabelo enquanto ele fica a olhar em mim, mexo os braços no alto e os olhos dele parecem ferro em brasa, a próxima coisa que sei é que ele está tão perto de mim que arregalo os olhos. As nossas respirações confundem-se e eu tento escapar á prisão que os braços dele criaram à minha volta.
-Larga-me.- Digo-lhe e de repente a porta abre-se e eu empurro-o com força.
Samuel está com a caneca de Mr.Pella na mão e pisca os olhos atónicos para nós.
-Oh meu Deus.- Ele sussurra e depois começa a rir.- Então era por isto que não querias que eu tentasse a minha sorte.
Passo por debaixo dos braços do Harry e vou até Samuel
-Isto não é bem o que parece. - Viro-me para Harry que está a sorrir de forma vitoriosa.
-Harry diz-lhe.
-Bom Samuel acho que és muito divertido, mas a Julieta é mais.
-Harry! Para, isto não é nem um pouco divertido.
-Tudo bem... não precisam de se explicar só tenham cuidado com o Mr.Pella...espera ai, tu não namoravas aquela Margareta?
-Megan. Sim namora, isto foi só uma brincadeira.
-Harry se quiseres brincar assim comigo podes. - Samuel diz-lhe e eu reviro os olhos. Viro-me para Harry.
-Tu, eu avisei-te. Não respires perto de mim. - Tento falar baixo, mas obviamente Samuel vai ouvir.
-E tal como tudo aquilo que tu me dizes, eu ignoro.
-Não és tão engraçado quando a tua namorada de confronta!
Estou a tremer por dentro e quando Samuel acaba de encher o café aperto a camisa dele e saio dali com ele, enfiamo-nos os dois no elevador e estou tão corada e vermelha que o meu reflexo no espelho é ridículo, não acredito que o Harry me deixou numa posição tão desconfortável!
-Não me oponho a nada, mas não acho bem andares...
-Não ando, não ando mesmo, por muito que deteste a Megan Simpática não seria capaz de fazer nada assim.
Ele encolhe os ombros e as portas abrem-se.
-Não devias ficar tão próxima dele então.
-Quem ficou próximo a quem? - A voz inconfundível de Mr.Pella vibra e vejo-o debruçado sobre o iPad na mesa de Sam, os seus olhos parecem líquidos e por alguma razão sinto-me estranha a olhar para ele.
-Ninguém. - Samuel diz e estende-lhe a caneca de café. - Estava só a falar de um filme que vimos no sábado.
-Sábado?
-Bom depois de sairmos na sexta fomos ver um filme sobre como evitar atenção indesejada.
Ele parece genuinamente interessado no meu joelho e eu baixo o olhar. Pella avança até ao seu gabinete, mas depois espreita para fora.
-Miss.Cross, têm uma linha a cair nas calças, perto do joelho.
Pisco os olhos e vejo que ele tem razão, quando volto a olhar para cima ele já não está lá. Sento-me na minha secretária e começo a rever as minhas tarefas do dia.
-Julieta?- Sam chama-me.
-Sim?
-Achas que podias substituir-me esta tarde?
Merda! Outra vez a fazer de assistente pessoal?
-Tenho uma consulta e esqueci-me de avisar Mr.Pella a semana passada, ele ficou um pouco chateado e como tem algumas reuniões á tarde pensei que o pudesses fazer já que o Samuel vai estar ocupado.
Prendo o cabelo e encolho os ombros.
-Tudo bem, deixa-me aí o iPad e devo conseguir orientar-me.
Quando ela sai perto da uma da tarde eu ainda não almocei e Samuel está ocupado a escrever furiosamente no computador.
-Samantha chegue aqui! - Mr. Pella chama e levanto-me.
Samuel olha para mim e sorri, baixo-me a agarro iPad viro-me e empurro a porta de vidro. Ele está com as mangas da camisa enroladas até ao cotovelo como sempre e concentrado em alguma coisa, por isso sento-me á sua frente e espero que ele se digne a olhar para mim. Tenho a oportunidade olhar para enquanto está distraído, parece tão calmo, calmo demais para o meu gosto. Levanta a cabeça e arregala ligeiramente os olhos antes de se encostar á sua cadeira.
-Julieta? Precisa de alguma coisa?
Coço a pernas.
-Como assim?
-Como assim o que é que está a aqui a fazer? A Samantha?
Respiro fundo pelo nariz, primeiro porque estou constipada p daor causa pequena roupa que usei na sexta e segundo porque ele deve estar a brincar comigo.
-Foi a uma consulta, ela disse-lhe.
Ele encosta a cabeça á cadeira e respira fundo.
-Vou ter que andar atrelado outra vez.- Ele sussurra tão baixo mal o oiço.
-Desculpe?
-Nada, bom o que é que tem para mim?
-Tem uma reunião com o seu irmão ás duas, e até lá pode fazer o que quiser acho eu.
Encolho os ombros tencionando levantar-me, no entanto ele dá-me um olhar que claramente significa "ainda não".
-Pode trazer o seu computador para aqui e ler-me aquilo que tem para a apresentação?
-Agora?
-Sim, suponho que já tenha algo a mais desde a ultima vez que estivemos a ver.
O olhar presunçoso na sua cara faz-me ranger os dentes e aperto os dedos á volta do meu iPad.
-Tudo bem.
São uma e quarenta da tarde e estou encostada á cadeira em frente a ele a ler-lhe o que adicionei á minha apresentação enquanto ele furiosamente tecla alguma coisa no computador.
-Desculpe, mas está a ouvir? - Digo já irritada.
Ele continua a teclar até que iça a cabeça.
-E a menina? Está a ouvir? - Ele pergunta-me quando se levanta e começa a reunir a gravata e o casaco.
Olho para ele enquanto passa a gravata pelo pescoço e a minha respiração meio que falha quando o movimento dos dedos dele me hipnotiza.
-Continue a ler, ou os meus dedos são mais interessantes?
Abano a cabeça e continuo a ler-lhe enquanto vejo pelo canto do olho que ele se volta a colocar todo direito e engravatado, ele demora um tempo extra a desenrolar as mangas e meter os botões de punho.
-Isto é ridículo. - Murmuro e ele ri-se sentando-se na secretária á minha frente. Levanto os olhos e ele cruza os braços.
-Quer dizer alguma coisa diga alto.- Desafia-me.
Estalo a língua na boca e depois poiso o iPad perto do meu computador
-Eu disse que isto é ridículo.
O joelho dele toca no meu e sei que foi intencional por nunca durante este mês e meio ele me tocou de forma propositada, eu consigo distinguir quando ele me toca porque está enervado, com pressa ou frustrado, isto, no entanto tem uma conotação completamente diferente.
-Acha que isto é ridículo? Devia ver como é acabei a minha noite de sexta feira.
Ele levanta-se e sai da sala, sei que devia ir atrás dele, mas de repente a coisa bate-me com força. Samuel não me foi levar a casa, a porta da frente foi deixada aberta muito cedo, tenho este formigueiro no joelho porque ele me beijou lá e as meias com o rasgão no outro dia que estavam no chão da sala...oh merda!
O meu coração começa a acelerar e estou nervosa, muito nervosa. Como é que ele tem olhado para mim o dia todo sem sequer parecer incomodado com o pequeno espetáculo no meu sofá?
-Despache-se.- Ele grita de fora e eu levanto-me.
Sou uma confusão! O que é que fui fazer? Sigo-o até ao elevador e ele encosta-se á parede de ferro. Passei o fim de semana todo sem pensar nisto e agora parece só ridículo que me tenha esquecido dos comentários dele sobre o meu vestido, as coisas começam a regressar, mas sinto-me perdida, metade da noite parece um borrão e uma das ultimas coisas que me lembro de fazer é tentar contar os copos que estavam na mesa.
Ele deixa escapar uma espécie de sorriso fingido e eu sinto-me profundamente humilhada e embaraçada, mordo o lábio em constrangimento e sinto a pele sair. Preciso de me acalmar, talvez ele esteja arrependido e ache que eu sou infantil ou coisa que o valha. Claramente ele ia dizer alguma coisa se estivesse interessado no assunto, mas em vez disso ele ignorou o que aconteceu...
-Acorde Julieta.
-Estou acordada. - Murmuro sem olhar para ele.
As portas abrem-se e ele faz-me sinal para eu andar em frente. Passo e quando chego á porta do escritório do irmão dele fico parada.
-Fico á sua espera.- Digo-lhe baixinho fingindo que estou a ver alguma coisa na agenda.
Ele ri-se não de uma forma simpática e depois olho para ele, só para perceber que olha para Harry que está sentado numa secretária a olhar para nós.
-Claro que fica, especialmente aqui.
Viro-me para ele e cruzo os braços.
-Eu fico sempre cá fora, o senhor manda-me o que é preciso no fim e é assim que funciona.
Ele sorri, e depois olha para o relógio.
-Tenho fome ainda não almocei, pode ir buscar-me o almoço? Salmão acho eu, qualquer coisa com salmão.
Também não almocei e estou a começar a sentir que ele está a tentar afastar-me daqui por causa do Harry. Bom isso até me ajuda já que estou a tentar evitá-lo de qualquer das maneiras
-Tudo bem, eu vou.
Quando regresso com a comida de Mr.Pella ele ainda não saiu e sento-me numa das cadeiras desocupadas, o Harry está perto de mim e vejo-o empurrar a cadeira até se sentar ao meu lado.
-Cargo novo hum?
-Alguns nós sobem as escadas.
-Oh sim claro!- Ele ri-se e espreita para dentro do saco com comida.
-Não te cansas de ser um egocêntrico idiota?
Ele parece surpreendido e afasta o cabelo para trás.
-Contigo? Não... nem um pouco.
Baixo a minha voz umas notas.
-Como é que és capaz de me agarrar quando tens uma namorada?
Ele revira os olhos. Não me responde e Mr.Pella sai da sala ainda a falar com o irmão. Ambos se viram para nós e Noah acho eu bate nas costas de William.
-Os nossos pequenos soldados, vamos ver qual deles ganha!
Mr.Pella estende a mão e passo-lhe o saco de papel. Ele ignora o irmão e vai até ao elevador e eu fico ali parada entre o irmão dele, Harry e a tentação de não sair daqui só porque o vai chatear, no entanto isso ia fazer o Harry sentir-se especialmente bem. Levanto-me e Harry agarra-me a mão.
-Desculpa.- Sussurra.
Pestanejo e abano a cabeça soltando-me. Entro no elevador e Mr.Pella quase esmurra os botões.
-Os botões não tem culpa.- Murmuro e ele vira-se para mim com cara de quem não está disposto a aturar as minhas merdas.
-Têm razão, a culpa é sua.
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